1. Spirit Fanfics >
  2. A Herdeira dos Black II >
  3. A inusitada convidada

História A Herdeira dos Black II - A inusitada convidada


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 19 - A inusitada convidada


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - A inusitada convidada

Conforme os dias foram se passando fui tentando ocupar minha mente com outras coisas, sem ser meu pai que ainda não tinha me respondido. No entanto, era impossível não ficar pensando em tragédia pela demora da resposta. Eu estava me tornando o Harry que antes também pensava várias besteiras pela última resposta do meu pai não chegar logo. Por causa disso tentei me controlar e pensar em outras coisas como na própria F.A.L.E., que consumia uma boa parte do meu tempo na procura de novos membros.

Infelizmente não dava para dizer o mesmo sobre os pesadelos que se tornaram constante me deixando com medo de dormir. Hermione ficou muito no meu pé e sempre me chamando atenção para não ficar pensando no que não deve. Porém, ela sabia muito bem que a única coisa que me deixaria tranquila era a resposta do meu pai.

Retirando esse problema que estava tendo com meu pai, ainda tinha as dores de cabeça referente as aulas que estavam cada vez mais difícil e com os professores mais exigentes. Contudo, nada se comparava ao nosso professor de Defesa Contra as Artes das Trevas que me fazia repensar se foi realmente bom Dumbledore ter o contratado.

Em uma das aulas fomos pegos de surpresa quando o professor Moody disse que iria lançar a Maldição Imperius sobre cada um, a fim de demonstrar seu poder e verificar se conseguimos resistir aos seus efeitos.

— Mas... se o senhor disse que é ilegal, professor — perguntou Hermione incerta, quando Moody afastou as carteiras com um movimento amplo da varinha, deixando uma clareira no meio da sala. — O senhor disse... que usá-la contra outro ser humano era...

— Dumbledore quer que vocês aprendam qual é o efeito que ela produz em uma pessoa — disse Moody, o olho mágico girando para Hermione e se fixando em nós duas, já que eu estava do lado dela e bem, senti aquele olho mágico olhando também para mim. — Se a senhorita preferir aprender pelo método difícil... quando alguém a lançar a senhorita para controlá-la... para mim está bem. A senhorita está dispensada de aula. Pode se retirar.

Ele apontou um dedo nodoso para a porta. Hermione ficou vermelha e ouvi-a murmurar alguma coisa no sentido de que a pergunta não significava que ela quisesse sair. Obviamente que Hermione não ia sair. Eu sei que ela preferia beber pus de bubotúberas do que perder uma lição daquela importância.

Sair da sala. Confesso que parei para pensar nisso, não estava muito a fim de ser um alvo da Maldição Imperius.

— Quer se retirar, Srta. Black?

Aquela pergunta repentina me assustou. 

Olhei o professor assustada, ele de fato me pegou de surpresa, e o que ferrou mais é que quem me olhava era o olho mágico dele apenas já que o próprio estava olhando para outro canto da sala.

— Como é que é? — indaguei.

— Por acaso a senhorita quer se retirar? — ele voltou a perguntar. — Pela sua cara, você não quer participar dessa aula? Se não quiser, repito o que disse a Srta. Granger; se preferir aprender pelo método difícil... para mim está bem. Pode se retirar.

Senti minhas bochechas esquentarem, acho que estava ficando vermelha, e acredito que seja mais por vergonha. Todos na sala ficavam me olhando. Acho que deveriam estar de fato me esperando pegar a bolsa e sair. Ou talvez bater boca com o professor. Não ia fazer nenhuma dessas opções. Ia ficar agora na aula depois do que ele falou.

— Não — disse em um tom bem firme. — Eu vou ficar!

O Prof. Moody não disse mais nada e só abaixei um pouco a cabeça para disfarçar minhas bochechas vermelhas.

— Para de olhar — murmurei irritada para Hermione.

Os alunos foram chamados à frente e assim recebendo a maldição, um de cada vez. Por um lado, parecia que todo mundo estava passando um maior micão. Era cada coisa absurda e ridícula. Dino deu três voltas pela sala aos saltos, cantando o hino nacional. Lilá imitou um esquilo. Neville executou uma série de acrobacias surpreendentes, que ele certamente não teria conseguido em condições normais. Nenhum deles parecia ser capaz de resistir à maldição, e cada um só voltava ao normal quando Moody a desfazia.

