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História A Herdeira dos Black - Taça de Quadribol


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 29 - Taça de Quadribol


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black - Taça de Quadribol

Deve ter se passado alguns minutos para receber alguma mensagem do Sonserino. Ele não havia me dito absolutamente nada, ficou me olhando sério, não parecia nenhum pouco de boa.

— Você não vai mesmo aceitar? — disse Theodore pela primeira vez depois do não que lhe dei. — Eu pensei que… esquece.

— Sinto muito, mas não dá…

— Por quê?

— É aquilo que lhe disse por que eu acho cedo, não me sinto preparada para ter um relacionamento sério nesse momento. Além de que você se precipitou muito em relação a isso e ao seu “amor” em relação a mim — expliquei.

— Acha que meus sentimentos por você é mentira?

— Não foi isso que disse, mas que isso que você sente por não seja amor e sim uma paixonite.

— Paixonite é coisa de criança! — ele alterou o tom de voz. — Desculpa, mas eu realmente gosto de você. Se não gostasse nem estaria fazendo um pedido tão especial. Eu apenas quero começar algo importante com você.

Suspirei.

— Então se quer mesmo começar algo comigo para chegarmos nesse ponto “especial”. Meu palpite é de dar um bom tempo para nos conhecermos bem, melhor e quem sabe acontecer algo.

Nada do que disse era mentira, estava sendo a pessoa mais sincera naquele momento, mas parecia que ele não curtiu muito minhas sugestões. Eu não poderia dizer “sim” para algo que como ele mesmo disse é importante. Ao menos um namoro me parece algo desse tipo. Theodore e eu mal nos conhecíamos, nem consigo considerá-lo ainda um amigo, imagina ser um namorado?

— Você tem razão — falou Theodore de repente. — Eu estou sendo muito apressado.

— Que bom ouvir isso — murmurei.

Ele acabou ouvindo e riu baixo.

— Irei lhe dar o tempo que deseja, acho que algumas semanas ou meses não vai ser ruim — ele se aproximou —, mas eu juro que irei te conquistar Susana Black. — E por fim ele me deu um beijo na bochecha e se retirou.

Será mesmo que ele irá conseguir me conquistar?

 

(...)

 

Da mesma forma que os dias foram se passando não demorou para as férias de Páscoa chegar, mas não da forma como queria já que me sentia cada vez mais exausta. As férias de Páscoa não pareciam que seria tão agradável ou um ótimo momento para descansar, essa deve ter sido a última palavra que os professores pensaram, pra eles essas férias era o melhor momento para entupir os alunos com mais trabalhos até a goela. Não bastava ter passado com muito sufoco e lotada de dever e trabalhos, os professores ainda passavam lição para fazer nas férias.

Meu bumbum deveria estar dormente de tanto ficar sentado naquela cadeira dura na mesa da sala comunal. Nem o ovo enorme mandado pela Andrômeda, recheado de caramelo, me preveniu de quase fazer companhia ao Neville que parecia às vésperas de um colapso nervoso, e não éramos os únicos.

— Chamem a isso de férias! — brandou Simas certa tarde na sala comunal. — Ainda faltam séculos para os exames, qual é a deles!

Mas ninguém tinha tanto a fazer quanto Hermione. Mesmo sem Adivinhação, ela estava estudando mais matérias do que a gente.

Em geral era a última a deixar a sala comunal à noite, a primeira a chegar na biblioteca na manhã seguinte; tinha olheiras iguais as do meu padrinho e parecia estar constantemente prestes a cair no choro.

De bom agrado até tentei oferecer ajuda em qualquer coisa, só que ela negava tudo rapidamente. Minha situação com ela se tornou algo muito diferente em pouco tempo, nos tornamos próximas, acho que a amizade com os garotos e andar sempre com ele me fez se aproximar dela. E não deve ter sido só isso, mas o caso do Bicuço foi quem deu uma boa unida em tudo.

Rony e eu assumimos a responsabilidade pelo recurso de Bicuço. Quando não estávamos cuidando dos nossos deveres, o que na maioria das vezes era apenas o Rony, eu passava mais tempo com a cara nos livros para estudar do que ele. Estávamos examinando volumes grossíssimos com títulos do tipo O Manual da Psicologia do Hipogrifo e Ave ou Vilão? Um Estudo Sobre a Brutalidade do Hipogrifo.

