História A Happy Start For Us - Sem mais fugir

– Nós precisamos de magia. Ela pode fazer do mundo um lugar melhor! Sei que parece impossível, mas pense bem, em algum momento TODOS vocês já acreditaram. Vocês deixaram essa parte de vocês pra trás! Mas todos vocês podem voltar a acreditar. É só enxergar! Então o que dizem?! Vocês farão o pedido por nós?! Vão ajudar a trazer a magia de volta pra esse mundo?! 

- Enquanto isso- Casa de Zelena, Storybrooke –

- Eu ainda acho que elas estão demorando demais... – Henry pensava sentando no sofá enquanto desligava a televisão, pois suas tentativas de achar um canal bom foram em vão.

- Elas estão bem Henry, não precisa se preocupar. – Fala pegando a geleia e o requeijão um em cada mão, fechando a geladeira com o pé e colocando tudo na mesa. Havia acabado de acordar e Henry deu uma passada lá pra saber se a tia tinha notícias de suas mães. – Você sabe muito bem que vencer e prender alguém forte e poderoso como o autor não é nada fácil e muito menos rápido! Mas quando você menos esperar elas estarão aqui de volta. Vem cá! – Faz um sinal com a mão e o menino se senta junto a ela pegando um copo e colocando um pouco do suco de limão.

- Eu sei disso! Mas eu gostaria que elas pelo menos ligassem pra falar se tá tudo bem, o que tá acontecendo... Nem a chave do livro elas levaram!

- Henry! Presta atenção! Estamos falando de uma mulher que conquistou reinos em menos de semanas e de outra que não tem o título de Salvadora por acaso. Elas vão ficar bem! – O menino sorri a olhando e ela não entende e o estranha- O que foi?...

- Nada. É que... Você é bem diferente do que demonstrava. – Percebendo que a tia ainda estava confusa, ele explica- É que você era tão...

A ruiva ri- Eu entendi! – Sorri – E fico feliz por ter mudado sua maneira de pensar!

- Nova York –

 Todo o povo da praça ainda a olhava atentos. Mas Emma não tinha mais tempo. Precisava de uma resposta logo. 

Vê o carro de Issac se aproximar da praça e logo tenta acelerar as coisas e puxar fila. - Vamos lá! É só fazerem um pedido!  - Fala descendo do leão e correndo até a fonte junto com toda aquela gente que procuravam moedas em seus bolsos para lançarem um pedido junto à Emma.

Todos faziam seus pedidos mais íntimos e internos à fonte o que fazia a magia daquele mundo ser ainda maior e mais forte. Regina também jogava uma moeda na fonte. “Eu desejo encontrar meu final feliz.”

Emma corre até ela- Eu sabia que confiaria em mim!

A morena termina seu pedido e a olhou arqueando uma de suas sobrancelhas- Eu nunca disse que confiei que isso daria certo.

- Por que mais estaria aqui ao invés de ir embora de vergonha?! – A loira sorri ao perceber expressão dela que Regina não tinha resposta. Mas logo seu rosto muda. – O que foi Regina?

- Issac. Ele chegou. – Fala o vendo sair do carro e fechando fortemente os olhos junto a Emma. A chave logo apareceu na mão de Emma que corre até o homem o puxando pelo braço- Ei! Solte-me!

Regina o ignora e ao chegarem a um beco, lança-o contra a parede com magia. O mesmo a olha do chão assustado. – Magia?!... Mas como...- Emma o interrompe- Isso não tem importância. O que realmente importa é que você será finalmente preso e que isso... – Pega a caneta de sua mão. – Não te pertence mais. – Fala teletransportando a caneta que para exatamente nas mãos do próximo autor. 

- Casa de Zelena, Storybrooke –

 Henry estaria sentado ao sofá junto com Zelena que se concentrava no celular quando uma caneta magicamente apareceu em sua mão com um brilho azul inexplicável. Ele olha para a tia que sorria- O que... O que é isso?

- É a caneta do autor, Henry. É a sua caneta.

- Nova York -

– Assim como esse mundo também não. 

- O- o que quer dizer com isso?... – Gagueja pelo medo que o tomava. Sabia muito bem o que ela havia sugerido quando vê a chave na mão da Salvadora enquanto Regina a estendia o livro aberto na folha da porta. 