Uma coisa é certa, eu não ia passar esse vexame na frente de todo mundo. Não vou deixar essa maldição me controlar. 

— Srta. Black — chamou Moody —, você é a próxima.

Respirei fundo e fui até o meio da sala, no espaço que o professor deixara livre. Eu até que estava calma, olhei seriamente o professor que ergueu a varinha, aponto-a para mim e disse:

Imperio.

Foi uma sensação maravilhosa. Senti que flutuava e que tudo na minha mente, pensamentos e preocupações desapareceram suavemente, deixando apenas uma felicidade vaga e inexplicável. Estava vagamente consciente de que todos me observavam, mesmo assim relaxei.

Então, ouviu a voz do Prof. Moody ecoar em uma célula distante do meu cérebro vazio: Suba e salte dando uma cambalhota da carteira... Suba e salte dando uma cambalhota da carteira.

Encostei na carteira e levantei o joelho para subir na carteira, mas logo parei ao ouvir de novo a mesma frase.

Suba e salte dando uma cambalhota da carteira...

Ora, mas por quê?

Outra voz despertara no fundo de minha mente. Que coisa boba para alguém fazer, francamente, disse a voz.

Suba e salte dando uma cambalhota da carteira...

Não, acho que não, obrigada, disse a segunda voz, com mais firmeza... não, não quero...

Suba! AGORA!

A única sensação que senti naquele mesmo momento foi uma imensa dor. Eu subi e tentei não saltar ao mesmo tempo — o resultado foi pisar errada e bater o joelho com tudo na carteira, além de bater as costas no pé da carteira. 

— Agora está melhor!

Ao ouvir a voz do professor parece que tudo voltou ao normal. Aquela sensação boa tinha desaparecido de minha mente. Só me lembrei do que estava acontecendo quando senti aquela dor horrível no meu pé, que parecia dobrar de intensidade.

— Olhem só isso vocês todos... a Srta. Black resistiu! Lutou contra a maldição e quase a venceu! Vamos experimentar de novo, Srta. Black, e vocês prestem atenção, observem os olhos dela, é onde vocês vão ver, muito bem, senhorita, muito bem mesmo! Eles vão ter trabalho para controlar você!

— Pelo jeito que ele fala — resmunguei, ao sair mancando da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, uma hora depois (Moody insistira que eu mostrasse do que era capaz, quatro vezes seguidas, até eu conseguir resistir inteiramente à maldição) — a gente poderia pensar que vai ser atacado a qualquer momento.

— Coloca o braço em volta do meu pescoço — disse Harry me segurando antes que virasse de vez o meu pé e acabe torcendo-o de vez.

Fiz o que Harry disse e assim fiquei com ele de apoio para não sair.

 — É, eu sei — respondeu Rony, que estava saltitando, um passo sim outro não. Tivera muito mais dificuldade com a maldição do que eu, entre todos os outros alunos o único que tinha também resistido à maldição foi Harry, mas não inteiramente como eu. Agora sobre o Rony, segundo o professor os efeitos passariam até a hora do almoço. — Falando em paranoia... — Rony espiou nervosamente por cima do ombro provavelmente para verificar se estávamos mesmo fora do campo de audição de Moody e continuou: — Não me admira que tenham ficado contentes em se livrar dele no Ministério. Vocês ouviram quando ele contou ao Simas o que ele fez com a bruxa que gritou “buu” atrás dele, no dia primeiro de abril? E quando é que a gente vai ler como resistir à Maldição Imperius com todo o resto que tem para fazer?

Felizmente não havia nenhum problema em relação a isso já que graças ao meu padrinho, me tornei uma pessoa organizada, por isso que meus deveres estavam todos organizados. Contudo, não tiro a razão de Rony sobre o “todo resto” porque de fato de tínhamos uma quantidade absurda de deveres. Tudo isso levou para que a professora McGonagall explicasse o porquê, quando alguns alunos gemeram particularmente alto à vista do dever de Transfiguração que ela passava.

— Vocês agora estão entrando numa fase importantíssima da sua educação em magia! — disse ela, os olhos faiscando perigosamente por trás dos óculos quadrados. — O exame para obter os Níveis Ordinários em Magia estão se aproximando...

