1. Spirit Fanfics >
  2. A Herdeira dos Black II >
  3. Ela é minha!

História A Herdeira dos Black II - Ela é minha!


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 15 - Ela é minha!


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - Ela é minha!

Point of View: DRACO MALFOY

Por culpa daquele novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas eu fui humilhado em frente a todos da escola. Corrigindo, tudo por culpa de Potter que como sempre sendo o favorito dos professores nessa matéria em específico. Maldito Potter! Por causa disso agora estou preso na ala hospitalar, Jessica foi quem acabou me acompanhando e desde que chegamos ela não saiu um minuto sequer perto de mim, nem se quer saiu para jantar.

— Jessica, eu já te disse, vai jantar — falei pela quarta vez e ela insistia de ficar.

— Eu já disse que não irei — diz ela com a voz firme. — Não vou te deixar sozinho aqui e estou sem fome. 

— Sei... — revirei os olhos e afundei para a cabeça no travesseiro, olhando de lado minha prima sentada na cadeira ao lado de minha maca. — Olha sobre o que aquele professor disso sobre... hum... você sabe. Não liga não.

— E quem disse que eu me importei? — indagou. — Eu não estou nem aí para o que ele me disse. 

— Você sabe que não precisa fingir comigo, não sabe?

— Draco, por favor, não quero falar sobre isso — ela pediu me olhando com os olhos vermelhos. — Está bem?

Sabia que ela estava se segurando para não chorar.

O pai dela é um assunto delicado, nunca gostou de falar sobre e nem de ser liberada dele. Por causa disso não insisti com o assunto e prefere mudar de assunto, conversar sobre coisas que substituísse o outro que estava na sua cabeça. Sorri satisfeito quando a vi sorrindo.

Durante o meu tempo na ala hospitalar, Theodore e Blásio apareceram, assim como Tracy e Pansy que veio aos berros e agradeci muito mentalmente quando Jessica e Tracy a levaram embora. Blásio não demorou muito e voltou para a Comunal. Theodore ficou por mais algum tempo conversando, mas logo se retirou. Quanto a mim; bom eu achava que ia passar a noite aqui, mas Madame Pomfrey disse que já poderia voltar para comunal e descansar bem para amanhã.

Coloquei a mão no bolso da calça para proteger do frio e fui caminhando lentamente até as masmorras. Em mente achava que só tinha eu caminhando pelo castelo a essa hora da noite, mas errei feio quando pensei nisso e errei muito feio. Ouvia sussurros, quanto mais me aproximava da escadaria, e quando me aproximei senti meu sangue ferve ao presenciar a maldita cena. Sem conseguir-me aguentar, exclamo furioso:

— O que pensa que está fazendo Theodore?

— Eu que pergunto, Draco — retrucou Theodore ríspido sem ao menos me encarar. — O que você está fazendo aqui?

Agora ele teve a cara de pau de me encarar, mas continuou bem próximo da Black, ainda por cima colocou a mão na cintura dela e a trouxe para mais perto dele.

Desconforto. Essa era a palavra certa que senti naquele momento. Como eu queria tirar aquela mão da cintura dela e tirá-la de lá, deixando-a perto de mim e longe de Theodore. Como não queria fazer ceninha, estava torcendo para ela se afastar dele, só que ela não fazia isso. 

— Então não vai responder minha pergunta? — perguntou Theodore. — Não deveria estar na ala hospitalar?

— Acontece que Madame Pomfrey me deu alta — respondi. — E tive o desprazer de presenciar essa ceninha de vocês dois se beijando.

Eu apertava o punho com força dentro do bolso da calça, não conseguia mais aguentar ver esses dois juntos. Black não dizia nada, apenas olhava para o canto e só me olhava uma vez ou outra.

— Devo dizer que chegou no momento errado, não é mesmo, Susana? — ele ia beijar a bochecha ela, mas ela se afastou resmungando algo como “já chega”.

— Ah, claro, ótimo momento — ironizei irritado. 

Estava muito irritado, queria muito arrebentar a cara do Theodore que estava praticamente beijando ela e só de pensar novamente nessa cena, eu sentia uma raiva, que por um momento me fez esquecer que ele é meu amigo.

— Qual é a sua... Susana já vai? — Theodore se virou para observar Black pegando um balde com panos e segurando um esfregão. 

