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História A Herdeira dos Black II - De quem você gosta?


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 5 - De quem você gosta?


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - De quem você gosta?

— O que era? — perguntou Harry, após terminar de rir comigo e o Fred.

— Caramelo Incha-Língua — informou-lhe Fred, animado. — Foi Jorge e eu que inventamos, passamos o verão todo procurando alguém para experimentar... Então a Susana, aqui, deu ideia do seu primo.

— E foi uma ótima escolha — disse Harry, voltando a rir, mas logo parou quando Carlinhos e Gui se aproximaram.

— Como vai, Harry? — disse Carlinhos, sorrindo e estendendo a mão, ao Harry que retribuiu.

Depois foi Gui que cumprimentou Harry. Minutos depois o Sr. Weasley apareceu, mas não estava com uma cara muito boa, parecia estar bem furioso.

— Não teve graça alguma, Fred! — gritou ele. — Que diabos foi que você deu àquele garoto trouxa?

— Eu não dei nada a ele — disse Fred, com um sorriso malvado. — Só deixei cair um caramelo... Foi culpa dele se o apanhou e comeu, não o mandei fazer isso.

— Ele tem razão Sr. Weasley, Fred não tem culpa que o gordinho trouxa, come tudo que vê no chão — digo.

— Acontece que eu sei que você, Fred, deixou cair de propósito — berrou o Sr. Weasley. — Sabia que ele ia comer, sabia que ele estava fazendo regime...

— De que tamanho ficou a língua dele? — perguntou Jorge, ansioso.

— Já estava com mais de um metro quando os pais me deixaram encolhê-la!

Eu caí na gargalhada na mesma hora, Harry e os Weasley também.

— Não tem graça! — gritou o Sr. Weasley.

— Sr. Weasley, não briga com eles, eu que dei a ideia dos caramelos — disse.

— Susana, isso não vem ao caso, mesmo você os defendendo, eles concordaram com isso — falou ele, em um tom bem sério. — Acontece, que esse tipo de comportamento desestabiliza seriamente as relações bruxos-trouxas! Passo metade da vida fazendo campanha contra os maus-tratos e os meus próprios filhos...

— Não demos o caramelo a ele porque é trouxa! — disse Fred.

— Não, demos porque ele é um filho-da-mãe implicante — disse Jorge. — Não é verdade, Harry?

E eu apenas concordava com a cabeça.

— É, sim, Sr. Weasley — confirmou Harry com sinceridade.

— Isto não vem ao caso! — vociferou o Sr. Weasley. — Espere até eu contar à sua mãe...

— Contar o quê? — perguntou uma voz as costas dele.

Olhei e vi que era a Sra. Weasley, que acabara de entrar na cozinha. E pela cara parecia desconfiada.

— Ah, olá, Harry querido — disse ela, sorrindo, ao vê-lo. Então seus olhos voltaram para o marido. — Contar o quê, Arthur?

O Sr. Weasley hesitou. E percebi que, por mais zangado que estivesse com Fred e Jorge, por minha causa, já que fui que dei a ideia. Ele não pretende realmente contar a Sra. Weasley o que tinha acontecido. Fez-se silêncio, enquanto o Sr. Weasley encarava a esposa, nervoso. Então nesse meio tempo Hermione e Gina apareceram à porta da cozinha atrás da Sra. Weasley. As duas sorriram para Harry, que retribuiu o sorriso, mas uma coisa inesperada aconteceu. Gina ficou escarlate quando Harry retribuiu o sorriso. Desconfiada, olhei novamente Harry e depois ela, que estava com a cabeça um pouco abaixada, parecia bem envergonhada. Tenho uma leve impressão de que alguém está a fim de alguém aqui.

— Contar o quê, Arthur? — repetiu a Sra. Weasley, num tom de voz perigoso.

O que me fez voltar a encarar a Sra. Weasley e o Sr. Weasley.

— Não é nada, Molly — repetiu ele. — Fred e Jorge... Mas eu já tive uma conversa com eles…

— Que foi que eles fizeram desta vez? — perguntou a Sra. Weasley. — Se foi alguma coisa relacionada com as “Gemialidades” Weasley...

