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História A Grande Influência - De volta à cidade natal


Escrita por: britishross

Notas do Autor


Oi, gente! Tudo bem com vocês? Tem leitores que já leram minhas outras fanfics antes? Ou são novos leitores? Todos são bem-vindos! Espero que gostem da história! Eu estou há algum tempo escrevendo e prometi pra mim mesma que só ia postar quando acabasse "Sem Compromisso", mas não aguentei! Enfim, estou postando agora e espero que apreciem! Sintam-se à vontade para comentarem! :D

Capítulo 1 - De volta à cidade natal


Digital Influencer: Pessoa comum que se transforma em uma celebridade dentro e fora da web ao se destacar nas mídias sociais. Tem um grande número de seguidores e/ou fãs que se inspiram com o conteúdo que é compartilhado por ela.

Desde os seus 19 anos, Sakura se dedica ao mundo da moda. Durante os anos de faculdade, ela teve oportunidade de estagiar em revistas poderosas como a Vogue e a Elle. Quando criou sua própria marca de roupas – chamada La Haruno - junto com um site onde a divulgava constantemente acabou ganhando um número grandioso de fãs que amavam seus produtos. A medida que o tempo foi passando, a estudante de moda se formou ao mesmo tempo em que se tornou uma fashionista seguida por uma multidão, que também seguia suas dicas como uma espécie de ordem.

Se Sakura vestia candy colors, no dia seguinte várias garotas adotavam o mesmo visual. Se o cabelo ficava reto e liso, ondulado ou ganhava uma franja despojada, era motivo para que suas seguidoras corressem para o primeiro salão que vissem e copiassem o visual sem medo. Sakura Haruno era universal e, ao mesmo tempo, única. A personalidade forte misturada ao um ar doce fazia a garota sensação da indústria da moda ser referência em qualquer coisa que fizesse.

Aos 30 anos, Sakura já era dona de uma fortuna que crescia a cada dia. Apesar da residência fixa em Nova York, a mulher se considerava cidadã do mundo. Cada mês estava em um lugar diferente fosse para acompanhar uma semana de moda ou lançar um editorial. No último mês, a digital influencer acabara de lançar seu primeiro livro que se chama La Haruno – o prazer de criar moda. Sua obra era mais do que uma simples biografia de seu sucesso, construído nos últimos doze anos.

O seu livro estava ali para mostrar para o seu público que a moda poderia ser criada e, acima de tudo, reinventada. Sakura indicava que existia uma linha muito tênue que separava o old do new e que fazia parte do trabalho da digital influencer sugerir o que deveria ser tendência, pois a moda era algo que ia e voltava sem uma ordem cronológica concreta. Por exemplo, os anos 90 já tinham retornado tantas vezes, não é mesmo?

Com o sucesso de venda nas principais capitais do mundo, fazia parte da segunda fase da divulgação do livro ir nas cidades menores para participar de sessões de autógrafos com os fãs. Assim, Shizune, a assessora de imprensa de Sakura, marcou para que, no segundo mês do big plano de marketing que montaram, a blogueira e agora também escritora visitasse sua cidade natal Konoha, na qual ela não pisava há dez anos.

— Você não devia ter marcado nada nesse lugar! – Rosnou Sakura.

— Ah, Sakura! Faz muito tempo que você não visita Konoha! Seus fãs de lá querem muito te ver! Fizemos uma pesquisa e você é muito querida por lá, afinal todo mundo sabe que você nasceu nessa cidade! Não custa nada passar uma semaninha lá para divulgar o livro! – Disse Shizune com sua agenda na mão.

— Ok! Uma semana e só!

— Que ótimo! – Sorriu.

— Quais serão meus compromissos e quando eu embarco?

— Em duas semanas você embarca. Bem, assim que chegarmos vamos para o hotel e, em seguida, terá uma coletiva imprensa. O restante do dia é de folga. No segundo dia, você fará um ensaio para uma revista local e em seguida vai gravar participação para dois programas de TV. No terceiro dia, é o dia da sessão de autógrafos na livraria. Marcamos para às 10h da manhã e deve tomar o seu dia todo.  No quarto dia, você vai almoçar com a ganhadora de uma promoção de uma revista adolescente. No quinto dia, você vai ter folga para curtir um pouco da cidade, se bem que isso deve virar conteúdo pro blog.  No sexto, você dará uma palestra e no sétimo voltamos para Nova York.

— Bem, estar ocupada todos os dias é o de menos. – Falou Sakura pensativa.

— O que tanto te perturba em ir à Konoha?

— Meu passado tá enterrado lá. – Falou com uma voz tristonha.

— O que você deixou lá? Algum ex-namorado bonitão? – Chutou Shizune.

