1. Spirit Fanfics >
  2. A Grande Influência >
  3. A resposta

História A Grande Influência - A resposta


Escrita por: britishross

Capítulo 28 - A resposta


Na segunda-feira, Sarada chegou ao colégio mais cedo do que de costume. A menina estava num pé e noutro para falar com Boruto. Como sempre, o Uzumaki chegou atrasado e quando chegou se sentou bem longe de Sarada, pois não tinha nenhum lugar desocupado perto da Uchiha. Chouchou percebeu que o menino não tirava olhos da amiga e logo tratou de provocá-la.

— Boruto, não para de te olhar. – Informou Chouchou, enquanto Sarada copiava a matéria do quadro.

— O que tem? – Falou indiferente.

— Você nem me falou sobre o cinema. Foi legal?

— Chouchou, não quero falar sobre, tudo bem?

— Eu sou sua melhor amiga, Sarada. Eu devia ser a primeira pessoa que você contaria sobre seu primeiro encontro com seu quase namorado. – Falou indignada.

— Ele não é meu quase namorado.

— Fala logo! O que rolou? Ele te beijou?

— Um beijo. Só isso.

— Ele beija bem? Como você se sentiu?

— Ah, eu tava nervosa. Mesmo assim foi bom, sei lá. Foi uma sensação estranha, mas gostosa.

— Foi de língua?

— Não, foi um selinho demorado. Só.

— Poxa! – Chouchou lamentou – achava que tinha sido algo mais caliente! Quando vocês vão se beijar de novo?

— Eu nem sei se a gente vai se beijar de novo.

— Por que não se você mesma disse que gostou?

— Não tenho certeza se quero um namorado agora. Eu ainda me sinto meio criança, sei lá.

— Eu te entendo amiga, mas hoje em dia é normal namorar cedo.

— Eu sei, mas acho que cada um tem um tempo e eu tenho que respeitar o meu tempo sabe?

— Sei.

 

[...]

 

Na hora do recreio, Boruto foi até Sarada e pediu para Chouchou deixar os dois a sós. A garota assentiu, então os dois ficaram alguns segundos se encarando meio sem saber o que falariam. Apesar de saber muito bem qual seria a conversa, eles tinham dificuldade de expressar o que sentiam olho no olho. Ambos estavam levemente envergonhados, mas Boruto resolveu tomar uma atitude e começar o assunto.

— Estava contando os segundos para esse momento. – Falou com um sorrisinho e Sarada ficou ainda mais vermelha.

— Boruto, eu pensei muito sobre nós.

— Eu também! Sarada, eu até sonho com a gente, com nosso beijo. Eu...

— Me deixa falar, por favor?

— Claro, primeiro as damas.

— Boruto, eu pensei e cheguei à conclusão que eu não to pronta pra ter um namorado.

— Sarada, se for por causa do seu pai...

— Não, não tem nada a ver com o meu pai! Tem a ver comigo, com o meu próprio tempo! Sei que a gente se beijar não foi errado, longe disso, foi bom, mas...

— Mas o que? A gente se gosta. Tá na sua cara que sente o mesmo que eu! Olha isso aqui – Boruto pegou a mão da menina e colocou por cima de sua camisa, bem em cima de seu coração – Tá vendo como bate forte por você?

— Boruto... – Sarada corou ainda mais e retirou rapidamente a mão do peitoral do menino.

— Me dá uma chance vai?

— Não agora. Não dá. Nós somos amigos Boruto. É assim que eu quero que seja, pelo menos até quando eu me sinta pronta pra vivermos isso.

— Eu to apaixonado por você AGORA. Eu não quero esperar!

— Eu sinto muito, mas só posso te oferecer a minha amizade agora.

— Sarada, é essa a sua decisão?

— É. Pode ir agora, Boruto.

— Você vai se arrepender, sabe? Eu tenho certeza disso! Vai se dar conta quando me perder por causa desse seu medo bobo de criançona! Tá na hora de crescer Sarada! Nós já somos adolescentes!

Sarada não disse mais nenhuma palavra e observou Boruto se afastar dela e ir para seu grupo de amigos. Os olhos de Sarada ficaram marejados, mas ela não derramou nenhuma lágrima. Não ia ficar chorando como uma fraca por causa de Boruto. Ela tinha tomado uma decisão e agora aguentaria as consequências, mesmo que elas resultassem em Boruto longe dela.

 

[...]

 

Boruto chegou em casa completamente emburrado, mal tocou no almoço e depois se trancafiou no quarto. O menino estava muito frustrado com a reação de Sarada ao simples beijo que trocaram no cinema. Não bastava ela ter corrido dele, a menina ainda havia falado que não o queria como namorado porque não se sentia pronta para estar em um relacionamento. Boruto achava as desculpas da menina uma grande besteira.

Por um momento, o loiro chegou a pensar que a menina tinha inventado essa história com medo de Sasuke, mas ele mesmo havia lhe dito que enfrentaria o Uchiha pelo amor deles. Mesmo assim, cada palavra de Boruto parecia entrar por um ouvido e sair pelo outro. Estava chateado e triste. Não era dessa forma que ele tinha imaginado. Para ele, Sarada diria que aceitaria ser a sua garota e depois eles se beijariam pela segunda vez e mostrariam ao mundo que estavam igualmente apaixonados. No entanto, Boruto parecia estar muito mais envolvido do que a Uchiha.

