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História A Kiss Before She Goes - Capítulo Dez - Summer HOT Summer


Escrita por: MaryAnnSGWay

Notas do Autor


AMADOS DA TIA MARY! \O
Não consegui parar de pensar e trabalhar neste capítulo desde a última postagem (vocês verão que ele é o maior até agora haha). E cá estamos!
Não vou prender no meu discurso, afinal, eu falo demais, pareço o Gerard! xD
Só não posso deixar de agradecer a(s) comentário (s) LINDOS e super incentivadores SEMPRE! E a mais nova favorito desta semana: cammyishere! MUITO AMOR PARA TODOS QUE ACOMPANHAM!
BOA leitura. MIL BEIJOOS!

Capítulo 10 - Capítulo Dez - Summer HOT Summer


Fanfic / Fanfiction A Kiss Before She Goes - Capítulo Dez - Summer HOT Summer

A Kiss Before She Goes

Capítulo 10 – Summer HOT Summer

 

Gerard olhava tranquilamente para Frank que já desconfiava do maior, mas esperou por ele se pronunciar primeiro:

- Frankie... vem aqui bem pertinho de mim. – Gerard dava alguns tapinhas na cama e Frank sorriu com o gesto.

- Eu sei o que você quer fazer, tá? Eu te conheço muito bem, Sr. Gerard Arthur Way. – o rapaz ria levemente e Gerard sorria abertamente mordendo o lábio.

- Eu sou completamente inocente.

- Inocente, sei...

- Eu sei que não vai mudar de ideia. – Gerard desfez o sorriso mas sua face ainda estava serena e ruborizada. – Eu conheço muito bem o amor da minha vida.

- Que bom, então estamos decididos. – Frank se aproximava para beijá-lo  e Gerard deixou-se levar pelo ato, mas assim que afastaram seus lábios, o vocalista chamou a atenção do guitarrista novamente.

- Amor. – a voz de Gerard era doce e leve. – Nós não podemos ser radicais desta maneira.

- Gee, por favor... – e Frank foi silenciado pelas pontas dos dedos de Gerard.

- Por favor, me ouve. Só me escuta, tá bom? – Gerard pegava a mão de Frank e segurava firme. O rapaz suspirou em entrega, mas não estava contente. – Eu sei que não mudará de ideia, porém, nós precisamos chegar em um senso comum e quero falar sobre isso. Tudo bem?

- Okay, minha vida, mas...

- Me escuta, meu amor.

- Tá bem, tá bem.

- Eu sei que esta queda foi um susto imenso. Eu me desesperei tanto que os médicos tiveram mais trabalho para me acalmar do que realmente tratar o que havia acontecido. – Gerard fez uma pausa. – Eu fiquei com tanto medo, com tanta culpa.

- Você não teve culpa, Gee. Nós falamos com a Joan e ela disse que tombos são comuns em qualquer gravidez, com exceções, claro. Você não tem de sentir culpa nenhuma, foi um acidente. Eu morri de medo por você, por nossa filha, mas ainda bem que não passou de um susto.

- Joan falou com vocês? – Gerard ficou ligeiramente confuso.

- Desde a hora da sua remoção até a internação, Eve  não se cansou de tentar contato com a Joan, e conseguiu.

- Aquela garota é impossível. – Gerard sorriu.

- Ela é a nossa guardiã, meu amor. – Frank expressava carinho e amor nas palavras.

- Se é! – Gerard concordou veemente.

- Joan conversou com Dr. Campbell também, eles trocaram suas avaliações médicas, nos despedimos e ela nos aguarda na próxima consulta.

- E o que ela disse sobre eu estar apto ou não para voltar ao palco?

- Gee...

- Frank, diz a verdade. – Gerard lançou-lhe um olhar questionador e Frank bufou.

- Okay, ela disse que você está perfeito, pode voltar às suas atividades, mas era uma avaliação médica, se a gente decidisse outra coisa, aí era com a gente.  – Frank olhou incisivamente para Gerard. - É conosco.

- Então ela me deu alta, por assim dizer.

- Sim. Falando em termos médicos, sim.

- Então, eu posso voltar para a turnê, meu amor, assim como Dr. Campbell me disse.

- Eu sei que você está clinicamente de alta, os médicos avaliaram e deram okay, mas eu ainda não estou seguro, Gee. Imagina se isto acontece novamente? Eu vou morrer de medo de novo! Eu vou enlouquecer! – Frank chegava mais perto de Gerard e olhava dentro dos olhos dele. – Eu não posso correr este risco por mais uma vez, de não ter você, nossa filha... É muito cruel, doloroso. Não posso, não consigo.

- Oh, meu amor! – Gerard o abraçou forte e o beijou com mais carinho. Frank estava emocionado e Gerard sentiu isso ao sentir um gosto levemente salgado em sua boca; vinha das lágrimas de Frank que escorriam pela face do rapaz e lhe banhavam os lábios. Eles finalizaram o beijo e se afastaram um pouco, encostando suas testas, suspirando profundamente, juntos. Gerard usou os polegares para secar o rosto de Frank.  – Eu compreendo tudo isto e por esta e mais um milhão de razões, eu te amo para sempre, sei que nossa filha também, já está no DNA dela. – ele fez mais uma pausa. – Porém, nós temos como fazer isso ainda mais cuidadosamente e sem deixar nosso público na mão, nossos companheiros de banda. Não é somente a nossa vida, meu amor, temos outras também.

- Okay, Gee, mas sua situação é diferente. Você está grávido, caiu, todo mundo viu, foi trazido ao hospital. Até o Brian e a Eve comunicarem todos que você está bem e você retornar, a sua situação é preocupante, até grave!

- Certo, meu lindo, mas nós já sabemos que eu estou bem. Eu sei que é assustador, e talvez na próxima vez que eu pisar no palco...

- Não, Gee. – Frank o interrompeu e Gerard o silenciou novamente com seus dedos.

- Me escuta, amor! – Gerard ficou bem sério e Frank o aguardou. – A próxima vez que eu pisar no palco é bem provável que eu fique meio duro, mecânico, porém será um excesso de precaução pelo o que ocorreu. Você sabe que sou cuidadoso, foi uma fatalidade, agora eu vejo isto. Você estará ao meu lado o tempo todo e eu ao seu lado, temos os rapazes, Eve e Brian, todo o staff. Por favor, sei que sua ideia não mudará e não tiro a sua razão, mas poderia atender um pedido meu?

