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História A Hora da Morte - Fuga


Escrita por: Cruccius

Notas do Autor


Agora essa fic começou

Capítulo 6 - Fuga


Taeyeon se desgrudou do menino e correu pelos corredores do hospital, descendo as escadas tateando as paredes e saindo do hospital. Tiffany correu atrás gritando em plenos pulmões pela menina que parecia nem escutá-la. 

Taeyeon puxou um dos enfermeiros o jogando no chão para atrapalhar o caminho de Tiffany. Algumas gazes foram ao chão, o rapaz xingou mas Tiffany pulou ele como se fosse um cavalo num ringue de equitação. 

-Taeyeon!-Ela gritou pela décima quinta vez enquanto tentava apertar o passo para pegar a menina antes que ela atravessasse o grande portão do hospital.

Um relinchar de cavalo assustou Taeyeon que caiu no chão no meio da estrada de terra. Ela olhou assustada para o grande animal e o homem em cima dele quase caiu do tentando acalmar o cavalo.

-Taeyeon!-Tiffany gritou e se ajoelhou ao lado da menina tentando ajudá-la e vendo se ela havia se machucada.-Você esta bem?

-O que aconteceu?!-O xerife desceu do cavalo enquanto segurava as rédeas do animal ja calmo. Seu companheiro, Dan Licart, soltou as rédeas da carroça e saiu do puleiro para ajudar o amigo.

Taeyeon permaneceu sentada, seu cabelo estava no rosto e ela ainda estava assustada com tudo. A mão de Tiffany no seu braço e a sua barriga estavam a acalmando um pouco-Quase nada.

-Por que ela estava correndo assim?-O xerife perguntou ainda segurando firme as rédeas do animal.

-Não é nada,xerife.-Tiffany tentou apaziguar. Ela olhou para Taeyeon e a menina olhava para ela um pouco chocada com a mentira.-Taeyeon ficou com medo de uma injeção.

O homem franziu o cenho, nenhum pouco comvencido mas finalmente soltou as rédeas do animal e colocou as mãos na cintura.-Quer ajuda para carregá-la?

-Não.-Tiffany conseguiu levantar Taeyeon mas manteve a mão firme segurando a menina. Medo dela fugir e se machucar por ai.-Nós vamos para a casa.

-E a injeção?-O xerife perguntou.

Tiffany abriu a boca para dar uma desculpa qualquer mas logo dois homens que ela nunca viu na vida apareceram.

-O que está acontecendo aqui?-Eles tinham um terno marrom, ambos iguais e seus sotaques eram engraçados.

Um deles subiu os óculos fundos de garrafas que escorregaram pelo nariz oleoso.

-Não é nada, doutores.-O xerife respondeu apaziguando a situação.

-Doutores?-Tiffany se interessou, suas sobrancelhas estavam franzidas e o aperto em Taeyeon afrouxou um pouco.

-Sim.-O homem de barba meio ruiva falou.-Somos os doutore Bwrankien.-Ele apontou para o amigo de óculos.- E Wolfgang.-Ele apontou para si mesmo.

-Por favor, chame-me de Brad. É mais fácil.-O homem de óculos pediu.

-Vocês vão se juntar ao hospital?-Tiffany perguntou.

Wolfgang riu.-Não, querida. Nós somos cientistas.-Ele virou para Dan Licart.-Por favor, querido. Pegue a minha maleta.

Dan assentiu e se esticou dentro da cabine da carroça puxando a maleta do homem.

Tiffany subiu as sobrancelhas com a maleta vermelha bem incomum. Dan estendeu a maleta para o homem de óculos que rapidamente colocou no chão e a abriu. Uma sobrancelha sua subiu, e ela lembrou do carroceiro que disse a ela e Hans sobre homens de sotaque e maleta engraçada.

-Aqui.-O homem levantou com um papel na mão e entregou a Tiffany.-Somos cientistas forenses. Viemos olhar para o ataque no rio, e também estamos procurando por um assistente jovem.

-Pode ser uma mulher.-O outro completou balançando o dedo médio no ar e com um sorriso simpático no rosto.

Tiffany correu o olho pelo papel rapidamente e era apenas um chamado para um ajudante. 

-Vocês foram ver o ataque?-Ela perguntou e os dois assentiram.-E o que vocês acham dele?

-Que ataque?-Taeyeon perguntou.

Tiffany olhou para a menina chocada. Ela nunca viu Taeyeon se interessar por nada.

O xerife andou mais perto da médica e ajeitou o chapéu na cabeça.-É melhor você ir, Tiffany.

Tiffany ignorou o xerife e voltou o olhar para os senhores estrangeiros.