— Sim, eu já vou — respondeu ela, suspirando cansada e tirando um fio de cabelo do rosto.

— Por quê? — perguntou Theodore parando-a no caminho, antes de se afastar dele, ele a segurou pelo braço.

— Eu já estou cansada, amanhã tem aula e por isso tenho que acordar cedo — ela me encarou e depois voltou a encarar Theodore — Além de que não estou a fim de ouvir a briguinha de dois machos.

— Briguinha? — repetiu Theodore indignado. — Quem começou foi o Draco que chegou na hora errada.

Soltei um riso desdenhoso.

— Está dizendo que a culpa é minha de ter atrapalhado esse momento ridículo entre os dois — digo ríspido olhando furioso para Theodore e depois Black que apenas revirou os olhos. — Estavam se comendo!

— A gente só estava se beijando — retrucou Theodore. — Eu não tenho culpa que você está estressadinho, Draco. Que é está tão na seca?

— Cala a merda dessa boca, Theodore! — exclamei.

— Ora por acaso se afetou tanto com o que disse — provocou ele novamente.

— Eu não me afetei em nada seu idiota — falei nervoso. — Só acho que deveria me agradecer. Já pensou se fosse o Snape que visse essa ceninha ridícula dos dois?

— Só que não foi... Susana espera um pouco — disse Theodore.

— Não, eu já esperei demais — disse Black sem paciência. — Vou indo para deixar vocês dois sozinhos para brigar à vontade. Eu preciso ir dormir!

— Então eu vou te acompanhar.

— Theo não precisa, eu vou sozinha, assim você não corre um risco maior de encontrar o Snape no caminho — disse ela. — E eu não tenho problema até porque estava de detenção e não terei risco.

Theodore suspirou derrotado.

— Vejo você amanhã?

Black apenas assentiu com um sorrisinho no rosto. E para complementar a despedida dos dois, ela deu um beijo no rosto dele e o safado virou o rosto para tentar roubar um beijo dela, mas Black se afastou antes dele tocar na boca dela. 

Bem que o Theodore podia cair da escada e bater a cabeça, não ia fazer falta a ninguém, só ia fazer falta para mãe. Eu precisava muito me controlar, fechei os olhos tentando respirava mais calmo, deixar a raiva ir embora, mas tudo foi parado quando ouvi os passos de Black próximos de mim. 

— É melhor mesmo você ir embora — digo.

A garota parou e me encarou, fiz o mesmo que ela.

— Ótima ideia Malfoy — disse ela ainda com o sorriso. — Assim não preciso ficar olhando para essa sua cara ridícula. 

— Lhe digo o mesmo.

— Ótimo!

— Ótimo! — repeti de volta com o mesmo tom sarcástico que ela. 

Mesmo estando escuro era impossível não reparar nos olhos azuis dela. 

A luz da lua que passava entre as pequenas frestas, conseguia deixar um brilho único nos olhos dela, aquilo parecia mais o azul profundo do mar. É difícil admitir, mas caramba, como ela conseguia ser tão linda?

— Uma coisa que até agora não entendi, Malfoy — falou ela.

— O que você não entendeu?

— O motivo da sua raiva toda — disse ela ainda me encarando. — Parece até que o meu momento com o Theodore lhe afetou.

Abri a boca para respondê-la, mas Theodore falou primeiro.

— E afetou — disse ele com um sorriso zombeteiro. — É que ele não vai admitir, mas o Draco está se roendo de ciúmes pela cena que ele presenciou. 

— Ciúmes? — repetiu Black com o cenho franzido. — Como que... O que você quer dizer com isso?

— Minha querida Susana, acontece que o Draco gosta de você, mas ele é tão orgulhoso que nem admiti isso.

Mesmo não a olhando sabia que ela estava me encarando. Só que a única coisa que encarava naquele momento era o Theodore com aquele maldito sorrisinho cínico dele e pensando em como vou quebrar a cara dele.

— Isso é se... MALFOY NÃO!

Black gritou assim que dei um soco na cara de Theodore que cambaleou para trás, mas não deixei cair, peguei-o pelo colarinho da blusa e coloquei na parede com força. Ele soltou um gemido de dor, mas antes de deixá-lo dizer algo, saquei a varinha e antes fazer algo, senti uma mão me impedindo.