- Meu amor, eu faço tudo por você. É que eu já sei que este pedido será exagerado!

- Pensando nisto que acabou de dizer, faça a minha vontade, por mim, por nós, pela nossa banda, pelo nosso público. Vamos seguir com a turnê. – e Gerard viu Frank franzir lábios e testa em total desaprovação. – São mais alguns dias.

- Um mês, praticamente! Eu vou ficar louco, Gerard.

- Não vai não. Eu estou com você, nós podemos fazer isto, eu sei. A gente vai caprichar mais nas performances e ficarmos mais juntos no palco, você vai me vigiar mais.

- Eu vou ficar agarrado em você feito bicho-preguiça na árvore! Você vai tocar a guitarra junto comigo!

- Pode ficar! Não vou reclamar nem um pouco! Olha que eu toco, hein! – Gerard sorriu e Frank desarmou-se um pouco.

- Não, melhor não. – e o pequeno sorriu e divertiu o maior.

- Okay, cada um na sua função. – Gerard suspirou. - Eu estou perfeitamente saudável e a nossa garotinha também. Ela está gostando de ver os papais dela fazendo uma multidão delirar. Nós teremos uma licença imensa depois da Projekt, vamos seguir, nós esperamos tanto por este momento... – o vocalista piscou e o guitarrista resolveu entregar os pontos.

- Certo, você me venceu jogando sujo, mas eu não mudei de ideia, ainda acho que seria melhor cancelar, porém, não posso passar por cima de avaliações médicas, a palavra do próprio dono do corpo e ainda a minha filhinha já expressando sua alma emo-punk. – Frank olhou direto para Gerard, no fundo dos olhos. – Jogou muito sujo, Sr. Way.

- O importante é que os fins justificam os meios, Sr. Iero. – Gerard sorria abertamente e Frank teve de rir.

- Seu maquiavélico.

Gerard riu baixo e Frank colou os lábios aos dele. Desta vez, o beijo foi mais rápido pois Gerard sentiu um movimento da bebê e sobressaltou-se, pegando a mão de Frank.

- Aqui! Ela concorda! – e mais um movimento foi sentido pelos papais orgulhosos.

- Ah, garota, você também joga sujo igual ao seu pai. – Frank sorriu e Gerard não segurou o riso.

- Eu te amo. – Gerard disse com todo o amor.

- Eu te amo. – Frank correspondeu e sob mais alguns movimentos da sua garotinha, o casal trocou mais um beijo apaixonado.

A seguir, Frank saiu da área de “Observação” para comunicar Evelyn e Brian sobre a conversa. Dali em diante, a vida seguiria normal ou o mais próximo disso.

 

 

Frank aliviou a tensão que pairava densamente sobre as cabeças de Evelyn e Brian ao lhes afirmar que Gerard foi categórico em continuar a turnê, ainda que o guitarrista não achasse a melhor coisa do mundo, mas não poderia passar por cima da vontade do namorado, sabendo que a avaliação médica lhe permitia tal ato. Brian aliviou-se juntamente com Evelyn e o rapaz voltou para junto de Gerard, esperar pela alta do médico.

Enquanto isso, Brian voltaria para a arena e tranquilizaria os rapazes e staff, bem como todos que sabiam do ocorrido. Com certeza uma rede de rádio ou a imprensa que cobria o evento estava àvida por noticiar o estado de Gerard e o empresário cuidaria disso, bem como acertar os detalhes para que o ônibus saísse da arena e pegasse Gerard, Frank e Evelyn no Hospital. Lógico que, o veículo pararia alguns metros distante e eles sairiam com discrição.

Evelyn aproveitou a saída de Brian e volta dele para a arena e também o retorno de Frank para Gerard e foi até o banheiro. Ela precisava aliviar-se. Muito. Mal a moça fechou a porta do cubículo do banheiro e abaixando a tampa do vaso, sentou-se sobre a base e levou as mãos ao rosto. Como se estivesse engasgada, sufocada, o primeiro soluço de um choro libertador brotou na garganta dela e seus olhos transbordavam o que a sua alma tanto segurou.

Sem amarras, livre, como a única pessoa naquele lugar, Evelyn derramou-se e deixou-se ser invadida por paz e leveza após permanecer horas em estrita tensão e medo do desconhecido. Ela não queria pensar mais nem um minuto, um segundo que seja na possibilidade de algo mais grave ter acontecido com Gerard ou a bebê. Consequentemente, ela não só ficaria com o coração partido pelo seu irmão sensível e carinhoso, esta garotinha que nem sabia qual era o rosto mas já amava tanto, mas por seu hiperativo favorito também; Frank ficaria devastado e isto acabaria com ela também.

- Obrigada... Deus... – a voz saía baixa e muito contrita. - ... Eles são tudo o que eu tenho, o que me restou. Não posso ficar sem eles. – ela suspirou fundo como se puxasse o ar para preencher por completo seus pulmões. – São a minha família e eu preciso deles mais do que nunca... – e voltou a chorar copiosamente.

Evelyn queria desprender-se completamente de todo o peso que carregou naquelas últimas horas e tudo o que fez foi jogar este fardo para um longínquo abismo através de seu choro. Ela perdeu a noção do tempo de quanto ficou naquele banheiro, mas foi o suficiente para sentir-se bem e renovada, de volta ao seu eu habitual. Saiu da cabine e lavou o rosto, ajeitou melhor o cabelo e respirou fundo, dando alguns pulos na frente do espelho.

- Agora sim. Pronta! – e saiu do banheiro com a cabeça erguida.

 

Assim que apareceu no corredor de espera, Evelyn notou Frank com uma cara confusa, olhando de um lado a outro, provavelmente à procura dela. Os olhos do rapaz fixaram nela e ele aliviou-se.

- Ah, estava te procurando. Gerard teve alta.  – ele apoiava as mãos nos ombros dela.

- Maravilha! – Evelyn disse rápido sem deixar Frank fitar seus olhos vermelhos.

- Dr. Campbell disse que ele está liberado, podemos ir. – o jovem dizia animado.

- Okay, vou ligar para o Brian e saber onde eles estão. – ela sorriu rapidamente e desviou o olhar dele.

- Ótimo. – Frank se afastou.

