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História A Kiss Before She Goes - Capítulo Dezesseis - Umbrella


Escrita por: MaryAnnSGWay

Notas do Autor


AMADINHAS E AMADINHOS DE TIA MARY!!!! QUE DIA FELIZ É ESSE? DIA DE POSTAGEM!!! AAAEEEWWW \O
Hoje ficou um pouquinho mais tarde, mas cá estou, na pontualidade ;)
AMORES, não possuo palavras para agradecer o carinho de vocês em cada comentário, nunca vou cansar de agradecer. OBRIGADA, MIL VEZES OBRIGADA!!! É MUITO AMOR!
Quero agradecer também por este carinho maravilhoso que é sempre ter novos favoritos. Um super beijo especial hoje para Ana_kin! MUITO AMOR PRA VOCÊ! <3
Gente, boa leitura, aproveitem que é final de turnê, tem muita coisa, MUITA. Get ready! xD
BEIJOOOOOSSS!!!

Capítulo 16 - Capítulo Dezesseis - Umbrella


Fanfic / Fanfiction A Kiss Before She Goes - Capítulo Dezesseis - Umbrella

A Kiss Before She Goes

Capítulo 16 – Umbrella

 

26 de Agosto.

O relógio já passava da meia noite, iniciando o novo dia que chegava, mas para os rapazes do My Chemical Romance, seu empresário e sua advogada, este ainda era uma extensão do dia anterior o qual somente ficaria para trás após a boa noite de sono e descanso que eles necessitavam.

A trupe chegava ao ônibus naquele momento e o revezamento para um banho iniciaria logo. Neste período, no intérim, alguns comiam algo mais consistente como pão ou pizza, anteriormente solicitada por Evelyn para aquele horário. Não havia nada que aquela moça não conseguia, inclusive monopolizar algumas tendas de comida nas arenas, tirando, é claro, os itens mais saudáveis como frutas, sucos, chás, café, cereais, iogurtes e biscoitos que necessitavam estar ali para todos, mas principalmente por Gerard, que ela fazia questão de escolher pessoalmente.

A próxima viagem, de Camden para Hartford, no estado de Connecticut, dura aproximadamente três horas e meia, significando que eles estariam na cidade de madrugada. Pensando nisso, no dia intenso que foi para todos com o plus do noivado, Evelyn e Brian, tendo em mente que a maioria dos ônibus somente sairia da Arena de Camden pela manhã, pelo menos as bandas do Main Stage – o qual faz parte My Chemical Romance – eles combinaram com seu motorista para somente seguirem viagem a partir das nove da manhã. Desta forma, os rapazes, e eles, dormiriam em um ônibus parado como há muito tempo não experimentavam.

 

Hartford, Connecticut. Arena New England Dodge Music Theatre.

Assim que a viagem de Camden para Hartford iniciou, todos de café tomado e de certa forma, espalhados pelas mediações do ônibus, Gerard e Frank aproveitaram para ajeitar-se num canto do sofá e conversar com Evelyn sobre o contrato de união estável e pacto pré-nupcial.

- Bom, meninos, primeiro devo lhes informar que nosso país possui dois regimes para estabelecer a relação matrimonial. Lei Pública ou Common Law e Comunhão de Bens.

- Certo. Explique o mais didático possível. – Frank sorriu.

- Vamos lá. O regime da Lei Pública, ou Common Law é seguida na maioria dos estados. Nesse sistema, leva-se em consideração o registro de cada bem adquirido ou imóvel como prova de quem é o dono. Ou seja, aquele que tiver o nome escrito na escritura ou documento é o dono, sem mais. Se a escritura ou documento estiver no nome de ambos, é 50/50.

- Acho justo e mais fácil. Mas como é a Comunhão de Bens? – Gerard estava sério mas nada rígido, Frank mantinha sua posição de atenção.

- O regime de Comunhão de Bens só é aderido em nove estados. Arizona, Califórnia, Idaho, Louisiana, Nevada, Novo México, Texas, Washington, Wisconsin e Alasca. É uma opção. Na Comunhão, os bens são classificados em duas categorias: Bens do matrimônio e Bens Separados.