— Por que você não mostra ao Harry onde ele vai dormir, Rony? — sugeriu Hermione da porta.

— Ele já sabe onde vai dormir — respondeu Rony. — No meu quarto, foi lá que dormiu da última...

— Então todos podemos ir — disse Hermione, sublinhando as palavras.

— Ah — fez Rony, entendendo. — Certo.

— É, nós também vamos — disse Jorge.

— Vocês ficam onde estão! — vociferou a Sra. Weasley.

Eu hesitei em sair, mas fui puxada pelo braço por Rony e Harry. Droga, eu queria ficar, precisava explicar que eu era a culpada de tudo, não queria deixar a bronca tudo para os gêmeos. Só saí quando Fred fez um gesto para eu sair, tentei insistir, mas ele negou e fez de novo o gesto.

Então segui os outros, emburrada e bufando.

— Droga, por minha culpa eles vão levar uma bronca — resmunguei quando subi os primeiros degraus da escada.

— Su, não diga isso, você viu que o Fred mandou você sair — falou Rony. — Eles vão saber cuidar disso.

— Acontece que fui eu que dei a ideia dos caramelos — retruquei.

Meu humor já estava ficando péssimo, odeio, quando isso acontece. Quando os outros têm que pagar por algo que eu fiz, por algo que eu sou a culpada, odeio isso. E nesse momento está acontecendo isso com Fred e Jorge.

— Que são “Gemialidades” Weasley? — perguntou Harry enquanto subíamos.

Rony e Gina riram, Hermione e eu continuamos sérias, corrigindo, eu continuei de cara amarrada.

— Mamãe encontrou uma pilha de formulários de pedidos quando estava limpando o quarto de Fred e Jorge — disse Rony em voz baixa. — Listas enormes de preços de coisas que eles inventaram. Artigos para logros e brincadeiras, sabe. Varinhas de imitações, doces-surpresas, um monte de coisas.

— Genial. Eu não sabia que eles estavam inventando tanta coisa…

— Há muito tempo que ouvíamos explosões no quarto deles, mas nunca pensamos que estavam fabricando coisas — explicou Gina — achamos que era só vontade de fazer barulho.

— Só que, a maior parte das coisas, bom, na realidade, tudo... Era meio perigoso — disse Rony.

Revirei os olhos e disse:

— Não exagera, Rony, não tem nada de mais o que eles fizeram.

— Diz isso, pois você adora se divertir com essas coisas, montar truque nos outros — falou Rony — e nem deve imaginar a diferença, já que adora azarar os outros.

— Azarações é a definição de diversão — digo.

Rony segurou uma risada, mas logo voltou a falar sobre as Gemialidades.

— Continuando — disse Rony. — Fred e Jorge estavam planejando vender os artigos em Hogwarts para ganhar dinheiro, e mamãe ficou uma fera. Disse que eles estavam proibidos de fabricar aquelas coisas e queimou todos os formulários... Já estava furiosa mesmo porque eles não conseguiram tantos N.O.M’s quanto ela esperava.

— Depois houve uma briga danada — disse Gina — porque mamãe queria que eles entrassem para o Ministério da Magia como papai, e os dois responderam que o que eles querem é abrir uma loja de logros e brincadeiras.

Nessa hora, uma porta se abriu no segundo patamar e um rosto com óculos de aros de tartaruga e expressão mal-humorada espiou para fora. E esse alguém era Percy.

— Oi, Percy — cumprimentou Harry.

— Ah, olá, Harry. Eu estava imaginando quem é que estava fazendo essa barulheira. Estou tentando trabalhar aqui dentro, sabe, tenho um relatório do escritório para terminar, e é difícil me concentrar se as pessoas não param de subir e descer fazendo as escadas rebolarem.

— Não estamos fazendo as escadas rebolarem — retrucou Rony irritado. — Estamos andando. Desculpe se perturbamos o trabalho secreto do Ministério da Magia.

