1. Spirit Fanfics >
  2. A Herdeira dos Black II >
  3. A Marca das Trevas

História A Herdeira dos Black II - A Marca das Trevas


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 8 - A Marca das Trevas


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - A Marca das Trevas

 

Point of View: DRACO MALFOY

Susana Black. Ou Black, como eu tenho a mania de chamá-la. Não temos intimidades, não nos bicamos e acho que não sou o único, mas a gente pensa que nós odiamos. Pelo menos era o que achava dias antes de embarcar no Expresso de Hogwarts, mas depois daquele nosso beijo na Torre de Astronomia, não consegui tirá-la um minuto sequer da minha cabeça, o que me fez ficar louco e estava precisando me tirar uma merda de dúvida.

Aconteceu que ela foi respondida, ou pelo menos acho, no Expresso de Hogwarts, quando lhe dei um beijo mais um selinho.

Depois daquilo, eu pude me provar que estava a fim dela, só que eu tinha um problema que era o meu orgulho que não queria admitir tal sentimento. Jessica mesmo me encheu o saco nessas férias por causa da Black, ou Susana, como ela costuma chamá-la agora. Pelo que fiquei sabendo, ambas decidiram se chamar pelos nomes. Enfim, minha prima vivia me dizendo que estava apaixonado pela Black. O que sempre dizia ser loucura dela, coisa de sua cabeça, contudo isso parecia ser mais difícil conforme negava mais e mais.

Passei as férias pensando nessa garota, ela não saia um minuto sequer da minha cabeça. Além de toda hora pensar no nosso beijo, lembrar o quanto ela beija bem; além de ser linda. E agora, no camarote de honra no estádio que irá acontecer a Copa Mundial de Quadribol estou vendo justamente ela.

Black estava lá sentada em uma das poltronas com o rosto virado, mesmo estando virada, consegui reconhecê-la, um dos motivos foram os Weasley, a sangue-ruim e o Potter estarem no mesmo lugar. Claro que isso não foi a verdadeira questão, mas os cabelos castanhos e ondulados eram dela, junto com a forma que se sentava como se estivesse nem aí com a vida. Era ela!

Meu pai havia ido cumprimentar o ministro, depois apresentou minha mãe e quando mencionou meu nome, foi o momento da pessoa sentada naquela poltrona se mostrar. Depois que cumprimentei o ministro em seguido minha prima, olhei Black me encarando um tanta surpresa. Ela apenas me olhava sem desviar um momento sequer aqueles olhos azuis de mim. Eu queria muito rir, mas só o que fiz foi sorrir de forma discreta que somente ela percebesse.

— Susana? — Ouvi a sangue-ruim chamando-a que parecia ter finalmente acordado do transe.

Infelizmente os únicos lugares vagos eram perto dos Weasley, mas ficamos na fileira de baixo, na mesma fileira que Black se encontrava. Sentei-me ao lado dela, Jéssica disse que não se importaria, mas a impedi e disse que iria se sentar ao lado dela.

O jogo ia começar, Ludo Bagman tinha chegado e isso significava o início da partida.

— Senhoras e senhores... bem-vindos! Bem-vindos à final da quadringentésima vigésima segunda Copa Mundial de Quadribol!”

— Vê se não me faz passar vergonha — sussurrei no ouvido de Black.

Sorri ao vê-la tremer na poltrona.

— Não vai dar uma de louca como você tem mania de fazer — sussurrei mais uma vez, enquanto o Sr. Bagman dizia:

— E agora, sem mais demora, vamos apresentar... os mascotes do time búlgaro!

— Será que dá para... — Antes de ela terminar, ela engoliu seco, vendo a distância mínima que estávamos um do outro.

— Viu já vai dar uma de louca — digo em tom provocativo.

Sorri de forma provocativa, adorei vê-la bufando e virando a cara. Entretanto, não demorou para voltar a me encarar me mostrando apenas o dedo do meio. Por fim, voltando a encarar o campo.

— Veelas! — ela disse meio que cuspindo as palavras. — Só essa que me faltava o mascote da Bulgária ser veelas.

