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História A idade do sucesso - 12- Te amo, nariz de batata


Escrita por: LumiSan

Notas do Autor


Como diz o SJ: Sorry, sorry, sorry, sorry...
Nem tenho desculpa para tanta demora, mas agora aprendi a lição: Nunca postar histórias sem ter concluído-as primeiro.

Capítulo 12 - 12- Te amo, nariz de batata


12- Te amo, nariz de batata:

 

Takanori’s P.O.V

 

- ... Takanori... ‘Tá me ouvindo?... Taka...

        Ao longe ouvia uma voz chamando meu nome. Mexi a cabeça para o lado, ainda sem coragem de abrir os olhos. Na verdade não tinha coragem de encarar minha vida. Estava tudo errado, tudo péssimo. Era melhor ficar deitado ali mesmo e fingir de morto até tudo melhorar.

- Vamos lá, nanico, eu sei que você ‘tá me ouvindo.

        Aquela voz... Aquela voz quente e tão familiar. Tomei coragem de abrir os olhos:

- Akira...?

        Vi seu rosto tão jovem, narigudo e descabelado acima de mim. Não podia ser...

- Nossa. Tem uma cratera na tua testa, melhor ir pro hospital.

        Me sentei rapidamente, sentindo uma leve tontura se apoderar de minha cabeça, mas não dei a mínima. O velho Akira estava de volta. O velho Akira nariz de batata. O MEU velho Akira nariz de batata.

        Eu estava me sentindo tão verdadeiramente feliz que não pude me conter. Pulei em cima de Akira, o derrubando no chão e ficando por cima dele:

- Eu te amo, seu nariz de batata.      

Seus olhos se expandiram ao máximo quando colei meus lábios aos dele. Foi apenas um selinho, mas o beijo mais memorável de minha vida.

        Quando separei nossos lábios ele estava sorrindo e mais confuso do que nunca.

- O que...

- Não me faça perguntas, apenas não leve em consideração nada do que eu disse antes.

        Ainda estava sorrindo para ele como nunca antes, até ele fazer o que melhor sabia: cortar um clima.

- Legal saber disso, mas você ‘tá sangrando, tipo, muito. Eu acho que ‘tô vendo seu cérebro.

        Logo o aglomerado de pessoas foi se afastando, restando apenas um senhorzinho simpático que me ofereceu um lenço para pressionar contra o ferimento.

        Akira me ajudou a levantar, pegando minha mochila e a carregando junto com sua própria.

- Kouyou. Cadê ele?

        Subitamente também me recordei do ataque de babaquisse que tive com meu amigo.

- Já deve ter ido pra casa, Taka.

- Eu preciso me desculpar. E o Yuu também, meu Deus como sou idiota.

- Não. Não. Não. Primeiro o hospital.

- Não. O Kouyou.

- Olha sua testa. Hospital agora.

- Você não manda em mim, Suzuki...

        E enquanto caminhávamos para fora do parque, com Akira carregando as duas mochilas e ao meu encalço, tivemos mais uma de nossas intermináveis discussões.

E, caramba, como eu amei ter aquilo de volta.  

 

(...)

 

- Eu disse que primeiro o hospital, se demorar pra costurar vai ficar uma marca enorme na sua testa.

- E você vai deixar de gostar de mim por isso?

- Não, mas...

- Então fica quietinho.

        Parei em frente a porta de Kouyou, apertando a campainha de forma afoita e ainda pressionando o lenço empapado contra a testa que agora parecia ter diminuído o sangramento. 

        Alguns segundos depois, a porta foi aberta e Kouyou ficou visivelmente chocado ao me ver ali sujo de sangue:

- O que aconteceu com você?

- Kouyou, do fundo do meu rim... Me perdoa. Você é o melhor amigo que eu podia imaginar um dia ter. Por favor, seja meu amigo pra sempre.

        Ele piscou os olhos, confuso.

- Como você se machucou desse jeito, Takanori?

- Ele rolou escada abaixo e não quer ir pro hospital.

- Eu quero ir pro hospital, mas quero meu perdão primeiro.

- O-o-o-o que é i-isso? – logo a face ainda horrorosa de Yuu apareceu atrás de Kouyou.

- Você tem que ir pro hospital agora, Takanori.

- Primeiro você tem que me desculpar. Vocês dois.

- Hospital.

- Primeiro minhas desculpas.

- Te-te-temos que que que ir lo-logo.

- Vou morrer de hemorragia aqui mesmo na frente de vocês se não me desculparem primeiro.

- Yuu, tranca a porta e vamos pro hospital com ele.

- Esse anão desmiolado veio desde o parque sangrando...

- Cala a boca, Suzuki.

        E assim seguimos caminho até o hospital mais próximo, discutindo bastante até, finalmente, Kouyou suspirar e dizer que apesar de estar magoado, ainda sim me perdoava. Yuu, sem personalidade do jeito que era, seguiu o que o namorado dizia e também me desculpou.