 Emma coloca a chave na fechadura e Issac é imediatamente sugado para dentro do livro novamente. A tranca e Regina incendeia o objeto junto à página do livro.

 As duas andam em silêncio até o carro. – Agora demos adeus a esse idiota. ... E ao meu final feliz também. – Regina fala entrando no mesmo.

- Ei! Não desanima! – Emma vai atrás. – Agora temos o Henry como autor, ele pode mudar isso! E... Bem... Trazer o Robin de volta. -Falou com um nó na garganta enquanto ligava o carro. Chegariam a Storybrooke umas cinco da tarde, então seria uma longa viajem.  

 Mesmo que não admitisse isso em voz alta, não queria de modo algum que Robin voltasse. Pois se isso acontecesse, Regina estaria comprometida de novo.

 Aquilo de “Eu sempre fui hétero” estava começando a desaparecer da cabeça de Emma. Ela sabia muito bem o que sentia por Regina e sim, era amor.

- Não. Isso não. – Emma a olha por alguns segundos estranhando-a e logo volta a olhar pra frente. A rainha percebe- Ele foi ótimo pra mim, mas já me convenci que não era pra ser. Até a própria Sininho me disse isso! 

 - Mas... Se ela te falou isso, deve saber quem é realmente seu final feliz, não é mesmo?

- Ela me disse que não contaria. – Oculta a parte da tatuagem de cisne. Achou que isso seria irrelevante e que não precisava dar tantas informações a Emma. 

- Não acha melhor ligarmos pra avisar que deu tudo certo?  - A rainha concorda com a cabeça e logo pega o celular. Os avisa e dentro de alguns minutos, elas já estavam na estrada.

- Casa de Zelena, Storybrooke –

- Hmm... Sério?! Eu o aviso, pode deixar Gina. Boa viagem de volta! – Zelena fala desligando o celular enquanto Henry a olhava esperançoso- O que foi?! 

- A Gina acabou de me ligar. – O mesmo ainda mantém o mesmo olhar e ela continua. – Elas conseguiram, Henry! E estão voltando a Storybrooke! 

 O menino a lança um sorriso entendendo o porquê a pena havia aparecido em sua mão- Precisamos comemorar!

Zelena concorda com a cabeça- Vamos até a casa dos seus avós, assim eles nos ajudam a preparar algo no Granny’s! 

- 20horas- Storybrooke –

 Após pararem em um lugar pra comer à tarde, Emma e Regina seguem viagem até chegarem a Storybrooke. A xerife para o fusca na esquina, descendo com a prefeita.

- Elas chegaram! – Leroy grita.

 – Fiquem todos em suas posições! Tem que sair perfeito! – Ruby os organiza deixando um espaço para as duas entrarem. 

Quando as duas entram, todos batem palmas enquanto Mary Margaret, David e Killian iam abraçar Emma, Henry abraçava as duas mães uma de cada vez e Zelena abraçava a irmã.

- Vocês conseguiram! – Henry vibrava sorrindo.

- E então? Como conseguiram derrotá-lo?! – Ruby pergunta animada. As duas se olham vendo tudo o que teriam que explicar.

Iam falando sem parar e as enchendo de perguntas até que a vovó assovia deixando todos quietos- Por que não falamos disso depois e comemos agora?! Eu não fiz toda essa comida atoa! – Todos riem e começam a se espalhar pra comer.

 As comidas eram bem diversificadas. Entre elas, torta de maçã verde de Zelena, macarrão de Mary e todas aquelas comidas da vovó.

Leroy se aproxima da mesa para se servir de sua segunda sobremesa e olha a torta de Zelena que logo se pronuncia- Pode pegar o quanto quiser!

- Tá uma delicia! – Henry continua sorrindo.

O anão dá uma risada- E qual o ingrediente secreto?! Veneno?! 

- Maçãs verdes frescas. Elas dão um ar gostoso à comida! – Zelena responde com um sorriso no rosto atraindo o olhar curioso da irmã que logo sorri ao se identificar com a cena. O homem sai emburrado pegando a torta e fazendo uma cara de quem gostou. O sobrinho e a tia batem na mão um do outro em vitória.

