História A Grande Influência - Um bom coração

Após Inojin ir embora, Sasuke se virou para sua filha e a perguntou o que tinha acabado de acontecer ali.

— O que houve entre Boruto, Inojin e você?

— Nada, pai!

— Boruto pareceu chateado... não me diga que...

— Boruto deve estar fantasiando sobre alguma coisa errada. Inojin é só meu amigo e veio para cá só para estudar.

— Então, foi aquela garota que tirou Boruto de você?

— Foi, mas eu já quase esqueci.

— Quase é?

— Sim, só lembrei porque ele veio esfregar a namorada na minha cara.

— Entendi.

— Ah pai, sobre o Inojin, ele está passando por uma fase difícil, então acho que vou convidá-lo para vir mais vezes tudo bem?

— Que fase difícil? – Sasuke cruzou os braços.

— Os pais dele estão se divorciando. – Contou.

— Ele te falou o motivo?

— Segundo Inojin, os pais dele têm brigado muito nos últimos meses. Aí a mãe dele resolveu ir embora e viajar pelo mundo.

— Ino é uma louca. Bem, talvez ela se afastar seja a melhor coisa para esse menino.

— Pai, toda mãe é importante para o filho! Mesmo que a mãe de Inojin não seja perfeita, mesmo assim ela é a mãe dele e Inojin precisa dela por perto.

— Tem razão, Sarada! Como sempre, você é muito mais madura que o seu velho pai! – Sasuke deu um beijo na testa da filha e ficou preocupado com o que ela disse. Ino divorciada poderia lhe render alguma dor de cabeça. Será que ela voltaria a atormentá-lo logo agora que tudo estava em perfeita paz com Sakura?

[...]

Quando Inojin chegou em casa, Ino estava arrumando as malas para ir embora. A mulher estava decidida a deixar aquela vida que já tinha gritado tantas vezes para Sai não ser o que ela queria para si.

— Mãe, para onde a senhora vai? – Perguntou Inojin assim que chegou a casa.

— Por enquanto, eu não vou para lugar nenhum filho. Só estão arrumando as malas. Amanhã sim eu irei. Vou fazer uma viagem e não tenho data para voltar. – Respondeu, dando um beijo na bochecha do filho.

— Viajar para onde?

— Pelo mundo! Vou conhecer tudo que tiver para conhecer!

— A senhora vai dar notícias?

— Mas é claro que sim, Inojin! Vou ligar todos os dias para você, contar histórias para você dormir pelo telefone ou pela internet. Minha partida não significa que eu vá deixar de ser sua mãe. Só estarei fisicamente longe. – Explicou Ino e o menino começou a chorar.

— Eu vou sentir sua falta!

— Calma, filho! Seu pai estará aqui e ele cuidará de você como sempre fez! Não vão mudar muitas coisas!

— Vocês vão ficar separados para sempre?

— Filho, o casamento da mamãe e do papai não deu certo. Depois de muito conversarmos, eu e Sai chegamos ao acordo que é melhor que cada um siga a sua vida. Eu só não levo você comigo porque vou começar do zero, mas prometo que assim que me estabelecer eu volto e te levo comigo seja para passar férias ou morar mesmo. Será como você preferir, está bem? – Ino sorriu e abraçou o filho que assentiu.

— Tudo bem. Eu também não aguentava mais ver vocês dois brigando. – Disse Inojin enxugando as lágrimas.

— Nós sabemos disso meu amor e é por esta razão que estamos nos separando. Não queremos atingi-lo com nossos desentendimentos.

[...]

