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História A Herdeira de Snape DESCONTINUADA - Um mistério foi resolvido e outro foi achado


Escrita por: allexx_

Notas do Autor


Oiiii. Cá estou eu, de novo, postando capítulo depois de milhares de anos. Mas eu tava viajando e não consegui escrever mais rápido, apesar de eu querer.
Espero que gostem :3

Capítulo 16 - Um mistério foi resolvido e outro foi achado


    - Tenho de admitir, Hermione - eu disse, analisando o galeão que Hermione dera a todos da AD - Você é genialmente genial. Acho que até o Hodge teria dificuldade em te enfrentar

    - Quem? - ela perguntou, rindo - Mas fico feliz, de qualquer jeito

    - E como você acha que a Ordem da Fênix tem ido? - eu perguntei, apenas para continuar a conversa

    - Bem - ela disse, terminando de escovar seus dentes e sentando em sua cama - Falando nisso, você precisa conhecer a Ordem inteira

    - Com a Ordem inteira você quer dizer Sirius Black? - eu perguntei e ela sorriu maliciosamente - Caramba, Hermione! Eu esperava isso de todo mundo, menos de você!

    - Sirius é seu padrasto e seu futuro sogro! - ela me abraçou de uma forma tão falsa que eu até estranhei

    - Futuro sogro? - eu resmunguei, bufando e revirando os olhos

    - Ou ele ou Lucius Malfoy - ela falou e eu fiz uma careta tipo “Tá lokona, tio?” - Amiga, tá tão na cara que você tá afim do Harry e do Malfoy que até os presos de Azkaban conseguem sentir isso

    - Você tem cada uma, Hermione - eu disse, alisando e olhando Athena, que olhava Bichento, que olhava Hermione, que me olhava. Ou seja, eu era o centro do mundo! Chupa, DiCaprio!

    - Mas vai me dizer que você não está nem um poquitinho afim de algum dos dois - ela fez uma cara de uma idiota apaixonada

    - Um poquitinho, talvez - eu respondi e ela começou a pular feito uma mola - Mas não sei o que eu sinto pelo Draco... Mas não vou ficar discutindo minha vida amorosa com você, querida. Quer parar de pular!?!? - eu falei e ela parou de pular e quase quebrar o chão do quarto

    - Ai, amiga - ela falou, quieta no seu lugarzinho - Sabe como é, o Harry gosta daquela Cho Chang desde o terceiro ano, mas ela nunca deu muita bola pra ele - ela fez uma pausa dramática e colocou a mão no peito triunfantemente - Vocês dois ficavam tão bonitinhos e felizes no ano passado. Harry pensava muito em você.

    Não respondi. Era uma sensação estranha pensar que Harry pensava em mim. Era estranho, não necessariamente ruim. Na verdade, não era ruim. De novo, era apenas diferente.

    - Quase que você foi a refem dele na segunda tarefa do Tribruxo - ela suspirou - Mas não acharam você a tempo. Então usaram o Rony mesmo. Já imaginou se tivessem encontrado você? Que loucura?

    - Aí sim que Rita Skeeter e as revistas de fofoca iriam me perseguir - eu ri, sem emoção alguma em minha voz

    - Dumbledore ficou muito feliz em ver que você e ele estavam se dando bem - ela falou - E a diretora de Beauxbatons também - sorri ao lembrar da minha querida e meio maluca Madame Maxime - Ver que o objetivo do Torneio, que sempre foi aproximar as três escolas, estava funcionando, pelo menos com vocês dois

    - E você e Viktor Krum? Não se deram bem também? - eu perguntei, com um pouquinho de vontade de rir. Ok, muita vontade de rir da carinha da Mione

    - Eu e Viktor nos demos bem, mas não tão bem quanto você e Harry - ela sorriu irritantemente. Essa conversa já me encheu o saco, moça!

    - Você sente falta dele? - eu perguntei, e me surpreendi com a minha própria fala

    - Ele era legal, se você conhecia ele - ela olhou a janela - De início, eu não gostei muito dele, mas depois eu comecei a conversar com o Viktor, sabe?

    - Então o lance de vocês não era físico? - eu perguntei, maliciosamente 

    - Harry...

    - É, ele me contou. Uma das poucas coisas que me lembro das conversas que tivemos - eu respondi e ela corou violentamente - Mas não faz mal não, Mione - ela corou de novo

    Depois da sessão de “Vamos corar porque eu não tenho nada mais para falar já que minha cara disse tudo” da Hermione, eu resolvi ir ao campo de quadribol. Estava afim de morrer de hipotermia. Só um pouquinho. Talvez muito.

    Não sei se já falei, mas eu odeio quadribol. Com todas as minhas forças. Sério, qual o sentido de ficar correndo atrás de uma bolinha que tomou energético a vida inteira? Não entendo.  É perigoso. Imagina se você cai daquela altura, você morre. Isso na melhor das hipóteses. Além do mais, não sou muito fã de alturas. Nem um pouco, na verdade.

