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História A História de uma Filha de Atena - Conhecendo Leo e brigas entre Nico e Luísa (Emma)


Escrita por: hwps1998 e Tia_Batata27

Notas do Autor


Bem gente, perdão pela demora mas faculdade é osso.
Enfim, espero que gostem.
Qualquer dúvida sobre algo respondo nos comentários.

Capítulo 6 - Conhecendo Leo e brigas entre Nico e Luísa (Emma)


Fanfic / Fanfiction A História de uma Filha de Atena - Conhecendo Leo e brigas entre Nico e Luísa (Emma)

‘O segredo da felicidade e o cúmulo da arte é ser como todo mundo e viver como ninguém’.

Simone de Beauvoir

 

O dia havia sido ótimo: vários livros legais, gatos de todos os tipos fantasiados, wi-fi de boa qualidade (aleluia!) e comidas muito saborosas.

- Aquele cosplay de Darth Vader com todas as letras é o mais realista, mais até que do Itachi! – Luísa disse entusiasmada. Nem parecia que estava triste de manhã – será que eu encontro um do Capitão America por aqui?

- Não vale! O Tony deveria ter ganhado! – protestei. Sempre achei injusto o Rogers ter ganhado a Guerra Civil.

- Há! Eu falei que o Steve tinha razão! – ela continuou alargando seu sorriso. Seria bem capaz que se o ator que interpreta o Capitão America pedir ela em casamento e já arrastar o coitado para o altar mais próximo de tanto que ama esse cara.

- Você estava muito triste hoje de manhã. Aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupada enquanto vasculhávamos alguns gibis.

- Eram só algumas lembranças. Já passou – minha amiga respondeu concentrada em encontrar um gibi que fosse interessante – então, encontrou alguma coisa legal?

- Lui?! É você mesma?!

Olhei ao meu lado. Quase cai para trás ao ver quem falava.

Era um garoto lindo de pele clara, cabelos ruivos escuros e olhos azuis brilhantes como água marinha. Vestia uma calça jeans clara, uma camisa do Lanterna Verde e um casaco de couro marrom claro. Tinha suas mãos nos bolsos e tinha um colar com duas águas marinhas quase brutas no pescoço o deixando um pouco ousado.

- Vitor! – ela sorriu ao ver o garoto que lhe deu um abraço bem apertado – há quanto tempo!

Como ela arrumou um gato desses? Ele tem mais algum amigo bonito que esteja solteiro?

 - É, já faz 4 anos que não nos vemos, General Dorato – ele disse rindo batendo continência.

- Já mandei não me chamar de Lui nem General Dorato. Apenas Luísa – minha amiga riu com o jeito engraçado do garoto – ah, essa é minha amiga Emma Miller Stranger – ela apontou para mim – Emma esse é Vitor Guimarães, um amigo de longa data. O que faz aqui na Bienal? Que eu lembre coisas nerds nunca foram do seu gosto.

- Acabei gostando um pouco desse tipo de coisa. Aprendi muito nesses últimos anos – Vitor disse pegando um mangá.

- O que aconteceu com você depois do fim da guerra?

- Fiquei um tempo nas ruas até conseguir voltar. Fiquei morando com meu tio até meus 17 anos, quando entrei na USP e fui morar na Cidade Universitária.

- Que legal! Estuda o que na USP?

- Faço Engenharia Química. Mesmo depois de tanto tempo ainda é baixinha Lui?

- Isso é preconceito, sabia?

- Ta legal, nervosinha. Já parei. Você ficou bem mais bonita desde a última vez que nos vimos. Uma garota linda, doce e inteligente. O que preciso fazer, bela dama, para conquistá-la?

Mexeu no ponto fraco da Rainha da Neve: palavras elaboradas, educação e sorriso sincero. Esse é o primeiro a conseguir cantar ela sem levar um fora. E ainda tem senso de humor. Onde é que a Luísa arruma garotos tão fofos assim?

Não aguentei. Comecei a rir da cara dele que estava muito engraçada, bancando o príncipe encantado e ela de queixo caído.

Ao ouvir isso Luísa ficou bem vermelha, mas voltou à sua postura séria de sempre, mesmo que ainda com as bochechas um pouco coradas e com um olhar de ‘na próxima vai levar um tapa’. Vitor riu do embaraço dela e lhe deu um beijo na bochecha.

- Preciso ir. Aqui meu número do Whats. Conversamos depois. Foi um prazer conhecê-la Emma. Thau Lui – o garoto deu um papel pequeno na mão da minha amiga e saiu na direção de um amigo que o esperava.

- Por que não me contou que é amiga de um gato desses? E que historia é essa de Lui? – perguntei surpresa sorrindo.

- Primeiro: eu não o via há anos. Segundo: esse idiota sempre me chamou assim desde que nos vimos. Terceiro: antes que pense bobagens somos apenas amigos – ela disse indiferente, mas ainda corada.