-Oh! Querida.-O homem de óculos falou.-Onde você estava? Todos estão falando do ataque nas montanhas!

-Nós tiramos fotos mas vamos precisar revelar ainda. Foi realmente algo que eu nunca vi.-O outro completou.

Brad concordou.-Algo perturbador.

-Como foi?-Taeyeon perguntou novamente.

-Oho, querida.-Wolfgang manteve o sorriso.-Você gosta dessas coisas? Talvez possa ser nossa ajudante.

-Ela não pode.-Tiffany cortou.-Ela não sabe ler nem escrever, ela não pode.

-Oh..isso é uma pena. Ela parece muito animada com o assunto.

-Como foi?-Taeyeon perguntou novamente e havia um pouco de tensão na voz dela. 

-Três corpos. Não conseguimos identificar, pelas roupas eles eram provavelmente trabalhadores da gruta.-O xerife andou para perto de Taeyeon e parou do seu lado. Seu ar era desafiador e provocativo.- Todos homens. Eles tiveram o peito cavado.-Ele viu Taeyeon arregalando os olhos.-Suas cabeças foram arrancadas mas não achamos.

-Tenebroso.-Brad concluiu sentindo os calafrios da cena subir pelo corpo.

-Conhece esse cenário?-O xerife se inclinou bem próximo do ouvido de Taeyeon perguntando. 

Tiffany puxou a menina para longe do xerife.-Pare, Tom. Ela não tem nada a ver com isso.

O xerife ajeitou a postura.

-Nós estamos indo.-Tiffany puxou Taeyeon a arrastando para longe dos cavalos e dos homens.

Elas chegaram em casa e Tiffany só soltou Taeyeon quando elas estavam no meio da sala. Ela tentou olhar para o rosto de Taeyeon mas a menina permaneceu com a cabeça baixa e com o cabelo tampando-lhe a face.

-Taeyeon.-Ela chamou mascarando um tom gentil tentando não transparecer a falta de paciência.

Taeyeon tentou fugir mas a médica a agarrou novamente pelo braço. E no fundo, Tiffany sabia que Taeyeon tinha forças para sair porque ela viu a menina subir um cervo adulto morto no ombro como se fosse um saco de penas. Então por que Taeyeon não saía? 

-Eu preciso perguntar?-Tiffany perfuntou e viu Taeyeon exalando.-Por favor, Taeyeon…

-Eu ajudei ele.-Taeyeon finalmente disse algo.-Ajudei o menino.

-Como? Aonde?-Tiffany questionou mais e viu Taeyeon sentar no sofá, mas decidiu por ficar em pé e com os braços cruzados. 

-Na floresta.-Taeyeon respondeu e enterrou uma mão no rosto.- Ele estava chorando, sujo e com fome. Ajudei ele.

-E por que ele te chamou de anjo?

-Eu não sei!-Taeyeon levantou do sofá num rompante.-Eu só ajudei ele. Ajudei ele a não se machucar, a comer e parar de chorar. 

-Taeyeon…

-Eu não quero mais falar sobre isso, Tiffany. Por favor.-Taeyeon pediu quase num choro.- Eu não tenho nada com isso. Eu só quero ficar com você, ser como era antes.

Tiffany suspirou. Ela não podia negar isso a Taeyeon, porque ela também queria ficar com ela. 

-Tudo bem, Tae.-Ela se moveu, puxou Taeyeon para um abraço e beijou-lhe as bochechas.-Vamos para a cama, tudo bem?

Taeyeon assentiu.

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Na parte da noite ela e Taeyeon resolveram tomar banho no rio mas ela percebeu que Taeyeon estava mais tensa. As vezes a menina ficava parada olhando para o horizonte e isso estava a assustando um pouco.

Ela sabe que aceitou não mais falar sobre isso com Taeyeon mas a curiosidade estava a consumindo. O que Taeyeon falara não parecia falso mas não parecia uma verdade completa. Ela sentia que havia mais sobre Taeyeon e o menino e, esava disposta a descobrir.

Ela tentou esquecer mas toda vez que ela olhava para Taeyeon, ela lembrava do desenho do menino, do anjo com asas; e agora que ela sabe quem é o anjo. Ela não consegue parar de pensar sobre as asas. Por que ele desenhou asas em Taeyeon? Por que ele a viu como um anjo? Por que Taeyeon?

-Tiffany.-Taeyeon a chamou tirando-a do devaneio.- Tudo bem?

Tiffany assentiu e tomou a mão da menina para transparecer mais segurança. Elas andaram pelo curto caminho do rio até a casa e Tiffany franziu o cenho vendo o xerife apoiado na sua parede.

