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História A herdeira do diabo - Capítulo 2


Escrita por: ParacetaLOKA

Notas do Autor


Essa história vai ser bem diferente do que vocês escutam ou sabem do que realmente aconteceu para o primeiro anjo cair, fiz do meu jeito para ser única, espero que entendam.


Boa leitura

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction A herdeira do diabo - Capítulo 2

 

Música: cash cash– how to love 

 

 

Chapter 2 – Oh, realy? Angel?

 

 

—Anda se escondendo de mim? Faz muito tempo que não vem aqui! – falou me abraçando pelos ombros

—Tive alguns assuntos! – dei de ombros vendo Otis roendo um osso gigante. Cada uma de suas duas cabeças mordiam uma parte do osso. Sua calda de dragão, agora havia mais espinhos do que eu me lembrava, as pontas dos espinhos possuíam um tipo de gosma,que te faria paralisar em instantes.

—Tem vistos alguns Deles por aí?– perguntou com repulsa

—Não,não me perturbam como antes!– falei me abaixando passando a mão em uma cabeça de Otis, vendo ele olhar para mim e balançar sua calda

—Quer ver sua mãe? – perguntou após um longo tempo de silêncio. 

 

Me levantei, vendo Otis se dispor ao meu lado. Ele era do meu tamanho, então era bem fácil olhar para ele,já que eu não precisava abaixar a cabeça, o que seria um saco. Caminhei pelos corredores escuros e pouco iluminado do castelo,sendo acompanhada por meu pai. O mesmo mantinha sua postura impecável, fria e dura de sempre. Seus olhos verdes sempre maldosos e calculistas, nunca vacilavam. Ele apontou para o spa – sim,minha mãe mandou fazerem um spa para ela. Com as palavras dela,ela disse que não era por que ela seria condenada a viver o resto da eternidade no inferno que ela ficaria sem seus luxos. E digamos que ela raptou os melhores para cuidarem dela– e foi para a direção dos quartos. 

 

—Fique aqui Otis!– ordenei vendo ele balançar a calda,ficando imóvel ao lado da porta.

 

Empurrei a porta de vidro,vendo alguns empregados andando por ali. Avistei uma morena sentada em uma poltrona,sendo rodeada por várias pessoas. Me dirigi até lá, sentindo todos abrirem caminho para eu passar.

 

—Oi mãe! – falei a olhando através do espelho. Ela levantou seus olhos castanhos de sua revista de moda,sorriu alegre e com um gesto com o indicador, fez todos os empregados se afastarem dela. A capa que cobria sua roupa caríssima foi retirada de seu corpo,mostrando seu vestido preto até os joelhos,totalmente justo e aberto dos lados. O decote dela era imenso, assim como seu salto alto. Ela parou em minha frente, fazendo eu olhar para cima,encontrando seu sorriso verdadeiro e feliz. 

 

Foi por minha mãe que meu pai foi banido para o inferno. Foi por ela que ele passará a viver o resto da vida aqui em baixo. Ele era um anjo, e amava minha mãe. Mas então, ele começou a amá-la mais que seu criador,o que isso é o maior dos pecados perante eles. Além de meu pai ser bem ambicioso,egoísta e ganancioso, não aceitava ordens de ninguém, Ele acreditou que nada mais justo ver meu pai passar o resto da eternidade com a pessoa que ama. Mas digamos que os tempos passaram. É claro que eu –ainda– acho que eles se amam. Mas eu,não acredito no amor. Amor para mim significa fraqueza, os outros descobrem uma fraqueza em você, eu não quero ser fraca,sou A herdeira. 

 

—Meu amor!– ela falou com seu sotaque puxado do México, me envolvendo em um abraço carinhoso. Abraçei sua barriga, vendo que ela estava mais alta que eu – Estava com saudades,mandamos Dominic cuidar de você, onde ele está?

—Sabem que não preciso de ninguém me vigiando mãe! – falei com tédio vendo ela repousar suas mãos em cada lado do meu rosto

—Você está tão abatida,olhe só esse cabelo ressecado? E essas unhas?

—Eu fiz minhas unhas ontem! – exclamei olhando as mesmas

—Não estão como eu quero. Carmen pode cuidar de você para mim!– ela disse e uma mulher ruiva, com mais ou menos minha idade aparaceu ao seu lado. Ela pegou em minha mão, me levando para a sala de massagem

—Mas só preciso que faça minha unha!

—Não foi isso que sua mãe me disse!– revirei os olhos.

 

Claro, mentalismo. 