— Mas não vamos fazer exames de nivelamento até a quinta série! — exclamou Dino indignado.

— Talvez não, Thomas, mas, me acredite, vocês precisam de toda a preparação que puderem obter! As senhoritas Black e Granger foram as únicas alunas desta turma que conseguiu transformar um porco-espinho em uma almofadinha de alfinetes razoável. Eu talvez possa lhe lembrar, Thomas, que a sua almofadinha ainda se encolhe de medo quando alguém se aproxima dela com um alfinete!

Hermione e eu trocamos sorrisos sem graças, por mais que tenha ficado muito feliz com o elogio da professora, eu sei que Hermione estava se contendo para não parecer cheia de si demais. 

Por mais que todas as aulas estivessem puxadas, nenhuma me fez me diverti tanta como a Adivinhação. Harry, Rony e eu tentava a todo custo não rir no meio da aula quando a Profª Trelawney informou que tínhamos tirado a nota máxima no dever da aula anterior. Ela leu longos trechos das predições que fizemos, comentando a impassível aceitação dos horrores que nos aguardavam — mas não achamos tanta graça quando ela pediu que fizessem outra projeção para dali a dois meses, minhas ideias para catástrofes estavam quase esgotadas.

Entrementes, o Prof. Binns, mandou a gente escrever ensaios semanais sobre a Revolta dos Duendes no século XVII. O que era mega chato! Já o Ranhoso mais conhecido como professor Snape, estava nos obrigando a pesquisar antídotos. Todos, exceto eu, caíram no papo que ele talvez envenenasse um de nós antes do Natal para ver se o antídoto que encontrassem faria efeito. Ridículo! Óbvio que eu não cai nesse papo dele. O Prof. Flitwick pediu que lêssemos mais três livros em preparação para a aula de Feitiços Convocatórios. 

Hagrid também não ficou fora desse aumento de “deveres”. Os explosivins estavam crescendo em um ritmo excepcional, dado que ninguém ainda descobrira o que comiam. Ao contrário da gente, Hagrid estava encantado e, como parte da “pesquisa”, sugeriu que fossemos à sua cabana em noites alternadas para observar os bichos e tomar notas sobre o seu extraordinário comportamento.

Extraordinário? Onde há extraordinário nesses bichos.

— Eu não vou — disse a chata da Madame com indiferença, quando o Hagrid fez essa proposta com ar de Papai Noel tirando um brinquedo muito vistoso do saco. — Já vejo o bastante dessas nojeiras as aulas, obrigado.

O sorriso desapareceu do rosto de Hagrid.

— Você vai fazer o que mando — rosnou ele — ou vou arrancar uma folha do livro do Prof. Moody... ouvi falar que você ficou muito bem de doninha, Malfoy.

Dei uma gargalhada gostosa.

— E como cortesia, ganhou um apelido super carinhoso: A Fantástica Doninha Saltitante — provoquei mais ainda a Madame.

Continuei rindo junto com os outros da Grifinória, Rony mesmo teve que se apoiar em algo para continuar rindo. Malfoy me fuzilava, mas não respondeu nada. Acho que esse castigo do Olho-Tonto ainda era suficientemente doloroso

— Sua falta de educação é admirável, Black.

— E seu olfato canino é admirável, Buldogue — debochei com um sorriso cínico para a Parkinson que fechou. — Olha só, você de cara fechada, parece mais ainda um buldogue. Cuidado para não sair mordendo todo mundo, pois acredito que ninguém aqui foi tomou uma poção antirraiva. 

Parkinson tentou vim para cima de mim, esticou os braços tentando pegar meu cabelo, mas me afastei antes e ela foi para pro Hagrid que entrou na frente.

— Dê um tempo, Parkinson — disse Hagrid ainda entre nós duas. 

— Ora sai da minha frente seu...

— Pansy! — exclamou Jéssica para a buldogue com reprovação. — Para de ficar manchando o nome da Sonserina com esse seu comportamento infantil.

— Infantil? — repetiu Parkinson olhando Jéssica furiosa. — Foi ela que começou me provocando? — E apontou para mim.

Eu apenas dei retribui com um sorriso de deboche. O que deixou mais ainda a Parkinson nervosa.

