História A Infiltrada (Wonho-Monsta X) - 031

Tinha certeza que já havia anoitecido. Não via luz nem para onde estava indo e muito menos de onde eu vim. Os únicos sons eram os grilos e o barulho do vento em contato com as folhas das árvores que pareciam formar um túnel por toda a estrada.

Quando estava pensando em desistir, avistei mais a frente uma moto que fazia um barulho considerado alto por mim. Comecei a pular, acenar para que ele parasse.

Ele foi diminuindo a velocidade e parou na minha frente, olhou para trás e fez sinal para eu me aproximar. 

Andei até onde o homem parou e tentei ver o rosto por trás do capacete azul e preto dele, mas nada via.

Xx=Para onde está indo? -Perguntou ele com uma doce doce voz mas ao mesmo tempo assustadora.

-Para bem longe desse lugar. -Falei e ele desceu de sua moto (foto de capa) abriu a parte de trás da moto e tirou de lá um capacete igual ao que ele usava. Ele me entregou e logo subiu novamente em sua moto.

Xx=Pode subir. -Falou ele olhando para mim.

Sem pensar duas vezes, eu subi. Confiei nele mesmo sem ver seu rosto...assim como confiei neles quando os vi. Coloquei meus braços em volta de sua cintura e apertei para não ter perigo de eu acabar caindo.

Ele ia consideravelmente devagar a quando ele me ofereceu ajuda. Percebi isso pelo barulho que estava menor. Me ajeitei na moto de uma maneira que eu conseguisse falar com ele e o mesmo me ouvisse por causa do capacete.

-Pode ir mais rápido, não fique com receio só porque sou uma garota. -Falei e pude sentir que ele riu pela maneira que sua jaqueta de couro afundou e depois voltou ao normal. Ele havia rido.

A velocidade aumentou na hora. Apertei mais um pouco o garoto só para poder me ajeitar de uma maneira que o vento bateria no visor e faria meus cabelos voarem ainda mais.

-Porque nunca fiz isso antes? -Perguntei para mim mesma em voz alta.

Quando eu percebi, estávamos na cidade. Lojas, casas, carros, motos e pessoas para todos os lugares. 

-Wow! -Deixei espancar assim que paramos em um semáforo.

Xx=Estamos quase chegando. -Fala ele tirando as mãos do guidão e se alongando. -Uma hora mais ou menos. -Fala ele e se eu não estivesse de capacete e virando para frente, ele teria visto meus olhos arregalados.

-Para onde estamos indo? -Perguntei e logo o semáforo mudou de vermelho para verde.

Ele colocou suas mãos no guidão da moto e acelerou passando bem perto dos carros que estavam junto com nós esperando o semáforo abrir.

A vista era incrível mas logo, a estrada que antes era de asfalto, virou de pedras. Era desconfortável mas já que eu estava ali e não sabia onde estava, continuei em silêncio. Apoiei minha cabeça nas costas dele e fechei meus olhos com a intenção que o tempo passasse mais rápido. 

[...]

Havia se passado uma hora e ele começou a diminuir a velocidade até parar.

Xx=Vamos passar a noite aqui. -Falou ele e logo levantei minha cabeça e olhei em redor. Era um hotel de beira de estrada no meio do nada. Estava escuro por conta do horario e as únicas luzes no local eram a da lua cheia e a placa escrito Coffee Hotel em cores que iam desde vermelho até amarelo e azul.

Ele estacionou a moto no lugar indicado e logo desligou a mesma. Eu desci da garupa e logo ele fez o mesmo. Tirei meu capacete e balancei minhas madeixas deixando elas ao vento fresco do local.

Olhei para ele e o mesmo tirou seu capacete azul e preto. Seu cabelo que era uma mistura de laranja e vermelho combinava perfeitamente com seus olhos escuros e sua pele levemente morena.

Ele esticou sua mão indicando para mim entregar o capacete e assim eu fiz. Ele guardou a chave da moto em seu bolso, abriu a parte de trás da moto e tirou de lá uma corrente azul. Ele prendeu a moto e logo me olhou. Fiquei presa em seu olhar até que ele desviou seu olhar até a entrada do hotel beira de estrada. Ele levou consigo os capacetes para ter certeza que ninguém os roubaria

Andamos até lá e como recepsionista, havia um homem extremamente gordo. Havia grandes manchas de suor em baixo de seus braços e em volta do seu pescoço, sem falar no cheiro de suor dele. Espero que o quarto seja melhor...sério! 

Xx=Um quarto para duas pessoas. -Fala ele para o recepsionista.

Ele apenas pega uma chave -sem sair de sua cadeira- e entrega para o homem que me trouxe.

O homem que me trouxe -Que parecia ser só alguns anos mais velho que eu- andou até uma escada e começou a subir ela e eu foi atrás dele. 

Chegamos na frente de uma porta com o número 48 e ele sorriu e logo abriu a porta. Encontramos apenas um quarto com uma cama de casal, um frigobar e um banheiro.

Ele colocou os capacetes em cima do criado-mudo e logo se jogou na cama fechando seus olhos.

Eu andei até o banheiro e abri a porta. Fechei a porta atrás de mim. Me olhei no espelho e percebi que não estava nos meus melhores dias.

Lavei meu rosto e tentei arrumar meu cabelo apenas usando água e meus dedos. Até que funcionou.

Fiz minhas necessidades e lavei minhas mãos. Sai do banheiro e encontrei ele olhando através de uma janela que eu nem sabia da existência até agora.

Eu me sentei na cama e fiquei olhando para ele até que o mesmo notasse a minha presença o que não demorou.

Xx=Qual o seu nome? -Perguntou ele se virando de frente para mim se encostando na parede. 

-(s/n), me chamo  (s/n). Qual o seu nome? -Perguntei para ele que olhou novamente para a janela.

Xx=Me chame apenas de Bacon.  -Falou ele sorrindo de lado.

-Ok senhor Bacon. -Falei rindo divertida seguida dele. -Para onde estamos indo? -Perguntei e ele me olhou. 

Bacon=Para bem longe como você queria. -Falou ele olhando intensamente em meus olhos mas logo desviou seu olhar novamente para a janela. -Vamos para um lugar onde moro com meus amigos. Não sei se eles iram te aceitar muito bem mas...não custa tentar. -Falou ele e logo ele veio em direção a cama e se deitou. -Durma um pouco. Iremos acordar cedo amanhã. -Fala ele se virando de costas para mim.

Me deitei ao seu lado e também me virei de costas para ele. 

Meus olhos acabaram pesando e eu deixei o sono me dominar.