 

Fácil, ela entrou na mente de Carmem e disse a ela o que fazer. Era divertido eu fazer isso,as pessoas me olhavam desesperadas,com medo,pavor. Adoro quando imploram pela vida,me revigora. 

 

***

 

 

Depois de quase três horas dentro daquela sala cheia de gente,com minha mãe palpitando em tudo, finalmente estava eu aqui,indo ver meu irmão. Agora eu estava com os cabelos acima dos seios, ondulados. Minhas unhas como garras de gatos,bem afiadas e pretas como a noite,brilhantes. Não havia reparado que eu estava tão tensa, até Mike fazer uma massagem perfeita em meu corpo. Meus saltos batiam contra o piso escuro de mármore, deixando um eco se alastrar pelo corredor mal iluminado dos quartos. Podia sentir a respiração de Otis atrás de mim,fazendo eu apertar os passos. Parei de frente a uma porta de madeira escura,apanhando a maçaneta da mesma,girando e a abrindo

 

O quarto do meu irmão estava uma bagunça total. Havia várias roupas espalhadas pelo quarto, alguns pares de sapatos também jogados no chão. As almofadas que iriam em cima da cama estavam no chão, formando um colchão de almofadas que ele sentava em cima. A televisão de setenta polegadas estava ligada no último volume,sendo reproduzido um barulho irritante de tiros e gritos. Meu irmão matava todos em sua frente,no jogo. Bati a porta fortemente, fazendo um barulho estrondoso. Ele se virou rapidamente para trás, vendo eu ali. 

 

—Olá irmãozinho! – falei pondo as mãos na cintura, sorrindo malandra. Ele se levantou apoiando as mãos no chão e veio até mim. Ele me abraçou deixando uma risada gostosa sair por seus lábios. Ele se afastou de mim,fazendo eu observá-lo melhor. Seu cabelo estava maior desde a ultima vez que eu o vi. Seus olhos estavam em uma grande mistura, mas o verde ainda prevalecia ali. Sua boca estava vermelha e sua pele um pouco mais morena. Ele estava maior que eu,mas muito pouco mesmo. 

 

—Faz tempo não acha? – perguntou feliz, me olhando alegre

—Sim,eu sei!– falei cansada o olhando feliz. Os únicos que sabiam me arrancar um sorriso alegre ou verdadeiro eram Gina, mamãe ou Jake. Não que eu não ame meu pai, mas é que ele é tão.... ele.

—Já faz quase três meses Talia! 

—Não me culpe,sei que prometi vir toda semana,mas Jake me entenda,a terra é muito melhor que aqui! – falei me sentando em sua cama

—E você acha que eu não sei? Mas o que custa vir aqui? Gina vem toda semana, e quando não vem passa pelo menos alguns dias aqui,ela ainda tem família aqui Lia. Sabe que eu queria muito ir lá pra cima,e ainda bem que falta pouco,mas você sabe que nós te amamos, por que não desce de vez em quando? Mamãe me enche a paciência dizendo a todo momento no meu ouvindo que não vai me deixar subir se eu não prometer que virei toda semana, sabe como nossos pais são,se ficam um dia sem uma notícia nossas,ficam loucos!– falou parando em minha frente, revirando os olhos

—Sim Jake, eu sei de tudo o que me disse e entendo. Mas,eu não sei, não sinto mais aquela vontade de descer. Papai anda muito distante,além de viver de segredo com o pai de Gina. Mamãe apenas sobe lá pra cima para fazer suas compras caras,sabe que nem Papai desconfia que ela foge, e não fale pra ele!– ele fez um gesto com a mão em forma de desdém – Mas você vai ver quando subir,não vai querer mais descer pra cá!

—Nunca fária isso,além de eu saber que não vou ter motivos para vir aqui de novo, eu penso na minha família sábia? – falou irônico me fazendo revirar os olhos

—Argh Jake,vim aqui saber como você estava, mas se for para me dar lição de moral prefiro ir ficar com Gina!– falei me levantando,vendo ele entrar em minha frente, me empurrando novamente para me sentar.

—Não,me desculpe, só fiquei triste que não veio mais me ver!– ele falou triste se sentando ao meu lado. Abraçei seus ombros vendo ele repousar sua cabeça em meu ombro

—Me desculpe Jake. O que acha de irmos a arena? Faz tempo que não treino!– sugeri vendo ele abrir um sorriso convencido

—Você vai perder!– falou seguro de si já abrindo a porta

—Qual é pirralho, sou muito melhor que você!– me gabei vendo ele sorrir mais ainda

—Mas você não treina todos os dias como eu!