Evelyn fez a discagem direta e Brian atendeu prontamente. Disse que estavam saindo da arena e em média, daqui a doze minutos estariam no Hospital. Evelyn agradeceu e pediu para ele dar um toque quando chegassem.  E assim foi feito.

Brian os avisou e Frank saiu com Gerard apoiado em seu corpo, sonolento e cansado, Evelyn passou na recepção e deixou o registro de alta do paciente e guardou o outro documento destinado para eles. Como o horário já estava avançado e a área do hospital é bem ampla, o trio saiu sem maiores dificuldades ou constrangimentos. Pouco metros fora da área hospitalar e o ônibus lhes aguardava em uma esquina deserta.

Ao chegarem, um alívio percorreu a todos que aguardavam com grandes sorrisos no rosto.

- Seja muito bem vindo de volta, cara! – Ray e seu sorriso aberto, tão contagiante, era o primeiro a recepcionar Gerard, seguido pelos outros.

A porta do ônibus fechou e o veículo pôs-se em movimento. Tudo estava onde devia estar agora e a próxima parada será em Atlanta, no estado da Geórgia.

 

 

06 de agosto. Viagem, dia na estrada.

Assim que entraram no ônibus e devidamente recepcionados por seus companheiros, Gerard e Frank relataram a passagem no hospital bem como todas as orientações médicas. Os rapazes estavam preocupados com ele e a bebê, e a nuvem negra do suposto cancelamento da turnê. Após a tranquilização generalizada e Gerard se alimentar juntamente com Frank e Evelyn, eles partiram para suas camas-baias.

Frank e Evelyn deixaram a de Gerard ainda mais confortável e enquanto a amiga lhe beijou a testa, se afastando para deitar e descansar, Frank sentou no chão e ficou segurando uma das mãos de Gerard e com a outra lhe acariciava a barriga. O guitarrista não deixou o vocalista enquanto não o viu totalmente entregue ao sono, e ao perceber este estado de tranquilidade, Frank levantou-se devagar, beijou os lábios de Gerard e foi para sua baia.

A viagem até Atlanta levaria mais ou menos 12 horas, com isso, o provável era que chegassem à cidade por volta das duas da tarde. Lá, eles farão check in em um Hotel e terão mais privacidade, espaço e tranquilidade, tomar banho mais demoradamente, descansar numa cama maior e fazer uma refeição no restaurante do próprio Hotel ou ir em algum por perto. Evelyn já havia cuidado disso como sempre. A estadia perduraria das 14 horas até às 6 da manhã do dia seguinte, partindo para a arena da Hi Fi Buys Amphitheatre.

Por conta da queda de Gerard, o dia de folga casou maravilhosamente com esta pausa mais larga. E assim, ele pode repousar mais, afinal, Frank não deixará ele levantar de cama alguma. Ele fará tudo para que o namorado fique descansado ao máximo mesmo que saiba os protestos de Gerard. Pelo menos hoje, ele não vai jogar sujo de novo e vencer.

A viagem foi tranquila e muito agradável, bem como a chegada ao Hotel foi totalmente dentro do roteiro. Evelyn despediu-se de sua trupe e disse ao casal amado que se precisassem de qualquer coisa, a chamassem gritando se necessário. Eles riram e foram para o quarto. Evelyn entrou no seu e suspirou.

O destino contribuiria para o bem e bom descanso destes justos.

 

07 de agosto. Atlanta, Geórgia.

 O dia amanheceu com um céu azul bem ensolarado e Gerard ainda estava um pouco preguiçoso. Todos saíram rápido do Hotel, por volta das cinco e meia da manhã e ele voltou a dormir no ônibus assim como os companheiros. O rapaz movimentou-se um pouco na cama estreita e viu que o corredor estava vazio, com as cortinas abertas de cada baia de cama. Espreguiçou gostosamente e acariciou a barriga redonda.

- Bom dia, filha. – ele disse com carinho.

A seguir, colocou os pés com meias no chão e pegou um tênis que estava ao lado. Calçou e permaneceu com o pijama, levantando-se e seguindo até o banheiro. Voltou e encontrou a todos na área de convívio comum do ônibus, ele nem se deu conta da chegada na arena e que já era um pouquinho tarde. Frank o recebeu cheio de amor.

- Bom dia, meu lindo. – e deu-lhe um beijo.

- Bom dia, meu amor. – a voz era mole e manhosa, encostando a cabeça no ombro do namorado. - Bom dia, galera!

- Bom dia. – todos responderam em coro.

- Cadê a Eve? – Gerard estranhou a ausência da moça, procurando-a com os olhos em cada canto.

- Ela está lá fora com o Brian. Parece que vamos dar uma entrevista curta para a rádio KRQ. – Frank disse simples.

- Ah, tá. – Gerard coçou a cabeça e os olhos.

- Vem, senta aqui que você precisa tomar café. – Frank ajeitava Gerard no pequeno sofá e já vinha com a caneca de leite, um copo de suco e uma tigela de frutas. – Manda pra dentro.

- Okay, senhor. Estou com fome mesmo. Mas eu quero algo salgado também.

- Sem problema, tem pão e torrada. Sou um namorado e pai precavido!

- Mentira! Foi a Eve que trouxe tudo isto. – Ray quebrava o encanto do café romântico e todos riram.

- Ray! Caralho! – Frank gritava com o amigo.

- Não pode mentir! O que sua filha vai pensar, hein? – Ray continuava a provocar o amigo e Gerard sorria enquanto tomava o leite.

- Eve comprou, MAS fui eu que fiz a lista, TÁ?! Seu fermentador de contendas! – Frank erguia o dedo apontando para Ray e os rapazes continuavam a rir.

Gerard seguiu com seu café e poucos minutos depois Evelyn voltou ao ônibus para cumprimentar o vocalista e dar a notícia de que o casal daria uma curta entrevista para a KRQ enquanto os rapazes iniciavam a passagem de som do outro lado da arena. Tudo certo e resolvido, agora era só seguir o cronograma.

 

Gerard e Frank se aproximavam da tenda da Rádio KRQ e foram recepcionados com grande alegria pelos profissionais. Muito rapidamente, eles foram colocados em um local com menos sol, mais fresco para o início da entrevista. O jovem repórter de cabelos castanhos escuros, magro e agitado, estava bem empolgado e ao sinal de sua equipe, iniciou a entrevista:

- Fala galera sintonizada na KRQ, começando mais um programa On The Road! Eu sou o Alex e hoje aqui comigo, eu tenho Gerard Way e Frank Iero do My Chemical Romance, que deram uma pausa rapidinha pra conversar com a gente! E aí, pessoal, tudo bem?