Taeyeon tensionou os musculos. Ela não gostava dele.-Esse…

-Vou falar com ele. Entre direto para a casa.-Tiffany ordenou.-Não olhe para ele, apenas entre.

Taeyeon não gostou da ideia mas assentiu. Ela entrou de cabeça baixa com os baldes nas mãos e o xerife se desgrudou da parede quando viu Tiffany logo atrás.

-O que quer, xerife?-O tom da médica saiu rispido e isso incomodou o xerife.

-Conversar. Vamos conversar. 

Tiffany exalou.-Eu estou um pouco cansada.-Disse e andou para a porta da casa.

-É sobre o menino.

Tiffany parou no caminho e girou para enfrentar o homem com a estrela no peito.-O que?

-Vamos caminhar e falar.

O tom do xerife não dava brecha para discussão e Tiffany apenas acompanhou o homem na caminhada.

-O que você sabe?-Tiffany cortou o silêncio. A irritou que o homem só andasse sem dizer nada.

O xerife respirou fundo antes de responder.- Ele foi encontrado na floresta a dois anos atras por um homem. O homem levou ele para a casa, deixou com a esposa e a filha. Ele sempre foi quieto, o homem me disse que isso não foi um problema.

-Que homem?

-Um vizinho desse casal. Eles eram da vila do Sul.-O xerife parou e Tiffany imitou a parada.- Ele me disse que o garoto era quieto mas muito obediente. Ele não parecia uma ameaça, mas parece que ele começou a falar com a filha do casal. A menina tinha 6 anos, uma vez ela perguntou aos pais sobre anjos, demônios e coisas ruins.-Ele exalou e viu Tiffany sobir uma sobrancelha.- Ela disse que ele havia contado a ela que tinha visto um anjo.

Tiffany exalou. Ela sabia quem era o anjo.

-Os pais começaram a se preocupar. Chamaram o padre Thomas para ver o menino.

-Padre Thomas?-Tiffany perguntou surpresa.- O Padre Thomas?

O xerife assentiu.- O padre disse que ele estava possuído e que precisava de um exorcismo.-Ele viu a médica cerrar os maxilares.-Eles fizeram.

-Conhecendo Padre Thomas. Tenho certeza que ele não foi gentil.

O comentário ácido da médica fez o xerife desviar o olhar. Ele também odiava aquele maldito padre.- O exorcismo não adiantou e Thomas mandou prendê-lo no porão.

Tiffany fechou os punhos contendo a raiva.-E eles fizeram?

O xerife assentiu.-Por 3 meses.

Tiffany fechou os olhou controlando a raiva.-E ele fugiu…-Pensou alto demais.

O xerife assentiu.- Ele fugiu. Uma mulher, eles não sabem quem é. Alguns homens noturnos viram ela ajudando o menino a sair mas não tem ideia de quem seja. De acordo com eles, ela não tinha as roupas normais.

Tiffany semicerrou os olhos.-Alguem da cidade…-Ela pensou alto.

O xerife deu de ombros.-Bom..A dois anos atrás eu encontrei uma mulher morta no rio. Ela levou tiros e foi violentada.

Tiffany engoliu em seco. Mordeu a ponta dos lábios pelo incômodo no estômago de imaginar a crueldade e a dor da mulher.-Sabe algo dela?

-Nada.-Ele balançou a cabeça.-Mas acho que ela pode ser algo do menino. Ela morreu a dois anos e ele foi achado nesse tempo.-O xerife andou alguns passos enquanto tocava o queixo com o dedo.- Eu e Dan, também achamos corpos de dois baloneiros na floresta. 

Tiffany subiu as sobrancelhas. Ela não sabia sobre esse ataque. 

-Nunca disse a ninguém e tenho certeza de que Dan também não.-Ele enfiou as mãos nos bolsos.- Os baloneiros estavam estraçalhados. Seus peitos pareciam ter sido cavados, havia marcas estranhas nos corpos, muito sangue e suas cabeças estavam intactas. Tudo estava lá. Suas botas, suas roupas, seus sacos de moeda e até suas armas. Não parecia com nada que eu ja vi...até…

Tiffany esperou a conclusão mas ela estava demorando para chegar e ela perdeu a paciência.-Até o que?

O homem olhou para a médica e velha amiga. -Até o ataque no rio e nas montanhas. Parecia exatamente como aquilo. 

-O ataque feito pelo tigre?-Ela franziu as sobrancelhas.

O xerife balançou a cabeça.- Não foi um tigre. Ao falar com o prefeito, ele mandou que eu prendesse um animal selvagem e exibisse como solução dos problemas. Mas eu sei que não foi, eu sinto que aquilo não foi feito por algo que…

-Que o que?-Mais uma vez uma conclusão atrasada.

