História De Volta a Ação : O Irmão perdido... - Tudo por Amor

Já havia recuperado boa parte dos meus sentidos agora, só me faltava abrir os olhos,
assim fiz, rapidamente tentando me adequar a claridade, minha olheiras, sentia que elas haviam diminuído. Onde eu estava? Em algum tipo de pedra, seu formato se adequava perfeitamente ao corpo de um filhote.
-Se sente melhor Kion?
"Zira", sentia por instinto que essa era seu nome, Ela apresentava um tom de voz muito mais amigável.
-O que você fez?
Minha voz saiu rouca, como a de alguém que não falava ou bebia algo há dias, era esse o caso. Me levantei, sentido cada parte do meu corpo dolorida.
-Sabe Kion, há uma antiga lenda, que diz: "Um dia, um leão abençoado, herdará o Grande Poder do Rugido do Ancestrais, ela escolherá de que lado ficar, e ao lado que ele escolher, haverá triunfo. Seu poder será mais forte do que qualquer outro, ele deverá escolher o lado vencedor, e fazer dele sua honra."
Franzi o Cenho.
-Então, significa...?
-Você é esse leão Kion, com minha ajuda, você poderá aquilo que quer...
-Que seria?
-Ganhar poder, e finalmente dominar as Terras do Reino a sua maneira.
Sim, era aquilo que eu queria, poder, ah! Como essa palavra soa bem, vingança, tão tentador.
-Tudo bem, mas o que você ganharia com isso?
Ela estava prestes a responder quando uma Leoa entra na caverna, interrompendo-a.
-Zira, desculpe interromper mas...
-O que você quer?
Sua voz deixará de ser amigável para se tronar assustadora, a Leoa se encolheu, mas continuou a frase hesitante.
-Encontramos uma intrusa.
-Sei, o quais são as ordens para intrusos?
-Morte. mas...
-Exato, qual é a diferença desta vez?
-Ela possui a marca da Guarda do Leão.
-Quero- a aqui agora!
Tempo depois, uma escolta de Leoas traziam uma Guepardo, reconheceria aqueles olhos verdes em qualquer lugar.
"Fuli."
-Kion?
Diz ela em um murmúrio.
Zira a olhava com desprezo, ela queria Fuli morta, demonstrava isso no seu olhar sádico e psicopata.
-Matem-na.
Cuspiu as palavras. eu não poderia deixar isso acontecer, eu não vou deixar isso acontecer, não com ela.
-Não.
Gritei,
-Eu não me aliarei a você se você a matar!
Ficamos nos encarando por alguns segundos, eu via nos olhos da Zira que elas estava dividida, ela sabia que a aliança comigo, era frágil, por outro lado, ela não gostava de invasores- pude perceber- e ela não poderia parecer fraca na frente de suas seguidoras.
-Está bem...
Me aliviei. Voltei a encarar Fuli, Ela não me encarava com gratidão, ou mesmo alívio, não consegui distinguir o que morrera exatamente dentro dela, mas algo estava errado, eu via isso.
-Mas se ela me causar problemas, ela morrerá.
Parou de me encarar para olhar para sua seguidoras.
-Levem-na para as cavernas-Baixas.
Quando a ameaçaram mata-la, me senti um inútil, ela iria morrer, e não podia defende-la, ajuda-la, protege-la.
Levaram ela para uma caverna grande, na qual a acompanhei para me explicar, chegando lá, eles a colocam em uma parte da caverna na qual tinha uma caverna secundária, de onde daria para colocar uma pedra na frente e fecha-la por completo.
-Deixe-nos sozinhos.
Disse a Leoa que guardava a porta, me olhou com desconfiança.
-Deixe-nos ou resolverá isso com a Zira.
Ela finalmente se afastou.
Olhei Fuli. Por alguns segundos parei, tentando escolher as melhores palavras, Fuli não era alguém cuja a confiança era sempre difícil de conquistar, uma vez que você a traísse, a perderia Senti meus olhos tomando um tom alaranjado de novo.
-Fuli...
-Não ouse fale comigo.
Disse seca, minhas orelhas abaixaram em arrependimento.
-Por favor me deixa explicar...
-Não há nada para explicar, Kion...
Abri a boca para discutir, mas ela me interrompeu
-Você nos traiu, traiu seu reino, sua família, seus amigos...
Sua voz saia tremula.
-Me traiu.

-Fuli... Não é o que parece, meu pai... é tudo culpa dele, ele não aceitava a minha Guarda, o único jeito de faze-lo entender é...