— Ora, foi você que me chamou de mal-educada, Parkinson — digo fingindo estar ofendida. — Eu apenas me defendi.

Jéssica foi ao lado da amiga, antes da buldogue ameaçar vir para cima de mim, e puxou a mesma para um outro canto. 

— Desculpe por isso, Hagrid — disse para ele que se virou para me encarar e pude jurar que vi um sorriso entre aquela barba toda. O que também me fez retribuir o sorriso.

Harry, Rony, Hermione e eu voltamos muito mais animados para o castelo. Ver Hagrid desmoralizando o Malfoy na frente de todos é uma maravilha. Era particularmente gostoso porque no ano anterior a Madame se esforçou ao máximo para fazer com que Hagrid fosse despedido.

Infelizmente minha felicidade foi interrompida por uma voz irritante gritando meu nome.

— Black! 

— Quê?

Virei para encarar sem ânimo a buldogue com sua guarda costa, Millicent Bulstrode uma garota grande, praticamente a versão feminina de Crabbe e Goyle.

— Não me venha com quê! — exclamou Parkinson furiosa. — Você é ridícula! Não pense que vou deixar de lado o que você disse agora pouco. Você deve se achar a melhor, mas não passa de uma...

Antes de ela terminar, puxei minha varinha do bolso interno da capa, apontei para Parkinson e disse: 

Travalingua!

Parkinson levou a mão para boca e tentava, digo, tentava mesmo falar o que não conseguia.

— Agora está melhor — disse sorrindo e guardando a varinha. — Tchau, Buldogue.

Voltei a seguir o caminho até o saguão com os outros.

— Não me olhe assim — pedi para Hermione que me olhava com aquela típica cara de “você não deveria ter feito isso”. — E nem fale nada.

— Só que eu não estou falando nada, apenas estou te olhando — disse ela com certa ironia.

Revirei os olhos e disse:

— Só que eu sei no que está pensando.

Hermione ergueu a sobrancelha e me olhou com aquele ar sabe-tudo dela.

— Não se preocupe ela já deve ter voltado a falar — digo.

Ela não me disse nada e apenas revirou os olhos.

Chegando ao saguão de entrada nos deparamos com uma aglomeração de alunos que havia ali, em torno de um grande aviso afixado ao pé da escadaria de mármore.

— Rony lê o que está escrito — cutuquei com o cotovelo. — Você é o mais alto.

Então assim o fez, ficou nas pontas dos pés para ver por cima das cabeças à sua frente e leu o aviso em voz alta:

 

TORNEIO TRIBRUXO

As delegações de Beauxbatons e Durmstrang chegarão às seis horas, sexta-feira, 30 de outubro. As aulas terminarão uma hora antes…

 

— Genial! — exclamou Harry. — É Poções a última aula de sexta-feira! Snape não terá tempo de envenenar todos nós!

 

Os alunos deverão guardar as mochilas e livros em seus dormitórios e se reunir na entrada do castelo para receber os nossos hóspedes antes da Festa de Boas-Vindas. 

 

— É daqui a uma semana! — exclamou um garoto da Lufa-Lufa, acho que era Ernesto MacMillan, que saia da aglomeração, os olhos brilhando. — Será que o Cedrico sabe? Acho que vou avisar a ele...

— Cedrico? — repetiu Rony sem entender, enquanto MacMillan saía apressado.

— Diggory — disse ao Rony.

— Ele deve estar inscrito no torneio — disse Harry.

— Aquele idiota, campeão de Hogwarts? — disse Rony, quando íamos passando pelo ajuntamento de alunos para chegar à escadaria.

— Ele não é idiota, você simplesmente não gosta dele porque ele derrotou a Grifinória no quadribol — digo.

— Concordo com a Su — diz Hermione ao meu lado. — Além de que ouvi falar que é realmente um bom aluno e é monitor!

— Vocês duas só gostam dele porque ele é bonito — respondeu Rony com desdém.

— Perdão, eu não gosto de pessoas só porque são bonitas! — retrucou Hermione indignada.

— Rony não seja ridículo — disse rindo da besteira que ele disse. — Cedrico é muito simpático. 

Muito simpático — disse Hermione em tom provocador — principalmente com você.