Ao contrário de nós, Harry teve que encaixar os deveres entre os treinos diários de Quadribol.

Na última tarde de férias da Páscoa, decidi estudar fora da sala comunal e ficar estudando perto do lado enegrecido. Havia vários livros ao meu lado, além de pergaminhos e um tinteiro para terminar resumos e responder alguns questionários passados por algum dos professores.

— Eu não aguento mais — exclamei bocejando, eu estava morta de cansaço.

Encostei a cabeça no tronco e fechei um pouco os olhos. Acho que não faria mal descansar um pouco as pálpebras. Contudo, antes de pensar em ficar mais um pouco com os olhos fechados, ouvi passos se aproximando que não demoraram a parar.

De mau agrado abri lentamente os olhos, olhando quem parou ao meu lado. Não sei se aquilo foi uma boa ideia, mas precisei colocar a mão na boca quando quase soltei um grito ao dar de cara com um par de olhos acinzentados. Senti um frio enorme percorrer meu corpo, era o mesmo par de olhos que vi…

— Foi você que vi naquela noite que voltava com o Harry e Rony, não? — disse tentando conter minha voz, sem tirar os olhos do enorme cão parado à minha frente.

Ele apenas abaixou a cabeça enquanto balançava o rabo.

— Acho que isso é um sim — murmurei.

O cão foi se aproximando mais, tentei garantir que não havia ninguém em volta, felizmente todos estavam no castelo. Conforme o cachorro se tornava mais próximo, pude reparar melhor em seus olhos que eram totalmente diferentes, eram acinzentados e a forma que me olhava era cheio de intensidade. Não sei se era uma boa ideia, mas ergui a mão direita para tentar tocá-lo e o mais engraçado é que foi ele quem diminuiu as distâncias.

Sorri quando o vi balançando mais o rabo.

— Agora que me lembrei do nome que te dão — disse ainda o acariciando, assim que me lembrei do Sinistro. — Falam que você significa um agouro de morte. Se é que isso mesmo… será que é o tal Sinistro?

Ele latiu (o que significou, eu não sei) e sorri.

Antes mesmo de abrir a boca para dizer mais alguma coisa, ouvi passos, olhei assustada para trás e depois de voltar a olhar o cão que desapareceu.

Levantei-me, limpando a calça e olhei para o dono dos passos.

Revirei os olhos ao ver Malfoy e seus trasgos.

— Era só essa que me faltava... — comentei com sarcasmo.

Malfoy parou com os amiguinhos e me encarou, dando aquele maldito sorriso cínico.

— Ora, Black, por acaso o Weasley te abandonou? Ou então foi você que se deu conta da idiotice que estava fazendo?

— Não, Rony não me abandonou, acontece que ele está estudando — respondi com o meu melhor sorrisinho. — Enquanto você só está aprimorando com seus amiguinhos, a burrice, isso se é possível esses dois serem mais burrinhos do que já são. — Soltei uma risada maldosa ao ver os rostos de Crabbe e Goyle ficarem vermelhos, talvez seja de raiva?

Já a cara do Malfoy foi maravilhosa, ele deveria estar furioso, estava com a cara amarrada e se aproximando de mim. Até que ele viu meus livros no chão; se agachou e pegou o meu dicionário de Runas Antigas.

— Quer tentar aprender Runas Antigas? — perguntei com ar de deboche e rindo. — Sinto muito lhe dizer isso, mas se quiser aprender, peça ajuda para suas amiguinhas da sua casa.

Tentei tirar o livro da mão dele, mas não consegui porque a Madame apertava com força e puxou o livro da mesma forma.

— Me dá meu dicionário!

— Não estou a fim — disse Malfoy com sarcasmo. — Esse seu dicionário está bem sujinho, não acha? Assim como todos os seus livros, Black. Fica deixando-os na terra, aí suja tudo, por causa disso vou te ajudar a limpá-los.

— A única coisa que está suja é essa sua cara de Madame — retruquei séria e só prestando atenção no que ele pretendia.

— Com certeza, não vai ser mais do que os seus livros — ele agachou para pegar os últimos dois, outro de Runas Antigas e um era uma enciclopédia de Astronomia —, que vão precisar de uma boa limpada e uma boa enxugada. — Em um piscar de olhos Malfoy jogou meu dicionário no lago enegrecido em seguida o meu livro de Runas Antigas e por fim, a enciclopédia de Astronomia.