— Larga ele e abaixa essa varinha! — gritou Black tentando me afastar de Theodore, digo tentando mesmo, pois eu sou mais forte que ela. — Malfoy...!

— O que está havendo aqui? — disse uma voz a nossas costas, Black acabou se assustando e assim que virei para olhar quem era, ela perdeu o equilíbrio e caiu sentada no chão. 

Ela soltou um grito abafado, mas logo foi socorrida e pelo uniforme era um Lufano. 

— Susana, está bem? 

— Estou sim — respondeu ela sendo levantada pelo Lufano. — Obrigada.

Quando ele virou a cara vi de que se tratava do babaca Diggory 

— Malfoy o solta — ordenou o imbecil. — Agora!

Antes de soltar Theodore, ele próprio se soltou me empurrou e colocou a mão na boca, no canto estava vermelho e saia sangue.

— Draco vai para merda — resmungou Theodore irritado. — Eu vou acabar com você, Malfoy!

Ele veio para cima de mim, mas Diggory entrou na frente.

— Você não vai acabar com ninguém Nott! — disso o lufano. 

Theodore tentou avançar de novo.

— Nott!

— Vai você também para merda, Diggory — rosnou Theodore. — Que merda você está fazendo aqui?

— Eu que devo fazer essa pergunta para você, Nott — Diggory olhou para mim e depois para Black ao meu lado. — Corrigindo, o que vocês estão fazendo até essa hora fora das suas comunais?

— Eu estava cumprindo detenção — respondeu Black simplesmente. 

Nossos olhos se encontraram por um momento, mas logo desviamos para lados opostos.

— E vocês dois?

— Voltando da ala hospitalar — respondi irritado. — Feliz?

Diggory voltou encarar Theodore furioso.

— Eu já mandei você para merda, Diggory. Ou você esqueceu?

— É melhor você me respeitar, pois caso você não tenha visto o meu broche, eu sou monitor — falou Diggory. — Por tanto acho melhor vocês voltarem para a comunal da Sonserina. E Susana, você é melhor voltar para a torre da Grifinória.

— Eu estava fazendo isso antes deles dois começarem a brigar — disse Black. — Agora que você chegou poderei ir tranquilamente.

— Eu te acompanho — disse Diggory olhando Black com um sorriso de lado. 

O que me incomodou muito! E me incomodei mais ainda quando ela retribuiu o sorriso dele. Que merda significava aquilo tudo? Espero que não signifique o que estou pensando.

— Vou me retirando e é melhor vocês voltarem para as masmorras. Se não eu terei que comunicar ao professor Snape sobre o ocorrido.

O babaca Lufano não disse mais nada, apenas ajudou Black com o balde e se retirou com ela apoiando a mão em seu ombro.

— Vai come merda, Lufano! — exclamou Theodore irritado, se virando para descer as escadas para as masmorras.

Não falei uma única palavra com ele durante o caminho. Só quando paramos na entrada para a comunal da Sonserina que Theodore parou e disse sem me encarar:

— Eu juro Draco que esse soco vai ter volta!

— Hum... Isso é uma ameaça?

— Pensa como quiser — ele disse nervoso se virando. — Puro-sangue.

A passagem se abriu e Theodore entrou reclamando.

— Por sua culpa o Diggory apareceu e por sua culpa ele levou a Susana.

— Minha culpa? — repeti elevando o tom de voz. — Não era eu que estava aos beijos com aquela garota.

— Não me venha com suas desculpinhas — retrucou Theodore caminhando nervoso para o centro da comunal. — Você é um idiota, Draco! Um idiota por ter feito aquela ceninha ridícula na frente dela. Ter aparecido na hora errada... 

— Que merda está acontecendo aqui? — Alguém veio questionando, olhei para trás de Theodore e era Blásio se levantando do sofá. — Porque estão discu... Caramba, Theodore! O que houve com seu rosto cara?

Nesse meio tempo vi Jessica e Tracy se levantando do sofá e vindo até nós. Assim que Tracy viu a boca machucada de Theodore foi correndo até ele preocupada.

— Theo está doendo muito... Deixa-me ver...

— Quem foi que te bateu? — perguntou Jessica entre as perguntas de Tracy tentando ver o ferimento na boca de Theodore que tentava afastá-la.