— Mione não começa…

— Do que vocês duas estão falando? — perguntou Harry com o cenho franzido.

— Também quero saber — murmurou Rony olhando da mesma forma que Harry.

Troquei um olhar pedindo para Hermione não dizer nenhuma besteira, mas a louca deu uma risadinha e disse:

— Acontece que Cedrico Diggory está a fim da Susana. 

Rony e Harry me olharam de uma forma como se estivessem ouvido algo de outro mundo. Por mais que eu ache a Hermione exagerada dizendo que Cedrico está apaixonado por mim. É claro que ele não está. Isso é fantasia da cabeça dela.

— Não precisam me olhar desse jeito — digo.

— Susana, por favor, diga que você também não está a fim desse idiota? — Rony me olhava profundamente. — Diga que você tem bom gosto.

— Não eu não estou a fim do Cedrico — respondi o Rony sem ânimo. — E não tem nada a ver com bom gosto. Acontece que no momento nenhum homem me interessa. 

(...)

De alguma forma aquele aviso fixa no saguão de entrada teve um efeito sensível em todos do castelo. Durante a semana seguinte, parecia que só existia um assunto nas conversas, onde quer que eu fosse, o Torneio Tribruxo. Parece que todos conversavam sobre quem seria o campeão de Hogwarts e sobre os alunos de Beauxbatons e Durmstrang. Diferente da maioria eu não estava muito animada com a chegada dessas outras escolas, principalmente, com a chegada da minha ex-escola. 

Não conseguia acreditar que iria ter que aguentar mais um ano com esses metidos a besta. Além da diretora que me adora, afinal era a que mais queria me ver fora da escola dela. 

— Da forma que você diz parece que Beauxbatons é mesmo muito chato — comentou Gina em uma noite no dormitório feminino.

— Não liga para ela, Gina — disse Hermione sentada ao lado de Gina enquanto fazia uma trança no cabelo da ruiva.

Acho que nunca comentei que o cabelo da Gina era lindo? Então agora eu digo isso. Ele é muito lindo. Tinha um comprimento mediano e os fios ruivos eram tão sedosos. Sempre pergunto a ela qual é o segredo para o cabelo dela ficar daquele jeito. A resposta dela é sempre com um sorrisinho e ela diz, eu não passo nada no cabelo.

— Susana está exagerando — Hermione voltou a dizer, pegando o pequeno elástico da minha mão. 

— Eu não estou exagerando, Mione! Os alunos de Beauxbatons são uns metidos a besta. São insuportáveis! — digo.

— Hum...

— Tudo bem — disse por vencida. — Sexta você vai comprovar se estou ou não estou exagerando.

Uma das coisas que não saiu despercebido foi a faxina no castelo, que estava mais do que rigorosa. Vários retratos encardidos tinham sido escovados para descontentamento dos retratados, que se sentavam encolhidos nas molduras, resmungando sombriamente e fazendo caretas ao apalpar os rostos vermelhos. As armaduras de repente brilhavam e mexiam sem ranger e Filch, estava parecendo mais idiota do que já era, agia com tanta agressividade com os alunos que se esquecessem de limpar os sapatos que aterrorizou duas garotas do primeiro ano levando-as à histeria.

Os professores também pareciam estranhamente tensos.

— Longbottom, tenha a bondade de não revelar que você não consegue sequer lançar um simples Feitiço de Troca diante de alguém de Durmstrang! — vociferou a Profª McGonagall ao fim de uma aula particularmente difícil, em que Neville acidentalmente transplantou as próprias orelhas para um cacto. 

No final da aula de Poções quando estava terminando de limpar as conchas que usei na aula Theodore veio conversar comigo. Para alguns, ele veio apenas lavar os utensílios que ele usou na aula.

— O que você quer caro Nott? — perguntei assim que ele se aproximou.

— Te fazer um convite — respondeu ele enquanto lavava as mãos.

— Ainda não saiu o dia que iremos para Hogsmeade...

— Não é para Hogsmeade — disse ele rapidamente. — Claro que isso não significa que esqueci que você me deve um encontro.

Ele me lançou um sorriso provocante e eu acabei rindo de volta.