No dia seguinte, Inojin faltou aula para levar Ino no aeroporto. A despedida de mãe e filho foi sofrida. Apesar de Ino não ser boa bisca, ela ama o filho verdadeiramente. Só que a situação de seu casamento com Sai se tornou insuportável depois que ele descobriu que ela o traía há anos com Sasuke. Depois que o Uchiha começou a namorar Sakura, Sai pegou a esposa falando sozinha, xingando Sasuke de tudo quanto é nome. E num roupante de raiva ela revelou ao marido todas as suas traições, o que o deixou chocado. Sai até tentou relevar pensando no bem de Inojin, mas o casamento dele e Ino estava indo por água a baixo. Então, pelo bem de todos e felicidade geral da nação, Ino pediu o divórcio e Sai aceitou de bom grado e só exigiu que ela fosse embora de casa. Dessa forma, todos teriam chances reais de serem felizes de novo.

Na escola, Sarada ficou preocupada com a falta de Inojin. Então, após a sua aula de violino, a menina pediu para sua avó para levá-la até a casa do menino. Mikoto então deixou Sarada lá, que havia dito que estava levando o dever de casa para o garoto. Quando Sai abriu a porta ficou feliz de ver a amiguinha do filho.

— Olá, Sarada. Inojin não me avisou que você vinha, mas ele ficará feliz em te ver. – Disse Sai.

— Oi. Eu fiquei preocupada porque o Inojin faltou aula hoje. Ele tá bem?

— Sim, ele só faltou porque fomos levar a Ino no aeroporto.

— Ah, entendi...

— Você pode subir, Sarada. Inojin está no quarto. – Avisou Sai.

— Ok.

Sarada subiu até o quarto de Inojin e, quando abriu a porta que estava entreaberta, ela viu o menino chorando.

— Oi, Inojin. – Disse Sarada e ele correu para limpar as lágrimas no braço.

— Oi, Sarada. O que você tá fazendo aqui?

— Fiquei preocupada com você. Aí vim ver porque você faltou aula.

— Papai te contou que a minha mãe foi embora?

— Sim, tá tudo péssimo né?

—Sim. Me abraça, Sarada?

Então, Sarada abraçou Inojin. O garoto se sentiu reconfortado nos braços da menina. Ela permaneceu ali por um bom tempo com ele, até que Inojin se afastou.

— Obrigado por estar aqui. – Ele tentou sorrir.

— Sempre estarei. Aliás, trouxe a matéria que foi dada em aula e o dever de casa para você não ficar atrasado.

— Você é uma ótima amiga. Obrigado.

[...]

Após passarem a tarde toda juntos, Inojin estava mais contente. A presença de Sarada acalentava seu coração despedaçado por conta da partida da mãe. Eles estudaram juntos e depois conversaram sobre tudo, indo de assuntos familiares até assuntos amorosos.

— Foi difícil ver a sua mãe partir? – Perguntou Sarada.

— Foi, mas eu sei que foi melhor. Papai conversou comigo quando chegamos em casa e tá tudo bem.

— Sabe, eu passei muito tempo sem ter uma mãe, então, se te consola, você vai sobreviver. – Sarada tentou animá-lo.

— Ter um bom pai ajuda né?

— Sim, papai foi imprescindível para que eu fosse bem-criada. Minha mãe se orgulha do trabalho dele na minha educação.

— Meu pai também é incrível. Sabe, a minha mãe era até amorosa, mas ela tinha alguns dias terríveis.

—Inojin, toda família tem seus problemas. Alguns tem problemas maiores do que outros, mas ninguém escapa.

— Você é sábia, Sarada.

— Meus pais falam o mesmo. Acho que eu leio muito. Deve ser isso.

Sarada então foi surpreendida por um abraço de Inojin.

— Eu me sinto melhor quando estou com você. – Sussurrou Inojin no ouvido da menina, que sorriu.

— Eu também, Inojin.

— Sarada, posso ser um pouco intrometido?

— Acho que pode...

— Você e o Boruto brigaram?

— Não, não brigamos.

— Então, por que vocês não se falam mais? Eu percebi como clima entre vocês está estranho tanto na escola quanto naquele dia na sua casa.

— Você sabe que o Boruto me pediu em namoro, né?