Entre uma grande massa compacta e vermelha, apareceu veelas que deslizaram pelo campo. Mordi o lábio inferior... É como dizem... Veelas eram verdadeiras perdições. Uma música começou a tocar e minha cabeça ficou completamente vazia, fazendo-me ter pensamentos incompletos e delirantes. Sentia algo me chamando, estava me afastando da poltrona e preste a me levantar até que senti um forte beliscão.

— Ai — grunhi passando a mão no local do beliscão. — Que merda…

Encarei a Black irritado porque aquilo tudo veio dela, pois o beliscão veio do braço esquerdo. Ela me olhava furiosa, parecia querer me fuzilar.

— Por que me beliscou? — grunhi irritado.

— Porque você é um tapado por cair nessa provocação ridícula das veelas — diz ela em tom seco, virando a cara e revirando os olhos. — Homens! Tudo mente fraca, não pode ver um par de seios que já ficam assim.

Segurei um riso ao ouvir tais palavras e reparar na atitude dela. Ela me olhou de canto e balancei a cabeça, mordi o lábio e a olhei de forma provocativa.

— Está com ciúmes de mim? — disse próximo ao seu ouvido.

— Quê?! — ela me olhou um tanto indignada, mas tinha um detalhe especial que foi suas bochechas coradas. — Óbvio que não Malfoy... Nunca senti ciúmes de você, nunca está bem — murmurou.

Arqueia as sobrancelhas.

— Quer saber, foda-se — disse ela nervosa se se encostando à poltrona de cara amarrada e cruzando os braços. — Você deveria me agradecer, Madame, se não fosse por mim você estaria nesse momento do lado de fora... E também... Affe, Harry, senta-se logo!

Potter se assustou com o tom severo dela, ele não disse nada, apenas assentiu um pouco ressentido e se sentou no lugar dele.

— E Rony — ela desencostou as costas da poltrona — pare de fazer isso com o chapéu, se você não vai ter nada para usar quando a Irlanda vencer.

— Hum? — Parece que o Weasley nem deu ouvidos a ela, ele estava fixando feito um idiota, as veelas, que agora estavam enfileiradas a um lado do campo.

Black revirou os olhos, voltou para a se encostar na poltrona furiosa e ouvi ela e a sangue-ruim exclamando:

— Francamente!

— E agora — trovejou Bagman —, por favor levantem as varinhas bem alto... para receber os mascotes do time nacional da Irlanda!

No instante seguinte, algo que lembrava um imenso cometa verde e ouro entrou velozmente no estádio. Deu uma volta completa, depois se subdividiu em dois cometas menores, que se projetaram em direção às balizas. De repente, um arco-íris atravessou o céu do campo unindo as duas esferas luminosas. Ouvia a multidão gritar “aaah” e “oooh”, como se presenciasse um espetáculo ridículo de fogos de artifício. Depois o arco-íris foi-se dissolvendo e as esferas se aproximaram e se fundiram; tinham formado um grande trevo refulgente, que subiu em direção ao céu e ficou pairando sobre as arquibancadas. Parecia estar deixando cair uma espécie de chuva dourada...

— Excelente! — Ouvi o Weasley berrar, quando o trevo sobrevoou o camarote, fazendo chover galeões.

Ri do papel ridículo do Weasley. Claro que o idiota ficaria feliz até porque nunca deve ter visto tanto ouro na vida. Já Black parecia bem tranquila, mas estava se abaixando para pegar os galeões caídos.

— Leprechauns — diz ela se levantando e contando os galeões que tinha na palma da mão. — Gostei disso, melhor que as veelas.

— Odeia tanto assim as veelas — disse no ouvido dela já que o barulho era mais alto —, ciúmes é tão forte assim?

Ela virou para me encarar, seria.

— Já mandei você ferrar ou por acaso se esqueceu? — diz Black bem próxima de mim.

— Eu que pergunto sobre esse ciúme todo, por acaso se esqueceu? — rebati.

Estávamos bem próximos e com a forte da luz pode reparar melhor no azul dos olhos dela. Era um azul tão profundo que parecia mais brilhoso com a iluminação e a maquiagem preta só destacava mais seus olhos. Talvez ela não tenha reparado, mas eu percebi que ela também me encarava atentamente.

