História A história de Laila - E se Freeza tivesse uma filha - Nem tudo que vai volta

Ainda no mesmo ano, lembrando que estávamos perto de ir pro último ano do treinamento, aconteceu um fato meio intrigante, mas eu vou contar.

Estávamos andando, para não sei aonde, e do nada eu parei. Eu comecei a socar o chão.

 

Chaos: Você tá bem?

Laila: Claro, você não consegue ver? - falei com uma cara bem tenebrosa.

Kuririn: Ferrou ela ta de olhos azuis - sussurrou ele.

Yancha: Laila, o que você acha de pararmos e descansarmos um pouco.

Laila: Eu já disse que eu estou bem - falei empurrando ele, e ele voou longe.

Meninos: …

 

Não essa não é a situação chata, ela ainda vai chegar.

 

Kuririn: Yancha - falou ele indo até ele.

Laila: Vamos andando.

 

Os meninos não falaram nada, só me seguiram. O Kuririn e o Tenshinhan estavam ajudando o Yancha à andar.

Continuamos andando até que chegamos num riacho do outro lado tinha um riacho. Eu passei de boas para o outro lado.

Chaos ia voando mas…

 

Laila: EI - eu gritei - O que pensa que está fazendo?

Chaos: Eu só ia atravessar.

Laila: Eu quero que todos venham caminhando pelas pedras.

Chaos: O-ok.

 

Os garotos estavam vindo em minha direção, e do nada eu apaguei.

Ele vieram correndo atrás de mim. Daí eu sei que vocês se perguntam, como ela sabe de tudo isso, se estava desmaiada? Os meninos me contaram.

Enfim, eles me levaram para um canto da floresta. Eles viram que algumas mechas do meu cabelo já estavam ficando verdes. Eu estava desacordada, mas eu conseguia ouvir as vozes deles.

 

Chaos: E agora o que a gente faz?

Tenshinhan: Isso não havia acontecido da última vez, ela só havia ficado muito cansada.

Kuririn: É melhor acharmos algum lugar para ajudá-los a se recuperar.

Chaos: O Yancha já está melhor, só é pegar as lágrimas da Laila, para curar de vez.

Tenshinhan: Ou usar a semente dos deuses.

 

O Yancha usou uma semente dos deuses, o Kuririn me carregou e eles foram andando tentando achar algum lugar para que eu pudesse me restabelecer.

Eles foram andando e acharam algumas pessoas mascaradas elas os levaram para a aldeia deles.

Eu acordei numa cama, dentro de uma casa que eu nunca estive. Olhei ao meu redor, e vi o Chaos ali ao meu lado.

 

Laila: C-chaos.

Chaos: Finalmente acordou.

Laila: N-não consigo me mover.

Chaos: Eu já esperava por isso. Desta vez os efeitos foram bem mais fortes.

Laila: O-onde estão os outros?

Chaos: Estão lá fora.

Laila: E-e onde estamos?

Chaos: Numa aldeia. Eles estão comemorando o dia de um tal deus.

Laila: E-eu queria estar lá com eles.

Chaos: Você precisa descansar.

Laila: Estar aqui me faz recordar de um momento.

 

Lembranças On:

 

O Raul ao meu lado deitado em minha cama. Eu acordei e comecei a falar.

 

Laila: R-raru - falei com uma voz bem fraquinha.

Raul: Hã? - ele acordou todo zonzo -Ah, você acordou. Eu fiquei entediado vendo você aqui todos os dias - falou ele.

Laila: O-onde estou?

Raul: Não dá pra ver que é um hospital.

Laila: Q-quem é você - falou ela com dificuldade.

Raul: Sou eu, Raul.

Laila: R-raru?

Raul: Não, Raul. Ta, surda.

Laila: E-eu não me recordo.

Raul: Não se lembra de mim?

 

Lembranças Off.

 

Chaos: Qual?

Laila: Não é tão agradável, prefiro guardar pra mim.

Chaos: Ok.

Laila: V-você poderia me dizer se meu cabelo está congelado.

Chaos: Não, ele só está um pouco frio - falou ele tocando eu meus cabelos.

 

De repente o Chaos ficou estranho. Ele olhou algo pela janela e ficou pior ainda.

 

Laila: O-o que foi Chaos?

Chaos: Precisamos sair daqui.

Laila: Por que?

Chaos: Não tempo de explicar - ele me carregou e me tirou da casa.

 

Eu percebi que ele estava um pouco corado.

E quando saímos da casa… o vulcão entrou em erupção.

Eu estava em choque, eu via todos correndo desesperadamente. E o Chaos correndo comigo nas costas. Ele me levou para lugar onde a lava não alcançaria, lá estavam os moradores da aldeia.

 

Chaos: Eu vou ajudar os outros.

Laila: Mas o que poderão fazer?

Chaos: Não sei, mas eles vão tentar, e eu também vou.