-Matando-o...?
A olhei fixamente, seus olhos, eles pareciam perdidos, confusos traídos.

-Talvez.
​Agora eu fitava minhas patas, ​"Mata-lo?", perguntei a mim mesmo "Seria esse o único jeito de acabar com tudo isso? Mata-lo e tomar seu trono?", sentia ​algo maligno ​assumir o poder dos meus pensamentos.
​"Sim, Kion, pense em como as Terras do Reino seriam melhores em suas garras!"
-Bom...
​Pigarreou Fuli.
​-Terá que se decidir, quando chegar a hora, espero que faça a melhor escolha. Mas sem a minha ajuda.
Se virou fitando a parede.​"Como ela pode ser tão contraditória?"
​-Fuli, me ajude a tomar trono, com você ao meu lado... sei que sempre estarei fazendo a coisa certa.

Ela apertou suas patas, nas quais deslizaram suas garras.

-"​Fazendo a coisa certa"? ​"Fazendo a coisa certa"?
​Sua voz transbordava em raiva, e angústia. Ela se virou pra mim, e se colocou milímetros de mim, essa era a Fuli, mandona, orgulhosa...
​-Você acha que quando fugiu pras Terras Sombrias estava fazendo a coisa certa​?
​Que quando veio até Zira, para atacar as Terras do Reino... O seu​ lar, estava fazendo a coisa certa?

Desviei o olhar.
​-Eu... Não sei o que estou fazendo...

Murmurei, arrependido, ela estava certa, isso não era a coisa certa, tanto poder... usado para o mal, esse​ não sou eu, mas... meu pai, por que ele me dava tanta raiva? Senti um espasmo estranho no estômago, como uma batalha. 
​Uma... Duas... Três lágrimas caiam descontroladamente do meu rosto, encontrando seu destino ao chão. Dei um soluço de agonia.

-Você está certa, o que eu estou fazendo?
​Joguei minha cabeça em seu ombro, me aconchegando naquele pelo macio, a essa altura apenas deixava que as minha lágrima caíssem. Ela devolveu o abraço.

-Não precisa se preocupar...
​Sua palavras me causavam conforto extremo, senti vontade de nunca mais sair de perto daquela guepardo que me fazia sentir tão bem.

-Nós Voltaremos ás Terras do Reino e... Falar com seu pai...
​Meu pai? Meu Pai? Ele era a razão disso tudo afinal, como poderia voltar? Ele não me aceitaria nunca mais.  Me afastei abruptamente de Fuli, e voltei a encara-la, senti a coloração dos meus olhos mudar.

-Não!

-O que?

-Eu disse Não.
​A última palavra saiu como um rugido, que a arremessou para o outro lado da caverna, Fuli caiu desacordada. 

-Eu quero que você saiba que eu amo você Fuli...
​Me aproximei dela, e beijei cuidadosamente sua testa.

-Mas não irei voltar ás Terras do Reino tão cedo.
​Uma sombra de arrependimento passou por meus olhos, mas logo se decepou, de certa forma eu me sentia tão orgulhoso e confiante. Saí da caverna, o arrependimento agora, havia voltado, e mais forte.
​"Ah não, o que eu fiz? Fuli pode estar ferida, é minha culpa."
​​"-Não Kion, Nada disso é sua culpa!"
​Ouvia uma voz dentro de mim, era como se meu avô estivesse falando comigo, mais a voz, era tenebrosa e cheia de más intenções 

“Você não fez nada de errado Kion, foi ela quem deu seu julgamento e ela pagará por isso.”
​​"Como ousa falar dela desse jeito? E quem é você?
"Ora Kion... Não achei que receberia seu tio​ desta maneira, estou decepcionado."

​"Scar...?"

It's getting hard to write

And late into the night

It's been while now, I toss the mail around

I hope you've been alright

I'm eager just to know

Where, from this point, I go

Cause I can tell you now, I've made my way around

But I never seem to grow

If you can see right through this letter

Then all the tears clearly shown

I guess it must be for the better

But I just thought I'd let you know.

Está ficando cada vez mais difícil de escrever
Já é tarde da noite, e meus olhos se fecham
Tem sido difícil para min, jogar isso no correio, toda noite
Espero que esteja bem.

Estou apenas precisando saber
Onde, a partir desse ponto, eu devo ir sem sua orientação
Porque eu posso te dizer agora
Eu nunca pareço me desenvolver, e sim Regredir

Se você pode ver através desta carta
Então, você vê todas as lágrimas derramadas
Eu acho que deve ser melhor
Mas eu apenas pensei em deixar você saber.