— No que é que você está trabalhando? — perguntou Harry.

— Num relatório para o Departamento de Cooperação Internacional em Magia — disse Percy, cheio de si. O que achei um tanto ridículo. — Estamos tentando padronizar a espessura dos caldeirões. Há muitas peças importadas que são um pouco finas, os furos têm aumentado à razão de três por cento ao ano…

— Vai mudar o mundo esse relatório, ah, vai — comentou Rony. — Primeira página do Profeta Diário, espero, Caldeirões Vazam.

Percy corou de leve.

— Você pode caçoar, Rony — disse Percy com veemência — mas, a não ser que se baixe uma lei internacional, o mercado vai acabar inundando de produtos com paredes e fundos finos que ameaçam seriamente…

— Sei, sei, tudo bem — interrompeu-o Rony, que agradeci muito mentalmente, e recomeçamos a subir as escadas.

 

Desde o dia que cheguei, que foi ontem, só vi Percy umas três vezes. Corrigindo, foram quatro, ontem no jantar, hoje no café-da-manhã e no almoço. E a quarta foi agora, mas também não falei quase nada com ele, apenas cumprimentei ontem e mais nada. Não tenho muito papo com esse irmão do Rony, eu tive mais conversa com o Gui e Carlinhos do que com ele.

Enquanto chegamos no quarto do Rony, só se dava para ouvir o eco dos gritos na cozinha. Pelo jeito o Sr. Weasley contará a Sra. Weasley sobre os caramelos. O que me fez ficar com mais raiva de mim mesma, estava me xingando que nem louca, mentalmente.

Como queria estar com os gêmeos agora!

Quando entramos no quarto do Rony, apenas me sentei em uma das camas, já que agora se tinha mais camas. O que acabou deixando o quarto bem apertado. Não disse nada em nenhum momento, Hermione acabou se sentando ao meu lado e antes de conversarmos, Harry perguntou:

— Hum... Por que é que você chama essa coruja de Píchi? — perguntou Harry a Rony.

— Porque Rony está sendo idiota — disse Gina. — O nome todo é Pichitinho.

— É, e isso não é um nome nem um pouco idiota — comentou Rony sarcasticamente. — Foi Gina que o batizou — explicou a Harry. — Ela acha que é um nome bonitinho. Tentei mudar, mas já era tarde demais, ele não respondia a nenhum outro. Então ficou Píchi. Tenho que trancar ele aqui porque vive chateando o Errol e o Hermes. Pensando bem, chateia-me também.

Pichitinho voava alegremente pela gaiola, piando em tom agudo.

— Por onde andam o Bichento e Taran? — perguntou Harry a Hermione e eu.

— No jardim, caçando gnomos — respondi. — Taran adora correr atrás deles.

— E Bichento nunca viu um, e está adorando caçá-los — Hermione respondeu em seguida.

— Então o Percy está gostando do trabalho? — perguntou Harry se sentando em uma das camas.

— Gostando? — disse Rony, misterioso. — Acho que nem voltaria para casa se papai não obrigasse. Está obcecado. Nem puxe conversa sobre o chefe dele. O Sr. Crouch diz... Como eu ia dizendo ao Sr. Crouch... O Sr. Crouch é de opinião... O Sr. Crouch esteve me dizendo... Qualquer dia desses vão anunciar o noivado dos dois.

Por causa disso acabei uma risada, fazendo Rony rir também.

— Como foi o seu verão, Harry, bom? — perguntou Hermione. — Recebeu os pacotes de comida que mandamos e tudo o mais?

— Recebi, muito obrigado. Salvaram minha vida, aqueles bolos. Susana fez um ótimo papel, mandando um bilhete um tanto ameaçador para os Dursley.

— Bilhete ameaçador? — Rony e Hermione perguntaram ao mesmo tempo, nos olhando curiosos e Gina também olhava da mesma forma.

— Que história é essa? — perguntou Hermione me encarando.