— Por que você não pergunta ao seu priminho? — diz Theodore no seu melhor tom estúpido. — Tracy eu estou bem! Sai de perto... Foi idiota do seu primo que me deu soco na cara.

— Você bem que mereceu! — retruquei.

— Draco, por que você fez isso? — perguntou Blásio me olhando surpreso. — O que você aprontou dessa vez Theodore?

— Que?! Eu não fiz nada — respondeu Theodore. — Acontece que esse idiota ficou nervoso porque joguei uma verdade bem na cara dele. 

 Theodore se soltou de Tracy e ficou caminhando de um lado para o outro, até que parou e apontou o dedo para mim.

— Vou logo te avisando para você desistir dela — disse ele nervoso. — Ela já é minha e de mais ninguém.

— Como se eu fosse querer algo com ela — retruquei.

— Não venha negar para mim! — exclamou Theodore se aproximando. — Não pensa que eu não sei! Eu sei que você gosta dela! 

— Não viaja cara — disse elevando meu tom de voz. — Até parece que ia me interessar por uma traidora de sangue!

— Eu já mandei você não negar! — rugiu Theodore. — Não me venha com suas desculpas esfarrapadas...

— Ei... Theodore para com isso — pediu Blásio afastando o outro que ia me puxar pelo colarinho. — Continua falando alto que daqui a pouco o Snape está aí.

— Foda-se o Snape! — Theodore grunhiu irritado, passando a mão no cabelo. — É sério Draco fica longe dela. Porque ela é minha!

— Eu já disse que...

— Não nega — falou ele entre os dentes. — Eu sei que você é a fim dela, sempre soube, e hoje tive apenas a certeza. 

Eu a fim da Black? Juro que não sei responder isso. Talvez eu sinta algo por ela, talvez fosse a fim dela antes de começar as aulas, mas depois que briguei com ela no Expresso e depois aqui na escola me fez voltar a questionar os meus sentimentos por ela.

Susana Black é absurdamente irritante e absurdamente linda. E, vê-la com Theodore Nott que é um tremendo idiota me fez sentir um ódio sem limites. Sinto raiva até de mim mesmo ter esses sinais de estar realmente gostando dela, gostando de uma traidora do próprio sangue.

Theodore tentou continuar a discussão, mas Blásio o mandou parar e ir tomar um banho frio para acalmar os nervos. Ele não disse nada ao Blásio apenas me lançou um olhar furioso e subiu para o dormitório, fechando a porta com tudo.

— De quem vocês estavam falando? — Tracy perguntou assim que Theodore fechou a porta. — Quem é ela?

— Ninguém — respondi seco.

Fui até a poltrona perto da lareira e me sentei. Minha cabeça estava explodindo de dor e queria dormir, mas não queria ir dormir agora sabendo que o Theodore estará acordado e provavelmente iria querer iniciar uma nova discussão. 

— Era da Black que ele estava falando, não é mesmo? — olhei para o lado e era Blásio.

Não respondi.

— Theodore não desistiu nenhum pouco dela, mas você sabe a real disso tudo, não é?

— Do quê?

— Que ele não é a fim dela de verdade — disse Blásio. — Ele nunca gostou de ninguém, apenas gosta de si mesmo, a Black não deve passar de um passatempo para ele.

— Por que está me dizendo isso? — perguntei sem paciência.

— Porque ao contrário dele, você realmente gosta dela.

 

Point of View: SUSANA BLACK

Cedrico tinha me levado até a escada de mármore que ia para a torre da Grifinória. 

— Obrigada por me acompanhar Sr. Monitor — disso brincando com o final.

— Não precisa agradecer — diz ele rindo —, fiz isso com muito prazer. Até porque não seria legal algum professor pegar você nesse horário pelo corredor. Mesmo cumprindo detenção.

— Acho que eu teria problema se fosse pega pelo Snape — digo.

— E por que exatamente o Snape?

— Ele não é muito meu fã — respondi.

— É, devo concordar que ele é apenas fã dos alunos da Sonserina — disse Cedrico e concordei. 

Coloquei a mão na boca assim que comecei a bocejar. 

— É melhor você ir — falou ele. — Amanhã a gente se fala?

Olhei-o antes de subir as escadas e assenti.

— Claro, espero que não me encontre em algum problema — brinquei o que fez ele rir e eu também. — Boa noite!