- Como assim? – Frank estreitava os olhos.

- É assim. Os bens do matrimônio incluem a renda do casal obtida durante o matrimônio, bens adquiridos durante o matrimônio e um bem separado que se tornou tão misturado com os bens do matrimônio que não é possível identificá-lo, geralmente é a conta conjunta. Por mais que cheques de pagamento pudessem “separar” os valores, sabemos que depois que o dinheiro está na conta e o cartão de crédito passa, vira terra comum. – Evelyn deu uma leve pausa. - Já os bens separados incluem posses que pertenciam a um ou outro antes do matrimônio, bens dados de presente somente para um ou outro, bens herdados. No regime de Comunhão de Bens, um casal em um desses estados pode ter uma mistura de bens, tanto do matrimônio quanto separado.  Eu acho um regime idiota, falta clareza, bagunça muito e dá uma dor de cabeça épica na divisão de bens.

- Ah, muito complicado, ainda que nem passe pela minha cabeça uma separação. – Frank estava sério.

- Exatamente. Vamos pela Common Law. É muito simples e objetivo, do jeito que gostamos. – Gerard deu um leve suspiro. - Ainda não disse isso para meu noivo, mas aproveito para dizer agora. – o vocalista olhou para o guitarrista e em seguida para Evelyn. – Quero, assim que nossa filha nascer, colocar bens no nome dela, bem como abrir uma poupança para custear seus estudos no futuro.

- É uma ideia maravilhosa, Gee! Eu já estou de acordo com ela totalmente, amor. – Frank beijava o rosto de Gerard e ambos sorriam um para o outro e para Evelyn que, evidentemente, estava muito feliz.

- Está feito. O contrato será baseado na Common Law. E depois, quando a princesa nascer, façamos esta mudança de acordo com a escolha de vocês. Muito fácil e tranquilo. – ela piscou-lhes e eles sorriram. – Bom, não sei se vocês vão querer, mas uma outra coisa bem comum em casamentos são os pactos pré-nupciais.

- Já ouvi falar. – Frank voltou a devotar atenção total para Evelyn.

- Aqui. O pacto pré-nupcial nada mais é do que um acordo sobre tudo o que o casal queira concordar, pode ser feito antes ou depois do casamento.  Pode incluir a classificação dos bens, contas, o relacionamento em si, as responsabilidades de cada um, a divisão dos bens, caso o casamento não dure, uma pena mais pesada caso haja infidelidade, e assim por diante.  O acordo pode até incluir as regras do relacionamento físico do casal, o que eu acho um absurdo, mas, enfim. São inúmeras possibilidades.

- Bom, sobre isso, acho legal eu e Gerard conversarmos a sós e depois passamos para você. – Frank sorriu leve e sob o acordo de Gerard.

- Perfeito, meus príncipes. Já possuo os dados de vocês, inicio hoje mesmo a confecção do contrato e depois tratamos do pacto. Certo? – ela os olhou.

- Absolutamente. – Gerard sorriu e beijou Frank nos lábios. Um beijo doce e terno. – Não acredito no quanto estamos perto deste ato sagrado. Agora parece mais real do que nunca!

- É real, Gee. Muito real. Eu te amo.

- Te amo muito, mais e mais. – e deram um longo beijo.

Evelyn aproveitou o momento e saiu de fininho, para não sobrar mais ainda, mas acima de tudo, não atrapalhar. Eles mereciam cada segundo daquela realização. Como mereciam!

 

Após a conversa com Evelyn, Gerard e Frank foram assistir ao show do Mindless Self Indulgence e devolver a visita a qual receberam de Lindsey, aproveitando para despedir-se dela em definitivo, já que os últimos dias da turnê seriam mais agitados. O momento foi muito celebrado e depois, eles saíram da mesma forma mágica de sempre: mãos dadas e cabeças no ombro um do outro.

 

Main Stage.

Show!