— É que eu fiz uma brincadeirinha com os tios do Harry, mandei uma carta falando sobre o meu... — Só que logo parei, ao me dar conta que Gina estava junto e não poderia dizer sobre o meu pai, nem nada.

Pensei um pouco e decidi continuar, já que Gina me olhava muito curiosa, então teria que continuar só que com outra história.

— Eu inventei uma história para os tios deles, falando de um parente do Harry, que era perigoso e que se eles não cuidassem bem dele. Esse parente do Harry ia aparecer e ter uma conversa séria — digo.

Rony e Hermione apenas assentiram, disfarçadamente, como se entendessem de quem eu falava.

— Jura que você fez isso? — Gina foi quem disse, rindo, e ri aliviada por ela ter caído nessa.

Ficamos apenas um tempo no quarto de Rony, até que Hermione mencionou que poderia ter acabado a discussão. Já que não se ouvia mais nenhuma gritaria. Então decidimos descer para ajudar a Sra. Weasley com a janta porque o clima aqui não ficou muito legal. Por mais que a Gina tenha acreditado na minha história, ainda ficou estranho, pois não deu para continuar a história sem mencionar o meu pai.

Na cozinha a Sra. Weasley estava sozinha, parecendo extremamente mal-humorada.

— Vamos comer no jardim — disse ela quando entramos na cozinha. — Não há lugar para doze pessoas aqui dentro. Podem levar os pratos para fora, meninas? Gui e Carlinhos estão armando as mesas. Facas e garfos, por favor, vocês dois — disse ela a Rony e Harry, e apontou a varinha um pouco mais de força do que pretende para um monte de batatas na pia, que saíram da casca demasiado depressa e acabaram ricocheteando nas paredes e nos tetos.

O humor dela não estava muito bom, então quando ela começou a reclamar do Fred e Jorge, as meninas e eu pegamos logo o pedido, saindo rapidamente da cozinha.

No lado de fora, Gui e Carlinhos estavam se divertindo bastante, o clima aqui fora estava melhor. Ambos estavam fazendo duas mesas voarem alto pelo gramado e colidirem, cada qual tentando derrubar a outra no chão. O que me fez rir; Fred e Jorge aplaudiam; Gina também me acompanhava nos risos e Hermione estava parada ao meu lado, e pela cara dela, parecia que estava dividida entre o riso e a aflição.

A mesa de Gui bateu na de Carlinhos com estrondo e perdeu uma das pernas. Ouvimos um barulho no alto, ergui os olhos e vi a cabeça de Percy aparecer na janela do segundo andar.

— Dá para vocês maneirar? — berrou ele.

— Desculpe, Percy — disse Gui rindo. — Como é que vão os fundos dos caldeirões?

— Muito mal — disse Percy irritado e tornou a fechar a janela com uma pancada.

Rindo, Gui e Carlinhos devolveram as mesas em segurança ao chão, juntaram-nas e Gui colocou de volta as pernas da mesa e conjurou toalhas.

 

Às sete horas, os nove Weasley, Harry, Hermione e eu nos sentamos para jantar sob um céu azul escuro e limpo. A comida tinha um cheiro magnífico, então sem frescura me servi com tudo o que tive vontade, empadão de galinha e presunto, batatas cozidas e salada.

Hermione era minha companheira, ela estava sentada ao meu lado esquerdo, Harry do meu lado direito com Rony do seu outro lado. Tudo estava um clima maravilhoso, todos comendo e conversando, cada canto da mesa alguém conversava sobre algo e eu estava conversando com Mione. Pela primeira vez conseguimos ter um tempo juntas, e pudemos contar nossas novidades. Claro que isso não é nada contra Gina, mas é que só nós duas, tudo parece ser mais livre.

            — Eu não acredito que você bateu a porta na cara da vizinha — falava Mione entre risos, depois que narrei o ocorrido da vizinha paquerando meu padrinho. — Você é maluca, sabia?

— Sei disso — digo em um tom falso de agradecimento.

Tomei um gole do suco e depois voltei a falar:

— É sério, Mione, aquela mulher é uma... Não vou falar isso aqui na mesa, mas você sabe o que quis dizer.