— Noite! 

Cama. Era a única coisa que queria naquele momento, estava cansada tanto mentalmente pelo beijo do Theodore, como também pelo que acabei de presenciar entre o Malfoy e o Theo. Além de que uma coisa não saia da minha cabeça era do Malfoy gostar de mim. Será que aquilo era verdade? Ou era apenas uma brincadeira do Theodore para provocar o Malfoy já que ele deve ter ficado incomodado com isso. Penso assim pelo soco que a Madame deu no outro. 

Agradeci muito mentalmente quando não encontrei Harry e Rony na sala. Já a Hermione era outro assunto, ela não estava na sala, mas iria encontrá-la no quarto e não queria conversar com ninguém. Por isso pedia muito para que ela já estivesse dormindo, a única coisa que queria fazer era dormir e tentar esquecer o que ouvi sobre o Malfoy. E o mais estranho, além de não tirar aquilo da cabeça é o fato do meu coração ter batido tão fortemente quando ouvi aquelas palavras “ele gosta de você” saindo da boca do Theodore. 

O que está acontecendo comigo...?

Merlin tinha ouvido minhas preces e Hermione já estava deitada. Não enrolei um minuto, escovei os dentes, coloquei o pijama e fui para debaixo da coberta com Taran já dormindo.

 

(...)

 

Cinco horas e quarenta e cinco minutos. Eu tentei muito passar desses minutos, tentando mudar o cinco para seis, mas não conseguia dormir mais para que isso acontecesse. Tinha perdido por completo o sono, e isso não é normal, pois eu sempre durmo bastante e sempre sou acordada pela Hermione. Só que dessa vez quem acordou primeiro fui eu e ela ainda estava dormindo. Assim como as outras meninas. Tentei me esforçar mais e parece que a hora não passava. 

Então fiquei sentada na cama observando todas e Taran que ainda dormia. Eu preciso fazer alguma coisa antes, ficar enrolando até a hora do café da manhã. E como um brilho surgindo na cabeça; tive uma brilhante ideia do que fazer quando avisto minha bolsa. 

Levanto-me da cama e vou até ela pegar e tirando o vidrinho com as formigas ainda vivas.

— Ainda preciso colocar vocês em ação — digo virando o vidrinho e observando bem todas. 

Sorri ao pensar que agora seria um ótimo horário para fazer uma visita na sala comunal da Sonserina. Guardei as formigas e fui me arrumar. Vesti o uniforme e peguei o frasco. Dei uma boa olhada para ver se ninguém tinha acordada, apenas Taran que acordou e decidiu sair comigo. Antes de sair precisaria pegar uma coisa emprestada de Harry. Uma não e sim duas, mas a segunda não seria emprestada já que ela também me pertencia. 

Com muito cuidado abri a porta do dormitório dos meninos. Taran acabou me seguindo e acabou entrando no quarto. Depois iria pegá-lo, mas agora teria que achar o Harry. Todos os garotos estavam dormindo, fiquei olhando todas as camas para ver se era o Harry e encontrei Simas, Dino, Neville que resmungava várias coisas, deveria estar sonhando e enfim, ao lado da cama de Rony encontrei o Harry. 

Fiquei olhando Harry dormindo e fiquei me perguntando onde ele deveria ter deixado guardado a capa de invisibilidade e o Mapa do Maroto. Até que vejo o malão dele e sorriu, claro que ele iria deixar tudo guardado no malão. Abri bem devagar o malão, foi um pouco difícil por causa da pouca iluminação, mas logo encontrei a capa bem dobrada e o mapa.

— Depois eu te devolvo — murmurei para o Harry ainda dormindo. 

Fechei o malão e sai do dormitório, menos o Taran que não saiu, eu tentei tirá-lo, mas ele ficou enrolando e decidi deixar. 

Na sala dei uma olhada no mapa e tudo estava limpo, pelo menos o corredor para a comunal da Sonserina estava e era para lá que iria. Coloquei a capa da invisibilidade e fui até as masmorras. Lembro que o ano passado Theodore tinha mencionado onde ficava a sala comunal da Sonserina e não demorou muito para encontrar. Agora o que ferrou foi a senha. Qual é a senha?

— Qual é a senha? — perguntei a pedra mesmo sabendo que não iria adiantar de nada. — Sei lá... Serpentes?