A pequena distância entre nós foi sendo diminuída por mim, por um momento parecia que tudo tinha sumido, só voltei a real quando estava preste a tocar seus lábios. Que merda estava fazendo? Se não fosse a voz de Ludo Bagman eu a teria beijado justamente aqui com todo mundo vendo. Será que alguém viu o que estava preste a acontecer?

— E agora, senhoras e senhores, vamos dar as boas-vindas...

Afastei-me naquele mesmo momento dela.

— ...ao time nacional de quadribol da Bulgária!

— Eu te odeio — murmurou ela, entre as frases de Bagman.

— Apresentando, por ordem de entrada…

— Eu também te odeio — murmurei de volta antes mesmo de Bagman anunciar o primeiro jogador da Bulgária.

— ... Dimitrov!

O primeiro jogador de vermelho disparou pelo campo, voava tão veloz que parecia um borrão.

— Ivanova!

Um segundo jogador de vermelho passou zunindo.

— Zograf! Levski! Vulchanov! Volkov! Eeeeee... Krum!

— Krum é mais bonito que em fotos, Mione. — Ouvi Black dizendo para a Granger ao lado dela. — Olha os braços dele…

Só espero que ela esteja dizendo isso para irritar ou algo do tipo, pois se fosse ela estava conseguindo de qualquer forma. Era só essa que me faltava, a olhei de lado e a via sorriso enquanto observava o campo com um onióculos.

Logo ao meu lado ouvi um longo suspiro e era Jéssica que olhava com um sorrisinho e os olhos só demonstravam malícia. Revirei e murmurei mais para eu mesmo:

— Mulheres.

— E agora vamos saudar... o time nacional de quadribol da Irlanda! — berrou Bagman. — Apresentando... Connolly! Ryan! Troy! Mullet! Moran! Quigley! Eeee... Lynch!

Sete borrões entraram velozes no campo.

— E conosco, das terras distantes do Egito, o nosso juiz, o famoso bruxo presidente da Associação Internacional de Quadribol, Hassan Mostafa!

As quatros bolas foram soltas e o apito foi assoprado, dando assim o início da partida!

 

(...)

 

— VENCE A IRLANDA! — gritou Bagman. — KRUM CAPTURA O POMO... MAS VENCE A IRLANDA... Deus do céu, acho que nenhum de nós esperava uma coisa dessas!

No final do jogo, como foi dito pelo Bagman, a Irlanda venceu, só que foi Krum que capturou o pomo. E o que mais me chamou atenção não foi a comemoração dos irlandeses e sim da Black ao meu lado. Ela comemorava muito, se levantou animada e foi correndo com os gêmeos Weasley até Bagman com a mão esticada.

— Eles vão comentar isso durante anos — disse Bagman rouco para multidão agitada —, uma reviravolta realmente inesperada, essa... pena que não pudesse ter durado mais... ah sim... sim, devo a vocês... quanto?

Sorri ao me dar conta que a felicidade dela era pelo fato de ter ganhado uma aposta.

— Draco — chamou Jessica — já vamos.

Assenti me levantando e dando uma última olhada em Black, que conversava animada com os gêmeos Weasley e aquilo me deixou muito desconfortável.

— Não se preocupe — Jessica murmurou no meu ouvido — você vai vê-la novamente daqui duas semanas.

— Para de falar besteira — resmunguei, indo com Jéssica segurando meu braço e rindo até a porta do camarote.

 

 

Point of View: SUSANA BLACK

— Não conte à sua mãe que andou apostando — implorou o Sr. Weasley a Fred e Jorge, quando descíamos, lentamente, as escadas.

— Não se preocupe, papai — disse Fred feliz —, temos grandes planos para esse dinheiro, não queremos que ele seja confiscado.

— Você também, Susana, não diga nada ao Lupin o que você fez — pediu o Sr. Weasley —, nem quero imaginar o que ele vai pensar sobre eu o ter permitido apostar.