- Sim, tudo ótimo! – Gerard e Frank responderam juntos.

- Que bom! Bem, primeiro eu quero dar os parabéns aos dois. Parabéns duplo! Pelo relacionamento  e pelo bebê.

- Muito obrigado! Estamos muito felizes! – Frank respondeu animado.

- Obrigado! – Gerard tinha a mesma energia. – Foi muito animador também ver a recepção de nosso público.

- Pois é! Tanto os fãs quanto a imprensa já especulavam há muito tempo, e eu acho que todos ficaram muito felizes com as novidades. Especialmente com o bebê a caminho. É uma menininha, certo?

- Sim, sim! – Frank e Gerard responderam juntos mais uma vez, bobos e babões ao ouvirem falar de sua garota. Gerard prosseguiu:

- Foi uma festa! Reunimos nossas famílias para dar a notícia do sexo. Foi muito emocionante.

- Eu quase passei mal de nervoso, felicidades, foi uma loucura! – Frank agitava-se.

- Eu imagino! E a bebê já tem nome? Vocês já escolheram? Vão contar para o público ou vão manter segredo?

- Não tem, nem pensamos nisso. – Frank dizia entre risos.

- Quando tivermos o nome, não há problema em contar. Mas acho que vai demorar. – Gerard riu levemente.

- Como vocês são rockstars, podemos esperar um nome exótico, tipo Pink Dream ou Winter Rain, essas coisas? – nem o repórter se contém e cai na gargalhada juntamente com o casal.

- Jesus Cristo! – Frank continha-se. – Eu espero que não sejamos tão loucos! – e dá mais uma risada alta.

- Não posso ser categórico, mas tentarei não extrapolar. – Gerard ria.

- Pelo amor de Deus... – Frank o olhava de soslaio e o repórter reparava na interação dos dois.

- Você me ajuda e a gente tenta não ser odiado pela nossa garota. – Gerard pegou levemente a mão de Frank e a apertou.

- Pode crer! – o guitarrista correspondeu ao gesto e o repórter reparou e sorriu.

- Bem, já que estamos falando da bebê... Gerard, você deu um grande susto no público com aquela queda. Eu soube que você até chegou a ser levado para o hospital. Mas agora está tudo bem com você e com a bebê?

- Ele quase me matou do coração! Que medo do caralho! – Frank quase cuspiu as palavras.

- Foi um susto imenso, os médicos tiveram mais trabalho em me acalmar. Mas graças a Deus, foi só um susto mesmo. – Gerard disse sério.

- Sim. – Frank completava. – A saúde dele está perfeita, a bebê, tudo está bem, muito bem! E eu voltei a respirar. – ele riu e todos acompanharam.

- Graças a Deus, seus fãs agradecem! E falando em fãs... Cara, vocês têm uma legião de fãs devotados. Os shows estão lotados. Vocês ainda se emocionam ao ver a galera cantando junto todas as músicas?

- Sempre! – Gerard diz com firmeza.

- Mágico! – Frank é categórico.

- É muito emocionante e por isso nos esforçamos ao máximo para oferecer o melhor show possível, elevar a experiência além dos limites. – Gerard fala com energia.

- Ainda é muito importante ver esta recepção. – Frank diz gesticulando. – Eu fico atônito! Quase não acreditei quando me falaram que as datas estavam esgotadas.

- E sem contar que a coisa é tão grandiosa que algumas músicas eu mal escuto a minha voz. Sensacional!

- Extremamente sensacional! É o nosso exército. – Frank diz com um respeito quase santo.

- E os shows, cara?! Vocês estão arrasando! Não sei se é o amor, a bebê ou tudo junto, mas eu nunca vi vocês tão bem como agora! Vocês estão incendiando o palco. Cada show, um melhor que o outro. Inacreditável!

- Cara, com certeza é tudo reunido. – Frank responde.

- Eu posso confirmar isso e dizer que os hormônios da gravidez contribuem. – Gerard ri juntamente com eles.

- Eu acho que a nossa felicidade faz a gente extravasar. – Frank pontua sob a concordância de Gerard e afirmações do repórter com a cabeça.

- Eu sinto que não existe limites para nós e queremos inspirar as pessoas nisto também. – Gerard falava sério e Frank balançava a cabeça em afirmação.

- Absolutamente. Se esta felicidade atingir mais pessoas, nós cumpriremos mais uma vez o nosso objetivo. – Frank estava mais sério.

- Sim. Amor conquista tudo. – Gerard responde e olha para Frank que retribui com um olhar apaixonado. Os dois sustentam seus olhares de amor por alguns segundos e o repórter tem certeza que esta é a finalização perfeita.

- Bem, pessoal, é isso! Muito obrigado pelo tempo de vocês, obrigado por conversarem com a gente.

- Obrigado! Valeu! – o casal responde e cumprimenta o repórter com apertos de mão e sorrisos gentis.

Ambos se distanciam da tenda da KRQ, de mãos dadas e sob os olhares e sorrisos por quem passavam. Aquele amor era mesmo contagiante e inspirador.

No caminho de volta ao ônibus, Gerard e Frank encontraram duas pessoas que os interceptaram com uma mistura de alegria e alívio. Tratava-se de Brian Molko, do Placebo e Chester Bennington, Linkin Park.

A conversa foi rápida e resumida no pós queda de Gerard. Se realmente estava tudo bem com ele e a bebê, que estavam felizes por vê-lo ali e pelo My Chemical Romance não precisar cancelar a turnê.

- Vocês estão ótimos demais. Assisti alguns shows e fiquei hipnotizado. Vocês seduzem a platéia, as enfeitiça e toma tudo delas! É uma das maiores loucuras, uma benção, na verdade! – Brian extasiava –se.

- Eu estou honrado por ter um time deste peso servindo a este festival neste ano. Está insano, maravilhosamente insano. – Chester elogiava e sorria.

- Nós também achamos. É uma coisa única. – Frank espelhava sua felicidade e Gerard assentia, sorrindo abertamente.

A conversa continuou leve por mais alguns minutos e uma revista especializada aproveitou para pedir algumas fotos dos vocalistas das bandas.  Enquanto a foto era tirada, Frank foi pegar mais água para Gerard e ao retornar eles se despediram, voltando ao seu ônibus para um rápido descanso antes de mais uma aparição para a imprensa.

