História A Hick in The City. - Capítulo 46 - Mudanças na vida. Parte 02

Abri a porta de casa e segui direto para o meu quarto, abri a porta e olhei para o lugar que nos últimos meses havia mudado tanto, antes não havia muitas fotos e agora também não tem muitas apenas duas, uma a mais do que antes. Mas não são as fotos que mudaram o meu quarto, foi eu mesma que mudei e isso afetou o quarto, afetou tudo aqui em casa.

Coloquei minha mochila no chão e fui em direção do banheiro, me despi e entrei no chuveiro, sai enrolada na toalha e abri o meu armário e peguei uma calça jeans e uma blusa simples azul, prendi o meu cabelo e desci as escadas em direção da cozinha e vi minha mãe e o Sting sentados na mesa já almoçando, me sentei na frente do Sting e comecei a me servir.

- Mãe precisamos conversar. - Eu disse.

- Se for sobre a viajem para os Estados Unidos, não tem o que conversar! - Minha mãe disse séria.

- Não é sobre isso. Eu quero passar duas semanas em Magnólia, antes de ir para o exterior.

Minha mãe me olhou e ficou durante minutos assim, como se pensasse se eu realmente deveria ir.

- Está bem, mas logo depois você e o Sting pegarão um vôo para os Estados Unidos. - Ela disse séria.

- Está bem.

Terminei o almoço e sai de casa e logo vi um carro preto estacionado na frente, esse carro não era da minha família, mas me parecia familiar. E logo me veio a mente os cabelos alaranjados e os olhos castanhos, esse carro pertencia ao Loke, um dos empresários que trabalhava na empresa do meu pai como estagiário, ele sempre ficava dando em cima de mim, mas eu nunca dei bola.

A porta do carro se abriu e o próprio saiu dali, cabelos castanhos, olhos azuis, óculos escuros, uma roupa que mostraria como ele é descolado e me fitava com um sorriso travesso nos lábios. Minha primeira reação foi revirar os olhos.

- O que faz aqui, Riki? - Eu perguntei.

- Fiquei sabendo que você voltou para Shirotsume e vim te ver.

- Já faz meses que eu voltei. E não precisa vir até aqui. Sua presença me irrita.

- Acho que continua indelicada como sempre. - Ele falou debochado. - Pensei que sentiria minha falta, por isso vim te ver.

- Perdeu viagem. Porque eu não senti sua falta, nem um pouco.

Sai andando, mas ele entrou no meu caminho, que garoto chato meu Deus, ele supera o Natsu. Cruzei os braços e o olhei irritada.

- O que é agora?

- A onde você está indo? Posso te dar uma carona. - Ele propôs.

- Não obrigada. - O respondi.

- Vamos lá, Lucy. É só uma carona, está o maior sol, você vai se queimar toda.

- Não ligo. Sai da minha frente.

- Por favor!

Revirei os olhos novamente, suspirei e assenti concordando e isso o fez sorrir.

Entrei no carro e expliquei pro ruivo o local para onde eu ia, ele ficou surpreso, mas foi assim mesmo e sem perguntar o motivo. Quase trinta minutos dentro daquele carro, até chegarmos no local. Sai de lá e falei para ele que voltava sozinha.

- Vou te esperar. - Ele avisou. - E não ouse dizer não.

- Faça o que quiser! - Respondi fechando a porta.

Passei pelas portas de correr e senti o ar frio do ar condicionado bater no meu rosto, andei até o balcão onde vi a recepcionista com seu semblante sério, cara eu detestava ela, essa mulher era mais grossa que eu e mais insuportável que a maluca da Hisui.

Assim que me aproximei, ela me olhou com sua cara de nojo e pegou uns papéis.

- Mavis está na parte de fora. - Ela avisou. - Uma hora apenas de visita.

- Achei que era mais. - Eu falei.

- Geralmente são duas horas, mas como sabe eu te detesto e não quero você mais do que uma hora.

Sai dali irritada com a mulher e andei até a parte de fora, onde ficava um pequeno quiosque com apenas um banco branco, havia flores envolta do quiosque, tenho quase certeza que é o local preferido da Mavis no meio desse inferno que nossa mãe a enfiou.

Minha irmã estava sentada no banco com aquele vestido branco que a obrigavam a vestir, seus cabelos loiros estavam soltos, mas não tinham o brilho de antes. Seus olhos verdes perdidos em algum lugar, mas qual eu não sabia.

Me sentei ao seu lado e peguei sua mão, mas mesmo assim ela não me deu atenção.