Laila: Por favor não vai.

Chaos: Me espere aqui - falou ele indo atrás dos outros.

 

Eu fiquei lá sem fazer nada. Vi os meninos tentando fazer algo, várias tentativas fracassadas.

Vi o Yancha indo até uma cachoeira(pelo menos eu acho que era uma cachoeira)

Ele começou a tentar quebrar uma espécie de falésia.

Eu percebi o que ele queria fazer, e queria ajudar, mas não conseguia me mexer.

Ele conseguiu quebrar sem a ajuda de ninguém.

A água esfriou a lava, mas não foi toda a lava, ainda linha lava indo para a aldeia. Eu não aguentava mais, queria ajudar de todo o jeito. Daí eu tive uma super ideia.

 

Laila: Eles tem pena de mim, eles me acham fraca. Dizem que não sou capaz de nada, mas eles estão errados, eles estão enganados sobre mim - pensei e logo minha força voltou e eu levantei.

 

O Tenshinhan e o Yancha fizeram uma barreira com pedras, a lava não iria chegar na aldeia. Mas isso não resolveria totalmente o problema aquela lava  iria atingir outro local.

Fiz um túnel que levaria a lava para dentro do vulcão. E de algum jeito, que eu não sei qual foi, fiz a lava desaparecer.

 

Várias pessoas me aplaudiram e eu desmaiei.

Acordei com todos ao meu redor.

 

Laila: P-por que estão todos me olhando?

Kuririn: Você fez aquela lava desaparecer, todos estamos impressionados.

Laila: E-eu fiz? - falei um pouco confusa.

Yancha: É melhor ela descansar, está muito fraca.

Laila: E-eu… - eu desmaiei de novo.

 

Quando eu acordei já estava de noite.

 

Laila: Ai eu to morrendo de fome.

Kuririn: Pelo visto já está melhor.

Laila: Ainda não consigo mexer minhas pernas.

Kuririn: Amanhã acho que já estará melhor.

Laila: O que temos para comer?

Kuririn: Temos frutas, e um pouco de vinho que o povo da aldeia nos deu.

 

Eu comi e voltei a dormir.

No dia seguinte eu estava quase igual, ao dia anterior.

 

Chaos: Está melhor?

Laila: Meu cabelo ainda está verde e eu não consigo me mexer direito.

Yancha: Ainda do mesmo jeito?

Laila: Sim.

Tenshinhan: Isso vai ser um problema.

Laila: Eu sou um peso pra vocês, podem me deixar aqui e ir andando - falei com uma cara triste.

Kuririn: Tenshinhan, ela não pode ficar triste - sussurrou ele.

Laila: Tudo bem Kuririn, ele tem razão.

Kuririn: Você ouviu?

Laila: Sim, tudo de ruim passa pelos meus ouvidos.

Chaos: Tive uma ideia.

Yancha: Qual?

Chaos: Vamos caminhar um pouco.

Laila: Eu não consigo andar.

Chaos: E se um de nós te carregasse?

Laila: Muito gentil da sua parte Chaos, mas não estou com vontade de ir.

Kuririn: E quem disse que você tem escolha? - falou ele me colocando em suas costas.

Laila: Ei - falei rindo.

 

Eles me levaram para vários locais.

Eu adoro esses garotos, me fazem rir, até quando não quero.

Eles me levaram até um rio.

E foi como se algo tivesse me puxado para dentro do rio, mas não tinha nada. Eu prendi a respiração e fiquei tentando fazer com que minha boca não abrisse.

Acho que só depois de um tempo eles perceberam que eu tinha caído.

Eu vi o Kuririn e ele foi me salvar. Só assim eu voltei a respirar.

 

Kuririn: Você está bem?

Laila: Não de boa, eu tava ali à QUASE 2 MINUTOS - falei berrando.

Tenshinhan: Você consegue prender a respiração por tanto tempo assim?

Laila: É parece que sim.

Kuririn: Vamos fazer um teste. Prende a respiração, e só volta a respirar quando você estiver sentindo falta de ar.

Laila: Ta.

 

Eu prendi a respiração e o Kuririn, pegou o meu cronômetro. A gente parou quando fiquei 49 minutos sem respirar. Não paramos porque eu estava quase asfixiada e sim porque os meninos estavam entediados. Agora já podemos concluir que eu não preciso respirar, mas eu vou continuar respirando para parecer um ser normal.

No final do dia eu ainda estava de cabelo verde e eu ainda não conseguia mexer minhas pernas.

No outro dia, a mesma coisa. Na verdade uma das minhas pernas já se mexia.

 

Tenshinhan: Vamos buscar comida.

Laila: Ok.

