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História A Grande Influência - Breve adeus


Escrita por: britishross

Notas do Autor


Estão gostando da história? Comentário são super bem-vindos! Enfim, aproveitem o capítulo que está quentinho! Acabou de sair do forno! haha

Capítulo 6 - Breve adeus


No penúltimo dia de Sakura em Konoha, Sarada não a largou. Por sorte, era sábado e ela podia apreciar a companhia da blogueira sem ter de faltar a aula para isso. Como prometido, Sasuke levou a garota para assistir a palestra de Sakura sobre moda e beleza a estudantes na Universidade. Enquanto sua filha apontava o celular para a blogueira gravando cada gesto, Sasuke prestava atenção na fala da digital influencer. Vendo Sakura dialogar com tantos estudantes, o moreno percebeu que ela tinha uma boa desenvoltura para falar ao mesmo tempo que provocava diversas reações em seu público.

O Uchiha vasculhou a sala com seu olhar e notou que alguns anotavam os pontos importantes do discurso da blogueira, enquanto outros sorriram seduzidos por seu carisma e tinha os que prestavam atenção como se aquilo fosse a matéria da questão mais difícil da prova final. Ficou impressionado.

Estando no meio daquelas pessoas, Sasuke entendeu o que chamava a atenção de Sarada. Ela amava Sakura não por ser sua mãe. A menina amava as atitudes daquela mulher que conseguia ser charmosa sem deixar de ser inteligente. Sasuke sabia que tudo que sua amada filha não queria era se tornar uma dona de casa como sua mãe ou Izumi. Sarada já tinha deixado bem claro sua posição no mundo.

Sasuke achava que sua filha tinha uma visão equivocada do que era ser uma dona de casa. Para Sasuke, tanto sua mãe quanto Izumi assumiram a função mais importante dentro de uma casa, que era de mantê-la organizada e sob controle. Sasuke sabia que Fugaku só podia ir trabalhar em paz porque sua mãe era capaz de aguentar todas as tarefas que eram de sua incumbência que variavam entre os afazeres domésticos como lavar/passar/cozinhar até coisas que exigiam uma inteligência emocional muito maior que o seu pai tinha, que era educar uma criança.

Depois de ser pai, Sasuke entendeu que a principal função de sua mãe foi educá-lo, assim como fez com Itachi e Sarada. Fugaku era o provedor, mas quem sempre deteve as regras de casa na mão era a sua matriarca. Não a subestimava, da mesma forma como nunca subestimou Izumi. A cunhada abriu mão de trabalhar para se tornar a mulher de Itachi e tomar conta dele. Sem ela, o irmão não iria a lugar algum. Assim como seu pai era um absoluto ninguém sem Mikoto. Mas Sarada fugia desse protótipo de família. A garota queria ser igual a Sakura. Ou seja, queria ser uma mulher que estuda o máximo que pode, trabalha fora e manda em seu próprio nariz sem ter que negociar nada com um marido.

Quando a palestra acabou, Sakura foi ovacionada pelo público presente que era de mais de 400 pessoas.

— Definitivamente, eu quero ser uma digital influencer! – Falou Sarada para Sakura.

— Então, comece a criar o seu próprio conteúdo. Tem alguma coisa em que você seja boa? – Perguntou Sakura.

— Ela toca violino bem. – Entregou Sasuke.

— Você toca? Que lindo! É um instrumento maravilhoso! – Elogiou Sakura e Sarada corou.

— Você acha mesmo? – Perguntou a menina.

— Claro que sim! Pode tocar pra mim hoje?

— Podemos levar a Sakura até a nossa casa para que ela possa me ver tocar, pai? – Perguntou entusiasmada.

— Se você quer tanto assim, tudo bem. – Concordou com um tom de ‘tanto faz’.

— Oba! – As duas comemoraram e seguiram o Uchiha até o carro.

Depois disso, Sakura falou com Shizune e falou que seguiria com Sarada e Sasuke. A assessora entendeu que isso era importante para a amiga e voltou para o hotel, lembrando-a que não era para chegar tarde, pois precisava arrumar a mala para o voo do dia seguinte que seria cedo.

 

[...]

 

Assim que entrou no quarto de Sarada, percebeu que o cômodo era bastante amplo. Tinha uma cama de solteiro no meio, uma penteadeira estilo princesa e uma estante com diversos módulos e uma televisão no meio. Em cada módulo tinha algo diferente. Variava entre livros, pelúcias, flores artificiais, uma caixinha de música, entre outras coisas. As paredes eram brancas, exceto uma que era preta e tinha um extenso mural de fotos.

