História A Grande Guerra - Viktor

Dezembro de 1941
Estava em minha casa, na periferia de Moscou era feita de madeira, bem rústica, tinha apenas uma sala, uma cozinha e um quarto, o banheiro ficava no lado de fora, estava almoçando com minha mãe, Alexcia Stravinsky, uma mulher alta e esbelta de olhos lilases, iguais aos meus, que um dia teve um lindo cabelo dourado, mas que hoje é marcado por vários fios brancos, o rosto cheio de marcas de expressão, morávamos eu, ela e meus dois irmãos que a tempos já tinham se juntado a guerra, o almoço era silencioso, escuta apenas o som dos pássaros e do vento, quando escuto ao longe o som de um carro, paro de comer, já tinha escutado esse carro duas vezes antes, olho para minha mãe, ela tentava manter o rosto sem expressões, sua mão tremia e algumas gotas escorriam de seu rosto, o som do carro já estava mais alto que todos os outros sons, me levando e vou até meu quarto, começo a separar minhas roupas, escuto alguém batendo na porta da casa, minha mãe se levanta para atender, uns 2 minutos depois ela volta com dois homens com uniformes militares com detalhes vermelhos e com o simbolo soviético no lado esquerdo do peito. Quando os vejo me levanto e fico posição de sentido.
Descansar. Disse um dos homens que parecia ser mais velho.
Eu Sou o general Ivan Romanov, você é Viktor Stravinsky?
Sim senhor. Eu respondi.
Acabamos de receber uma mensagem de Quíron e você esta convocado para servir seu pais na guerra, arrume suas coisas, diga adeus e vamos.
Sim senhor.
Volto a arrumar minhas coisas inclusive minha Luger com balas de bronze celestial com uma imagem da cabeça de um javali com duas lanças atravessadas em diagonal estampado no punho, que ganhei de meu pai.
Vou para a sala e digo adeus para minha mãe que estava chorando.
Não vá, eles já levaram dois filhos meus, não vá, não vá, não vá... Ela repetia com o olhar vazio.
Eu volto, você não vai nem perceber que eu fui. A abraço e sorrio, a solto devagar saio de casa, subo no jipe, olhando para o chão, pego meu colar em formato de coração, abro ele que revela uma foto de Steffany, minha noiva.
Não consegui nem me despedir dela. Penso, fecho os olhos para tentar conter a tristeza e vou seguindo para a base.