        Incrível como apesar de estar sentado em uma cadeira de hospital, esperando para ser atendido e com a cabeça latejando, eu estava me sentindo mais feliz do que nunca no meio daquelas três pessoas incríveis.

- Po-po-po-por que você ‘tá me me me o-olhando tan-tanto?

        Yuu estava com o rosto vermelho e visivelmente desconfortável com meu olhar quase fascinado sobre si.

- Yuu... Se eu te contar o quanto você vai ser incrivelmente lindo, você nem vai acreditar.

- Do que você ‘tá falando? O Yuu já é lindo do jeitinho que ele é. – protetoramente, Kouyou passou os braços pelos ombros do moreno e o abraçou, o que me fez sorrir.

- Vocês dois são o melhor casal que eu já vi.

        Ao meu lado, sentia o olhar de Akira queimando sobre mim, mas estava um tanto quanto sem coragem de encará-lo depois de minha súbita e inesperada declaração de amor.

        No momento me calei, mas em minha cabeça a única coisa que passava era que eu precisava me corrigir:

        Akira e eu éramos o melhor casal que eu conhecia.

 

(...)

 

- ... e aposto que você estava com os cadarços desamarrados.

- ...

- Se você me ouvisse, ao menos uma vez na vida, nada disso teria acontecido.

- ...

- Eu sempre digo: presta atenção por onde anda.

- ...

- Você também deveria ter ouvido o pobrezinho do Akira e ido logo para o hospital.

- ...

- Mas não... Ir atrás do seu amigo boca de pato é mais importante e... O que foi?

        Subitamente e ineditamente, minha mãe se calou quando a abracei apertado, sorrindo e fechando os olhos.

- Nada não, mãe. Apenas senti falta disso.

        Ela e Akira, que havia me acompanhado até em casa e agora estava sentado no nosso sofá, trocaram um olhar, estranhando minhas atitudes.

- Tá bom, tá bom. Vou preparar o café da tarde pra quando seu pai chegar. Se começar a sentir-se mal me chama.

        Lembrete para futuros sermões: um abraço a faz calar a boca. Se eu tivesse descoberto isso antes...

- É verdade? – cortei minha linha de raciocínio quando Akira levantou-se e tocou meu braço. – É verdade o que você me disse no parque?

        Senti meu rosto muito quente devido a vergonha que estava naquele momento. Mas então me lembrei da sensação de ter Akira longe de mim... E eu não queria passar por aquilo nunca mais.

        Timidamente, me aproximei um passo de Akira, que ficou um pouco tenso, assim como eu. Hesitante, posicionei minhas mãos sobre seus ombros, procurando seus olhos não para obter alguma confirmação, porque depois de toda aquela loucura, eu tinha certeza de seus sentimentos, mas para ter alguma ideia de como começar aquilo.

        Respirei fundo e fechei os olhos, sentindo os lábios de Akira tocarem os meus. Foi um beijo casto e curto, mas que me permitiu ter certeza que eu estava completamente apaixonado por aquela cacatua louca.

- Isso responde sua pergunta?

- Com certeza. Posso te perguntar outra coisa?

- Claro.

- Será que sua mãe deixa eu tomar o café da tarde aqui também?

        Revirei os olhos, me afastando de Akira.

        Aquele era o cara da minha vida.

 

                                   ~(^_^)~

 

- Eu lembro quando o Takanori caiu daquela escada e acordou achando que tinha voltado do futuro, hahahaha.

- Ma-ma-mas o o o estra-tranho é que e-e-ele acer-acer-acertou co-comigo.

- Nah! Você sempre foi lindo, meu bem. Só foi um pouquinho lapidado com o passar dos anos.

- Mas realmente foi estranho, acho que nosso anão tem um lado vidente, paranormal.

- Cala a boca, Akira.

- Takanori, para de tratar desse jeito o pobrezinho do Akira. Quando eu tinha sua idade, não tratava seu pai assim. O dia que você...

- Com licença, vou ao banheiro. – como sempre meu pai fugiu da raia ao ver minha mãe começar seus discursos.

        Trinta anos.

        Trinta anos muito bem vividos e sem arrependimentos. Com meus dois melhores amigos ao meu lado, um marido incrível, pais presentes e um emprego dos sonhos.

        Depois de contar minha história sobre ter virado uma pessoa horrível e ter a chance de fazer tudo de novo, todos ficaram muito preocupados achando que a queda, de alguma forma, havia danificado meu cérebro.

        Mas eu podia afirmar com toda a certeza de que aquilo tudo havia sido real e uma grande lição de vida.

        Pois se não fosse por isso, além de perder meus amigos e família, ainda não teria a chance de viver momentos tão bons ao lado daquele ser humano com pouco bom senso que no momento tinha um braço sobre meus ombros enquanto conversávamos depois do jantar.

- Que foi nanico, perdeu o cú na minha cara?

        Típica frase de Akira.

        Mas fazer o que? Eu simplesmente não conseguia viver longe daquilo.

 

~Fim.


Notas Finais


Obrigada à todas as limdas que não me abandonaram, e mais uma vez, desculpem a demora <3~


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