 

Houve o rápido descanso e um lanche, e Gerard iniciou a sua preparação para o show a seguir. Seria o primeiro após sua queda e ele queria transmitir ao público que estava bem, mas muito também deste sentimento, ele queria imprimir nele. Deste modo, começou a escrever uma palavra em seu braço. Gerard nunca tatuaria nada por seu pavor às agulhas, mas vivia escrevendo pelo corpo. Assim, ele fez e vestiu-se. Logo foi chamado para uma foto para a fotógrafa de uma revista que cobria a Projekt, como tantas outras espalhadas na arena.

Gerard, sob a escolta de Frank, foi com a fotógrafa até um gramado e deitou-se nele. O braço, com a palavra “Careful” ganhou destaque na foto e ele disse que passaria a escrever mais no corpo durante os próximos dias. Como este era o primeiro após seu acidente, ele queria expressar mais do que nunca o seu estado de espírito. Frank sorriu-lhe e a fotógrafa agradeceu. Logo mais, o palco era o destino do My Chemical Romance.

 

10 de agosto. West Palm Beach, Flórida.

Aquele dia começou a raiar quente, e não era somente nos raios solares. Gerard e Frank sentiam-se mais excitados nesta manhã, e aquilo não iria parar até que a consumação e satisfação fosse completa.  Tudo começou quando Gerard acordou cedo, às seis da manhã, e como um belo gestante, a primeira parada é sempre o banheiro.  Assim que abriu a porta do banheiro, deparou-se com Frank do lado de fora e olhando-o de uma forma que não era a de alguém que ainda estava sonolento.

- Posso entrar? – Frank sorriu e passou a mão no braço de Gerard que sentiu um ligeiro choque.

- Claro que pode. – Gerard estava prestes a sair do cubículo quando o rapaz colocou a mão no peito dele.

- Não... Não sai... – a voz estava mais grossa e aquilo ressoou nos ouvidos de Gerard jogando uma excitação enorme por todo o seu corpo.

- Tá... – foi o que ele conseguiu dizer.

Gerard foi mais para o fundo do cubículo e Frank entrou, fechando a porta. Virou-se um pouco e veio na direção de Gerard, deslizando a mão no pescoço do namorado, apoiando-a firme na nuca dele e direcionando à boca com um desejo palpável. Gerard sentiu até frio na barriga e agarrou-se ao corpo do menor com força e imediatamente as bocas se abriram e as línguas se entrelaçaram de uma forma voraz. A mão de Frank subia e descia entre os cabelos de Gerard e a dele acariciava cada vez mais impetuosamente as costas do guitarrista. Entre um respiro para buscar fôlego, Gerard disse arfando:

- Caralho... estou mole de tanto tesão...

- Era isso que eu queria... – Frank respondeu no mesmo tom. - ... Eu não conseguia mais dormir de tão excitado, sonhei com a gente transando, acordei e esperei por um movimento seu que fosse possível te interceptar. – Frank sorriu e Gerard riu levemente. – Sabia que por causa da gestação, você vai ao banheiro muitas vezes.

- E depois eu é quem sou maquiavélico. – Gerard sorriu e Frank jogou a cabeça para trás e voltou a olhá-lo.

- Os fins justificam os meios. Aprendi com meu Satanáries favorito.  – Frank sussurrou no ouvido dele e Gerard não segurou a gargalhada, colocando a mão na boca juntamente com a mão de Frank que segurava o próprio riso.

- Você é maluco, e eu te amo. – Gerard sussurrou e Frank agarrou-se à ele, deslizando a mão para dentro da calça de Gerard. - Meu Deus... – Gerard levantou a perna ligeiramente e Frank ajudou-o a enlaçar na sua cintura.

- Eu também te amo!

Os lábios dos dois selaram-se novamente e Gerard começou a deslizar suas mãos por debaixo da camiseta de Frank, enquanto seus corpos se adequavam ao contato tendo por acréscimo a barriga protuberante do vocalista. O beijo se tornou cada vez mais incontrolável, bem como os movimentos das mãos de ambos e a excitação era extrema em ambos os corpos; o casal sentia a rigidez e pulsação de seus membros latejando. Frank afastou-se um pouco dos lábios de Gerard, deixando-o ligeiramente com a boca entreaberta e olhos semi-abertos, olhando-o abaixar-se. A mão de Gerard foi automaticamente em direção à cabeça dele, acariciando seus cabelos e rosto. Frank abaixou com um ato só a calça de tecido leve e confortável que Gerard trajava, sem cueca.

Sem nenhuma cerimônia, Frank lambeu o membro rígido de Gerard que soltou um gemido longo, preparando-se para o que viria a seguir. O guitarrista elevava o namorado às maiores sensações e Gerard sentia a boca seca de tanto desejo. Frank vez ou outra olhava-o nos olhos e continuava a proporcionar prazer ao amado até que Gerard pudesse se derramar.

- Amor... – Gerard dizia baixo, com olhos fechados, sentindo esvaziar-se e com as sensações de tremor e relaxamento do orgasmo. Frank murmurou um ‘Hum’ em atenção ao chamado. - ... Deixa eu saborear você também.

Frank afastou-se da virilha de Gerard, beijando-a e fazendo-o suspirar mais uma vez, o maior trouxe os lábios do menor aos seus e eles trocaram de lugar. Gerard ajoelhou-se, pois sentiu-se mais confortável, e rapidamente despiu Frank que estava mais do que preparado. Gerard tocava com seus lábios e língua no membro do namorado de forma suave e lenta inicialmente, deixando-o se acostumar com a temperatura de sua boca e Frank jogava a cabeça para trás.

- Caralho, Gee... Tá muito, muito bom! Melhor do que no meu sonho.

Gerard sorria-lhe, olhando diretamente nos olhos dele e continuando a dar prazer, e sentir, majestosamente. Frank sentia o calor excitante percorrer-lhe o corpo e as gotas de suor começavam a sair por seus poros, bem como seus quadris se movimentavam de forma lenta, como uma onda, indo e vindo, e com a mão entrelaçada aos fios de cabelo de Gerard, ele parecia cavalgar o namorado. Não demorou muito após isso para que Frank se derramasse sobre Gerard. Ambos estavam acelerados, o coração mais frenético e com a respiração ofegante.