- Como é que ele conseguiu te dar uma cantada sem levar um fora? Deuses, aconteceu um milagre! Aleluia! – comecei a rir.

- Somos apenas amigos, Emma. É tão difícil assim entender?

- Sim. Confessa, já teve uma queda por ele não é?

- Não.

- Então por que ficou vermelha feito tomate com aquele simples beijo na bochecha?

- Porque não sou acostumada com esse tipo de coisa, ora. Olha se quiser ficar com o Vitor pode ficar. Se quiser embalo ele em um pacote para presentes todinho pra você.

Luísa continuava corada, lendo e relendo o número que o garoto havia anotado em um papel. Entre as vezes que colocava os olhos no papel a ouvi suspirar e tentar deixar o rosto na sua cor normal.

Andamos até a Praça de Alimentação.

Antes de chegarmos vi uma mulher com um bebê de colo bem fofo, de olhos escuros e cabelos enrolados parecidos com um querubim.

Meu coração se apertou.

Que saudades do meu irmãozinho Lucca, da época em que eu o pegava no colo e brincávamos a tarde inteira no seu quarto, pulando em colchões, escondendo brinquedos, fazendo castelos de pano... Era tudo ótimo até minha mãe e meu padrasto chegarem e começarem a brigar.

Sua filha é uma garota problemática! Suas notas são péssimas e arruma confusão onde quer que esteja! O melhor a fazer é colocá-la em um colégio interno!

- Terra para Emma! Querida está atrapalhando o trânsito!

Luísa estalava os dedos em frente aos meus olhos. Pela sua cara de tédio estava prestes a me sacudir se continuasse parada feito estátua. Me sacudir e me arrastar pelo pulso.

- Vamos sair do meio do caminho antes de sermos atropeladas – ela me puxou para um canto mais afastado, perto de uma viga de sustentação.

Luísa colocou suas mãos nas minhas silenciosamente. Mesmo sem dizer nada, pude identificar seu gesto de conforto e solidariedade: não fique triste, vai passar. O importante é que temos uma à outra.

Ela iria para a fila do Burguer King, porém quando vi Leo Valdez com seu jeito galanteador senti um calor (literalmente, parecia haver fogo dentro dele) e uma imensa curiosidade. Resolvi acompanhá-lo para conhecê-lo melhor.

Quando chegamos na fila notei seu olhar um pouco triste na direção de alguns casais.

- Então, como seu amigo se perdeu? – perguntei quebrando o silencio desconfortável.

- Estávamos em um stand tão lotado que parecia um formigueiro – ele deu uma risada – quando sai não o encontrei mais.

- Ele deve estar te procurando – falei andando mais um passo na fila – gosta de ler que tipo de livro?

- Pra falar a verdade eu raramente leio algum livro. Mas eu gosto de ficção e aventura. Então señorita, quais são os tipos de livros que lhe agradam?

- Romance, aventura, ficção científica, ficção policial e quadrinhos. Quais são seus hobbies?

- Qualquer coisa que tenha a ver com máquinas.

- Gosta de montar e consertar máquinas?

- Meus amigos me chamam de Garoto dos Reparos.

- Okay, Garoto dos Reparos. Consegue concertar qualquer coisa?

- Tendo peças e parafusos sim.

Chegou a nossa vez na fila.

- Um hambúrguer bem grande de picanha, 3 porções de fritas grandes e 1 lata de Coca e 1 lata de suco de maracujá e outro de manga, para viagem – pedi à atendente.

- Já vi que gosta de comer – Leo comentou – pra onde vai toda essa comida? Magra desse jeito parece que não come nada!

- Ei! Preciso comer pra aproveitar o dia! – protestei e rimos – e tem o lanche da Luísa também.

- Ah, a sua amiga dos olhos dourados – o moreno fez uma careta muito engraçada – bonita, mas intimidante.

- Não sabe o que é intimidante de verdade – falei enquanto pegava os lanches – já a vi bem furiosa. Acredite, não é uma boa ideia.

- Bem, já pegamos seus lanches. Agora vamos procurar Nico – Leo riu me puxando na direção do stand da Intresíntreca – aquele Cara Pálida vai me encher a paciência depois por ter se perdido.

- Podemos dar só uma passadinha rápida naquele stand? – apontei para um stand cheio de ursos de pelúcia bem fofos. Fiz minha melhor cara de Gato de Botas mais convincente.

- Okay, só porque você é uma gata bem legal, digna do Team Leo – o moreno riu segurando minha mão me arrastando.

- Você é mexicano?

- Não, mas meu bisavô era descendente de mexicanos e minha mãe também.

Meus deuses como ele é quente!

Aquieta o facho mulher!

Compramos dois coelhinhos, dois gatinhos e dois golfinhos.

Leo viu seu amigo Nico no stand à frente do que estávamos. O moreno me deu um beijo na bochecha (que ficou quente) e foi encontrá-lo.

***

Bem, depois da luta com os lestrigões eu e Luísa acabamos dando de cara (ou melhor, de costas) com Leo e Nico.

