História A Ilha do Leste - 1

O amor é muito relativo ele chega quando menos se espera.
Acredito que nao há ser algum no universo com tamanha forca para que possa dominar o amor.
Tambem acredito que o amor nao nasce pra ser dominado.
Meu nome, Daniel Grigori, morador da aldeia de Arquedía.
Certa vez eu estava distraído, lendo meu livro quando de repente me deparei com um sorriso lindo de uma menina que conversava com um grupo de amigos.
Continuei lendo meu livro, mas não conseguia me concentrar, aquele sorriso me deixou simplesmente encantado.
Resolvi fechar meu livro e ler mais tarde, fiquei por um tempo admirando seu jeito.
O meu tempo ali havia se acabado e eu teria que voltar para minha tarefa diária.
Minha tarefa era construir, eu era incumbido de construir tendas para os moradores da minha aldeia.
O dia já estava terminando e minha tarefa diária acabado, voltei para minha tenda, entrando já fui logo preparar um café.
Peguei meu livro que havia deixado de ler mais cedo e logo veio aquele sorriso invadir meu pensamento.
Eu nao sabia nada sobre ela, nem seu nome, onde morava se pertencia à minha aldeia nunca tinha visto aquela garota por ali.
Minha aldeia nao era muito grande, nao eramos uma aldeia rica.
Ali nao precisava de muito pra viver bem, nossos campos verdejantes, nossos riachos cristalinos ja nos deixavam tranquilos.
Sentei na minha poltrona que ficava de frente pra janela e entre um gole e outro de café, uma frase do livro.
Mais tarde preparei algo para comer e logo depois fui me deitar, tinha muito trabalho pela frente.
No outro dia indo para o trabalho passei por uma pontezinha sobre um pequeno riacho.
Nao parava de pensar naquela garota nao por que queria pensar, mas porque ela realmente me chamou atenção.
Nunca tinha sentido algo dessa forma, um sentimento bom.
Andando um pouco mais e contemplando o ranger das árvores balançadas pelo vento.
Mais a frente vinha duas garotas conversando, uma delas era a garota desconhecida do outro dia.
Como nao sou bom em disfarcar qualquer coisa, nao consegui parar de olhar para ela.
Passaram alguns dias e nossos caminhos voltaram a se cruzar.
Quando me viu ja logo falou no ouvido da amiga e  começaram a sorrir.
Eu olhei e sorri, e continuei meu caminho para o trabalho.
Resolvi saber mais sobre ela, entao esperei o meu horario de descanso e voltei para o mesmo lugar onde a vi pela primeira vez e la estava ela com o mesmo grupo de amigos.
Olhei na outra direcao e a amiga dela estava vindo do lado leste, certamente teria que passar por mim pra chegar ate sua amiga.
-ei moça- chamei- pode me dizer como se chama aquela garota?
-oi, sim, Lucinda Price!-respondeu sorrindo- mas, porque queres saber?
-acho ela tão linda, mas nao sabia o nome dela, obrigado!
Fiquei intrigado, eu conhecia aquele nome de algum lugar, voltei para o trabalho e tentei lembra de onde conhecia aquele nome, porém não tive êxito.
No dia seguinte caminhando em direção ao lugar onde eu sempre ficava no horario de descanso, estava distraido acabei me esbarrando em alguem.
-me desculpa, eu estava distraido e acabei nao vendo- falei assustado
-nao foi nada... oi moço- ela me respondeu surpresa.
-oi- respondi um tanto sem reação.
-entao voce queria saber quem sou eu, pois bem agora voce pode tirar suas duvidas- me falou.
Com um grande sorriso respondi:
-claro, podemos nos sentar e conversar o que acha?
-sim acho que sim-respondeu.
Ficamos ali um bom tempo conversando e finalmente descobri daonde conhecia aquele nome.
Lucinda price era o nome da esposa do lider Máreck da aldeia de Aréqui.
Ela morreu na ultima guerra entre a minha aldeia e a aldeia de Aréqui.
Ela era filha de Máreck, e como nossas aldeias viviam em guerra nao podiamos nem ser amigos.
Entao passamos a nos encontrar na sombra da noite.
Combinamos um sinal entre nos, para quando quiséssemos nos ver.
Começamos a nos encontrar alguns dias aleatórios sem marcar encontro.
O primeiro encontro foi na mata no lado sul da ilha, a luz da lua iluminava o lugar.
O lugar era coberto por uma grama verde e as arvores eram enormes.
Deitamos sobre aquela grama e ficamos ali observando a lua por um bom tempo.
Eu ja nao era mais o mesmo, agora me sentia com um garoto que acabara de ganhar um presente.
Por noites e noites nos encontramos a luz do luar e ficavamos conversando por horas.
O lado sul era pouco frequentado, ninguém seria louco o bastante para se aventurar em um lugar desconhecido, porém, eu gostava do lugar.
Existia um morro e no outro lado desse morro tinha um rio que cortava colinas, enorme quase sem fim.
Eu subia com meu cavalo o morro para assistir o mais lindo por do sol da ilha toda.