    Assim que eu cheguei, tinha um Potter com sua vassoura de última geração quinze metros acima da minha cabeça. Eu fiquei com um pouquinho de medo daquele merda cair em cima da minha cabeça. Mas eu confiava no potencial dela. No potencial da vassoura, não no potencial do Potter. Não sou de confiar em pessoas. Não mesmo. 

    Enquanto ele ficava rodando em cima da minha cabeça, eu me sentei em uma das arquibancadas e abri meu livro de quatrocentas milhões de páginas, eu acho. Como sempre, quando eu leio eu fico alheia ao resto do mundo. Estava centrada na página 925 quando o Harry vem me assustar, quase me fazendo cometer um crime esganando aquela linda criança irresponsável e imatura. Imatura, sem maturidade.

     - Você não sabe que é errado assustar as pessoas gratuitamente!?? - eu gritei e ele sorriu

     - Mas não foi gratuitamente - ele justificou - Você sempre faz isso comigo

    - Mas no meu caso é pura defesa - eu falei, arregalando meus olhos - Oha seu tamanho, certo? Agora olha o meu - ( ele me olhou de cima a baixo e seu sorriso aumentou ) - Se eu não faço isso, eu morro

    Ele apenas sorriu para mim e um silêncio horrível se formou. Sabe quando o crush tá na sua frente e você quer sair correndo, mas não faz isso com medo do que ele vai pensar de você e  você fica pensando em como sair sem que ele fique pensando que você é doente mental? Então, foi mais ou menos isso que aconteceu comigo e com o Harry. Mas, graças a Merlin, eu acabei estremecendo por causa da minha cicatriz. A minha cicatriz tava me dando problemas. É horrível, e tudo faz com que ela fique dolorida. Até a porra do vento, como aconteceu naquele momento.

    - Droga! - eu murmurei e Harry passou a mão levemente pela minha bochecha

    - Dói muito? - ele perguntou e eu neguei

    - Só um pouco, às vezes - completei e ele sorriu, parecendo aliviado

    Nós ficamos nos olhando por mais alguns segundos, sete e meio, não que alguém esteja contando, até que o Potter começou a tremer de frio.

    - Tô - eu disse, entregando a minha capa para ele, que negou a minha ajuda - Quer fazer o sacrifício de pegar a minha capa para não morrer de frio, por favor? - eu falei, irônica e meio brava e empurrei a minha capa para ele, que empurrou minhas mãos para longe dele

    - M-mas aí v-v-você vai ficar com f-frio - ele falou e começou a esfregar os braços, numa tentativa falha de se esquentar - E você não pode ficar com frio

    - Você não pode ficar com frio - eu falei, teimosamente - Eu não tenho problema com isso. Mas... - eu coloquei metade da minha capa no meu ombro direito - se você insiste... - coloquei a outra metade no ombro esquerdo dele - façamos assim, então

    - Você é louca, sabia? - ele disse, rindo, mas parando de tremer

    - Mas pelo menos você parou de tremer, não? - eu falei e ele balançou a cabeça

    - Falta uma coisa - ele sorriu

    - O quê? - eu perguntei, preocupada

    E aquele projeto de pessoa me beijou! Sim, na cara de pau mesmo. Claire, não pode surtar, me ouviu?!?! C-L-A-I-R-E  E-I-L-E-E-N  B-L-A-N-C-H-E, S-U-A  I-D-I-O-T-A! E-U, S-E-U  C-É-R-E-B-R-O, T-E  P-R-O-Í-B-O  D-E  F-A-Z-E-R  Q-U-A-L-Q-U-E-R  B-U-R-R-A-D-A!!!!!, era isso que estava passando na minha cabeça. Mas acho que não fiz isso. Nunca fui muito boa em seguir ordens.

    Naquele momento, eu não senti mais frio. Harry colocou uma de suas mãos em minha cintura e a outra se embolou em meus cabelos, enquanto minhas duas mãos estavam entrelaçadas atrás da nuca dele.

    Quando o maldito ar fez falta, Harry acariciou levemente a minha bochecha, causando arrepios por todo o meu corpo. Era como se uma corrente elétrica estivesse nos mantendo unidos, e espantasse o frio para longe de nós dois. Quem, um dia, iria dizer que eu, Claire Blanche, iria dizer isso de alguém, de Harry Potter. O Harry Potter.

   - Se queria me beijar, era só falar - eu disse, fingindo uma bronca - Não precisava inventar nenhuma desculpa. Eu te beijo com o maior prazer, Potter

    - Da próxima vez, eu te aviso - ele me deu um selinho - Da próxima vez, Blanche. Eu prometo.

    Eu ri e ele riu de novo. Sério, quem diria que eu pareceria aquelas garotas fúteis que eu zoei por quatorze anos. O mundo realmente dá voltas... Harry Potter faz o mundo dar voltas. Quando eu namorei o Louis, por exemplo, não era sim. E sim, eu namorei a porra do Louis. E a Madeleine também. 

    Ficamos conversando por mais um tempo até que tivemos que entrar devido ao frio que fazia lá fora e a incapacidade da minha capa de esquentar nós dois. Entramos juntos, abraçados. Antes de chegarmos ao Salão Comunal, Angelina veio falar com Harry sobre a partida de quadribol que se aproximava e eu estava voltando para o Comunal quando escutei Dumbledore e Snape conversando numa sala vazia.

