O... O que aconteceu...?
Voltar pra casa?
Esta bem...
Mas como vim parar aqui?
Demon abriu os olhos e se viu no sofá, talvez tenha cochilado sem querer, não se lembrava de muita coisa do que havia acontecido ontem.
Se sentou e viu Carlos descendo as escadas. Olhando para seu visual, parecia que iria sair para caminhar e ainda estava muito bonito.
Demon: -Vai sair? –Perguntou se sentando e o vendo abrir um largo sorriso no rosto enquanto caminhava até ela.
Carlos: -Vou caminhar, você vai querer vir comigo? –Perguntou e ela assentiu logo desaparecendo e voltando poucos minutos depois.
Estava com roupas de ginástica e ainda de preto, por causa do luto que estava. Sabia que iria suar muito com aquela roupa, mas pouco se importava.
Enquanto caminhavam, passaram pela mansão Sakamaki e a vampira acabou parando e ficou observando sem dizer nenhuma palavra.
Percebendo aquilo, o loiro parou também e segurou a mão da garota o que fez com que ela desviasse o olhar da mansão e olhasse para ele.
Carlos: -Você vai querer voltar? –Ela negou com a cabeça e quando os dois iam recomeçar a andar, Ayato apareceu em sua frente com um olhar preocupado.
Ayato: -Demon! Onde você se meteu todo esse tempo? –A ruiva pensou em responder, mas depois percebeu que a história não havia pé nem cabeça então decidiu ficar quieta.
Logo, Laito apareceu com uma cara tristonha e abraçou a mais nova fazendo com que soltasse da mão de Carlos, que por sua vez, apenas ficou olhando a cena.
Laito: -Não acredito que nos abandonou Bitch-nee-chan –Falou em um tom manhoso enquanto a abraçava mais forte.
Não demorou para que Reiji e Kanato chegassem também e a arrastassem para dentro ignorando e deixando Carlos ali, agora sozinho.
Mas antes que a vampira pudesse entrar definitivamente no lugar, um tiro passou raspando por ela e acertou seu amigo, que caiu no chão.
Se soltando dos braços dos irmãos, ela correu até o corpo do loiro. Ele tinha um sorriso nos lábios, e um buraco de bala no peito.
Ainda estava vivo, mas não por muito tempo.
Lançando um olhar mortal para o segundo irmão mais velho, ordenou que ele salvasse o garoto. Mas ele, alegando não cumprir ordens dela, não fez absolutamente nada.
Carlos: -Tudo bem Demon... Não me incomodo em morrer... Agradeço por você ter me feito companhia.... E-Estava tão... sozinho –Ele perdia o ar aos poucos enquanto falava, por mais que a de olhos verdes implorasse para que ele parasse de falar, aquilo parecia tão doloroso tanto para ele, quanto para ela. Parecia que tinha sido ela, a tomar um tiro no peito.
Carlos: -É aqui que nos... despedimos... Mas não... pra sempre ouviu? –Seu sorriso se alargou mais ainda, enquanto a garota não aguentava mais segurar suas lágrimas.
Calos: -Esta tudo... bem... Saiba que... –Ele tirou lentamente um papel do bolso e deu para ela e logo continuou –Eu te... admi...
Antes que pudesse terminar a frase, outro tiro foi disparado e acertou sua cabeça, sujando a garota de sangue e tudo a alguns metros de distância.
Lágrimas escorriam pelos olhos arregalados da menina, que não conseguia mais se mover. Segurava aquele papel com força, o amaçando.
Seus irmãos, pareciam indiferentes a cena, como se não fosse nada demais. Logo decidiriam entrar para dentro da mansão, deixando a irmã sozinha ali.
Um grito, que estava preso na garganta da garota a anos, finalmente se soltou. Foi tão estrondoso e alto, que acabou assustando todos que o ouviram.
Logo em seguida, ela deu um murro no chão. Não ligava para a dor que estava sentindo... Aquilo parecia tão injusto para ela.
As lágrimas não paravam de cair, ela negava com a cabeça... Se negava a acreditar que havia perdido seu amigo, que ficou com ela na perda de 4 outros amigos queridos.
Se sentia tão desnorteada e perdida, não sabia mais o que fazer sem ele ali para reconforta-la nos momentos tristes.
Claro que ela sabia que eles se conheciam a pouco tempo, mas aquilo que a vampira sentia quando estava com o garoto... Era algo fora do comum.
Sentia que tinha uma amizade de anos com ele, sentia que eram velhos amigos que se conheciam a vida toda... Mas claro que isso não era bem a realidade.
Começou a se lembrar que seus irmãos e Yugi estavam desaparecidos... Lembrou-se de como aquela bagunça começou... A muito tempo a trás...
Mas seus pensamentos foram interrompidos pelo som de passos que se aproximavam dela, não era só de uma pessoa, mas sim de umas três.
Demon não quis nem levantar a cabeça para saber quem era, mas logo o som começou a parar e ela não pode conter a curiosidade e olhar.
Se surpreendeu com o que viu.
Ali parados, estavam Shu, Subaru e Yugi. Estavam com uma aparência cansada, como se não dormissem a dias. E essa era meio que uma verdade.
Yugi: -O que aconteceu aqui? –Perguntou olhando para o corpo morto. A pergunta acabou fazendo com que a vampira olhasse para baixo, continuando com suas lágrimas a cair.
O mais velho pegou delicadamente a mais nova no colo, ela pensou em recusar mas... Precisava de algum consolo e não podia negar aquele. Apenas o que fez foi se aconchegar mais no colo do mais alto.
O platinado puxou o moreno para dentro da mansão, ali ficaria mais confortável e pronto para descansar mais, já que ele foi o que menos conseguiu dormir.
O mais velho levou sua amada para seu quarto. E ali, deitou-a na cama e ficou ao seu lado fazendo carinho em sua cabeça.
Sabia que não era hora de ser preguiçoso e que dependia dele dar todo o apoio possível para a pequena, que estava em uma situação tão difícil.
Ela então decidiu abrir o papel que Carlos havia lhe dado e logo de cara reconheceu a letra de Ruki, o que a fez estranhar muito.
Por que Carlos estava com um papel escrito por Ruki?
Sem demora, ela se prontificou a ler.
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