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História A Guarda - A carta.


Escrita por: mineislouwt

Capítulo 2 - A carta.


Fanfic / Fanfiction A Guarda - A carta.

Alguns dias se passaram desde a minha visita a guarda real mas nada da tal carta. Estava em uma das praças da cidade me apresentando. Já era fim de tarde, o tempo estava bom, uma brisa leve ajudava a refrescar a área, alguns pais traziam seus filhos para passear. Já fazia um bom tempo que estava lá tocando minha música suave enquanto anoitecia. Quando o sol terminou de se pôr, guardei meu violão em sua caixa deixando as moedas e as notas que jogaram lá mesmo, em casa contaria quanto foi. Chegando em casa, meu pai me esperava no sofá da sala de visitas, tentei ler sua expressão, mas era impossível.

 - Então você realmente quer entrar para a guarda real? Quer proteger a família real? – ele falou sem qualquer emoção na voz enquanto dava discretos passos em minha direção. - Sim, eu quero – hesitei, mas falei por fim, minha intuições alerta ao perigo ainda não descoberto. 

 - Quer dizer que você prefere trair seu pai e tornar a morte de sua mãe em vão? – ele disse se aproximando cada vez mais.

- A morte dela foi em vão de qualquer forma. Não importa o que eu faça ou deixe de fazer. Ela não deveria estar morta. – as lágrimas de lembranças começam a se concentrar nos meus olhos.

- Por isso temos que vingá-la, porque ela deveria estar aqui conosco lutando contra a tirania desses ricos covardes!

- Não! Não era isso que ela queria! – gritei lembrando das discussões entre eles, onde minha mãe implorava para que ele parece com essa cisma. -  Ela queria paz! Paz! E é por isso que eu vou lutar! Pela paz que ela sonhava! E farei qualquer coisa por isso! Até mesmo...– continuei, teria falado mais se algo não tivesse acertado meu rosto com força fazendo-o arder de dor.

 - Até mesmo se virar contra seu pai? Hein? – ele falou com ódio – Isso foi a gota D'Água, Adele! - Eu achei que você fosse como a sua mãe, mas você é fraca, você é uma vergonha para a nossa família! – ele olhou nos meus olhos com ódio e deu mais um tapa forte no meu rosto. 

 Eu imediatamente subi correndo para o meu quarto, eu não aguentaria ficar ali por mais nenhum minuto. Quando eu já estava arrumando minhas coisas para sair dali o mais rápido possível, um bilhete passou pela porta e parou perto de mim, eu o abri e percebi que era do meu pai.

"Adele, eu realmente esperava mais de você! Eu nunca pensei que você fosse capaz de trair seu próprio pai para proteger aqueles idiotas da família real, você é uma vergonha para a nossa família, você acabou de me provar que é uma inútil! Não é possível que você seja minha filha. Eu não quero nunca mais ver você na minha frente e muito menos dentro da minha casa, a partir de hoje eu não te considero mais como minha filha."

Aquelas palavras doeram em mim, eu não sabia mais o que fazer. Meu pai, a única pessoa que me restava, estava falando aquelas coisas para mim, isso realmente doeu. Eu não tinha mais o que fazer, juntei minhas coisas e fui para o palácio, não sabia o que tinha na carta, mas iria entrar para a guarda real de qualquer jeito. Quando cheguei no palácio avistei o soldado Carpentier e corri em sua direção.

- A tal carta chegou a minha casa, mas não pude lê-la, na verdade só sei que ela chegou a minha casa pois meu pai me expulsou, enfim, seja lá o que estava escrita naquela carta, eu quero entrar na guarda real! 

- Senhorita, eu já ia perguntar-lhe porque chegou tão cedo, mas minha pergunta já foi respondida. Venha, vou lhe levar ao local de seus treinamentos. - ele fez um gesto para que eu o seguisse, se virou e foi em direção a uma sala. Concordei com a cabeça e o segui. Quando chegamos a tal sala, ele abriu a porta - que era enorme, ela tinha alguns detalhes dourados e tinha um enorme brasão da Dinamarca em sua estrutura de ferro. O soldado Carpentier olhou fixamente nos meus olhos, como se quisesse ler os meus pensamentos.

 - Senhorita, Woodstock, aqui será o local onde você virá com o soldado Oliver para o seu treinamento diário todas as manhãs. Concordei enquanto admirava aquele lugar. - Vou lhe deixar aqui para ir se acostumando com este local, até mais senhorita. - ele falou e saiu. 

Fiquei ali parada por alguns instantes analisando tudo, observando cada detalhe, pensei em me aproximar das armas, mas tive medo de fazer alguma besteira, então decidi ir apreciar outras coisas. Naquela sala havia várias pinturas de soldados que já haviam morrido, os quadros eram grandes e com vários detalhes, abaixo havia algumas breves informações sobre os soldados, como nome, a idade que eles morreram e qual foi o seu ato de bravura para proteger a realeza. Ouvi o barulho da porta abrir e me virei rapidamente para ver quem era, devia ser o soldado Oliver. Olhei para o broche prateado de seu uniforme para ter certeza.

- Olá, senhorita Woodstock, sou o soldado Oliver e sou o responsável pelo seu treinamento, primeiramente você irá fazer seu TF, treino físico, duas sessões por dia, e cinco vezes por semana, um individual e o outro em grupo com os outros soldados, você terá que fazer corridas diárias entre 5 a 20 km três vezes por semana, nas terças-feiras você terá um treinamento com os outros soldados no qual vocês vão fazer a marcha militar, que é basicamente caminhar em ritmo rápido e contínuo com pesos de mochilas e armas nas costas. O TF se inicia imediatamente após o alarme que indica a hora de levantar, e começa, geralmente, por volta das 6:30 da manhã. Alongamentos são feitos antes dos exercícios. Caso o primeiro exercício seja corrida, os alongamentos se estendem por mais 2 ou 3 minutos além do habitual. Depois que uma das atividades é terminada, os soldados se alongam novamente e são liberados para cuidar da higiene pessoal até a hora de se reapresentar para cumprir com o seu dever, em torno das 9 da manhã. Apenas concordei com a cabeça esperando que ele me desse alguma ordem. - Vou lhe levar ao seu quarto e depois lhe levarei ao ateliê do palácio para que as costureiras façam o seu uniforme. - ele falou fazendo um gesto para que eu o seguisse. Concordei novamente com a cabeça e o segui. Quando chegamos ao meu quarto, entrei e joguei minha mochila em cima da cama, admirei o local por uns instantes, mas depois lembrei que tinha que ir até o ateliê com o soldado Oliver. Quando estávamos a caminho do ateliê, vimos o príncipe Frederick, - ele era o príncipe mais novo. - O soldado Oliver fez uma longa reverência, enquanto eu fiz uma reverência breve e passei alguns segundos encarando o príncipe. O príncipe nos cumprimentou e saiu. - Aqui é o ateliê, - ele falou apontando para uma porta, ela não era nada parecida com as outras do palácio, era simples, mas ainda sim bela. - Já falei com as costureiras para que elas fizessem o seu uniforme, depois que elas terminarem pode ir para o seu quarto e descansar para amanhã. Ele foi embora, enquanto eu fiquei parada em frente a porta por alguns segundos.  


Notas Finais


Espero que gostem desse capítulo e também dos outros que estão por vir, me desculpem se tiver algum erro ou algo assim e eu vou tentar postar mais vezes. <3
Obrigada as pessoas que estão lendo.


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