- Eu te amo muito, você é foda demais, meu lindo! – Frank ajudava Gerard a levantar-se, abraçando-o rapidamente a seguir e selando os lábios aos do namorado.

O beijo selou o fim de uma etapa sexual quente, mas que estava longe de ser dissipada. Aquilo era só o prelúdio da explosão sexual que ainda viria e perduraria.

 

Assim que lavaram seus rostos e se recomporam do ato de amor no espaço tão minúsculo, Gerard e Frank saíram do banheiro e atravessaram o corredor do ônibus, passando pelas baias silenciosas com o sono dos rapazes e de Evelyn, até chegar na parte de convívio comum e comerem algo. O café foi adiantado naquela manhã e o casal parecia mais sintonizado, a excitação continuava a lhes aguçar os sentidos.

Os dois permaneceram no sofá e passava programas aleatórios na TV, quase não atentando para os tais. Gerard e Frank descansavam, se acariciavam e continuavam a trocar beijos carinhosos, apaixonados e cálidos, até que ouviram a saudação matinal de Ray e assumiram um comportamento mais contido. Enquanto Ray arrumava seu café, Gerard e Frank relaxaram mais e como o gestante estava encostado no peito do namorado, cochilou, contagiando Frank.

Mais um tempo se passou e eles chegaram em West Palm Beach, na arena Sound Advice Amphitheatre. Outros ônibus já estavam estacionados e havia uma leve movimentação da imprensa e algumas bandas, principalmente as do início do festival. O dia seguiu rotineiro e Gerard fez um pedido para Evelyn. Longe de Frank.

- Reserva um quarto de Hotel para nós. Precisamos de um tempo só nosso. – ele respirava fundo e Evelyn sorriu com o canto da boca.

- Hum... Já entendi tudo. Pode deixar, eu providencio e depois do show, vocês vão direto para o Hotel. – Evelyn afirmou e acrescentou. – Vou verificar com os rapazes se mais alguém quer ir para um Hotel, mas o de vocês já reservo agora.

- Eu agradeço. – Gerard ia se distanciando mas voltou-se para ela novamente. – Um quarto bem bonito, como se fosse para uma noite de núpcias, tá bom? – ele sorriu.

- Okay, Sr. Way. Tenho certeza que o Sr. Iero ficará zonzo de prazer. – ela sorria abertamente e batia levemente na bunda dele. Gerard riu e beijou-lhe o rosto, afastando-se para o palco.

 

 

20 horas. Main Stage.

Fazia apenas dez minutos que o My Chemical Romance havia iniciado seu show para o grande público de West Palm Beach, e após uma introdução visceral e de tirar o fôlego, agora o público passaria a experimentar outra sensação. Praticamente uma preliminar sexual.

Os acordes de “I’m Not Okay (I Promise)” iniciaram e a platéia já alçou os seus mais altos gritos e pulos. Gerard já estava livre da jaqueta e completamente tomado pelo suor, seu cabelo pingava e Frank foi para o lado dele, encostando-se ao corpo do vocalista com sua cabeça no ombro dele, deslizando-a pelo peito até a cintura e foi aí que Gerard colocou a mão sobre seus cabelos e agindo como se direcionasse o rosto de Frank para sua virilha. O público enlouqueceu ligeiramente.

Frank continuou a tocar e deslizar o rosto e afastou um pouco, jogando as costas para trás, de joelhos no palco enquanto Gerard andava um pouco para o lado de Ray, cantando sem parar. O guitarrista hiperativo voltou a ficar em pé e caminhou para seu lado habitual do palco, tocando frenéticamente. A música seguiu agitada, ecoada pelo som das vozes na arena e em sua pausa dramática antes do último refrão, Frank voltou a ajoelhar-se perto de Gerard, mas correu rapidamente até o microfone para que pudesse gritar um sonoro:

- FUCK ME!

Evelyn estava maluca do outro lado pensando no incêndio que aqueles dois estavam provocando e sendo provocados. Agora, a ideia da reserva do quarto fazia mais sentido ainda. Gerard voltou a cantar o último refrão com energia, o público delirante o acompanhando e Frank mais uma vez ajoelhado perto dele. Fazendo pose, jogando os braços para cima, a cabeça meia mole e olhando de soslaio para Frank, Gerard finalizou com a seguinte frase assim que os acordes da música diminuíam:

- Melhor alguém chamar... o corpo de bombeiros. – a voz era provocativa e sensual.

Seu exército queria mais, muito mais, queria que este fogo os consumisse.

Tanto era a tensão sexual que pairava que em “Give’Em Hell, Kid!”, Frank se aproximou de Gerard que estava levemente agachado no palco, e ao ver a aproximação do guitarrista, ele esticou a mão e deixou o braço entre as pernas de Frank, fazendo com que sua mão ficasse na bunda dele. O rapaz estava incontrolável e, por óbvio, lembrou do momento íntimo pela manhã, pois afastou um pouco a guitarra e pegou firme a cabeça de Gerard, esfregando sua virilha ao rosto do vocalista; Frank “cavalgava” Gerard novamente, só que com roupa.

Essa tremenda excitação deixou o público insano. A arena da Sound Advice soube que, naquela noite, o My Chemical Romance fez o show mais quente de todos os tempos. Em todos os sentidos.

 

Assim que o show terminou, todos se abraçaram e agradeceram mutuamente. Evelyn disse-lhes que o carro já aguardava próximo ao ônibus. Frank estava ligeiramente confuso.

- Carro?

- Sim, meu lindo. Esta noite é nossa noite. Só nossa. – Gerard se aproximou do ouvido dele. – Lembra o que você gritou em “I’m Not Okay”? – e a cabeça de Frank afirmou com um sorriso sapeca. – Você pediu, eu faço. Eu também quero mais!

- Esta noite é nossa noite! – Frank agarrou-se em Gerard e ambos saíram apressados da arena em direção ao carro.

Uma noite quente para fechar com chave de ouro a manhã que iniciou derretendo ambos.

 

11 de agosto. Saindo de West Palm Beach, indo em direção à Tampa, Flórida.

Frank não estava disposto a dar descanso para Gerard, nem ao seu público, e o palco aquele dia iria incendiar mais uma vez. O casal teve uma longa noite de amor com direito à banheira, chuveiro com pressão mais acentuada, excelente para aliviar o corpo da exaustão provocado pelo show e uma cama fofa, macia e espaço imperial.