—Não preciso de treinamento fedelho,com dez anos eu já lutava muito melhor que você luta hoje!– falei vendo que já estávamos no meio da arena. Jake tem o dom (assim como eu) de se teletransportar. Ele agarrou minha mão fortemente e nos levou para a arena, nos impedindo de andar vários andares abaixo do castelo

—Acho melhor tirar seus saltos!– falou ficando em minha frente

—Não preciso!– falei convencida, estralando meu pescoço

—Tudo bem então!

 

Jake sacou suas asas,as deixando livres e bem visíveis. Ele olhou para seu par de asas cinzas escuras com orgulho, fazendo elas o cercarem. Sorri malandra, livrando as minhas asas. Quando elas já estavam em minha volta, vi o semblante de Jake vacilar. As minhas asas eram o dobro maior que as dele. As minhas eram negras,tão negras que doía a vista olha-las. Nas pontas das minhas asas eu tinha,como se fosse uma ponta de um chifre,era pontuda e branca, bem afiada.

 

—Tem certeza que consegue?– perguntei desafiadora,vendo ele assentir engolindo em seco

—Vamos lá!

 

Corremos um em direção ao outro. Antes de eu poder me chocar com ele,peguei impulso com os pés, bati as asas voando para cima,dando uma cambalhota no ar,caindo de pé no chão. Olhei Jake, vendo que ele já vinha em minha direção,me disviei de sua asa,o chutando pelas costas, vendo ele cair no chão. Ele apoiou as mãos nos joelhos, pegando impulso com as mesmas e voando em minha direção. Corri um pouco, escorregando meus pés no chão, deslizando minha costa e asas pelo chão frio. Me virei de frente para o piso e bati as asas, flutuando no ar,vendo Jake me olhar sorrindo lá de baixo.

 

—Boa estratégia! – falou indo até uma prateleira onde havia alguns utensílios que nos ajudariam. 

—Obrigada!– antes de eu terminar a palavra, uma estaca de madeira era lançada em minha direção. A apanhei a milímetros de chegar ao meu rosto. Abaixei a estaca a rodando em meus dedos.

—Boa pontaria!– elogiei batendo mais forte minhas asas

—Obrigada!

 

Voei em sua direção, desviando dos dardos que ele lançava. Voei por entre as pilastras, percebendo que por pouco eu não era ferida. Parei no alto de uma pilastra, pousando ali, ainda rodando a estaca em mãos.

 

—Tente me acertar agora!– gritei lá de cima,vendo ele sorrir 

 

Abaixei o olhar para a estaca sentindo uma agulha perfurar meu ombro. Gemi de dor,fechei os olhos levando minha mão até lá, retirando o dardo com algum veneno ali,eu teria menos que cinco minutos, com certeza

 

—Poderia ter sido no coração! – gritou lá de baixo,recarregando sua besta

—Mas não foi!– rugi voando em sua direção. 

 

Desviava dos dordos,batendo nos mesmos com a estaca que eu tinha em mãos. A estaca fazia os dados voarem para o outro lado da arena. Quando cheguei perto o suficiente de Jake,arranquei a besta de suas mãos, a jogando longe. O agarrei pelo pescoço, o jogando na parede ao lado da prateleira. Continuei com minha mão estendida,fazendo ele ainda ficar preso na parede pelo pescoço. Rodei a estaca em minhas mãos, chegando perto dele

 

—Qual veneno ingetou em mim? – perguntei a ele,vendo ele rir

—Se é tão boa assim,descubra por si só. 

 

Estendi minha mão na direção da besta,a trazendo para mim. A peguei,puxando um dardo,abrindo sua tampa e cheirando o veneno.

 

—Hm...veneno de Ducalion? Você não dizia que me ama?– perguntei levando minha mão até a parteira e pegando o antídoto. O inseri em mim,suspirando logo depois. Me voltei a Jake, vendo ele sorrir malandro

—Não vai fazer nada comigo!– falou convencido

—Observe!– falei chegando perto dele,cravando a estaca em sua barriga. Sua boca se abriu em choque,saindo um pouco de sangue logo depois. O soltei da parede vendo ele cair no chão.

—Não precisava fazer isso!– falou fraco retirando a estaca

—Não reclame pirralho,você vai se curar! – falei fechando os olhos,logo depois os abrindo olhando em volta vendo meu quarto. Guardei minhas asas. Era um pouco desconfortável as guardar, elas entravam dentro de meu corpo, e doía,assim como também doía quando eu as liberavam. Fui até meu banheiro, tomando um banho longo e demorado.