- O que tanto quer comigo garoto? – minha amiga se levantou e pegou sua faca que estava caída no chão.

- De nada por salvar sua vida, Marrenta – o tal Nico respondeu sarcástico guardando sua espada de ferro estígio de volta na bainha sem desviar os olhos de Luísa.

- Vejo que já se conhecem – o Elfo Latino disse tentando aliviar a tensão. Ao me ver sorriu – oi de novo Emma! Oi amiga da Emma!

- Luísa Dorato. E qual seu nome Estressado? – Luísa disse irônica olhando para Nico.

- Nico di Ângelo, Dorato – o gótico sorriu sarcástico – como mataram o monstro?

- Gente que tal deixarmos a conversa pra depois? Mais algum tempo e iremos em cana – falei apontando para os policiais que vasculhavam a área sem nos perceber, repleta de lixo e alguns escombros.

Não sei por mais quanto tempo a Névoa vai nos encobrir.

- Vamos pegar o metrô. É uma caminhada razoável, mas chegaremos mais rápido em casa – minha amiga me puxou para falar algo em particular comigo e fez um gesto para que os garotos nos seguissem enquanto íamos à frente para mostrar o caminho – consegue sentir alguma coisa?

- Do Leo fogo – falei baixo – e do Nico frio e trevas.

- Poderiam ir um pouco mais devagar? Sei que temos de ir rápido, mas não precisam correr – Leo deu uma pequena corrida em nossa direção.

- Por que a pressa Dorato? – Nico perguntou confuso.

- Porque quanto mais rápido chegarmos menos tempo aturo você – Luísa respondeu sem olhá-lo – e é Luísa, filho de Hades.

- Dedução brilhante, Dorato – o filho de Hades sorriu irônico ficando ao lado dela – como conseguiu aquela faca de prata e bronze celestial?

- É Luísa, Di Ângelo – minha amiga disse indiferente tentando ignorá-lo – e essa é uma pergunta que a resposta por hora não é da sua conta.

- Toma essa Rei dos Fantasmas! – Leo assobiou e olhou para Luísa – garota sou seu fã!

- Mais quanto tempo teremos de andar Lui? – perguntei já sentindo meus pés doerem.

- Acabamos de sair do estacionamento Emma – Luísa disse ao sairmos de frente para um ponto de ônibus e me lançou um olhar fulminante – e ainda teremos de andar um belo bocado para chegarmos na estação Santana.

Ela não gosta mesmo que a chamem assim. Só não entendi o porquê.

- Desde quando sabia que dá pra ir daqui a pé pro metrô? – perguntei confusa.

- Já vim aqui uma vez há anos. Se não tiverem alterado nada, o caminho é o mesmo – ela respondeu andando à frente, agora mais calma.

A seguimos, virando em uma rua bem longa escura com casas silenciosas e calçadas cheias de árvores altas.

- Como mataram o monstro? – Leo perguntou andando ao meu lado.

- Explodi um cano de água e ela jogou a faca nele. Simples – respondi sorrindo observando seus olhos escuros.

- Plano de profissional! De onde tirou essa ideia?

- Na verdade foi a Luísa que teve o plano.

- Ela tem cara de nerd.

- Nerd ainda é pouco.

- E você? Também é nerd?

- Mais ou menos. Só quando tem prova de matemática.

 - Mais quantos quilômetros teremos que andar Dorato? – Nico perguntou impaciente.

- Estamos quase no fim da rua – Luísa apontou para um farol alguns metros à nossa frente – depois de atravessarmos a avenida vamos segui-la até o fim e chegaremos no metrô. E não me chame assim, Nicolas.

- Por que Dorato? – o filho de Hades perguntou curioso com um sorriso provocante.

- Porque sim – ela retribuiu no mesmo tom de voz – Cara Pálida.

Chupa que é de uva, Di Ângelo!

- Marrenta.

- Irritante.

- Infantil.

- Tá legal, ficou claro que não vão com a cara um do outro – Leo os apartou antes que tivesse briga – mas precisam no mínimo cooperar.

Qual é, Leo. Não precisava interromper, eu iria ver de camarote.

- Por que vieram atrás de nós? – perguntei. Tudo bem, eu havia esquecido de perguntar isso. Culpem todos os acontecimentos.

- Por serem semideusas e viemos levá-las a salvo para o Acampamento Meio-Sangue – o filho de Hades respondeu indiferente.

Luísa havia parado de andar. Nos puxou para trás de uma árvore grossa e empunhou sua faca.

- O que foi dessa vez? – Nico perguntou irritado.

- Além de chato é cego – ela resmungou – vejam – apontou para o outro lado.

Uma criatura com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente farejava a calçada do outro lado da avenida.

Quimera.

- Realmente, hoje não é nosso dia de sorte – falei pegando Sombra da bainha – tem algum plano? – perguntei para Luísa.

- Não morrer – Di Ângelo desembainhou sua espada negra. 


Notas Finais


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