-Que não é humano. Que não é normal.-Ele finalmente concluiu.

-E o que você acha que é?-Tiffany perguntou, estava totalmente imersa nas suposições do xerife. Afinal, tinhas suas próprias, embora não falasse.

-Pergunte a Taeyeon.

Tiffany arregalou os olhos.-Você está ficando louco?!-O tom da sua voz alta, fez um pássaro voar dos arbustos assustado.

-Ela sabe de algo!-Ele também aumentou o tom, olhou para os lados e depois para a médica.-Ela não é inocente. Vi como ela ficou quando falei do ataque na montanha. Quando descrevi os corpos, ela pareceu..-Ele fez uma pausa pra pensar.-Pareceu assutada mas não pela cena, pareceu por outra coisa…

-Você deve estar ficando maluco. Essa estrela no seu peito, está te elouquecendo, Tom.-Ela tocou a estrela de prata no peito do homem.

-Ela não é inocente, Tiffany. Há algo de muito estranho com ela e você também percebeu isso.

Tiffany girou nos calcanhares ignorando o homem e voltando o caminho de casa. 

-Ela não é um anjo!

Ela ouviu o homem gritar e girou nos calcanhare para enfrentar ele e a sua estrela de prata no peito. Andou em passos largos de volta, para mais perto do homem.-Anjo?! Por que você disse isso?

-Porque parece que é isso que você acha dela.-Ele respondeu entredentes.- Você acha que ela é um anjo enviado a você. Só porque ela tem os mesmos gostos que você.

Tiffany arregalou os olhos e suas sobrancelhas subiram o mais alto possível.-O que você sabe?

-Eu também gosto de cabarés, Tiffany. 

Tiffany abriu a boca para retrucar mas desistiu. Não tinha argumento contra isso. Ela girou nos calcanhares e andou para longe, mas antes o ouviu gritar:

-Ela não é um anjo!

Tiffany adentrou a casa. Ela chamou por Taeyeon mas a menina não apareceu, ela franziu o cenho e seguiu para o quarto que estava com a porta fechada.

-Taeyeon..-Ela chamou enquanto empurrava a porta de madeira e ouvia as dobradiças ranger por falta de óleo.-Taeyeon!-Seu coração quase parou quando ela viu Taeyeon em pé, ao lado da cama com a arma na mão.-Taeyeon..largue isso! Isso machuca!-Ela pediu preocupada e assustada.

Taeyeon olhou para ela e a médica estremeceu com o turbilhão de sentimentos que os olhos de Taeyeon transmitiram.

-Isso era pra mim?-Taeyeon perguntou rodando a arma de prata na mão.

Tiffany engoliu em seco, sua boca abriu e fechou como um peixe fora d’água mas nenhum som saiu dela. 

O silêncio permaneceu por alguns segundos cortando o ar.

-Foi para proteção. O xerife me deu.

-Para proteger de mim?

Tiffany abriu a boca e fechou novamente.-Taeyeon…

Taeyeon jogou a arma no colchão e passou por Tiffany como um furacão. A médica cairia senão tivesse segurado na parede antes disso.-Taeyeon!-Ela gritou.

Taeyeon parou no caminho e andou de volta, para perto de Tiffany. Ela parou em frente a médica e a encarou.-Você acha que eu sou um anjo, Tiffany?

Sem querer, ela pensou no que o xerife disse a ela e não soube o que responder a Taeyeon. 

-Você ta certa.-Taeyeon sentenciou puxando Tiffany de volta a realidade e andou para a porta do lado de fora da casa onde elas chegavam ao banheiro.

-Taeyeon.-Tiffany chamou a seguindo.-Taeyeon!-A médica gritou quando ela viu Taeyeon entrando no mato.-Taeyeon!-Ela foi atrás mas não conseguiu ir mais do que 3 passos a dentro. 

Tiffany tinha medo da floresta. Suas pernas tremeram e ela voltou para a casa chorando. Ela odiava ser covarde. 

Ela pensou em chamar o xerife para procurar Taeyeon mas tinha medo que ele machucasse Taeyeon se a achasse, e sabia que ele não entraria na floresta pela parte da noite.

No meio da noite ela pegou a arma determinada a entrar na floresta mas apenas ficou parada na frente dos arbustos e árvores sem coragem de entrar. 

Porque mesmo armada, ela ainda era uma covarde.

E Tiffany chorou, chorou e chorou durante toda a noite sem conseguir dormir. Ela ficou encarando a maldita arma de prata e abraçando o travesseiro com cheiro de Taeyeon.