 

***

 

—Não Gina,não quero que vá para a Itália comigo!– exclamei pela décima vez,revirando os olhos,colocando minhas roupas dentro da mala

—Mas vai ser legal,nunca passamos tanto tempo juntas!

—Eu cresci com você,acha que nunca passamos tempo justas? – perguntei a olhando vendo ela revirar os olhos

—Você não me entendeu Lia, quero viajar com você. Ouvi dizer que no Brasil essa época é calor!

—O inferno também é quente,por que não volta pra lá? – perguntei cínica vendo Gina revirar os olhos

—CHEGA!– ela gritou se levantando,parando em minha frente– Nós vamos para o Brasil, qual é Talia, você parece tão depressiva ultimamente. Cadê a garota que não se importava com nada? Que era impulsiva? Fazia tudo sem remorso, não sentia dó ou pena. Qual é Lia, você é A herdeira,você pode tudo.

—Nossa,obrigada. Estava precisando de um estímulo mesmo pra me revigorar! – falei respirando fundo,sorrindo travessa

—Okay,agora faça suas malas e vamos para o Brasil!

—Okay!– falei abrindo um sorriso maldoso,tombando minha cabeça para o lado.

 

Pedi para Gina ir fechar a conta do hotel para eu terminar de arrumar minha mala. Quando eu acabava de fechar o zíper da mala,ouço batidas na porta. Ajeitei meu vestido,indo até a porta me equilibrado em cima de meu salto dezessete centímetros. Eu amo essa bota que estou usando, sério. Acho que amo mais essa bota do que Gina. Ela é tão confortável, além do mais que ele é comprida,amo botas compridas. 

 

Abri a porta,com um sorriso maldoso formado em meus lábios. Um homem claro,com os olhos castanhos e cabelos loiros estava de pé em frente minha porta. Ele usava trajes neutros, bem diferente de mim. Sua calça de moletom era branca, assim como um moletom cinza claro o protegia do frio que estava começando a fazer em Nova Iorque.

 

—Posso ajudar? – perguntei maliciosa,me encostando na porta

—Você é Talia Winchester?– sua voz era grossa e rouca,um pouco seria demais para meu gosto

—A própria! – respondi,sorrindo maliciosa com a língua entre os dentes,ele era gato, daria para o gasto antes de eu ir para o Brasil

—Ótimo!– então ele pegou em meu pescoço,apertando minha nuca. Fiz meus olhos ficarem pretos, envocando meus poderes, mais já era tarde,a escuridão me tomou,sentindo meu corpo sendo segurado por mãos quentes antes de eu bater contra o chão.

 

 

***

 

 

Despertei em um lugar duro e frio,fazendo eu massagear minha nuca,gemendo de dor e desconforto. Abri os olhos, vendo que eu estava dentro de uma cela. As grades eram grossas e pareciam ser firmes. Meu olhar se fixou em uma figura parada me olhando atentamente.

 

—O que fez comigo?– perguntei me sentando, abraçando meu corpo

—Eu fiz você desmaiar! Tem comida e cobertores ali do lado!– ele apontou para um lado da cela

—Estou com ódio de mim mesma por ter te achado gato!— murmurei frustrada– Sabia que eu posso derreter essas grades rapidinho?– perguntei sarcástica vendo ele sorrir torto

—Você não conseguiria!– falou desafiador fazendo eu levantar uma sombrancelha. Me levantei, ajeitando meu vestido. 

 

Fui até a frente das grades,com ele chegando mais perto ainda. Fechei minhas mãos em volta de duas grades,me concentrando. Olhei estranho para minhas mãos, tentando novamente. Tendo o mesmo resultado, nada.

 

—O que fez com meus poderes? – perguntei assustada,vendo ele sorrir pequeno

—Seus poderes no frio ficam vulneráveis. Você está acostumada com o calor,não o frio. Seus poderes não prevalecem quando você está prestes a ter uma hipotermia! – ele falou olhando para minha mão. Olhei as mesmas vendo as pontas dos meus dedos, roxas. Minhas pernas falharam, fazendo eu cair. Me arrastei até um cobertor que havia ali,me enrrolando nele.

 

—Por que está fazendo isso?– perguntei fraca,temendo de frio

—Você é uma herdeira não é? – fiz que sim com a cabeça – eu sou um herdeiro também

—A profecia era mesmo real?– perguntei baixo vendo ele ficar curioso

—Como soube da profecia?– perguntou se aproximando

—Quem é você? – perguntei curiosa e ao mesmo tempo, assustada

—Eu sou o anjo!



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