Frank massageou Gerard relaxando-o para cada ato sexual, mas seu amado também estava desejoso de fazer o mesmo por aquele ser que amava, então o deixou encostar suas costas entre os travesseiros e apoiou o quadril dele em suas coxas, preenchendo-se pela sensação de sentir-se debaixo da pele de Frank que suspirou fundo pela sensibilidade  causada.

Gerard começou a movimentar-se gradualmente, e aos poucos o namorado sentia-se desmoronar. Sem forças, com a boca ficando cada vez mais seca, o corpo incendiando e o suor exalando o seu derretimento interno, o casal seguia embalado num ritmo quase musical, uma canção específica para eles.

- Eu quero você... quero mais, cada vez... mais. – Frank dizia mole e sem fôlego. Gerard sorria e não parava os movimentos.

- Eu também, meu lindo!

Ele encostou a cabeça à de Frank e deslizou os lábios para a boca do menor,que já o provocava com a sua língua.

Não demorou para os movimentos se intensificarem e os dois, exaustos e satisfeitíssimos pudessem se esvaziar um no outro.

A noite era perfeita e o dia seguinte seguiria com a mesma vibração. Excitante.

 

Main Stage, Show – Tampa, Flórida.

O My Chemical Romance sabia conduzir seu público, era extremamente nítido, e esta platéia de adoradores pareciam dividir o palco com seus deuses. A cada música, cada letra, cada pulo, grito e interação, eles sincronizavam perfeitamente com os rockstars.

Mais uma vez, a platéia começava a entrar em delírio. Desde o show em San Bernardino, com anuncio da gravidez, sexo do bebê, relacionamento de Gerard e Frank e por fim, um mega beijo para enfeitar tudo isto, os fãs viam o casal traçar uma linha de atos apaixonados ou um pouco indecentes no palco. Eles pegavam fogo e o público era incendiado igualmente.

Mais uma vez “I’m Not Okay (I Promise)” iniciava seus acordes e a arena vinha abaixo. Tanto por ser um sucesso absoluto, bem como uma das mais aguardadas, agora a canção trazia uma pegada mais forte. Quente! O casal sempre fazia algo durante esta música. Ou ficava mais junto, se acariciavam, olhavam-se mais, mexiam nos cabelos... ou chegar ao ponto de ferver a arena como no dia anterior em West Palm Beach. Vinha algo muito excitante pela frente.

Realmente veio!

Frank aproximou-se de Gerard enquanto ele cantava e era auxiliado, por assim dizer, pela caixa de som à frente, apoiando sua perna vez ou outra. O guitarrista encostou a boca ao ouvido de Gerard, dizendo-lhe:

- Você é muito gostoso, eu vou te lamber.

Gerard cantava mas olhou-o de canto, reparando na postura do namorado que começava a esfregar sua cabeça no corpo do vocalista. Braço, peito,ombro, costas, bunda. Gerard olhava para o público e para Frank; a platéia já gritava. Então, Frank veio de uma vez e colocou a mão no braço de Gerard e ergueu-se, lambendo o rosto do vocalista, do queixo à testa e enlouquecendo os fãs.

Frank saiu rápido de perto de Gerard e foi tocar sua guitarra tranquilamente e sentado do outro lado do palco. Um dos responsáveis pela mesa de som ria e Evelyn e Brian, do outro lado, riam igualmente.

Dali em diante, tudo continuava espetacular. Incandescente e mágico!

 

 

15 de Agosto. Wantagh, Nova York.

Após os shows excitantes no estado da Flórida, o My Chemical Romance continuou surpreendendo imprensa e público por seu carisma e dedicação nas apresentações. Os últimos shows, dias 13 e 14 de agosto, respectivamente, na cidade de Raleigh, no estado da Carolina do Norte e em Virgínia Beach, no estado da Virgínia, atingiram mais uma vez o pico de excelência e diversão certeira que se espera de um show de rock e de uma banda como o My Chemical Romance.

Hoje, eles estariam de volta ao ninho e Evelyn dava a sua última garfada no prato, preparando-se para mais um comunicado. Assim que engoliu o alimento, alçou a voz:

- Crianças, atenção na Tia Eve. – Evelyn batia ligeiras palmas atraindo os olhares dos rapazes que faziam suas refeições dentro do ônibus.

- Ih, lá vem mais um comunicado da Rede Evelyn Allen Fass. – Bob brincava e arrancava risos de todos, incluindo ela.

- Sim! Atenção todos telespectadores e ouvintes! – ela iniciou entrando na brincadeira e depois ficou um pouco mais séria. – Mais algumas horas e estaremos em Nova York, Deus a abençoe!

- AMÉM! – Ray jogava as mãos aos céus e todos riam.

- Amém! Estamos do lado de casa ou em casa, como é o meu caso. – ela sorriu. – Pois bem, eu tenho assuntos sérios a resolver nos próximos dias e assim que esta barca aportar em Nova York, Tia Eve descerá e começará a resolver as pendengas. – e conforme os rostos começam a estranhar este itinerário, a moça se antecipou a explicar, principalmente para seu casal amado que demonstrava faces de maior indignação. – Antes de atirarem as pedras, eu explico. Conforme eu já havia falado com Brian, e acho que mencionei para Gerard e Frank, eu me programei para atravessar a Projekt inteira com vocês, afinal, era muito importante, fora a questão da gravidez do Gerard. Enfim... Porém, se surgisse algo estritamente de minha alçada, eu teria de deixá-los temporariamente.

- Aconteceu o quê? – Frank estava sério.

- Preciso ficar em Nova York para resolver coisas ligadas à herança dos meus pais. Ligadas ao testamento. – ela suspirou, mordendo o lábio inferior.

- Poxa, Eve... – Gerard lançou-lhe um olhar carinhoso. Bem como a postura de todos se modificou para uma contrição moderada.

- Pois é, é mega chato, mas precisa ser feito. Papéis precisam ser assinados, outros tantos registrados em cartório, um monte de burocracia. – mais uma vez ela deu um longo suspiro e Brian, que estava ao lado dela, a abraçou levemente. – Eu meio que tentei esquecer um pouco este assunto, mas não adianta fugir. Tem de enfrentar.

- Claro, mas nós estamos aqui se precisar de algo. – Ray sorriu com muito amor.

