- Dá para você parar quieto Lysandre? – resmunguei enquanto Lys andava de um lado para outro em nossa sala – Até parece que nunca viu meus pais.
Castiel parecia se diverti com a inquietação de Lysandre e ria do sofá, peguei sua mão que estava extremamente suada e trêmula. Isso tudo porque tínhamos um jantar com nossos respectivos namorados para apresenta-los oficialmente a nossos pais. Fiz Lysandre se sentar no sofá e olhei para Luna, ela estava nervosa, mas nada como Lysandre. Ouvimos a fechadura e Lysandre instantemente se endureceu. Estávamos todos de pé, e vi que essa inquietação no Lys não ia passar, então segurei sua mão tentando lhe dá um pouco de conforto.
- Bom dia pessoas. – papai disse. – Annie seu namorado vai chegar logo? Temos uma reserva no restaurante e não quero atrasar – Ele baixou subitamente o olhar e viu minha mão na de Lysandre e franziu o cenho, ele ia falar alguma coisa, mas mamãe foi mais rápida.
- Oh Meu Deus. Vocês são perfeitos juntos. Parabéns Lysandre. – Ela me puxou para o lado depois de um logo abraço no Lys – Menina você é mesmo danada viu, você consegui o garoto que todas as filhas das minhas amigas querem. Ele é carinhoso, atencioso, romântico e tímido.
- Mãe – a reprendi
- Mas dizem que os quietinhos são os piores, me diz minha filha que vocês estão tomando cuidado. – ela não me escutou e continuou
- Mãe você sabe que podemos ouvi tudo que a senhora está falando? – Castiel falou com cara de bravo, mas seu semblante era divertido.
- OPS... – disse ela
O jantar estava sendo maravilhoso, fomos a um típico restaurante português. Pedimos Bolinho de bacalhau para a entrada, arroz de mariscos como prato principal e pastel de Belém e Malotof de Caramelo como sobremesa. Odiei a parte de ter que traduzi basicamente o cardápio todo para Luna e Castiel porque eles não sabiam o que estava escrito lá. Lysandre falou que não precisava pois podia se virar pelo curso de 6 semanas que havia feito de aulas de Português
- Lysandre você sabia que a Annie sabe falar 3 línguas diferentes. – Mamãe se gabava
- Cinco – eu a corrigi
- O que querida?
- Eu sei falar cinco línguas e não três
- Quando você aprendeu as outras duas? Que eu saiba você só sabe falar francês, inglês e alemão
- Faz um ano que terminei português e espanhol. Mas acho que isso não importa porque eu sou a droga de um troféu, não é? – Senti a mão de Lysandre na minha coxa como se pedisse para me acalmar.
- Não fale assim com sua mãe mocinha – papai rosnou
- Agora vocês querem me reprimi. Que direito vocês têm, cadê o amor eh? Só há cobrança em cima de mim
- Vocês dois são muito amados. Se não estamos em casa é para dar uma vida melhor para vocês dois – mamãe suspirou derrotada
- Amados? – perguntei incrédula – Amado você quer dizer. Desculpe se a senhora queria só o Castiel e eu apareci como um peso morto. Bom Apetite, porque eu perdi a fome. – disse jogando o guardanapo em cima da mesa ao lado do arroz de mariscos, e saindo pegando meu casaco na recepção. Estava determinada a ir para o apartamento andando, mas uma mão forte me surpreendeu e me puxou e dei de cara com o peito forte de Lysandre
- Aonde você vai?
- Para meu apartamento
- Apartamento? Você mora numa casa.
- Eu tenho um apartamento Lysandre. Ok. Estou indo para lá – me soltei de seus braços e continuei andando.
- Vem, entra eu te deixo lá. – disse ele apontando para o carro.
Suspirei e o segui até o carro, depois de entrar dei as coordenadas e ele me deixou na frente de prédio. Eu saí e ele estacionou o carro de qualquer jeito.
- Você vai entrar? – O porteiro me deu a chave extra
- Não vou te deixar sozinha nesse estado.
- Eu estou bem. – disse enquanto entravamos no elevador
- Então pare de agir como uma louca – disse ele enquanto segurava meu rosto e me imprensava na parede do elevador.
- Tudo bem. – disse enquanto encaixava a cabeça em seu peito. – Pronto para conhecer meu refugio secreto.
- Ninguém sabe? – eu o puxei pelo braço quando o elevador abriu.
- Não. Venho aqui quando quero ficar sozinha. Você é a primeira pessoa a vir aqui. – abri a porta
- É lindo e limpo.
- Uma moça vem aqui uma vez por mês para limpar. Ela veio ontem
O puxei para o meu quarto e mostrei a ele um local com tons sombrios.
- Seja bem vindo ao meu lar. – Puxei seu pescoço para que pudéssemos dar um beijo, ele segurou minha cintura, e subi em seu colo enrolando a perna em torno dele, nos separamos quando faltou o ar. – Lys você me ajuda a tirar esse vestido
- Sei o que está tentando fazer e não vai rolar. Você não vai descontar sua frustração em cima de mim, mesmo que eu queira. – Fiz biquinho – Não faz isso. – ele deu um selinho. – Você quer conhecer meus pais esse final de semana? - ele mudou de assunto
- Sim – disse animada – Só espero que seja melhor que seu encontro com os meus.
- Prometo. Vai ser a festa da cidade, dizem que a melhor da região e que esse ano vai ser um sonho.
- Falando em sonho, eu sonhei com você. – disse omitindo a parte que ele se transformava no Dake
- Aé? – ele perguntou surpreso
- Por quê? Não posso sonhar com meu namorado?
- Contanto que seja só comigo. – ele disse me beijando.
No dia seguinte acordei e Lysandre não estava ao meu lado, me senti vazia na hora. Meus olhos se encheram de lágrimas.
- Acho que ele finalmente se tocou que você é uma idiota e deu o pé – sussurrei para mim mesma
Logo Lysandre entra no quarto com uma bandeja e ao vê meu estado ele a deixa na escrivaninha e corre até mim
- O que foi baixinha? – ele diz me abraçando
- Eu pensei que tivesse desistido de mim quando não te vi aqui até porque você nunca sai – murmurei constrangida
- Sabe que eu te amo e nunca vou te abandonar não é?
- Eu também te amo senhor gigante – disse enquanto enxugava as lágrimas com as costas das mãos
- O que? – ele pareceu surpreso com que eu disse – Repete
- Eu te amo Lysandre – também fiquei surpresa com que acabei de dizer, mas já estava na hora dele ouvi isso
- Repete que eu não entendi
- Eu te amo seu idiota – sussurrei em seu ouvido.
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