— Tem foto de todo mundo que você gosta aqui? – Perguntou Sakura prestando atenção que já tinha algumas fotos suas ali.

— Sim. Tem fotos da minha família e alguns ídolos.  – Contou.

— Tem foto minha aí? Pode ir tirando... – Sasuke disse.

— Deixa de ser chato! É uma foto nossa no meu último aniversário! – Disse a menina.

— Aquele que a gente levou todos os seus amigos pro boliche? – Perguntou Sasuke.

— Esse mesmo! Foi muito divertido. É uma boa lembrança. Agora sai daqui que eu quero tocar pra Sakura!

— Eu não posso assistir?

— Deixe-o assistir também! Vi que seu pai incentiva seus talentos. – Analisou Sakura.

— Ok. Vocês venceram. Eu deixo.

Sarada então pegou o violino e tocou Sorry – Justin Bieber. Sakura e Sasuke ouviram em silêncio. Sakura ficou impressionada com a menina.

— Você é incrível, Sarada! – Elogiou Sakura.

— Obrigada! – Sorriu.

— Preferia que você tocasse algo clássico. – Sugeriu Sasuke.

— Deixe de ser rabugento! A menina mandou super bem no pop! – Comentou Sakura.

— Toque alguma coisa de Mozart para ela. – Ordenou.

— Ok, papai. – Falou meio chateada.

Sarada então tocou Alla Turca de Mozart. Assim deixou o pai feliz, tanto que no final ele a aplaudiu de pé.  

 

[...]

 

Depois de ouvir a canção, Sasuke deixou Sakura a sós com Sarada. Sabia que elas precisavam de um momento assim para falarem coisas de mulher. Então, o moreno saiu de fininho e encontrou com a mãe na cozinha.

— Filho, Sakura é uma mulher adorável. – Comentou Mikoto.

— Por que está falando isso? – Arqueou uma sobrancelha.

— Quero afastar as dúvidas que rondam essa sua cabeça. – Afirmou sua mãe como se soubesse exatamente no que ele estava pensando.

— Você acha que eu tomei a decisão certa? Deixá-la se aproximar assim de Sarada...

— Acho. E, sinceramente, seu pai acha o mesmo. Obviamente, ele não vai verbalizar isso, mas ele comentou que Sarada está melhor agora.

— Eu também notei que a minha filha está mais feliz que o normal nos últimos dias.

— Então, deixe de ser bobo e permita que sua filha conheça bem a mãe. Elas se entendem, querido.

— Acho que tenho medo de ser trocado. Tudo em Sakura deixa Sarada impressionada.

— Sua filha te ama. Por mais empolgada que ela esteja com a mãe, ela nem sabe do grau de parentesco ainda.

— E quando souber?

— Você e a Sakura terão que preparar o terreno bem antes de revelar isso.

— Eu não queria que Sarada deixasse de ver Karin como mãe. – Confessou.

— Sasuke, nós dois sabemos que sua esposa não chegou a ser uma mãe de fato para essa menina. Ela não suportava o choro dela, sempre a largava comigo para dar banho e comida para ela. A única coisa que ela fez para Sarada foi levá-la para a creche ou brincar com ela durante meia hora e depois se cansar.

— A senhora está certa. Acho que idealizei muito uma família e acabei não tendo.

— Querido, você tem a nós e a Sarada. Uma hora você conhecerá uma outra mulher com quem poderá ter mais filhos e formar essa família que tanto deseja.

— Não quero dar uma madrasta para Sarada.

— Não sei porque você diz isso agora se já deu uma madrasta a essa criança quando tinha um dia de vida.

Mikoto havia falado a verdade, que por sinal era dolorosa. Aos 30 anos, Sasuke pensava de uma forma completamente diferente do que quando tinha 18. Quando era mais novo, Sasuke acreditava da mesma forma que seu pai que não poderia criar sua filha sem ter uma família a oferecê-la. Então, a partir do momento que ele decidiu assumir a criança, o rapaz sabia que teria de casar.

 Deveria ter sido com Sakura, mas a verdade é que a moça não tinha passado de uma aventura para ele. Não era amor. Apesar de ter traído Karin com muitas garotas, era pela ruiva que ele nutria um sentimento sincero e, por isso, se casou com ela. Num primeiro momento, ela não aceitou o pedido, mas depois Fugaku a convenceu a aceitar. Hoje, Sasuke sabe que não deveria ter se casado daquela forma. Talvez se tivesse esperado mais soubesse que Karin não desejava criar sua filha assim como ele sonhara. A ruiva só queria o marido. Tal egoísmo fez com que o casamento se tornasse cada dia mais fracassado.