- Obrigada, meu cabeludo favorito. Mas, tudo bem. Eu vou aproveitar para visitar o túmulo deles também, já que a última vez que estive lá foi no dia do funeral, um ano e meio atrás.

- Quer que a gente vá com você? Nós vamos! Não precisa passar por isso sozinha. – Gerard lhe dizia com muito carinho.

- Não precisa, meu anjo. Quero que vocês descansem para poder voltar com tudo para a estrada. Agora a jornada está na metade. – Evelyn soltou um sorriso rápido.

- Tem certeza? – Frank não estava seguro.

- Absoluta.

- Ai, meu Deus, quem vai me ajudar a controlar o Gee com a nossa filha? – Frank sorria e beijava a testa de Evelyn.

- Amores, parece até que vocês não conhecem Tia Eve. – e ela sorriu de modo maligno.

- Lá vem. – Gerard riu alto.

- Devo dizer que o Way mais novo me ajudou nesta. – Evelyn sorriu e todos olharam confusos.

- O que o Mikey fez? – Matt e James perguntaram quase ao mesmo tempo.

- Pedi que ele falasse com Donna. – Evelyn sorria.

- Minha mãe? – Gerard entortou a cabeça.

- Não, sua irmã! – Evelyn revirou os olhos. – Claro que é sua mãe, né, garoto! – e todos riram. – Desde a sua queda, ela ficou muito preocupada com vossa senhoria. As ligações não tranquilizam totalmente um coração de mãe dedicada, e nem seu pai, viu?

- Até meu pai vem pra cá? – Gerard estava realmente surpreso.

- YEP! Falei com Mikey para verificar a ideia dela passar uns dias na estrada com você, até que eu volte e combinar com seu pai uma visita também. – Evelyn disse simples.

- Peraí, quanto tempo você vai ficar fora? – Frank agitava as mãos.

- Gente, eu só poderei me encontrar com vocês novamente no dia 22 de agosto, em Clarkston, Michigan. – ela fez uma face caricata de tensão.

- Uma semana? Poxa vida! – Gerard lamentava.

- Bom, se não tem jeito... – Frank franzia os lábios.

- Não, não tem jeito, mas a Donna virá ficar com vocês.

- Bom, eu adoro a minha sogra, então, acho fantástico ela estar por perto, até porque pode auxiliar Gerard em coisas de  gestante que eu não faço a menor ideia. – Frank riu e todos acompanharam.

- Sim. E ela é mãe, né? Vai cuidar de todos direitinho, fora que ficará mais aliviada de ver Gerard com os próprios olhos.

- Pois é. – Gerard ficou feliz pela notícia, fazia um bom tempo que não tinha a presença da mãe e como um gestante, sabia que este contato seria bacana para que ela pudesse lhe ajudar a atravessar os dias com mais segurança. – Estou muito feliz, e o meu pai vem também?

- Sim, hoje mesmo, mas só fará uma visita rápida. Ele tem o trabalho dele e não pode passar dias fora, diferente da sua mãe que possui negócio próprio. – Evelyn estava um pouco mais aliviada. – Donald chegará com Donna e ficarão com vocês até a hora do show, irão assistí-los e depois Donald irá embora; Donna segue com vocês até eu voltar.

- Okay! Telespectadores e Ouvintes avisados! – Bob brincava mais uma vez e Evelyn finalizava.

- E aqui se encerra mais uma transmissão de avisos importantes da Rede Evelyn Allen Fass.

Ela sorriu ligeiramente e todos os rapazes a abraçaram ao mesmo tempo, ela precisava daquele carinho especial, aquele amor genuíno.

 

 

17 de agosto. Cuyahoga Falls, Ohio.

A movimentação estava tranquila na área de entrada reservada às pessoas com credencial “ALL ACCESS” para a Projekt Revolution na arena de Blossom Music Center. Geralmente o local ficava em lado oposto ao da entrada do público geral para não causar tumultos,visto que, a maioria dos que ingressavam ali eram famosos ou imprensa.

Um jovem alto e de corpo proporcional à sua altura e porte se aproximava, juntamente com mais duas pessoas ao seu lado. Os olhos azuis e o cabelo loiro pareciam enaltecer ao brilho do sol naquele céu absurdamente limpo. Ele sorria tímido e olhava em volta, como se procurasse algo, então voltou a olhar para a revista Rolling Stone em sua mão, pondo-se a ler em leitura silenciosa o artigo que mais atraiu sua atenção enquanto não chegava a sua vez de entrar.

"Apesar de tudo, o Linkin Park não esteve nem de perto tão divertido quanto o My Chemical Romance, a banda de Nova Jersey que se tornou uma das mais vendidas por misturar desde as batidas emo aos clássicos do glam-rock. Com uma pitada de escuridão e o palco repleto de fogo e luzes, Gerard Way, o vocalista, reconheceu notavelmente a não estranha faixa de homens novos que agora forma uma minoria significante na sua base de fans. Ele travessamente pediu a eles – “Só os meninos!” – para tirar suas camisas e balançá-las no ar, embora ele nunca tenha tirado sua jaqueta apertada, ele parecia curtir o espetáculo. Essa talvez seja a maneira perfeita para um tímido inadaptado lidar com um influxo volumoso de fans homens: flertar com eles."

Um sorriso maligno brotou nos lábios ao sussurrar para si:

- “You Know What They Do To Guys Like Us In Prison”.

O rapaz foi tirado dos seus próprios pensamentos ao ser cumprimentado pelo segurança que checava as credenciais:

- Bom dia!

- Bom dia! – ele respondeu e mostrou a credencial já pendurada no pescoço.

- Está okay! Sr. Bert McCracken, aproveite o festival, divirta-se!

- Ah, pode crer que vou sim. E muito.

Com mais um sorriso caricato na face, Bert andou a passos mais largos para dentro da arena. Caçando a sua presa, como sempre.

 

O capítulo 10 terminou ;)

 


Notas Finais


BOOM!!!!!!!!!!!!!!!!!!
THE MONIO MCCRACKEN IS IN DA HOUSE!
Ficaram arrepiadas (os) com isso? E quanto ao capítulo todo, gostaram??
Só dizer para a Tia!!!!!!!!!!!!!! BOM FIM DE SEMANA!!! MUITO AMOR E MILHÕES DE BEIJOS!!!!!!!!!!!!!!!! <3 <3 <3


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