— Voltando ao que eu ia dizendo — disse Theodore ainda com o sorriso no rosto, ele olhou para os lados e se aproximou mais de mim. — Hoje vai ter uma festa lá na comunal da Sonserina. É a Jéssica que está organizando e perguntei se poderia levar alguém de fora, e bem, ela disse que sim.

— Onde é que entro nessa história?

— Estou lhe convidando para ir à festa.

Por mais que não queria, devo ter feito uma cara de desgosto já não curto muito festa e logo me chamam para ir a uma festa da Sonserina. Por mais que a organizadora seja a Jéssica... eu não sei não.

— Não me olhe assim, eu sei que não te agrada por ser uma festa da Sonserina, mas é a Jéssica que está organizando e ela não vai achar ruim você ir. Além de que você é minha convidada.

— Eu não sei Theo — digo com incerteza. — Não acho que vão gostar de ver uma Grifinória na festa de Sonserinos. 

— Ah, quanto a isso não se preocupa... — Antes de ele terminar a sineta tocou. — Não vou te obrigar a nada, vai se quiser, caso queira ir é só seguir o mesmo caminho que vem para a sala do Snape só vai virar para o corredor oposto. Você vai dar de cara com uma parede de pedra da cor preta.

— Ok. — Ele nem precisa me contar onde era a sala comunal da Sonserina eu sabia onde era e a senha também, mas ele não sabia disso.

— Senha é puro sangue — disse por fim e antes de se retirar deu uma piscadela. — Espero te ver por lá.

E ele se retirou me deixando pensativa.

— O que o Nott queria? — perguntou Hermione em voz baixa quando saímos das masmorras. 

Harry e Rony iam à frente conversando. E Hermione aproveitou esse momento para perguntar sobre o Nott.

— Me chamou para ir a uma festa da Sonserina — respondi no mesmo tom.

— Jura? E aí, o que você respondeu?

— Nada — respondi. — Ele disse para eu pensar sobre e se caso eu quiser ir. A festa vai ser na sala comunal da Sonserina.

Encarei Hermione pensativa quando descíamos as escadas de mármore.

— O que você acha Mione? — perguntei demonstrando minha incerteza na voz. — Acha que eu devo ir?

Nós duas nos encaramos e parece que até a própria Hermione estava em dúvida do que dizer. Eu realmente não sei o que fazer. Será que eu devo, ou não devo ir?

 

Point of View: DRACO MALFOY

— Onde está a festa simples que a sua prima disse? 

Virei para o lado e era Blásio se aproximando da mesa de bebidas, onde eu estava me servindo.

— A simplicidade de Jéssica é isso — digo.

Jéssica é muito exagerada em quesito de festas. Sempre se empolgou na hora de prepará-la. E essa não ficou de fora. Ela conseguiu encomendar muita coisa com meus pais e conseguiu a permissão do Snape para fazer a festa aqui na comunal. Às vezes minha prima tem muita sorte. 

— Espero que essa festa não fique chata até o final — comentei olhando todos com arrogância. 

Por mais que adore a minha prima, não estava com saco para ficar aqui nessa festinha dela, e nem mesmo ficar com a Pansy no meu pé. Graças a Tracy que a chamou para mostrar algo, consegui ficar sem a Parkinson por perto. Ninguém merece ter aquela garota por perto. 

— Meu amigo, acho que Merlin ouviu suas preces — diz Blásio olhando atrás do meu ombro.

— Como é?

Ele tocou meu ombro e me virou para olhar a entrada da comunal.

Por um momento parece que tudo desapareceu. Aquele som alto desapareceu e as pessoas parecem ter perdido o foco. Ela era a única que se destacava em torno de todos naquela masmorra. Sentia-me estranho, meu coração batia descontroladamente e sentia uma súbita felicidade.

— O que ela está fazendo aqui? — Tentei dizer algo, mas minha voz saiu falha.

— Parece que a festa vai começar a ficar muito boa para você — comentou Blásio com malícia. 

— Parece que... Que merda é essa! — grunhi furioso ao ver Theodore indo falar com a Black lhe dando um beijo no rosto, mas muito próximo da boca dela.

Sim, era Susana Black que tinha acabado de entrar na comunal e devo dizer que ela estava absurdamente linda. 

— Ixi! Parece que o Theodore foi mais rápido Draco. 


Notas Finais


E ai, o que acharam?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...