— Pode ficar tranquilo, Sr. Weasley, por mim meu padrinho não vai saber de nada — digo. — Até porque iria ouvir sermão pelo resto da vida.

Por um instante, percebi o Sr. Weasley iria voltar a falar, ia perguntar sobre os planos dos gêmeos, mas logo desistiu. Ele, assim como os outros, não sabiam o que era o dinheiro, já eu sabia.

Levou um bom tempo para gente chegar as barracas, até porque saímos junto com todo mundo, então era tudo um grande aperto. Durante o caminho, por mais que não quisesse, eu fiquei pensando no Malfoy. Lá no camarote quando o Sr. Bagman tinha pagado o que devia, Malfoy tinha ido embora com a família. E por incrível que possa parecer fiquei um pouco mal com aquilo, por não o ter visto, o que me fez xingar a mim mesma mentalmente. Caramba, não deveria ficar mal e sim bem. Aquele idiota só me irritou ao se sentar ao meu lado, fazendo aquele papel de idiota com as veelas e... Arrependo-me de tê-lo dado aquele beliscão, deveria tê-lo deixado passar pelas grades e se espatifar em algum andar abaixo. Só que como sou muito boazinha não deixei!

Como ninguém estava com vontade de dormir, foi um tanto difícil dormir com toda a agitação do lado de fora. O Sr. Weasley achou uma boa ideia tomarmos um chocolate quente antes de todos se deitar. Todos conversavam animadamente sobre o jogo, eu apenas me sentei em um sofá e fiquei lá tomando meu chocolate, pensativa. Sei lá, não estava com muito pique para conversar, acho que estava muito cansada. Não tinha noção que horas eram, acho que passava da meia-noite, pois o jogo durou horas.

— Tudo bem? — Olhei para o lado e era Hermione se sentando ao meu lado.

— Tudo — respondi.

— Certeza?

Ela me encarava com a sobrancelha arqueada, mostrando que não levou muito a sério o meu “tudo”.

— Percebi que ficou estranha depois do jogo — comentou Mione.

— Impressão — digo.

— Não parece.

Revirei os olhos e disse:

— Eu apenas estou cansada, foi horas de jogo e ainda estou cansada por ter acordado cedo.

— Hum... Eu espero mesmo que seja isso, e não que seja por causa do Malfoy — diz Mione diminuindo o tom de voz quando disse o sobrenome da Madame.

— Quê?

— Ou por acaso é?

— Claro que não — digo negando com a cabeça. — Acho que você tomou chocolate demais, Mione.

Ela começou a rir.

— Não se preocupe — disse Hermione —, eu estou em ótimo estado mental. Chocolate não me afeta.

— Então é o sono.

— Pode ser, mas acho que não, e... Esquece, vou perguntar outra coisa.

— O que?

— Cedrico Diggory.

Revirei os olhos e ri da cara dela.

Sabia que ela queria explicações, mas antes de dizer algo o Sr. Weasley pediu para a gente ir dormir. Gina já estava capotada na mesa, a coitada estava morta de sono e foi acordada pelo pai saindo arrastando pé da barraca até a barraca ao lado que íamos ficar. Hermione e eu fomos logo atrás.

A nossa barraca era pequena, menor que a dos homens, contendo um beliche e uma cama. Eu fiquei na beliche no andar de cima e Gina no andar de baixo. Hermione decidiu ficar na cama. Vesti meu pijama e me coloquei na cama, foi aí que me dei conta o quanto estava cansada.

Era difícil dizer se dormi e agora era um outro dia, pois do nada ouvi o Sr. Weasley aparece gritando.

— Meninas, acordem! É urgente! Gina, Hermione e Susana, rápido!

Senti o Sr. Weasley me chacoalhou, me fazendo abrir os olhos assustada.

— O que houve? — perguntou Gina com a voz sonolenta.

— Não temos tempo, rápido vistam uma jaqueta e vamos.

Foi aí que reparei no som do lado de fora. Não ouvia mais cantoria nenhuma, mas sim gritos desesperados e um tropel de gente correndo.

— Merda! — Foi a única coisa que consegui dizer, antes de pular da beliche e vestir minha blusa.