— Não, porque nem meu namorado ele foi. – Falou sem se dar conta.

— Então tem homem no meio mesmo? Se seu noivo ouve isso, ficará enciumado! – Alertou Shizune.

— Kakashi não tem o que temer. O homem ao qual me refiro é passado e, por sinal, me odeia.

Sakura estava com o empresário Kakashi Hatake há três anos e ele havia pedido sua mão em casamento há dois meses. Sakura o achava cortês, elegante e sensual. Depois de um tempo ao lado do cavalheiro dez anos mais velho que ela, a rosada acreditava que o homem poderia ser um bom marido. Além disso, Kakashi não queria ter filhos, o que ela considerava algo bom porque crianças também não estavam nos seus planos.

— Quem é, Sakura? – Insistiu Shizune curiosa.

— Não interessa quem é. Até porque ele não é ninguém. – Falou com um tom de desprezo.

Sakura não gostava de falar o nome de Sasuke Uchiha. Para ela, era como invocar o mal ou coisa do gênero. A blogueira não tinha boas lembranças do que viveu com o Uchiha e persistia em jogá-lo em seu passado por mais que, às vezes, ainda sonhasse com seus olhos. Malditos olhos, tão profundos como um buraco negro que a sugava e consumia. Maldito.

 

[...]

 

Em Konoha...

Sasuke estava lendo um livro para preparar a aula de Cálculo I que daria à sua turma de Engenharia na Universidade Estadual de Konoha. Segundo o próprio, vida de professor universitário não era nada fácil. Além da rotina exaustiva de aulas, ele ainda tinha que preparar e corrigir as provas de suas cinco turmas do período. O moreno quase enlouquecia quando ainda tinha que participar de algum congresso. Não era fácil para o homem de 30 anos que ele era e que ainda tinha uma filha de doze anos para terminar de criar.

Para ele, ter uma filha adolescente era o seu pior pesadelo. Sarada era meiga e fofa, quando bebê. Ele não se importou, de verdade, em ter perdido milhares de noites de sono para trocar uma fralda ou dar banho naquele pequeno ser tão dependente dele. Sasuke foi pai muito jovem e sua esposa faleceu quando Sarada tinha apenas quatro anos. Viúvo e com um bebê para cuidar, Sasuke foi obrigado a voltar a morar com seus pais para que eles o ajudassem com a pequena Sarada ainda quando Karin era viva e assim pudesse concluir os estudos e arrumar um emprego para os sustentar.

 Nada os faltou. A família Uchiha tinha algumas posses. Mesmo sem ter uma mãe, uma vez que Karin morrera, Sarada tinha a avó Mikoto e a tia Izumi, esposa de seu irmão Itachi, para tirar suas dúvidas femininas sobre qualquer coisa. Além disso, Sasuke era um pai superprotetor, Itachi um tio babão e Fukagu lhe aplicara toda a disciplina que impunha a qualquer membro da família Uchiha. Era uma educação bem balanceada para uma menina.

Sasuke se considerava um homem de sorte. Não era exatamente como ele tinha planejado, mas ele tinha uma família. Se culpava por Karin ter morrido cedo demais e não ter tido tempo para curtir todas as fases de Sarada, mas, sem dúvida, eles tinham formado uma família por um tempo. Quando descobriu que Sarada vinha ao mundo ele se sentiu perdido e acreditou que não poderia ser um bom pai, mas Fugaku lhe obrigou a assumir a criança e desde então Sasuke tomou juízo. Embora a paternidade não tenha sido algo que desejava, a filha se tornou a pessoa mais importante de sua vida com o passar dos anos. Ela era a sua cara. Tinha seu cabelo e seus olhos.

Sasuke era um pai dedicado e carinhoso, mas isso não o impedia de perder a paciência com sua filha adolescente. Nos últimos meses, a menina tinha se tornado fã da blogueira Sakura Haruno, depois de ver um vídeo da mulher no Youtube. Dali pra frente, a rosada havia se tornado o principal modelo feminino que a garota gostaria de seguir, o que Sasuke odiou. Ele nunca contou para a filha, mas havia conhecido aquela mulher na escola e eles tinham tido algo.

 Definitivamente, ele não gostaria que a Haruno se tornasse um exemplo a ser seguido pela filha. Mas do que adiantava o querer dele? A menina tinha livre acesso à internet e sempre ficava de olho no que a mulher postava. Para piorar, Izumi tinha dado de presente para Sarada o livro da Haruno. Sasuke tentou jogar no lixo, mas Sarada chorou tanto e o acusou de ser autoritário que ele acabou devolvendo o livro. No entanto, só o fez porque sua mãe Mikoto pediu “Sasuke, é só um livro. Não há de fazer mal”. Ele não concordava, mas todas as mulheres daquela casa estavam contra ele mesmo.