— Sei sim — diz ela.

— Então — coloquei um pedaço de batata na boca — quem aquela mulherzinha pensa que era para ir levar pavê ao meu padrinho? Eu odeio pavê.

— Só que o pavê era ao Lupin e não para você. Ou por acaso ele também não gosta?

— Ele ama pavê — respondi.

Hermione me olhou incrédula, mas depois voltou a rir e eu a acompanhei.

— Você não mudou nada mesmo — diz Mione recuperada do acesso de risos. — Não sei como você não tacou o pavê na vizinha.

— Na verdade eu ia jogar, só que a primeira coisa que veio a cabeça e fiz, foi fechar a porta na cara dela — digo. — Só que se ela tivesse insistido, eu teria tacado o pavê nela, aquela lá teve muita sorte que não posso usar magia. Se não...

— Se não ela seria azarada na mesma hora — completou Hermione, o que me fez concordar.

Para minha felicidade a sobremesa era minha favorita, sorvete de morango feito em casa.

— Pelo jeito vou ir com uns quilos a mais para Hogwarts — comento para Hermione, Harry e Rony, colocando uma colher cheia de sorvete na boca.

— Vamos ver se agora você engorda um pouco — disse Rony em tom falso de deboche.

— Idiota! — xingo Rony com a boca cheia de sorvete.

— Engoli primeiro o sorvete, depois você pode me xingar — diz Rony nos fazendo rir.

— Aproveitando que está todo mundo entretido — começou Harry, olhando os Weasley e depois voltando a me olhar, falando em voz baixa: — Você recebeu alguma carta do Sirius esses dias?

Hermione e Rony se aproximaram bastante para ouvirem.

— Por quê? — perguntei a ele no mesmo tom. — Ele não tem te respondido?

— É que já faz alguns dias que ele não respondeu a minha última carta — explicou Harry.

— Bem, não faz muito tempo que respondi a última carta dele e até agora não recebi outra. Disse a ele que viria para cá, talvez ele mande alguma enquanto a gente estiver por aqui.

Harry concordou.

— Você tem conversado bastante com ele, Harry? — Rony foi quem perguntou dessa vez.

— Duas vezes — respondeu Harry. — Mas acho que ele está bem. Pelo menos é essa a impressão que tenho.

— E está sim — disse ao Harry, colocando a última colherada de sorvete na boca. — Está fora do país pelo que me disse, ele só não me diz onde está exatamente.

Antes de Harry dizer mais alguma coisa, a voz da Sra. Weasley o cortou.

— Gente, olhe as horas! — exclamou subitamente a Sra. Weasley, consultando o relógio de pulso. — Vocês deviam estar na cama, todos vocês, vão ter que acordar quase de madrugada para ir à Copa. Harry, se você deixar a sua lista de material escolar, eu compro tudo para você amanhã, no Beco Diagonal. Vou comprar o dos meus meninos. Talvez não haja tempo depois da Copa Mundial, da última vez, o jogo durou cinco dias.

— Uau... Espero que aconteça o mesmo desta vez! — exclamou Harry entusiasmado.

— Eu espero que não — disse Percy, virtuosamente. — Estremeço só de pensar no estado da minha caixa de entrada se eu me ausentar cinco dias do trabalho.

— Hum, alguém poderia deixar bosta de dragão nela outra vez, hein, Percy? — comentou Fred.

— Credo, bosta de dragão — exclamei fazendo cara de nojo. — Por acaso não era algo contra você, Percy?

— Aquilo é uma amostra de fertilizante da Noruega! — protestou Percy, corando. — E não, Susana, não foi nada contra mim.

— Foi sim — cochichou Fred no meu ouvido, quando estava me levando da mesa. — Fomos nós que mandamos.

Precisei colocar a mão na boca para abafar o riso, eu estava prestes a gargalhar e olhava Fred, que ria baixo.

Junto com Gina; Hermione e eu fomos para o quarto dela, se prepara para dormir, mas confesso que não estava com sono e parece que eu não era a única.

