História A história da minha vida - Começa o resgate!

   Continuei lá chorando no chão, abraçando meu joelho. Não tinha certeza de mais nada, não confiava em mais ninguém.

~Rayssa off~

~Mike on~

  Não sei o que fazer! Não sei o que pensar! Não sinto nada! Assustado? Sim! Desesperado? Totalmente!

  Desliguei o celular, todos me olhavam preocupado e tentavam me acalmar, o que não dava certo!

Mike- DROGA! Brook era ela que tinha gritado hoje de manhã! Porque eu não escutei? Porque você não escutou? - gritava com as mãos na cabeça.

Brook- MIKE! Mesmo se a gente tivesse escutado, provavelmente não mudaria nada! Se acalma cara!!

Nira- Mike não adianta ficar desesperado!

~Luiza on~

  Não falava nada, não conseguia! Só podia observar aquela situação e ver até onde chegava.

Mike- Se acalma? Se acalma!?! Vocês não tão vendo!?! Rayssa foi sequestrada!! E o que vocês fazem? Mandam eu me acalmar! Eu mereço! Parece até que vocês nem lig-- antes que percebesse já tinha dado um soco em Mike que fez ele cair sentado no chão. Ele me olhou assustado e acariciou o lugar que iria ficar roxo.

Eu- O que você ia dizer!?! Que a gente não liga? Escuta aqui! A minha melhor amiga foi sequestrada, espancada e você acha que eu não ligo?!? Eu sei que você etá desesperado, mas todo mundo está. Isso não lhe dá o direito de falar essas coisas!

Brook- Luiza, ele tá de cabeça quente.

Eu- Eu sei! Eu vou pra casa! Desculpa pelo soco e coloque gelo.

  Peguei minhas coisas e fui pra casa. Assim que cheguei as lágrimas desceram, não lágrimas de dor, mas sim de preocupação. Fui para o quarto e deitei na cama, mas não consegui dormir.

“Ray, onde você está?” -murmurei.

  Acebei caindo no sono. Acordei e como era sábado, não tinha aula. Mas iríamos para escola do mesmo jeito, pegar o papel com o local em que Ray estava.

  Cheguei na escola as 08:20, não tinha ninguém. Cheguei muito cedo eu acho, ignorei e fui ao meu armário. E como o homem tinha dito, lá estava o papel indicando o local.

“Rua Fuusha, n° 1126. Apareça às 15:00, estarei esperando.”

  Tenho que mostrar isso ao pessoal. Saí correndo e fui direto pra casa de Mike. Toquei na campanhia, mas ele não atendeu. Toquei de novo e escutei um grito, dizendo que já ia abrir a porta.

  Mike abriu a porta e arregalei os olhos, ele estava só de toalha. Senti minhas bochechas ficarem vermelhas, desviei o olhar e ele riu.

Mike- Pode entrar.

Eu- Coloque uma roupa! Não dá pra falar com você assim.

Mike- Tá, tá. Já vou colocar.

  Mike entrou em uma porta, acho que era o quarto dele. E logo saiu com uma calça moletom e uma blusa regata grande.

Mike- Já me troquei! Pode falar agora.

Eu- Veja! - entreguei pra ele o papel e a expressão dele mudou para uma séria.

Mike- Ótimo! As 15:00 de hoje a tarde eu chuto o rabo dele.

Eu- Mike, nós não vamos pra lutar e sim para pegar a Ray.

Mike- Mas…

Eu- Sem mas!

Mike- Certo! Vou avisar ao pessoal.

Eu- NÃO!- ele me olhou assustado. - não avise a todos. Só o Brook.

Mike- Ahn? Por que?

Eu- Não quero colocar a vida de todos em riscos. E as meninas não são boas em lutas.

Mike- E você é?

Eu- Não muito, mas sei dar socos e chutes.

Mike- É… tem razão! -ele colocou a mão no lugar que eu soquei ontem.

Eu- Vai ficar roxo!

Mike- Sim! Sua mão direita é forte.

Eu- Haha. Sei dar conta de mim!

Mike- Sim, rsrs!

Eu- Okay! Avisa logo o Brook.

~Luiza off~

~Mike on~

  Liguei pra Brook e ele logo atendeu.

Brook- Eai! O que foi?

Eu- Brook, dá pra vim aqui em casa?

Brook- Claro! Chego aí em 15 minutos.

Eu- Certo!

  E assim como Brook disse, ele chegou em exatos 15 minutos.

Luiza- Nossa! Que pontual!

Eu- Não sabia que você levava os horários a sério.

Brook- Mas é claro que eu levo.

Eu- Tá, tá. Vem aqui.

  Brook se sentou perto de mim e eu entreguei o papel pra ele. Explicamos como o nosso plano iria funcionar.

Eu- 1° nós vamos até a casa. 2° entramos sem deixar rastros, nem nada. 3° pegamos Rayssa. 4° eu chuto a bunda dele!

Luiza- MIKE!

Eu- É brinks, poxa!

Luiza- Certo, então? Vocês vão precisar de alguma arma?

Brook- Vou pegar minha katana!

Luiza- Ei, a gente vai salvar e não matar alguém!

Eu- Só preciso da minha mão mesmo!

Luiza- Certo! Eu sou boa com mira então, vocês já sabem!

Eu- Depois fala que não é pra matar!

Luiza- Aff, cala a boca Mike!

Brook- Haha.

Eu- Certo, certo. Vão se arrumar que daqui a pouco vai dar 15:00.

Luiza- A hora tá chegando!

  Nesse momento uma certa tensão se formou no ar. Ficamos lá, parados. Perdidos nos nossos próprios pensamentos. Até que o Brook levantou o braço e colocou a mão no meio do espaço que tinha entre nós.

Eu- Ahn?

Brook- Sabe… nós podemos nem voltar com vida. Então vamos fazer uma promessa! Prometam que voltarão todos vivos!

  Luiza logo colocou a sua mão sobre a de Brook e os dois me olharam. Não que eu fosse pessimista, mas a realidade é diferente dos contos de fadas. Nem sempre tem um final feliz.

Luiza- Mike, por favor! Nos prometa isso!

Eu- Claro! -dei um sorriso e coloquei a minha mão sobre a deles. Eles retribuíram o sorriso.

Eu- Vamos lá!

Brook e Luiza- Vamos!

“Rayssa, epere por nós!” -pensaram juntos.

Continua…