 

Eu fiquei esperando os rapazes, e por enquanto que eles não chegavam eu fiquei cantando:

 

Eu tinha um caminho então

Fui perdendo tudo sozinha

Eu tinha um coração antes

Mas a rainha foi derrubada

E eu não consigo dormir agora

A escuridão é muito difícil de enfrentar

E eu não consigo manter

A força que eu preciso para me mover

 

Você me mostra as luzes que me impedem de endurecer

Você faz elas brilharem quando estou sozinha

E então eu digo pra mim mesma que vou ser forte

E vou poder dormir e sonhar quando elas se forem

Porque elas estão me chamando, chamando, chamando para casa

Chamando, chamando, chamando para casa

Você me mostra as luzes que me impedem de endurecer

Você faz elas brilharem quando estou sozinha

 

Ruídos, eu repito isso na minha cabeça

Toco minha pele

E espero que eu ainda esteja respirando

Então eu passo a lembrar de quando…

[Lights- Elie Goulding(Tradução)]

 

De repente os meninos chegaram.

 

Yancha: Estava cantando?

Laila: Sim, pois quem canta os males espanta.

Chaos: Vamos comer?

Laila: Claro.

 

Comemos, e o tempo foi passando.

À tarde…

 

Chaos: Laila, q-quer dar uma volta comigo? - falou ele meio corado.

Laila: Claro, a gente poderia aproveitar e ver o pôr-do-sol.

Chaos: E-eu nem tinha pensado nisso.

Laila: Me ajuda a andar.

Chaos: Claro.

 

Andamos um pouco até ver um lugar lindo, daí sentamos no chão.

 

Chaos: Aqui é tão lindo, não é? - falou ele meio corado.

Laila: É mesmo.

Chaos: Sabe Laila, eu estava lembrando do dia em que eu te conheci.

Laila: É eu fui meio grossa a primeira vista.

 

Lembranças On:

 

Eu  tinha apenas 5 anos, estava nadando um pouco longe da academia do Tsuru.

O Chaos apareceu ali e me viu.

 

Laila: O que está olhando.

Chaos: Nada.

Laila: Então vai arrumar o que fazer.

 

Lembranças Off:

 

Chaos: Haha Foi mesmo. Mas depois você foi sendo gentil.

Laila: Eu era bem estressadinha naquela época.

Chaos: Laila, nos conhecemos a tanto tempo...

Laila: É você já falou isso.

Chaos: Eu sei as coisas que você mais gosta, sei que sua flor favorita é uma flor que parece a tulipa da terra...

Laila: Com umas manchas roxas.

Chaos: Sei tudo que te deixa triste, e tudo que deixa feliz. Sou seu amigo de todas as horas…

Laila: Eu sei e…

Chaos: Espera eu terminar - ele me interrompeu - Eu sou uma das únicas pessoas que adoram seu jeito de ser, seu sorriso, e tudo que você faz. Por isso eu queria que… ficássemos juntos. Quer namorar comigo?

Laila: … - E agora, o que eu respondo? - pensei bem nervosa.

Chaos: Antes que você responda... eu queria mostrar uma música que eu fiz pra você. Ele pegou o meu violão, que por sinal estava atrás de uma árvore.

 

Eu tinha apenas 8 anos

Quando nós nos conhecemos lá na rua da minha casa

A Gente brincava e aprontava

E até me matriculei na escola onde ela estudava

 

E foram muitos anos felizes

De sorrisos e amizade até que um dia aconteceu

Eu olhei pra ela e dei um beijo

Naquela linda boca e ela correspondeu…

(Minha Juventude Mr. Gyn)

 

Do nada ele me tascou um beijo.

Eu paralisei. Eu já não conseguia mexer meus braços nem minhas pernas.

Eu não conseguia sair daquele beijo. Eu queria sair dali mas não conseguia.

Foi ai que eu tive a ideia.

 

Laila: Ele se aproveitou das minhas fraquezas, e eu odeio quando alguém se aproveita de mim. Ele é um covarde, um covarde - pensei, e logo em seguida eu o empurrei.

 

Foi tão forte que ele saiu embolando.

E foi atrás dele com uma cara brava. Ele tentava se proteger com os braços.

 

Chaos: Desculpa Laila - falou ele de olhos fechados.

Laila: Não devia ter feito isso.

Chaos: É que eu gosto muito de você.

Laila: Tudo tem limites. E… - falei sentando no chão - Não podemos namorar, eu gosto de outra pessoa.

Chaos: Você é uma falsa. Todas aquelas vezes, você fingiu estar me correspondendo.

Laila: Eu não me lembro de demonstrar afeto por você sem ser por amizade.

Chaos: Nunca mais olha na minha cara - ele se levantou do chão e me deixou ali sozinha.

 

E essa foi a situação chato que atrapalhou a nossa viagem, ele passou o resto do tempo sem falar comigo.

E o pior daquele dia é que eu ainda não estava consigo andar direito.

Eu fui me arrastando até que eu cansei e o Kuririn me achou.

 

Kuririn: O que houve?

Laila: A perda de alguém que nunca voltará.