Ela perdeu mais uma pessoa.

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Por dois dias Tiffany viveu como um zumbi. Ela mal comia, ela mal se comunicava no hospital e por isso alguns médicos a obrigaram fazer exames para ver se ela estava doente.

Ela teve que ouvir palestras sobre como a sua aparência estava péssima e de como ela não deveria deixar sua imunidade cair e ser vulnerável ao vírus assassino. Mas se ela fosse morrer tossindo numa maca de hospital, pra ela, não fazia a menor diferença. Ela não se importava mais.

-Tiffany.-Lisa veio chamá-la e ela parecia assustada.-Venha na recepção.

Tiffany franziu o cenho e saiu com a menina da sala. Ela viu que Lisa estava quase correndo e correu junto.-O que foi?!-Seu corpo ficou em adrenalina. Seu peito estava batendo como um louco, e pela primeira vez ela esqueceu que Taeyeon sumira por dois dias.

Tiffany arregalou os olhos vendo dois homens segurando Taeyeon pelo braço. A menina estava suja de lama e de sangue se debatendo pra sair. E Tiffany correu para perto da amiga.-Soltem ela!-Ela ordenou. 

Primeiro os homens hesitaram mas depois a soltaram, porém permaneceram perto caso algo acontecesse.

-Tiffany..-Taeyeon a chamou e Tiffany a segurou pelas bochechas.-Temos que ir.

-Aonde?-Ela segurou o braço da menina procurando ferimentos e entender aquele sangue todo.-Você ta bem, o que aconteceu? 

-Temos que ir, Tiffany!-Taeyeon aumentou o tom e os homens ameaçaram agarrá-la novamente. Ela agarrou a mão da médica e um dos homens segurou o ombro dela, Taeyeon o olhou e ele soltou o ombro rapidamente.-Vamos.-Ela arrastou Tiffany para fora do hospital.

-Taeyeon!-Tiffany fincou os pés no chão e Taeyeon parou no caminho ainda segurando o braço dela.-Aonde você estava e…

Taeyeon a beijou.

E todo o hospital arregalou os olhos. A maioria dos médicos e enfermeiros estavam ali na porta olhando para a confusão.

-Você esta..-Tiffany tentou falar.

-Confie em mim.-Taeyeon pediu. Ela procurou alguma rejeição nos olhos de Tiffany mas não achou. Por fim, ela voltou a arrastá-la para fora do hospital e da vila.

-Taeyeon.-Tiffany chamou quando elas estavam entrando na floresta.-Você tem que me explicar.-Ela puxou o braço.

-Eu sinto muito.-Taeyeon falou.

E isso foi a última coisa que Tiffany lembra antes de apagar depois do soco que Taeyeon deu nela. Não sentiu quando foi suspendida e não sentiu Taeyeon correndo com seu corpo nos ombros.

Taeyeon estava cansada, sua respiração estava alterada mas ela se manteve correndo com a médica nas costas. Ela farejou o ar e deitou Tiffany no chão de areia e barro seco.

-Eu sinto muito, Tiffany.-Taeyeon se ajoelhou e tateou o chão até achar um galho pontudo.-Eu achei que soubesse o que eu era.-Ela encarou a figura adormecida e respirou fundo.- Se eu sou um anjo, então eu quero ser o seu anjo da guarda.-Ela acariciou os cabelos negros.- mas se eu sou um demônio. Eu vou lutar com todas as forças pra me tornar o seu anjo.-Ela fincou o galho pontudo no braço e deixou o sangue cair pelo jaleco de Tiffany.- Um dia eu vou te achar. Eu te amo.-Ela deixou um beijo nos lábios de Tiffany. ela conseguiu ouvir o barulho de arbustos farfalhando e pegadas; farejou o ar e saiu para longe.

-Que cheiro é esse?-Um pouco perto da médica adormecida, um grupo de amigas voltavam de uma caçada. Uma farejava o ar como um lobo.

-É realmente estranho.-Outra comentou também farejando.

-Que ótimo. Temos um farejador que não pode farejar.-Outra, despejou a ironia.

-Jessica.-A mais alta repreendeu.-Não implique com Yoona.

-Eu não só um farejador.-Yoona se defendeu.

-Nem mesmo um farejador você pode ser.

-Meninas…-A mais nova chamou empurrandos dos arbustos para os lados. 

As mulheres pararam de discutir e seguiram para perto da mais nova do grupo, espiando por cima dos ombros dela. 

-Oh…

-É uma mulher!-Yoona gritou.


Notas Finais


SNSD, pode entrar.


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