Nada aconteceu.

— Salazar... Covil das Cobras... Imbecis... Somos Idiotas... Parkinson cara de buldogue...?

Droga, eu preciso pensar bem na senha! Qual teria mais a cara deles? 

— Do que eles mais se orgulham? — pensei alto. — Do sangue... hum... de serem puro sangue... ah! 

Do nada a pedra se abriu.

Puro sangue. Então essa é a senha deles, mas que falta de criatividade do Salazar.

Meu queixo caiu assim que entrei na sala, aquilo era muito lindo, muito mesmo. É grande e muito luxuosa. É um aposento comprido e subterrâneo com paredes de pedra rústica, de cujo teto prendia correntes com luzes redondas e esverdeadas. Em um canto perto das mesas de estudos havia um grande piano preto, sofás e poltronas de couro preto ficavam em volta da lareira e se tinha uma grande escultura de prata em cima da lareira de um homem que eu imagino que seja Salazar Slytherin. 

Devo concordar que Slytherin tinha um ótimo gosto. Já que a sala é bem bonita, claro que o da Grifinória também é linda, mas a nossa não tem tanta luxúria. 

Tudo estava muito calmo e vazia. É bem provável que os alunos ainda estejam dormindo e isso é ótimo. Tentando descobrir quais dos corredores levavam para os dormitórios, mas graças a um garotinho do primeiro ano descobri onde ficava o dormitório masculino. 

1º ano

2º ano

3º ano

4º ano.

Achei o quarto da Madame. Fui abrindo bem devagar a porta e ao abrir parece que ouvi uma orquestra de roncos. Tentei procurar de onde vinha e os responsáveis pela orquestra e eram Crabbe e Goyle. Que horror! Como é que os outros conseguem dormir com esses dois fazendo tanto barulho?

Coberta pela capa ia procurando a cama de Malfoy, uma apenas estava vazia e não era a de Malfoy já que ele ainda estava deitado. Ouvia um barulho vindo de outro cômodo e imaginei ser do banheiro, parece que alguém está tomando banho. Tentei não me importa e torcia para quem saísse do banho, saísse vestido, por fim segui com o meu plano. 

Malfoy dormia tranquilamente, os cabelos lisos e loiros estavam todos bagunçados tampando o canto dos olhos, mas o que me chamou muito atenção foi o fato dele estar dormindo sem camisa. O cobertor só cobria a cintura dele para baixo, e da cintura para cima estava descoberto e... meu Merlin, que loucura é essa que estou fazendo.

Senti minhas bochechas esquentarem. Percebendo o que estava fazendo, desviei o olhar e foquei na minha vingança. Foco, Susana! Não se distraia com o Malfoy, me adverti mentalmente. 

Agachei para tentar achar o sapato dele, isso mesmo, ia colocar as formigas no sapato e uma dela ia colocar na calça do uniforme. 

Por sorte o sapato dele estava encostado ao lado da cama, quando ia pegar o sapato para colocar uma das formigas, senti algo batendo na minha cabeça e olhei assustado. Era a mão de Malfoy que bateu na minha cabeça e na mesma hora me levantei quando a porta do banheiro se abriu e o sapato escorregou da minha mão. 

— Que foi isso? — Olhei para a porta e engoli em seco quando vi o Zabini só com a calça do uniforme da Sonserina. 

Misericórdia, será que tinha de pedir para pessoa que estava no sair vestido completo e não meio completo.

— Draco — chamou Zabini vindo até a cama dele que era perto da de Malfoy.

— Hum... — Por pouco não recebo outra mãozada do Malfoy, se eu não tivesse me afastado a tempo. Olhei Malfoy e ele ainda estava com os olhos fechado.

— Está dormindo?

— O que você acha? — resmungou Malfoy com sarcasmos.

Ele foi abrindo aos poucos os olhos e olhou bem para o lado que estava na cama. Malfoy franziu o cenho e depois respirou fundo, como se tentasse sentir algum cheiro. Vi-o se levantando da cama.

— O que está fazendo, Draco? — perguntou Zabini quando Malfoy me encarava. 

Será que ele está me vendo?

— Ei — chamou Zabini novamente. — O que foi?

— Acho que tem alguém aqui.


Notas Finais


E ai, o que acharam?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...