Enquanto isso, Ruby ia repetir na terceira vez seu macarrão e a avó a impede- Mas vovó! Eu só comi dois pratos até agora!

- E você me diz SÓ?! Ruby, você vai ficar uma baleia desse jeito! – A garota faz uma expressão de desanimo e Sininho que estava próxima a elas pegando mais do estrogonofe, ri- Desculpe interferir, mas eu acho que a Ruby merece mais um prato! –A vovó revira os olhos cedendo e fazendo as duas sorrirem.

- Mas eu quero perguntar pra ela agora, David! Estou preocupada! – Mary insistia batendo com uma de suas mãos na mesa fazendo David que estava sentando a sua frente rir – Deixa elas descansarem! Mais tarde vocês conversam!

 Enquanto isso, Emma conversava com Gancho que estava próximo a uma das últimas mesas- Ei! – Fala chamando a atenção do pirata- Fico feliz que tenha... Bom, me recebido desse jeito...

O mesmo sorri- Que nada!... Mesmo depois de tudo, ainda quero sua amizade. Fique tranquila que é apenas isso! – A xerife sorri vendo que o assunto estava por fim, resolvido.

 Na mesa perto a porta, se encontrava Regina que logo é surpreendida com Emma que se senta a sua frente. – Eu tô exausta!... – Puxa assunto.

- E acha que estou como?! – Regina fala com sua grosseria de sempre fazendo a loira rir.

- Bem, acho que está do mesmo jeito!

A morena bufa acabando o prato- Tudo isso está maravilhoso, mas eu realmente sinto que vou cair no chão de cansaço a qualquer segundo!

- É, eu também... Já quero ir pra casa, quer que eu te dê uma carona?

- Não, obrigada. Eu vou andando mesmo.

- Aah, que isso Regina!

- Eu realmente n... – Emma a interrompe sorrindo- Eu não aceito um “não” como resposta! – A rainha a olha e logo ri com a insistência da amiga- Ok, ok! Eu aceito! De boa vontade e sem pressão! – Ironiza recebendo outra risada gostosa da parte da xerife que se levanta junto a ela indo até o carro.

O caminho foi com altas conversas. As duas tinham tanto o que comentar desse dia que Emma aceita o convite de Regina pra entrar um pouco.

 As duas entram e pegam um pouco de vinho na cozinha. Haviam acabado de comer, isso não faria mal.

- E a hora em que você o tacou no chão?! Aquilo foi MUITO filme de ação! – Emma falava animada fazendo a morena rir.

 - “Isso não te pertence mais! Assim como esse mundo também não!” – Regina a imitava fazendo-a rir também. Mas em algum momento, as risadas pararam e um sorriso sem dentes apareceu no rosto das duas que se encaravam docemente. Para qualquer um, a tensão que havia no ambiente era claro. Era claro que queriam se beijar, se tocar e sentir uma a outra ali mesmo. As duas retiram o sorriso do rosto deixando seus olhos falarem e demonstrarem o desejo presente neles, até que Emma se pronuncia- Já tá tarde, eu preciso ir.

- Aah, claro. Tudo bem. – A morena se levanta junto a Salvadora e as duas vão até a porta. Abraçam-se e se despedem- Até amanhã. – Emma fala sorrindo enquanto entra no carro e Regina dá outro em retribuição. Dando a partida, o fusca anda e a porta da mansão se fecha.

 A rainha respira fundo sorrindo. Toda aquela aproximação com Emma lhe fazendo tão bem que não queria que ela fosse embora naquele momento. De frustração, bufa enquanto guardava o vinho na geladeira.

 No carro, Emma ainda estava pensativa. Não queria ter ido embora e aquilo pra ela, fora um tremendo erro. Não adiantava mais fugir, não queria mais fugir.

“Você lutou pelo final feliz de todos e ainda luta, Emma. Agora vai fugir do que quer?!” 

 Não, aquilo não aconteceria de novo. 

“Eu não posso mais fugir. Tenho que ir atrás do que quero. Tenho que ir atrás... De quem amo.”

Com esse pensamento, para violentamente o carro o virando para trás. Agora, não pensava em como seus pais iriam reagir, em como Henry iria ficar, só pensava que naquele momento, precisava de Regina mais do que nunca.