    Convenhamos, o professor morcego e o diretor conversando numa sala vazia que ninguém usa, sendo que os dois têm salas próprias, é bem suspeito. E eu, como boa pessoa, não consegui ficar sem escutar. Eu até tentei ignorar isso, mas foi impossível. Encostei o meu ouvido direito na porta enquanto o esquerdo ficava alerto a qualquer pessoa chegando. Por sorte, na correria deles, não jogaram um Abaffiato. Graças a Merlin.

  - Severo, sabe que será melhor se as coisas acontecerem dessa forma - Dumbledore argumentou, calmamente 

    - Professor... - Snape começou 

   - Você sabe que Voldemort está atrás de novos recrutas, meu caro - interrompeu Dumbledore - E ela é perfeita para esse cargo - ele deu uma pausa. Snape devia ter tentado interromper - Não podemos negar isso, Severo 

    - Mas quer dizer... ela estava certa? - perguntou o professor, meio assustado, mesmo que tentasse ser indiferente a tudo isso

    - Existem muitas ela’s no mundo, Severo - riu Dumbledore, achando graça naquele embaraçamento do Snape

    - O senhor sabe de quem eu estou falando - Snape continuou - Ela estava certa em tirá-la daqui, durante a Primeira Guerra? 

    - Ela é muito inteligente, de fato - ele retrucou

    Quem é ela, quem é ela? Era isso e apenas isso que eu queria saber.

    - Quem é ela, caralho?! - eu falei, meio brava, e acho que eles ouviram

    Ficou um silêncio mortal na sala e eu pude escutar alguns passos leves em direção a porta. Olhei por todos os lados, mas não consegui achar um esconderijo antes de Dumbledore abrir a porta. Não sou boa em me esconder, ok?!

    - Senhorita Blanche - falou Dumbledore, exalando luz, mesmo naquela situação tão horrível - Vejo que nossa conversa estava alta, não? - ele perguntou e eu assenti - Aprendemos algo com essa jovem, Severo. Apesar de tudo, não esqueça de jogar um Abaffiato nas salas, não é mesmo? - ele riu, aparentemente orgulhoso...?

    - Acho que, considerando sua antiga educação, a senhorita saiba que é muito feio e deselegante para uma lady escutar conversas dos outros pelas portas - falou Snape, sorrindo vitoriosamente, e imediatamente levantei minha cabeça para ele

    - E acho que, considerando o fato de o senhor ser meu professor, o senhor já sabe que não ajo como uma lady apesar de toda a educação que eu recebi - eu retruquei e tirei aquele sorriso do rosto dele

    - Senhorita, acompanhe eu e o professor Snape até a minha sala, sim? - falou Dumbledore cordialmente, e eu segui eles até a sala dele

    Quando chegamos lá, adivinha quem estava lá? Mcgonagall e o Colin. Sim, o bonitinho e inofensivo Colin Creevey. Ele parecia assustado e mortificado. Fiquei com dó dele. O que ele tinha feito, afinal?

    - Professor, achei o Creevey espionando a senhorita Blanche e tirando fotos dela - Mcgonagall começou e eu fiquei confusa. Colin... tirando... fotos... minhas...? - Não sabia o que fazer com ele, já que na câmera tinham mais fotos da senhorita Blanche, não apenas as que ele tirou essa noite, não é, Creevey? - Colin assentiu e Minerva passou a câmera para Dumbledore, que apenas olhou as fotos e ficou sério e decepcionado

    - Colin, sabe o quão errado isso é, não sabe? - perguntou Dumbledore e Colin assentiu - Decidiremos seu castigo amanhã. E acho que o problema da senhorita Blanche pode ser esquecido devido às circunstâncias, não? E sua câmera ficará comigo, senhor Creevey, ok? - eu e Colin assentimos - Voltem para seu Salão Comunal e esperem que Minerva venha falar com vocês sobre seus devidos castigos, ok?

    Eu e Colin saímos da sala e fomos em direção ao Salão Comunal. Eu ainda estava atordoada com tudo. Então era Colin que tinha tirado todas aquelas fotos minhas. Ele tinha lágrimas nos olhos, mas queria não chorar. Me senti traída. O que eu tinha feito para ele resolver começar a tirar fotos minhas? E ainda escondido.

    - Colin... - eu comecei e ele olhou o chão, envergonhado. Por mais que ele tenha feito errado, me matava ver ele assim, sofrendo. Ele estava quase chorando e eu abracei ele de lado - Tudo bem. Eu te perdôo 

    - Claire, eu sinto muito - ele se soltou de mim e me olhou nos olhos - Eu não queria dar as imagens para a Semanário das Bruxas. As únicas fotos que eu tinha era as do ano passado... Mas depois que elas viram as que eu tinha, pediram mais fotos. Eu tirei. Mas me arrependi depois que entreguei e pedi para elas cancelarem a matéria... mas disseram que era importante demais para ser cancelado...

Resolvi não comentar com ninguém sobre Colin. Com certeza iriam matá-lo e ele não merecia isso. Todos erramos. Afinal.

    



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