Saímos correndo da barraca de encontro com os outros e a cena que estava presenciando não era nada boa. Via várias pessoas flutuando no ar, algumas barracas pegando fogo e pessoas, homens, vestidos de preto e mascarados.

Gui, Carlinhos e Percy apareceram já vestidos com as mangas enroladas e as varinhas em punho.

— Vamos ajudar o pessoal do Ministério — gritou o Sr. Weasley, enrolando as próprias mangas. — Vocês... vão para a floresta e fiquem juntos. Irei apanhá-los quando resolvermos este problema aqui!

Os quatros logo desapareceram na multidão, então a gente decidiu fazer o que foi mandado, Fred segurou a mão da Gina e puxando-a para floresta. Então o acompanhamos.

Por causa da multidão era difícil correr, quando chegamos na floresta, fomos ainda empurrado por outras pessoas. Não conseguia distinguir ninguém, apenas via Hermione, Harry e o Rony nesse exato momento berrou de dor.

— Que aconteceu? — perguntei ansiosa, parando abruptamente, fazendo ter um encontrão com Hermione. E depois foi com Harry. — Rony!

— Rony, onde é que você está? — perguntou Hermione, olhando para todos os lados. — Ah, mas que burrice...  Lumus!

Com a iluminação da varinha, conseguimos ver a onde Rony estava e ele se encontrava todo esparramado no chão.

— Tropecei numa raiz de árvore — disse ele aborrecido, pondo-se de pé.

— Ora, com pés desse tamanho é difícil não tropeçar — disse uma voz arrastada a nossas costas.

Viramos rapidamente. E lá estava o Malfoy, parado sozinho perto da gente, encostado a uma árvore, numa atitude de total descontração. E de braços cruzados. O que fez revirar os olhos.

Antes de dizer algo para ele ficar quieto, Rony foi quem disse primeiro, mandando o Malfoy para a merda.

— Olha a boca suja, Weasley — disse Malfoy, seus olhos claros reluzindo. — Não é melhor você se apressar, agora? Não quer que descubram sua amiga, não é?

Ele indicou Hermione com a cabeça, neste instante, ouvir no acampamento uma explosão e um relâmpago verde iluminou momentaneamente as árvores à nossa volta.

— Que é que você quer dizer com isso? — perguntou Hermione em tom de desafio.

Ela não sabia, mas eu já tinha uma idéia do que se tratava e Malfoy apenas confirmou.

— Granger, eles estão caçando trouxas — disse ele. — Você vai querer mostrar sua calcinha no ar? Porque se quiser, fique por aqui mesmo... eles estão vindo nessa direção, e todos vamos dar boas gargalhadas. Inclusive acho que não ia ter nada interessante, você, Black seria mais interessante.”

Ele me olhava com malícia e de cima para baixo, mas logo gargalhou quando me viu ficar vermelha de raiva. Eu estava apenas com um short do pijama, e ele era curto, o que fazia essa Madame ficar olhando minhas pernas.

— Hermione e Susana são bruxas — rosnou Harry.

— Faça como quiser, Potter — disse Malfoy sorrindo maliciosamente. — Obviamente que não virão atrás da Black, pois o sangue dela é mais importante do que os seus juntos. Agora se você acha que eles não são capazes de identificar um sangue puro — ele apontou para mim e depois para Hermione — de um sangue ruim, fique onde está.

— Você é que devia olhar sua boca suja! — gritou Rony.

Ele fez menção de avançar em Malfoy, mas eu o segurei pelo braço.

— Não vale a pena, Rony — disse.

— Ela tem razão — diz Hermione. — Deixa para lá, Rony.

Ouvi um outro estampido vindo do outro lado das árvores mais alto e com isso as pessoas que estavam por perto gritaram.

Já a Madame deu um risinho abafado.

— Eles se assustam à toa, não é? — disse com a fala mole. — Imagino que papai disse a vocês para se esconderem? Que é que ele está fazendo, tentando salvar os trouxas?

— Onde estão os seus pais? — perguntou Harry, e pude perceber o quanto ele estava ficando com raiva. — Lá no acampamento usando máscaras, é isso?