O Uchiha percebeu o tamanho do erro que cometeu ao deixar a filha com aquele livro no exato momento em que Sarada apareceu saltitante pela casa e gritando “MEU SONHO VAI SE REALIZAR!”.

— Posso saber que sonho é esse, mocinha? – Perguntou Mikoto ao ver a neta com um sorriso do tamanho do mundo.

— Finalmente, vou poder conhecer Sakura Haruno! – Disse feliz e Sasuke ficou chocado com a frase.

— Não vai mesmo! Pode ir tirando essa ideia da sua cabeça! – Afirmou Sasuke com um semblante sério.

— Pai, você sabe que eu sou a fã número 1 dela! E essa é a primeira vez que ela vem em Konoha depois de dez anos fora! Vai ter uma sessão de autógrafo do livro! Me deixa ir, por favor? – Implorou Sarada, mas Sasuke estava irredutível.

— Não é não, Sarada! Quer que eu desenhe pra você entender? – Disse Sasuke e Sarada começou a chorar.

— Você é injusto! – Rebateu Sarada.

— Meu amor, vão ter outras oportunidades para você conhecer a Sakura. Se o seu pai não autorizou, você tem que obedecê-lo, está bem? – Mikoto falou, enquanto abraçava a menina que ainda chorava.

— Vovó, ela pode demorar mais uns dez anos para voltar! Não posso perder esta oportunidade! Ela só vai ficar uma semana aqui. – Choramingou.

— Pode demorar um milhão de anos para voltar que você não vai da mesma forma! – Afirmou Sasuke.

— O que você tem contra ela? – Perguntou Sarada que não entendia o ódio que o pai sentia de Sakura.

— Não acho aquela mulher um bom exemplo pra você, filha! Ela é fútil! Além disso, não sei como blogueira pode ser uma profissão para alguém. Espero que não esteja pensando em seguir os passos dessa mulher! – Advertiu o moreno.

— Ela é uma digital influencer! Você fala assim dela porque não sabe o quão incrível ela é! – Acusou Sarada e Sasuke ficou com raiva.

— Dane-se o que ela é ou o que deixa de ser! Eu sou o seu pai e exijo respeito, Sarada! Se eu falei que você não vai ver essa mulher é porque não vai e se insistir nisso vai ficar de castigo por um mês! Sem internet, entendeu? – Ameaçou Sasuke e a menina chorou ainda mais.

— Você é o pior pai do mundo! – Gritou Sarada e saiu correndo para se trancar em seu quarto. Sasuke só revirou os olhos. Estava cansado do comportamento que a filha tinha toda vez que o assunto era essa mulher.

— Você não devia ter sido tão duro com ela, Sasuke! – Disse Mikoto.

— Mamãe, Sarada precisa entender que essa mulher não é exemplo pra ela!

— Eu concordo que ela não é um exemplo, mas Sarada gosta dela. Um autógrafo não ia matar ninguém. – Disse tentando mudar a cabeça do filho.

— Não quero que essa mulher ponha os olhos na minha filha!

— Tudo bem. Eu entendo as suas razões, mas Sarada não faz ideia.

— Mamãe, nossa missão é fazer a Sarada ficar longe dessa mulher durante a próxima semana.

— Sasuke, por mais que você queira, não vai conseguir manter a Sakura fora da vida da Sarada para sempre.

— Sarada é adolescente. Logo mais ela vai se esquecer da Sakura e arrumará outra pessoa para idolatrar. E, mamãe, cuidado com o que a senhora fala. Papai não irá gostar de você falando bem da Sakura nessa casa também.

— Você e seu pai são muito radicais! Já faz tantos anos!

— Nós só queremos que as coisas continuem como estão! Está tudo ótimo assim!

 

[...]

 

No aeroporto...

— Pronta para embarcar? – Perguntou Shizune a Sakura.

— Não me sinto segura quanto a esta viagem.

— Não sei seus motivos, mas logo essa sensação passa! Além disso, você vai estar tão ocupada com os compromissos que não vai nem se lembrar do seu passado.

— Verdade! Uma semana passa rápido! – Sorriu já um pouco mais otimista.

Sakura tinha medo do que ia encontrar em Konoha. Parte dela não queria ir para lá. A família Uchiha havia deixado bem claro da última vez que ela não era bem-vinda por lá. Sakura ainda lembrava do olhar de desprezo de Sasuke. Aquilo ainda doía.


Notas Finais


Gostaram? Digam-me o que acharam, por favor! Até o próximo capítulo! :D


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