Coloquei meu pijama que era uma camisa bem solta e um short. Sentei-me na cama que ia dormir para colocar a meia.

— Estou sem sono — confessou Gina, sentada em sua cama.

— Não é a única — digo.

— Não são as únicas, mas vocês ouviram o que a Sra. Weasley disse, amanhã temos que acordar bem cedo — diz Hermione sentada ao meu lado.

— Então vamos conversar um pouco, acho que assim o sono aparece — sugeriu Gina.

— Por mim tudo bem — falou Mione e as duas me olharam.

— Do que vamos conversar?

Trocamos olhares pensativos, não tinha a mínima ideia do que conversava, foi aí nesse meio tempo que me lembrei da Gina corando quando viu Harry.

— Gina por acaso você está a fim do Harry? — digo na cara de pau.

Gina arregala os olhos, ficando com as bochechas coradinhas.

— O que foi que você disse? — indagou a ruiva.

— Se você gosta do Harry — digo.

— Gosto, Harry é bem legal — diz ela desviando o olhar do meu.

— Acho que ela não quis dizer esse gostar — falou Hermione.

— Exato, quero dizer o gostar de “apaixonada”.

Por mais que Gina estivesse enrolando, Hermione e eu já sabíamos a resposta, ela própria estava se entregando.

— Ela é caidinha no Harry desde a primeira vez que o viu — disse Mione. — Não precisa me olhar assim Gina. Não é difícil imaginar que você gosta dele.

Rimos ao ver a cara emburrada da Gina, mas ela logo acompanhou a gente e disse:

— Se quiser saber a resposta, então ela é sim, eu tenho uma queda pelo Harry.

Ela olhou para porta e voltou a olhar para a gente.

— Só que não contém nada para ninguém — pediu ela em um tom baixinho.

— Prometemos — Mione e eu dissemos ao mesmo tempo.

— E o Harry — Gina me olhou —, ele por acaso sabe que você gosta dele?

— Acho que não — murmurou Gina. — Nunca tive coragem de dizer isso a ele.

— Então você deveria ter — digo.

— Mas eu acho que não, ainda não, por favor, não contém nada a ele — implorou a ruiva, que fez Mione e eu ri.

Ela fica tão sem jeito quando menciona o Harry, isso é até engraçado, mas eu só acho que ela tem que se abrir ao Harry sobre o que senti. Ou deixar que ele próprio descubra. Se é que ele vai conseguir descobrir.

— E vocês — olhamos Gina sem entender. — Gostam de alguém?

— Eu não — respondeu Hermione na mesma hora, negando com a cabeça. — E você, Su?

As duas me olharam e eu já sabia a resposta, que era não, eu não gostava de ninguém. Foi aí que do nada a imagem da madame veio a minha cabeça. Ele me olhava e sorria com o mesmo jeito ridículo de tentar ser sedutor. Merda! E não era só isso, além da imagem dele, veio a cena do selinho que ele me deu no expresso e junto veio as palavras que ele me disse “acho que tirei minha dúvida”.

— Que merda de dúvida? — murmurei irritada.

— O que foi que disse, Susana? — A voz de Hermione foi quem me despertou das imagens do Malfoy. Ela me olhava com as sobrancelhas arqueadas e Gina também, me olhando curiosa.

— Não é nada, apenas pensei alto.

— Hum... Então isso quer dizer que você gosta mesmo de alguém?

— Claro que não — digo em um tom mais alto que devia.

— Tem certeza?

Bufei e revirei os olhos.

— Quer saber eu vou dormir, agora está me dando sono. — Pedi licença para Hermione levantar-se da cama, ela fez o que pedi e entrei debaixo da colcha.

Foi aí que as perguntas da Gina me vieram à cabeça. Eu gostando de alguém? Claro que não. Nem mesmo da madame, que era de quem estava pensando, nunca vou gostar daquele idiota. Por mais que tudo nele parece me atrair, eu nunca irei gostar de um filhinho de papai como ele. Nunca!


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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