Nenhuma palavra era mais perfeita naquele dia para a forma que o My Chemical Romance conduzia sua apresentação em Hartford. As músicas soavam de maneira fluída, suave como um veludo deslizando na pele, como se a platéia fosse envolvida por uma experiência além do que poderiam imaginar. É claro que isso, incluía surpresa.

- Sabem? – Gerard dava o último gole na água de sua garrafa e olhava para o público. – Tenho ouvido muitas músicas ultimamente, músicas novas e velhas. Uma destas músicas novas, pouco tempo atrás fez parte de algo muito importante na minha vida e de Frank. Eu gostaria de cantá-la para vocês. Tenho certeza que irão gostar.  – Gerard sorriu e o palco estava meio escuro, ele não avisou os rapazes de nada, então seria uma surpresa para eles também. Ele iniciou a canção acapella.

You have my heart

And we'll never be world apart

Maybe in magazines, but you'll still be my star

Baby 'cause in the dark, we can't see shiny cars

And that's when you need me there

With you I'll always share

Because – o som das vozes da platéia se tornaram mais alto, cantando junto com ele.

 

When the sun shines, we'll shine together

Told you I'll be here forever

Said I'll always be your friend

Took an oath I'mma stick it out 'till the end

 

Now that it's raining more than ever

Know that we'll still have each other

You can stand under my umbrella

You can stand under my umbrella

Ella ella eh eh eh – e ele dividiu o microfone entre ele e o público.

 

Under my umbrella

Ella ella eh eh eh

Under my umbrella

Ella ella eh eh eh

Under my umbrella

Ella ella eh eh eh eh eh eh

 

Gerard finalizou a canção e o público gritava. Ele estava com a mão levantada e sob a baixa luz, Frank se aproximou e o beijou levemente. Ele sorriu e a seguir, gritou:

- ESTA CANÇÃO CHAMA-SE “HEADFIRTS FOR HALOS”.

Como é uma música rápida, logo todos se jogaram no mergulho ao álbum “Bullets” e no final dela, gritavam “THINK HAPPY THOUGHTS”  a todo pulmão. Gerard fazia o mesmo e reparou em Frank e Ray se aproximando dele, encostando suas cabeças ao peito do vocalista e Gerard os agarrou, todos estavam na mesma sintonia agora. A canção foi finalizada e a energia era imensa.

O show correu impecável e a despedida foi muito calorosa. Mais uma missão cumprida!

 

27 de Agosto. Dia de Folga.

Merecidamente, os rapazes ganhavam seu penúltimo dia de folga nesta reta final da turnê. Gerard e Frank aproveitaram a folga para passear pela cidade e ver alguns itens para a bebê, fazer daquele dia, um dia mais turístico, aleatório. Já Ray, Matt, James e Bob saem para almoçar, beber, descontrair um pouco. Eles prometeram um ao outro que encontrariam um bar legal.

Evelyn e Brian foram os únicos a ficarem na arena de Hartford enquanto ela ainda era desmontada e outros ônibus se preparavam para a próxima viagem. Brian chegou de repente na porta do veículo, vindo do calor do dia de sol alto e céu sem nuvens, subiu rapidamente as escadas do ônibus e olhando fixamente para frente encontrou apenas Evelyn sentada com o notebook sobre suas coxas, com uma cara confusa pela tamanha pressa do rapaz.

- Aconteceu alguma coisa? – ela estreitou os olhos.

- Não, eu só queria falar com os rapazes. Cadê a galera? – Brian parou no meio do corredor.

- Gerard e Frank foram dar uma volta pela cidade e comprar alguma coisa para a bebê. Já Ray, Matt, James e Bob também foram dar um rolê mas com bebidas, happy hour, estas coisas. – ela sorriu e Brian não conseguiu segurar o riso.

- Entendi, acho que hoje eles resolveram tirar um dia de folga de verdade.

- Merecido! – Evelyn colocou o notebook de lado.

- Desculpe se te atrapalhei, devia estar aproveitando seu dia de folga também. – Brian lhe sorriu e Evelyn fez uma careta divertida.

