História A ilha dos cristais - Como tudo começou

Pov Kaio

-chega Allan! Chega! A Annye vai comigo. Não com você. E ela não é um monstro. Ela é uma menina normal.
-se normal for chato, você é o cara mais normal da face da terra, Kaio.
-ah Leonard, você é outro chato. Obrigado, de nada.
-falando em chatos, cadê o Juan?
-está convidando a Alddye pro baile da escola.
-ah tá! Outra chata. Ela é aquela loira oxigenada do nono ano, certo?
-certo Ellen. Eu também não achei uma boa ideia ele chamar a Alddye. Estou com um mal pressentimento.
Quando acabo de falar, a porta da sala abre e o Juan entra com o buquê e a caixa de doces.
-Oi Juan, como foi seu encontro com a loira?
-ela me trocou, depois de comer os bombons. Ela me trocou! -ele praticamente grita quando joga o buquê no sofá, o mesmo cai no colo da Gessy.
-Calma Juan... Ela não merecia um cara lindo, maravilhoso e gostosão como você. -sorrio olhando nos olhos do meu gêmeo.
-ah, para! Você que é lindo! -Ficamos corados ao mesmo tempo.
-tá,  quando acaba a "melação"? -Ellen reclama. -já estou ficando enjoada.
-Okay, já paramos. -fomos para o nosso quarto, todo espelhado a partir do centro. A única diferença, era que no meu lado do quarto havia uma lareira desenhada na parede e uma estante de livros. Já no lado dele, ficava a mesinha do computador.
-quer saber, eu não quero ir nesse baile idiota. É melhor ficar e acompanhar o sorteio da sena.
-digo com raiva.
Eu também não quero ir. A única garota que poderia ir comigo me deu um fora.
-calma amorzinho, vamos chamar a Annye pra jogar videogame com a gente?
-vamos. Assim a gente já acompanha o sorteio juntos.
Pego o celular e ligo pra ela, ela estava animada, mas quando conto o que aconteceu com o Juan, ela muda de ideia e diz que já estava a caminho. Dou um beijo na testa do meu irmão enquanto ele procura algum jogo em que ele fosse bom.
-sabe onde está aquele jogo de luta?
-já vou avisando que eu sou o elfo de fogo. Está no quarto do Andrew. Eu deixei eles brincar um pouquinho. Deus queira que não tenha arranhado.
-eu serei o bruxo. gosto dos poderes de luz dele.
-Oi gente, oi Juan, não liga para aquela loira oxigenada.  -ela chega e diz me olhando nos olhos. -e aí Kaio, qual jogo vamos jogar? -ela pergunta olhando meu gêmeo.
-Annye, eu sou o Kaio. -ela ainda nos confunde.
-aí meu pai amado. Estou com medo de trocar vocês na hora do casamento.
-não se preocupe com isso. Eu sempre estou a esquerda. -o Juan comenta. Mas, respondendo a sua pergunta, vamos jogar aquele de luta. Depois, vamos acompanhar o sorteio.
-ah, verdade. Estou mega ansiosa.
-quem é que não está?
-nossos pais? Eles não acreditam nesse negocio de sorte.
-eu também não. Mas eu creio em profecia. -o Juan comenta. -eu tenho que ver a profecia acontecer, aí eu creio no profeta. Vou deixar vocês a sós. -ele vai buscar o jogo.
-bom, como está Mine?
-foi pra casa dos meus avós.
-e seus pais? Vão mesmo se divorciar?
-sim. Eu já nem ligo. Se eles se separarem, a casa vai ficar comigo. -ela me olha com um pouco de malícia e insanidade e me beija até que o Juan chega com o jogo. -Serei a Feiticeira negra. -Annye diz vendo a capa do disco.
-pedra, papel, tesoura? -pergunto.
-Binário primeiro. -Juan responde. Tivemos a idéia de chamar zero ou um de binário, é mais bonitinho.
Eu, como sempre, fiquei por último. Jogamos por um tempo e a TV desligou sozinha. Tentamos liga-la novamente, mas sem sucesso.
-vamos pra biblioteca, pelo menos pra acompanhar o resultado. -sugiro.
-já que a TV pifou, vamos jogar rpg? Estou com uma idéia boa. Apocalíptica.
-boa ideia Juju -Annye provoca -vamos chamar as crianças?
-chama. A Ellen vai ter pesadelos, com certeza.
Quando começamos jogar, uma tempestade começa do lado de fora e pra piorar a energia cai.
-Agora não vai dar de assistir o sorteio. Droga... -o Allan começa reclamar.
-Já que não tem energia, vou dormir. Meu celular está em menos de quinze por cento. -Gessy diz indo com a cadeira de rodas para o elevador. -Vem também Ellen?
-vou sim. Quero escrever umas poesias no meu notebook.
-eu também vou pro quarto, queria acompanhar o sorteio, mas não tem mesmo... Allan, depois eu não vou buscar você.

-tá bom...
Já que os meninos foram todos para os quartos, Juan não quis segurar vela e subiu também, deixando eu e Annye sozinhos.
-kaio, eu estou com medo...
-Annye, não há o que temer no escuro. -quando termino de falar isso, um relâmpago ilumina o ambiente e as luzes piscam e Annye se agarra a mim começando chorar.