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História A Herdeira do País das Maravilhas - Perdida mais uma vez


Escrita por: JustCry

Notas do Autor


Voltamos para a Mini :3

Capítulo Atualizado!!

Capítulo 6 - Perdida mais uma vez


Fanfic / Fanfiction A Herdeira do País das Maravilhas - Perdida mais uma vez

-Está se sentindo melhor, meu bem? 
Dona Tereza bordava sentada no sofá da sala de estar depois de alguns dias acolhendo-a em sua casa. A capa marrom era puída pelos anos de uso e imagens religiosas adornavam as paredes.
-Acho que sim, mas ainda não consigo me lembrar com clareza do que aconteceu... -Contou a menina
-Talvez isso signifique que Deus está te dando a chance de uma vida nova -a delicadeza da senhora era notável enquanto olhava a menina entre os pontos.
-Vida nova? -perguntou ela, hesitante
As mãos da pequena entre suas mechas loiras, penteando-as com os dedos
-É, poderia começar escolhendo um nome que goste.
-Que nome a senhora gosta? 
As duas se olharam por alguns segundos. Uma conexão sem precedentes se fazia quando o sorriso começou a crescer no rosto da idosa.
-Sophie -respondeu
-Então pode me chamar assim.

Os dias passaram e Sophie se sentia em casa com a nova avó Tereza. O marido pouco ficava em casa e quando ficava, pouco interagia com a garota. Na verdade, parecia fingir que ela não existia na maior parte do tempo.
-Tereza, vou levar a menina até a cidade amanhã.
Era uma imposição. O homem parecia farto, não sabia-se exatamente de que.
-Mas por que, Antônio? Ela é tão pequena, quase não me dá trabalho. -protestou a senhora.
-Você ficou louca, Tereza? Não temos como ficar com essa menina, você só a defende porque não é quem põe comida na mesa dessa casa.
-Na verdade, sou exatamente eu quem prepara a comida e põe a mesa.
Ambos pareciam cada vez mais irritados, sem saber que a pequena ouvia a briga do quarto ao lado.
-Já disse que vou leva-la e não tem discussão, Mulher. 

Sob as cobertas, ela se encolheu, buscando um consolo na cama quente. O travesseiro acolheu suas lágrimas desesperadas. Leva-la a cidade para que? Ela não se lembrava de nada e não tinha para onde ir. Tentou, nesse momento agarrar-se à algum resquício de fé que a mulher que a acolheu tanto tinha. Ela rezou. 
Mas as vezes nem Deus pode fazer o que queremos ser realidade.

Na manhã seguinte, foi acordada por Dona Tereza. Com um sorriso triste, ela vestiu a menina com um lindo, apesar de simples, vestido azul e entregou-lhe um lanche preparado com todo o carinho.
-Não quero que sinta fome durante a viagem -Disse a senhora, abraçando-a como se despedisse-se de uma neta. Era inegável que tinha se apegado.
Colocou-lhe um laço na cabeça enquanto ambas tentavam não chorar. A senhora por saudades e a menina por desespero.
-Junto do lanche tem meu número de telefone e endereço. Pode procurar-me se precisar de algo, Soph.
-Pra onde ele vai me levar?
-Para uma casa de adoção, procurar uma nova família.-Tentava parecer otimista e feliz com isso
-Mas eu já tenho você, vó -As lágrimas saíram de seu controle
-Eu sei, mas você merece muito mais do que eu posso te dar, meu Bem. Vai encontrar uma família que a ame, estudar, se formar e trabalhar com algo que faça bem às pessoas. Você pode ser grande e não deixe ninguém tirar de você essa grandeza.
Se abraçaram mais uma vez, só que as duas transbordavam em lágrimas.

Receosa, ela entrou no carro, sentindo-se partida



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