Hinata percebeu que seu primogênito não estava bem. Enquanto Himawari estava na aula de reforço da escola, a mãe de Boruto resolveu que teria uma conversinha com o filho. Parecia que só as conversas de homem pra homem que Naruto insistia em ter com o garoto não estavam resolvendo os problemas do menino. Hinata ficou preocupada.

— Boruto, posso conversar um minutinho com você filho?

— Claro, mamãe!

— Vi que chegou meio tristonho. Aconteceu alguma coisa na escola? Brigou com algum amiguinho?

— Discuti com a Sarada. – Confessou.

— Ah, a Sarada... Então, não deu certo o pedido de namoro?

— Não, ela disse que não tá pronta.

— Bem, talvez Sarada tenha razão. Você não se acha muito novo para ter uma namorada?

— Eu gosto dela, mãe.

— O que pretende fazer agora?

— Não sei. Não pensei ainda.

— Como sou sua mãe, vou te dar um conselho. Respeite o tempo da Sarada.

— Com quantos anos você e o papai começaram a namorar, mãe?

— Eu e seu pai tínhamos 17 anos. Por que?

— Ele foi seu primeiro namorado?

— Namorado foi, mas eu saí com um garoto antes do seu pai.

— E a senhora foi a primeira namorada do papai?

— Não, seu pai teve algumas namoradas antes de mim.

— Quantas?

— Não vem ao caso, Boruto. Por que está perguntando isso?

— Eu queria saber se estou atrasado pra minha idade. Outro dia, papai me disse que na minha idade ele já tinha beijado mais de uma menina.

— Boruto, as coisas acontecem na hora certa. Você sabe disso, certo?

— Sei.

— Não tente antecipar nada. Se Sarada disse que não quer um namorado agora, você tem que respeitá-la.

— Vou tentar esquecer esse sentimento então.

— Talvez seja o melhor por enquanto.

Hinata abraçou o filho e Boruto ficou quietinho ali. Perto de sua mãe parecia que nenhum mal poderia atingi-lo. Sentiu-se menos triste ali com ela. Talvez sua mãe tivesse razão. Ele deveria respeitar o desejo de Sarada e só continuar sendo amigo dela, mas para Boruto era difícil. Aquele sentimento pela garota parecia sufocá-lo e sempre dominava seus pensamentos. Seria difícil fingir que não sentia nada.

 

[...]

 

Quando Naruto chegou do trabalho, apenas Hinata estava na sala assistindo a um filme. O loiro jogou a pasta numa poltrona e beijou a esposa com ternura.

— Como foi o dia de trabalho? – Perguntou Hinata, vendo Naruto se sentar ao seu lado.

— Cansativo. E aqui? Como estão as coisas? Himawari e Boruto já foram dormir? – Perguntou estranhando o silêncio, afinal sempre que chegava costumava ver os filhos brincando juntos.

— Himawari foi dormir, mas Boruto está trancado no quarto chorando. – Informou Hinata.

— Chorando? O que aconteceu com ele?

— Primeira desilusão amorosa, querido. Sarada o dispensou.

— Eu botava tanta fé neles! Será que não foi por causa do Sasuke? Aquele bastardo não quer que a filha namore!

— Na verdade, Sarada não acha que seja a hora certa de começar a namorar. Boruto ficou triste, mas pedi para ele ser mais compreensivo.

— E agora ele tá chorando?

— Ele guardou as lágrimas para quando estivesse sozinho, ligou a música alta nos fones e está lá.

— Vou falar com ele, Hinata.

— Vá com calma.

— Ok.

 

[...]

 

Naruto bateu na porta do quarto de Boruto três vezes e, por não obter resposta, entrou mesmo assim. Quando botou os pés no quarto do menino, encontrou Boruto sentado em cima da cama, com a cabeça escondida pelas mãos e apoiada nos joelhos e com o fone tampando os ouvidos. Naruto escutou o choro abafado do menino, ficou com pena e então bagunçou o cabelo do filho, após retirar os fones dele.

— Sua mãe me contou sobre você e Sarada. Eu sinto muito.

— Não precisa ter pena de mim. Eu vou esquecê-la. – Falou Boruto, enquanto enxugava as lágrimas.

— Sabe, quando a gente perde o primeiro amor, parece que o mundo acabou, mas não é bem assim filho. Existem outras garotas no mundo e elas podem ser tão legais quanto você acha que a Sarada é agora.

— Eu sei, pai. O que eu não consigo entender é por que ela não quer tentar, se ela também gosta de mim.

— Boruto, pelo que sua mãe me disse, ela está insegura. Dê um tempo a ela. Talvez, ela se arrependa.

— Ela me pediu para continuarmos sendo amigos.

— Bem, já um começo não é mesmo? Quando ela se sentir pronta, você estará lá. – Naruto tentou animá-lo.

— Mas se ela demorar muito pra ficar pronta, eu vou ser obrigado a esquecê-la.

— Claro! Se você se apaixonar por outra, não tem que ficar esperando a vida inteira pela Sarada.

— Obrigado pela força, pai.

— Precisando é só me chamar, entendido?

— Claro!


Notas Finais


Quem ficou com peninha do Boruto levanta a mão! o/


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...