- Não atrapalhou. Eu estava terminando o contrato de união estável de Gerard e Frank. – a moça sorriu involuntariamente só de pensar naquela alegria, depois ficou um pouco mais contida. – Sobre dias de folga, sabe tão bem quanto eu que não tiramos folga, Brian. A menos que eles estejam em férias de verdade. – Evelyn levantou do sofá e foi até a bancada servir-se de mais café da cafeteira. – Quer? – ela mostrou o jarro e Brian assentiu. Evelyn pegou outra xícara e rapidamente voltou para o sofá, antes entregando uma das canecas para Brian.

- Obrigado. – ele sentou no sofá do lado oposto.

- De nada. – ela deu um gole em sua caneca e perguntou-lhe – O que queria falar com eles?

- Ah, era sobre o valor do ingresso para os dois shows beneficentes.

- Certo, precisamos pensar nisso. – ela deu mais um gole na sua bebida e Brian imitou o gesto. – Bom, ainda temos tempo até lá.

- Claro, o de Hoboken é dia 24 de outubro e o da 98.7 FM Penthouse é dia 10 de novembro.

- Uau! – ela surpreendeu-se.

- O quê? – ele levantou um pouco mais o olhar.

- Gerard estará com uma barriga enorme, este show de novembro é arriscado, podemos sair dele com Gerard dando à luz. Ou até ele não acontecendo por isso. Não tinha me ligado na data.

- Acha que ele entrará em trabalho de parto nesta data ou próximo dela? Porque precisamos saber com certeza, para pensar em um cancelamento, se necessário.

- Vou perguntar isso para a obstetra na próxima consulta ou peço para eles perguntarem se eu não puder acompanhá-los. – Evelyn suspirou um pouco e deu o último gole em seu café. Brian a reparava. – Não vamos nos precipitar.

- Sim, sem alarde. – Brian olhou para a caneca e voltou a olhá-la, sorriu. - Você está realmente envolvida nisto tudo, não é? Gravidez, o casamento.

- Estou até o pescoço. – ela riu. – Eu adoro, Brian. Aliás, nada do que eu faço por eles é sacrificioso. Tem a parte profissional, sou paga para muita coisa, mas há outra parte. Eles são minha família. – ela olhou para o empresário com um olhar diferente do que Brian costumava ver naquela advogada exagerada. – Eles são tudo o que eu tenho, a família que pude formar, isto é a minha vida, minha casa. – ela olhava ao redor e abria levemente os braços, voltando-os a posição anterior a qual ela os usava para abraçar suas pernas, coxas próximas ao peito. Evelyn sorriu emocionada. – Eu os amo demais, não conseguiria seguir em frente sem eles.

- Eu percebo nitidamente o quanto você se preocupa com cada um, especialmente o casal. São amigos de verdade.

- Amigos, irmãos. Coisas que o sangue não pode fazer. Foi por escolha, por querer. Aqui estamos. – ela sorriu mais uma vez e Brian devolve-lhe o sorriso. – Minha família os amava muito também, não é à toa que estão nos agradecimentos do Three Cheers For Sweet Revenge. Família Allen. – ela suspirou com certo orgulho.

- Isto é algo que vale a pena ter. – ele suspirou.

- Muito. Agradeço todos os dias. – Evelyn deu um longo respiro, mas não pareceu triste. – Minha vida mudou muito rápido em pouco tempo, como um cronômetro. Ter alguém tirado de você tão rápido é pior do que ver alguém que você sabe que está com algo terminal. Não há despedida, é muito cruel. Você não pode dizer últimas palavras, desejos, promessas. Dar um beijo antes que partam...

- Não precisa falar sobre isso se não quiser. – ele esticava a mão para tocar levemente a dela. Evelyn sorriu.

- Não, não tem problema. Eu já sei lidar com isso. E é bom poder falar de vez em quando. – ela suspirou e levemente tocou em retorno na mão dele. – O mais difícil a lidar é ter de aceitar o fato de não poder se despedir. Foi um acidente, como você sabe, no meio da madrugada, volta de uma viagem de fim de semana e eu estava me preparando para fazer a seleção do doutorado. Não fui pois estava afogada nisso e com os rapazes na Paramour em meio a gravação do The Black Parade.