Malfoy virou o rosto para Harry, ainda sorrindo.

— Ora... se eles estivessem, eu não iria dizer a você, não é mesmo, Potter?

— Ah, anda gente — disse Hermione, com um olhar de repugnância para Malfoy —, vamos procurar os outros.

— Fica com essa cabeçorra lanzuda abaixada, Granger — caçoou Malfoy.

Grunhi irritada. Não estava mais aguentando aquele idiota, caçoando com a Hermione, já basta ele tê-la xingado agora isso.

Fui até ele com passos rápidos, saquei a varinha e apontei para o seu pescoço.

— Susana, não faça isso! — pediu Hermione.

A raiva era tanta que estava com uma vontade imensa de agarrá-lo aqui e agora.

Ele não esboçou nenhuma reação e apenas deu um sorrisinho debochado.

— Vai me azarar, Black?

— Não seria uma má idéia — digo maldosa e encostando a ponta da varinha no pescoço dele. — Ganhei um livro novo de azarações nas férias, só que ainda não testei nenhuma.

— E não vai testar — disse ele em tom falso de dó. — Porque caso você não saiba, não se pode usar magia fora da escola.

— Pois é minha cara Madame, mas estamos em um lugar lotado por bruxos com varinhas e isso não me afetaria, se eu usasse algo em você. Poderia dizer tranquilamente que usei em defesa própria contra os caras que estão nos atacando.

Sorri com malícia ao ver o medo estampado nos olhos dele.

— Susana! — gritou Hermione. — Para com isso, não faça isso, não vale a pena.

Balancei a cabeça, ao perceber o que ia fazer, ela tinha razão. Falei a mesma coisa ao Rony e realmente não vale a pena. Também não ia correr o risco de me ferrar por ter usado magia fora da escola, por ter usado azaração. Abaixei a varinha.

— Não pense que você vai se safar dessa Madame — digo.

Volto para me encontrar com os outros e junto com Hermione, puxamos Harry e Rony para sair de lá e só ouvi de longe.

— Esqueci de dizer antes, Black, mas você tem belas pernas.

Contei até dez para não voltar e arrebentar ele. Hermione percebeu, empurrou Rony para voltar andando e me puxou pelo braço para não parar. Eu já estava passando frio nas pernas, sim, o vento estava gelado por causa da madrugada e esse imbecil vem falar essa porcaria para mim? Que ele morra!

Para o nosso azar, acabamos nos perdendo de Fred, Jorge e Gina, pois não tinha nenhum sinal dos três.

Nesse tempo que estávamos parados tentando encontrar os gêmeos e Gina, um grupo de adolescentes de pijamas discutia. Quando viram a gente, uma garota de cabelos espessos e crespos se virou e disse depressa:

Où est Madame Maxime? Nous l’avons perdue

Aquilo me fez gelar, só de ouvir aquele nome, foi como se eu tivesse recebido um Petrificus Totalus.

— Hum… quê? — perguntou Rony.

— Ah… — A idiota apenas deu as costas para ele, e quando voltamos a andar ouvi-a dizer claramente em um tom de nojo: — Ogwarts.

Na mesma hora me virei e gritei:

Merde!

Só vi elas virando, mas não fiquei para ver o resto e caí fora com Harry, Rony e Hermione.

— O que você disse para elas?

— Mandei-a para o mesmo lugar que você mandou o Malfoy — digo.

— Susana, você não deveria ter feito isso — advertiu Hermione me olhando com reprovação.

— Claro que deveria ter feito, elas são umas arrogantes, assim como todas as alunas de Beauxbatons. Sim, elas são de Beauxbatons — confirmei sem paciência para Rony me olhando surpreso.

— De qualquer forma, você não deveria ter feito aquilo, o que acha que vão pensar da gente?

— Hermione, estou nem aí e me dá até um desconforto só de pensar que aquela ossuda está por aqui... Merda, como é que eu não a vi no acampamento…

— Gente... Perdi a minha varinha!

— ... ela é enorme... O que foi que você disse, Harry?

— Eu perdi minha varinha, ela não está no meu bolso!

