História A Impossible Dream - Revelando

Eu retiro bruscamente a minha mão das delas, a encaro com raiva e cansaço, eu não estava com o cérebro funcionando direito, pareceria até que eu ainda estava dormindo. 

— Entra e para de me encher - é a única coisa que falo entrando dentro de casa 

— Vai entrar ou vai ficar aí que nem uma retartada ? - digo olhando para ela que estava parada à frente da porta 

— Não, me desculpe, eu vou entrar - ela diz se movendo para dentro da porta fechando a mesma com delicadeza 

Começo a subir com o corpo caído para frente, eu estava toda molenga, sempre fico assim quando me acordam cedo, no caso muito cedo, vou em direção ao meu quarto, percebo que Isadora estava me seguindo e paro de andar 

— O que você pensa que está fazendo ? - digo   coçando meus olhos 

— Eu não sei onde eu vou dormir 

— SE VIRA !!! - grito acelerando meus passos até meu quarto e mechando a porta na cara dela 

Isadora 

Vamos pensar pelo lado positivo, pelo menos eu tenho um teto, bem melhor do que ficar no frio da cidade. 

Busco pela casa um lugar para eu me deitar, busco com o olhar um sofá, encontro um na sala, "meio óbvio né Isadora" me sento no sofá macio e deito minha cabeça no " Braço" do sofá. 

Muitos pensamentos me atormentavam me impossibilitando de dormir " e se eu acordar morta" " o coringa não vai gostar de me ver aqui" " e se eu virar escrava da Jozer " " Se eu acordar em uma maca e me torturarem" com esses pensamentos na minha cabeça acabo pegando no sono. 

Sonho On 

Alguém me puxava pelos pés me arastando até um cômodo escuro, minha cabeça doía assim que eu tentava me levantar, minha visão empaçada dificultava minha visão só vendo borrões, vejo alguém de cabelos verdes se aproximar de mim, mas não conseguia diferenciar entre o coringa e a Jozer, minha visão começa a melhorar me dando total visão da Jozer me encarando com as bochechas sangrentas formando um sorriso, atrás dela surge o coringa segurando uma faca na mão, a Jozer e Coringa se olham e começam a dar altas gargalhadas assustadoras, em meio às suas gargalhadas os corpos das minhas amigas caem sobre meu corpo precionando meu corpo respirando com dificuldade, os olhos delas estavam brancos e suas peles pálidas, um sorriso congelado no rosto, começo a gritar desesperada até que não saia mais voz nenhum som da minha boca me deixando angústiada, flashback curtos começam a passar por meus olhos, vendo o meu reflexo no espelho, minha cabeça cortada do meu corpo caindo no chão e o mundo a minha volta ficando preto. 

Sonho off

ACORDA !!! - alguém grita jogando um balde de água na minha cara 

Passo as mãos sobre meus olhos retirando a água do meu rosto, por ter entrado água no meu nariz começo a tossir um pouco, é só depois ao levantar minha cabeça que vejo o coringa com o balde na mão com cara de poucos amigos olhando para mim. 

— Quem deixou você entrar aqui ? - pergunta ele ainda me encarando 

— Foi a Jozer - digo com a voz trêmula 

— JOZER !!!! - ele grita virando o rosto para escada 

Não ouvindo resposta ele joga o balde contra a parede e sobe as escadas pisando duro. 

Jozer 

Eu estava terminando de fazer minha maquiagem quando escuto alguém entrando no meu quarto e vejo o reflexo do coringa espelho. 

— Oi Pudinzinho - provoco 

— Não me irrita garota - diz ele entrando no banheiro 

— Quem te deu permissão para entrar? - pergunto me encostando na pia 

— Dês de quando eu preciso da sua permissão para fazer alguma coisa. - responde com sua voz rouca 

— Sabe eu gosto de você, mas não te deixarei impune - digo voltando o olhar para a minha maquiagem 

— VOCÊ ESTÁ ME AMEAÇANDO ?!!! - ele grita tacando algo no espelho que se quebra em pedaços 

— Acho que alguém vai ter 7 anos de azar HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA - rio e vou até meu quarto 

— Só me responde uma coisa - ele diz segurando meu pulso 

— Pode falar - digo me virando para ele 

— O que aquela garota está fazendo aqui? - pergunta soltando meu pulso 

— Quem a Isadora? Sim claro ela vai morar aqui - digo com a maior tranquilidade do mundo 

— Ficou louca ? - pergunta franzindo o cenho 

— Nina Nina não - digo mechendo com o dedo indicador 

— Eu já sou louca meu querido coringinha - fasso uma voz fofa e melosa, e sorrio de canto ao perceber seu punho fechar com força 

— CORINGINHA?!!! - diz levantando seu punho até meu rosto 

— Calma aí , vou te esplicar, tadinha ela ficou órfã, dai veio pedir ajuda para mim, não tinha como recusar né - digo fazendo beisinho 

— Órfã, mas quem matou os pais dela ? Pergunta para mim, mas acho que só de ver minha cara já sabia a resposta 

— Fui eu que matei os pais da Isadora, fui eu que tirei as roupas da casa dela e fui eu que dei a queixa à polícia, eu sabia que ela iria vir pedir ajuda para mim, foi só mais um plano meu coringa.