Sem pensar, fui correndo para a margem do lago, mas já era tarde para pegar os livros. Malfoy tinha jogado com tanta força que os livros ficaram bem afastado da margem.

Ouvia Malfoy rindo, acompanhado dos dois trasgos.

— Se for querer seus livros de volta vai precisar entrar no lago — debocha Malfoy.

Olhei-o furiosa. Meu sangue fervia, apertei meu punho me controlando para não socar a cara dele. É claro que não iria pular nesse lago e se pula-se ia precisar que alguém me socorre-se, afinal eu não sei nadar e não iria fazer de idiota na frente dos dois. Com a mão tremendo, tirei a varinha do meu bolso e apontei para ele – que na mesma hora parou de rir.

— Existe um ditado trouxa, Malfoy, que irá se encaixar perfeitamente ao momento de agora.

— Qual?

— Quem ri por último ri melhor.

Ele ainda me olhava com ar de deboche, mas sorri maldosa e disse:

Besus Nasus!

Um lampejo acinzentado acertou Malfoy que se assustou, ele se tocou desesperado tentando achar algo de indiferente e é claro que não tinha nada, pois o diferente viria de outro lugar. Enquanto não aparecia nada fui arrumar minhas coisas, Malfoy tentou tirar satisfação, mas antes aconteceu o que era para acontecer.

— Malfoy — chamou Crabbe. — Tem alguma coisa saindo do seu nariz.

Já com a bolsa no ombro, sorri ao loiro que tocou o próprio nariz e disse com voz trêmula.

— Isso é um…

— Besouro? Sim! — respondi numa falsa animação.

De repente vários besouros pequenos começaram a sair instintivamente do nariz da Madame que entrava em estado de pavor.

— Você me paga, Black! — exclamou Malfoy enquanto voltava correndo, tentando tampar a saída.

— Não se preocupe que isso acaba em um minuto! — exclamei.

Claro que não deixando a diversão acabar, voltei apontar a varinha, mas dessa vez para os trasgos que corriam logo atrás.

Colloshoo! — Ambos simplesmente ficaram com os pés presos no solo.

 

(...)

 

— Não acredito que você azarou Malfoy, Crabbe e Goyle! — exclamou Hermione abismada em plena Sala Comunal. — Isso foi muito sério!

— Essa foi simplesmente demais — dizia Rony em meio aos risos. — Queria muito ver a cara do Malfoy depois dessa.

Harry só ficou sabendo de tudo quando voltou do treino de Quadribol.

— O que ela fez não foi nada legal, Rony — Hermione criticou com censura. — Foi perigoso, muito perigoso.

— Claro que não foi… Ele teve mesmo sorte de ter sido boazinha com ele.

— Acha mesmo que foi sorte besouros terem saído pelo nariz dele a toda hora? — ela me olhou incrédula.

— Sim, ele teve muita sorte porque poderia ter feito algo pior com ele que o faria ficar horas na ala hospitalar. Agora mesmo ele já deve estar ótimo — digo.

— Pensando por um lado, isso deve ter sido nojento — comentou Rony.

Hermione não disse mais nada, fez cara feia, mas achou melhor voltar para seus estudos e eu continuei sentada na cadeira, apenas esperando a professora McGonagall aparecer para avisar sobre minha detenção. Algo que não demorou muito para acontecer, mas no caso foi um garoto que mandou ir falar com McGonagall. Como o esperado ganhei uma semana de detenção, perdi 30 pontos e quase não fui liberada para assistir o jogo de Quadribol, mas ela revelou e me liberou.

Só que como eu não sou tão maravilhosa, acabei pecando nessa minha única chance, pois acabei ganhando mais três dias de detenção — claro que foi teve um dia extra por parte do Snape. Tudo isso porque joguei polpa de abóbora na cara da Parkinson que estava me irritando e ter batido boca com o Seboso que me fez perder mais pontos para a Grifinória. Outros que recebi foi por ter azarado mais uma vez Crabbe e Goyle que sempre tentavam prejudicar Harry em relação ao dia do jogo.

— Eu lhe dei uma chance, Srta. Black — começou McGonagall nervosa, tentando na verdade controlar o tom de voz. — Só que você não deu valor para essa chance, azarou os colegas Crabbe e Goyle, por causa disso vou ter que lhe incluir mais detenções na sua lista. Outra coisa, tinha lhe dado uma chance para assistir a final do campeonato de Quadribol, mas como castigo pelo que fez a senhorita está proibida de aparecer no estádio. Irá ficar na escola.