Por mais que tentasse ser um bom marido, nunca conseguia suprir os desejos da amada. Karin exigia passeios, viagens, noites inteiras de sexo, mas eles tinham um bebê pequeno para cuidar. Então, isso tinha sempre que ser adiado ou então aproveitado pela metade. As necessidades de Sarada sempre estariam acima das dela e isso a ruiva odiava. Sasuke sabia disso, mas tentava relevar, pois a esposa tinha aceitado a difícil tarefa de criar a filha de seu amado com outra. Sasuke sabia que era algo humilhante para ela.

 

[...]

 

— Já sabe quando irá voltar? – Sarada perguntou.

— Não tenho uma data, querida. Mas prometo voltar logo. Tenho alguns compromissos em Nova York, mas vou ajeitar minha agenda e voltar para Konoha. Tenho uns planos para essa cidade.

— Que planos? – Perguntou curiosa.

— Saberá no tempo certo! É surpresa!

— Ah, vou morrer de curiosidade!

— Terá de aguentar, Sarada!

— Acho que me acostumei a ter você por perto. Vou sentir muito a sua falta! – Declarou a garota.

— Eu também vou sentir, querida! Você nem imagina o quanto! – Sakura beijou a testa da filha e abraçou. Só ela sabia o quanto doía partir.

Quando chegou em Konoha pensava que não teria o direito de ver a filha, que a esta altura teria sua família perfeita. Mas ao conhecer Sarada e depois descobrir que Karin tinha falecido, Sakura percebeu que voltar a cidade tinha sido a melhor coisa que poderia ter feito. Reviu a filha, esclareceu a situação de seu passado nebuloso com Sasuke, então tinha valido a pena. Seu novo objetivo era voltar a fazer parte da vida de sua filha. Para isso, arranjaria sua vida assim que retornasse para Nova York e trataria de encaixar a menina em seus planos.

 

[...]

 

Quando chegou ao hotel, Sakura encontrou Shizune esperando por ela já com as malas prontas.

— Demorou muito, Sakura!

— Desculpe, quando estou com Sarada o tempo voa! – Falou sorrindo.

— Sakura, eu sei que você gosta muito dessa menina e que ela é filha de um cara que, obviamente, foi muito importante pra você. Gostaria de saber qual é a sua ligação com esta criança? Ou ela só é importante por causa do pai dela?  – Shizune precisava que Sakura confirmasse sua desconfiança.

— Ok. Eu vou lhe contar a verdade. – Concordou Sakura.

— Graças a Deus! Achava que estava começando a imaginar coisas...

— Bem, a menina é importante pra mim, mas nada tem a ver com o pai dela ok? Sasuke pertence ao meu passado, mas Sarada é parte do meu presente e estará no meu futuro também porque ela é minha filha com aquele idiota. – Confessou.

— Como assim filha? Eu nunca soube que você já era mãe! Não se pode esconder uma coisa dessa da sua melhor amiga e também assessora de imprensa. Se essa história vaza, você está ferrada e eu não posso ser pega desprevenida!

— É uma longa história. Já está tarde e a gente acorda de madrugada para pegar o primeiro voo, então, posso te contar tudo quando chegarmos a Nova York?

— Claro! Ah, também tenho um recado pra te dar.

— Qual?

— Kakashi voltou de viagem mais cedo e quer se encontrar com você assim que você chegar.

— Ele não pode esperar, mesmo?

— Faz quase quinze dias que ele não te vê. E sete que vocês não se falam nem pelo telefone.

— Que culpa eu tenho que ele estava do outro lado do mundo trabalhando? Eu também sou uma mulher de negócios. Ele tem de entender.

— Diga isso ao seu noivo.

— Ok!

Esse tempo em Konoha quase fez Sakura esquecer que tinha um noivo. Seus dias estavam tão focados em descobrir mais sobre Sarada, que ela não conseguia pensar em mais nada. Além disso, quando não estava prestando atenção na filha, seus pensamentos se voltavam para Sasuke. Tinham conversado pouco, mas ela percebera que o homem estava muito diferente do garotão idiota que tirou sua virgindade e depois a abandonou grávida para que em seguida fosse forçado pelo pai a assumir a filha. A vida tinha dado inúmeras voltas nos últimos doze anos. E parecia ter dado mais voltas ainda nos últimos dias.


Notas Finais


Sasuke tá começando a se dar conta de que é um idiota né? De formas vocês querem vê-lo sofrer? Até o próximo capítulo ♥


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