- Oi Mavis! Sabe aquela recepcionista é mesmo uma cobra, ela realmente é chata e insuportável, tenho certeza que você deve a detestar. - Eu disse. - Convenci a mamãe de me deixar ir pra Magnólia nas férias, eu queria que você fosse também ia se divertir bastante, talvez eu não consiga vim te ver muito, já que como sabe, eu vou ter que ir para os Estados Unidos. Espero que fique bem enquanto não estivermos aqui. Mavis, por favor, fale algo, apenas uma palavra.

Nada, eu sabia que era inútil pedir, ela não ia escutar. Abracei ela apesar de continuar sem reação alguma, senti as lágrimas fluírem e tentei ao máximo não deixar nenhuma lágrima escapar.

- Mavis, eu te amo muito. - Sussurrei. - Então por favor, volte a ser aquela garotinha sorridente. Papai ia querer isso.

Lucy P.O.V OFF

Natsu P.O.V ON:

Eu não pensei que seria tão ruim, fazer compras com a Zera, cara ela me fazia ficar esperando durante quase uma hora só para ela escolher uma roupa e depois me fazia segurar as sacolas, como o Zeref aguentou ficar fazendo isso?

Finalmente nos sentamos na praça de alimentação e começamos a comer algo.

- Você deveria comprar algo pra ela. - Zera comentou. - Um presente bem lindo e mandar junto de uma carta dizendo que sente falta dela.

- Zera-nee, você é muito romântica. E essa idéia é muito melosa. - Eu disse.

- Eu acho fofo. Eu queria ganhar isso de alguém. Nenhum dos meus namorados foram românticos comigo, só uns malas.

- Já namorou muito?

- Não, só uns três garotos. E você já namorou?

- Não.

- E a Heartfilia? Ela não é sua namorada?

- Não exatamente, estamos ficando eu até ia pedir ela em namoro, mas ela se mudou.

- Namoro a distância!

- Não acho que ela queira.

- Mas você não parece ser contra. - Zera sorriu. - Vou te dar um conselho, se você a ama mesma, não desperdice o seu tempo com coisas simples como distância, diga a ela e demonstre.

- Talvez amar seja uma palavra forte. - Eu sussurrei.

- Talvez seja sim. Mas você a ama não ama?

- Não sei. É estranho.

- Você é realmente um adolescente, não se preocupe, você vai entender um dia.

No fim da tarde, Zera me deixou em casa e assim que abri a porta vi a Chelia escolhendo um filme na TV e cheiro de pipoca no ar.

- Voltei. - Eu disse.

Chelia me olhou e logo voltou para a televisão. Subi para o meu quarto e abri a porta, fui até a foto que Allie havia tirado a alguns meses, minha e da Lucy dormindo. Peguei meu computador e o liguei, fiquei olhando algumas coisas em minha rede social e um hora depois Lucy me mandou uma mensagem de vídeo a qual eu aceitei.

Ela estava de cabelos presos e parecia um pouco menos triste, Lucy havia me contado sobre a situação da Mavis e ela sempre ficava triste com tudo aquilo e eu tentava ao máximo a animar.

- Tenho uma novidade. - Ela disse sorrindo.

- O que é?

- Vou passar duas semanas em Magnólia, durante as férias.

- Sério?

- Sim.

- Que bom. Eu já estava morrendo de saudades de você.

- Eu também.

- Lucy, você já amou alguém? Mas um tipo diferente de amor entre amigos e família.

- Quer dizer, tipo a gente?

- É. Tipo a gente.

Ela parecia um pouco pensativa e depois sorriu.

- Acho que já. E você?

- Não tenho certeza. Esse negócio de amor é estranho.

Ela riu e concordou, adorava sua risada.

- Acha que seria capaz de me amar? - Ela perguntou. - Quer dizer você não é obrigado nem nada.

Ela estava vermelha e acho que aquela pergunta escapou antes dela pensar. Sorri.

- Tenho certeza que sim. - Eu respondi.

Ela corou mais e virou o rosto envergonhada.

- Você fica tão fofa, vermelha assim.

- Não diga isso! - Ela disse.

- Por que não? Você é tão fofa.

- Natsu!

Eu ri, adorava provocá-la, assim como adorava deixar ela envergonhada. Ela ainda estava vermelha quando me olhou.

- Eu também seria capaz de te amar. - Ela sussurrou. - Então não me troque.

- Eu jamais faria isso.

Natsu P.O.V OFF

" Certos momentos poderiam nunca ter fim.

Desconhecido. "