— Beleza — disse sem me importar. — Mas não vou poder sair? Vou ter que ficar na torre?

— A senhorita vai poder sair, mas não vai poder ir ao estádio junto com os outros alunos.

E todo esse castigo só foi porque fiz Crabbe e Goyle se coçarem e rir até não aguentar mais. Por causa disso eles acabaram parando na ala hospitalar. Fracos! Por culpa desses idiotas não vou poder assistir a final do campeonato.

 

(...)

 

Sábado chegou e o clima da escola era bem vibrante, todos pareciam estar ansiosos para assistir o jogo e eu é claro que só ia saber de tudo depois. Não via tanto problema em deixar de ver um jogo, mas era um jogo importante ao Harry e não estaria lá para vê-lo. Antes dele se retirar e eu seguir caminho para uma área gramada mais afastada, mas que dava para ver o estádio longe, disse ao Harry com todas as palavras para esmagar o Malfoy. Ah, claro que pedi ao Lino narrar mais alto para que eu pudesse ouvir alguma coisa.

Chegando no lugar que ia ficar, sentei-me em uma pedra grande e fiquei apenas ouvindo a gritaria que vinha do estádio. Mesmo tendo feito o pedido ao Lino, sua voz era ainda difícil de escutar bem. Não sabia dizer se a partida começou ou era apenas a gritaria exagerada do povo. Suspirei cansada, virei a cara para um lado qualquer quando mais uma vez sou pega pelo par de olhos acinzentados. Bem aos poucos o cão preto foi se aproximando.

— Veio fazer companhia? — perguntei ao cão que parou bem ao meu lado.

Era engraçado como esse cachorro me olhava, parecia até que me entendia; ele é o Sinistro então deve ter dons a mais do que imaginamos?

Um barulho alto soou, olhei para direção do estádio e ouvir mais coisas que não pude entender vindo acho que de Lino.

— Nunca pensei dizer isso sobre um jogo de quadribol, mas queria estar lá no estádio com os outros — confessei ao cão. — Queria saber se o Harry já derrubou o Malfoy da vassoura. Também queria vê-lo pegando o pomo e… ontem ele me falou que ia pegar o pomo em minha homenagem. Iria trazer a vitória da Grifinória até mim com o apoio dos gêmeos que iam fazer o mesmo.

Aticei melhor a audição quando ouvi Lino gritar algo.

— Ele disse vinte a zero para Grifinória? — Olhei o cão como se ele fosse tirar minha dúvida. — Se foi isso mesmo, então a Sonserina está perdendo e isso é ótimo!

Olhava para o estádio e depois olhava o cão, enquanto conversava com ele sobre várias coisas. A conversa era mais um desabafo sobre minha vida em Hogwarts, sobre eu mesma e até mesmo sobre Sirius Black.

— Sabe, meu caro Sinistro, você é uma companhia melhor do que se poderia imaginar. Apareceu no melhor momento, pois se não fosse você estaria agora sozinha e conversando com o vento — digo.

Conforme o tempo foi passando não obtivemos nenhum sinal sobre a situação do jogo. Eu até deveria estar parecendo uma louca conversando com um cachorro. Só fiquei totalmente ativa, e ok, acabou foi quando ouvi um “pegou” alto vindo do estádio e em seguida uma explosão de comemoração.

— Alguém ganhou! — disse me levantando e olhando o estádio. — Agora só precisamos saber quem ganhou.

Batucava o pé no chão na espera de alguma alma sair do estádio, mas nada até que decidi ir até lá mesmo sendo proibida. Apressei os passos para chegar na multidão animada que se fez presente no caminho.

Pude ver todos os jogadores da Grifinória se aproximando animados, sorrindo e logo vi um Harry em cima do ombro de Fred e Jorge.

— Susana — Harry exclamou levantando uma enorme taça. — Vencemos!!!

Um enorme sorriso se formou e segui correndo para abraçar os gêmeos e o Harry que desceu em seguida dos ombros dos dois.

— Como prometido, eu peguei o pomo — ele abriu a mão e lá estava a pequena bola dourada. — E trouxemos a vitória até você.


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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