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História A Jornada de um Deserto sem Fim. - Imensidão de um Deserto sem fim.


Escrita por: AllenWolff

Notas do Autor


Entendam, se forem capazes, é apenas uma expressão de meu ser, que poucos que me conhecem vão entender, então não se desapontem, é apenas um conto que conte algo que não queiram saber.

Capítulo 1 - Imensidão de um Deserto sem fim.


Existia um homem que nasceu com o dom de ajudar, talvez, o leitor entenda que esse é um belo dom, mas para ele, também seria sua perdição, seu vazio, sua tristeza, e seu pesar.

Ele viajava através de um deserto sem fim, desde que adentrou naquela vastidão ele sofreu, sede, fome, saudades, miragens, e todo o mal que se espera de entrar em um deserto. Mas ele, talvez tenha sido predestinado a isso, e ele aceitava seu destino como um bem, um bem que poucos o fazem, ou que mesmo tentam, porém se cansam e voltam atrás, vivendo no conforto de suas cabanas. Mas o viajante, mesmo com seus pesares, suas lutas, nunca desistiu, aliás, ele não desiste até hoje, por que acredita que até o fim de sua morte, o bem que deve perpetuar é o máximo que pode fazer por sua vida miserável.

Contemos então a miserável crônica de um ser que não acredita em seu próprio coração, mas que sente que deve ajudar alguém, que foi criado para isso, não uma máquina, por que máquinas não sofrem, já então, se não sofresse, não seria humano, muito menos, gostaria de ajudar.  Há alguns meses em seu andar pelo deserto, ele encontra um belo Oasis, um Oasis que acreditaria ser o fim de sua jornada que mal havia começado, ele então, corre, e se deleita nele, o Oasis sendo parte daquele vasto deserto, era mágico, cheia de flores e sons que agradam o ouvido dos homens, quão belo e puro era esta pérola da vida, porém, como tudo que é bom, dura pouco, logo outro viajante chegou, e por ali ficou. Obviamente nosso protagonista sentiu ciúmes, e inveja, pois onde o outro viajante estava, sempre havia mais flores, mais comida, mais água e tudo demais, até que o Oasis se cansou, e em uma fria noite de deserto,  cansou do primeiro viajante, que agora em coração em pedaços, percebeu que, mesmo cuidando e desfrutando daquele Oasis sem o prejudicar, não o deu valor, e o expulsou. Amaldiçoado seja o primeiro Oasis, onde se prostituiu com vários viajantes, e viveu aos expulsar, sempre querendo mais, e mais, se degradando ao decorrer dos anos, o Viajante principal, nosso amigo solitário, vagou triste, mas percebeu a bondade que o destino o deu ao tirá-lo dali primeiro.

O Viajante anda abalado, porém por sua sorte, ou não, ele encontra outro Oasis, nada muito longe do primeiro, com coração quebrantado, ele adentra aos poucos nele, aquele lugar, estava destruído, mas era dócil, e havia compaixão. O Viajante, ainda quebrantado, percebe que deve ajudar, por que sua alma o força a isso, mas ele o deixa, por que é isso que ele tem de fazer, o porquê foi criado. Aos poucos aquele Oasis foi se enchendo de vida, logo assim, com mais viajantes, mas nosso Viajante, não havia expectativa, ele queria ficar, mas ainda havia o trauma de sua primeira parada, mesmo esse novo ponto sendo tão dócil com ele, preferiu sofrer calado, e se passar por apenas um viajante amigo, de passagem que nunca quis nada com nada.

Os viajantes do deserto procuram Oasis para morar, o nosso viajante não era diferente, mas como ele era alguém diferente, a ponto de a si próprio não entender, ele esperou, e esperou, até que naquela dócil Oasis sem erro e sem luxúria, apareceu um bom viajante, ele percebeu que não faria mal para o Oasis, então, nosso viajante de coração triste, saiu aos poucos, até que o Oasis não percebeu, assim, foi neste momento, que nosso andarilho percebeu seu verdadeiro destino, cuidar de todos os Oasis que passasse, mesmo que doesse, mesmo que o entristecesse ou o angustiasse, e foi assim, por vários Oasis. Ele andou e andou, não entendo por que teria de fazer aquilo, ele estava a ponto de não querer existir mais, seu fardo era grande, mas em meio ao calor do deserto, as dunas mostravam um lindo Oasis, ele não chamou atenção como os demais, porém ele o convidou para morar e ficar, para todos os dias. Sentindo o amor e a imensidão de sinceridade do lindo lugar que estará, ele ficou, de bom grado, agradeceu aos céus e ao fim de seu fardo, não poderia estar mais feliz. Mas este conto, não é uma história de final feliz, nosso infeliz viajante, terrível, egoísta, com coração inatendível, cansou, ou enjoou, na realidade, não se tem por quês reais o porquê quis sair, mas ele devia, pois mesmo que quisesse ficar, ele não podia, não por que ele sentia a vontade e dever de seguir a frente naquele momento, mas apenas pelo sentir. Assim, ele partiu, aquele Oasis, em prantos, ainda se lembra dele, ainda o ama, e espera o retornar, mas talvez ele nunca retorne, pelo seu imenso egoísmo, e pelo seu fardo, até o fim dos dias.

Ele se sente culpado pelas coisas que fez, mas não o sabe por que, só sabe que deve ser um jardineiro, que entra em todos os Oasis que aparece, cuida dele, e deixa o belo, para que assim outros viajantes venham e façam morada, talvez, nunca termine, talvez ele vague pelo imenso deserto, até venha seu ultimo suspiro, e as lembranças de onde passou se apaguem, como pegadas na areia ao vento da vida.



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