‘tá brincando!

Madame Maxime virou passado e agora o foco importante era a varinha de Harry. Rony, Hermione e eu ficamos procurando pelo chão com a luz das nossas varinhas para ver se tinha algum sinal da varinha dele e nada.

— Não estou vendo nenhum sinal dela — disse.

— Talvez tenha ficado na barraca — disse Rony.

— Ou caído quando você estava correndo? — sugeriu Hermione.

— É — falou Harry — talvez…

Fomos preciso voltar a andar, pois novamente foi ouvido o estrondo e por mais que me da raiva dizer isso. Malfoy tinha razão, Hermione era a que mais corria perigo por não ser mestiça e nem sangue puro.

No caminho ocorreram alguns imprevistos como a Winky aparecendo do nada e correndo de um jeito muito desengonçado. E teve o pior, encontramos umas veelas com dois homens e o idiota do Rony gritava:

— Eu já disse a vocês que inventei uma vassoura que pode chegar a Júpiter?

Foi preciso tirar ele a força de lá.

Outra que aconteceu foi do nada o Sr. Bagman aparecer quando já estávamos no coração da floresta e não se tinha mais ninguém. Só tivemos impressão de que o Sr. Bagman estava um tanto que desinformado sobre o que estava acontecendo no acampamento e quando foi dito ele saiu correndo para ajudar.

— Vamos ficar aqui mesmo — sugeri para os três que concordaram.

Sentamo-nos na grama mesmo e ficamos olhando para o caminho que dava para o acampamento. Rony tirou do bolso o bonequinho de Krum, colocou-a no chão e ficamos observando-o andar.

Tentei ouvir algum barulho vindo do acampamento. Só que não ouvi nada, agora tudo estava muito silencioso; talvez o tumulto tivesse acabado.

— Parece que acabou — disse depois de um tempo.

— É o que parece — concordou Hermione que estava sentada ao meu lado. — Espero que todos estejam bem.

— Estão — disse Rony.

— Imagine se o seu pai apanhar o Lucius Malfoy — disse Harry, sentando-se ao lado de Rony. — Ele vive dizendo que gostaria de ter alguma coisa contra o Malfoy.

— Acham mesmo que Lucius Malfoy é um dos mascarados? — digo.

— Tenho certeza de que sim — respondeu Rony. — Aposto que ele está. E se caso papai o pegue, seria ótimo, pois iria apagar aquele risinho na cara do nosso amigo Draco, ah, ia.

— Mas, e os coitados daqueles trouxas — lamentou Hermione, nervosa. — E se não conseguirem trazer eles de volta ao chão?

— Vão conseguir — Rony a tranquilizou — vão arranjar um jeito.

— Mas é uma loucura fazer uma coisa daquelas com o Ministério da Magia em peso aqui hoje! Quero dizer, como é que eles esperam se safar? Vocês acham que eles andaram bebendo ou só…

Hermione parou de falar abruptamente e espiou por cima do ombro.

Harry, Rony e eu também nós viramos depressa. Ouvimos passos e parecia ser de alguém cambaleando em nossa direção. Ficamos esperando, bem atentos, ouvindo apenas os passos desiguais por trás das árvores. Não via nada, pois estava tudo muito escuro.

Mas os passos pararam repentinamente.

— Alôô? — chamou Harry.

Silêncio. Levantamo-nos devagar e continuamos olhando para direção que vinha os passos.

— Acho que tem alguém lá — murmurei para os três, apontando para uma suposta silhueta.

Em meio a escuridão, eu jurava que via alguém parado, Harry tentou chamar de novo, mas parou por causa de uma segunda voz. Uma voz completamente desconhecida, que ouvi gritando algo, o que pareceu estar conjurando um feitiço.

MORSMORDRE!

Senti minhas pernas bambearem naquele mesmo instante quando eu vi aquele símbolo no céu. O símbolo enorme, verde e brilhante que tinha o formato de um crânio e uma cobra saia pela boca como uma língua. Eu não tinha a menor dúvida, aquela era a Marca das Trevas, o sinal de Voldemort!


Notas Finais


E ai o que acharam?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...