— Sim e você negou.

— Exatamente. Desde então ele ficou estranho e aí começou a namorar aquela garota. Nós só nos afastamos. Acho natural né?

— Pode ser.

— Mas por que você queria saber?

— Uma vez o Boruto me ameaçou, dizendo que não era para chegar muito perto de você, pois você era a garota dele. – Confessou Inojin e isso surpreendeu Sarada.

— Mas por que ele fez isso?

— Ah ele gostava de você né?

— Tá, mas por que ele ameaçou logo você?

— Ah, Sarada... eu gosto de você tanto ou mais que o Boruto. – Inojin ficou vermelho e Sarada ficou sem graça.

— Eu não sabia, Inojin. Não podia imaginar.

— Tudo bem. Relaxa. Eu sei que você não quer um namorado agora. Acho que nem eu to pronto.

— Sério? Você não tem pressa também?

— Sinceramente? Não. Eu nem beijei nenhuma garota ainda, mas confesso que gostaria que fosse com você. – Inojin encarou Sarada e sorriu.

Tinha algo de puro o sorriso de Inojin. Sarada sentiu o coração acelerar por alguns minutos e ficou sem fala. Então, num impulso, ela mesma colou seus lábios sobre os do garoto e eles se beijaram lentamente. Quando se afastaram, Sarada sorriu. Seu segundo beijo havia sido melhor que o primeiro. Pelo menos, ela não tinha saído correndo após beijar.

— Sarada, obrigado.

— Não precisa agradecer. Eu te beijei porque quis.

— E o que significou?

— Só quis ser a primeira garota. – Sorriu – Além do mais, nós estamos sem pressa certo?

— Certo. Então, somos só amigos?

— Sim, amigos.

— Mas eu tenho esperanças no futuro?

— Acho que sim. Você é especial Inojin.

— Eu vou esperar por você.

Sarada saiu da casa de Inojin  mais leve. Algo no garoto fez com que ela quisesse estar com ele, ele passa uma energia positiva, era mais parecido com ela. Inojin era muito diferente de Boruto. Ambos eram loiros e tinham olhos azuis, mas o comportamento os diferenciava demais. Boruto era impaciente, Inojin incrivelmente calmo.

[...]

Quando Sakura ligou para a filha, Sarada contou sobre Inojin. Queria alguns conselhos da mãe.

— Oi, querida. Como estão as coisas? Seu pai já chegou do trabalho?

— Mãe, está tudo bem. Papai já chegou, mas está no banho. Como está a viagem?

— Ah, tudo bem. Depois eu ligo pra ele. Bem, já resolvi parte das coisas que tinha pra resolver. Inclusive, fechei o show do desfile da La Haruno em Konoha.

— Sério mãe? E quem vai tocar?

— Surpresa! Mas você e seus amigos vão gostar! Falando em amigos, como vão as coisas com Boruto?

— Pior que antes. Ele continua namorando, enfim, mas aconteceu uma coisa.

— Que coisa?

— Eu e Inojin estamos muito próximos ultimamente. Eu andei ajudando ele nuns assuntos e hoje acabamos nos beijando.

— Nossa, filha! Isso é bom não é? Você esqueceu o Boruto?

— Acho que sim. Eu me senti bem com o Inojin. Nós vamos namorar nem nada, mas ele disse que vai me esperar.

— Oh, querida, se ele a fizer feliz, eu faço gosto viu? O único problema do Inojin é a mãe dele, mas ninguém é perfeito.

— Bem, quanto a isso não precisa se preocupar mamãe, pois a Ino foi embora de Konoha.

— Como assim?

— A Ino se separou do Sai e foi viajar pelo mundo. Inojin agora está sob os cuidados do pai só.

— Nossa, ele deve estar muito triste.

— Sim, foi por isso que eu fui até a casa dele para prestar solidariedade.

— Você é uma ótima pessoa, querida!