- Sim, eu me lembro. – Brian sentiu um aperto no coração. - Isso fez você sentir menos o impacto?

- Um pouco. Eu sou uma pessoa que me abstraio muito facilmente quando realmente quero. Eu mergulhei em outro mundo e esqueci do luto. Era como algo que tinham me contado, não parecia ser real.

- Fugiu?

- Detesto esta palavra mas, no fim, foi isso. Fugi. Até ter de encarar a papelada burocrática após o show dos rapazes em Wantagh, eu ficar aqueles dias fora até ter de aparecer em Darien por causa daquele demônio. – Evelyn arregalou os olhos.

- Esquece, já passou. Eu fico feliz que está bem. – Brian sorriu. – Alguma novidade sobre a investigação?

- Sim, estão chegando perto da hora de ter uma mandado contra aquele ser desprezível. Mais um pouco e vamos ver a queda definitiva.

- Vingança. – Brian disse com vigor e aquilo divertiu Evelyn.

- Vingança! – ela fechou o punho e sorriu. – Obrigada.

- Pelo o quê?

- Por isso, esse momento. Fazia muito tempo que eu não falava algo só sobre mim ou outro assunto aleatório, conversa de gente normal por mais que eu não seja exatamente um exemplo de normalidade. Ultimamente é somente sobre turnê, Projekt, cuidar destes homens, gravidez, o casamento dos meus lindinhos... – ela riu. – Precisamos conversar mais, eu não mordo, Brian.

- Ah, disso eu ainda tenho dúvidas. – ele riu e ela gargalhou. – Mas eu concordo que a gente precisa conversar mais. Por falar nisso, de tanto cuidar do Gerard e Frank, acompanhar a gravidez e agora tratar da união deles, isto faz com que você deseje isto para você?

- Está me entrevistando, Brian? – Evelyn ria e o empresário se defendeu.

- Não, não. Só puxando assunto.

- Sabe que eu não parei para pensar? Faz tanto tempo que eu não tenho alguém permanente ao meu lado... – ela parou um pouco e o olhou. – Você também. Estamos em hiatus amoroso. – e soltou uma gargalhada junto de Brian.

- Isso é. Solteiro, não sozinho.

- Clichê!

- Para! – e ambos riram.

- Sério agora. Não sei se teria um relacionamento agora, depende de muita coisa.

- Por exemplo?

- Acho que o primeiro item é que estou com preguiça, sabe? Isso soa meio estranho, porém não é.

- Me explica. – Brian colocava a mão para apoiar o rosto.

- Conhecer alguém novo, desconhecido de tudo, tá cheio de psicopatas por aí. – Evelyn agitava as mãos e Brian ria alto. – Não ri, cara, é sério!

- Sério?

- É... – ela ria. – Sério. Se fosse para ter algo, prefiro alguém que eu já conheça. Talvez ex ou outra pessoa que nunca olhei com certos olhos de desejo, mas passo a olhar. Este tipo. – Evelyn encolheu um pouco de ombros.

- Fechada para balanço, então?

- Fechada não, posso abrir a qualquer momento. – ela jogava uma frase de duplo sentido e Brian ria mais uma vez. – Relacionamento é uma coisa, sexo é outra bem diferente! Estou sempre disponível!

- Você é impossível!

Os dois continuavam a rir e o momento foi flagrado por Gerard e Frank que chegavam naquele momento e não entenderam bem tanta descontração.

- Olá, gente! – Gerard os cumprimentou.

- Oi, meu vampiro.

- Estão animados, hein? – Frank dava mais alguns passos carregando uma sacola branca de papel, havia outra na mão de Gerard.

- Apenas conversando. – Brian levantou-se. – Como foi o passeio?

- Ótimo! Compramos algumas coisas para a bebê. Vamos mostrar. – Gerard estava animadíssimo.

- Quero ver! Vocês almoçaram? – Evelyn questionava.

- Sim, sim. Gerard já estava reclamando de fome, então paramos mais cedo para comer. Vocês não? Já passou das três horas da tarde. – Frank sentou e colocou a sacola ao lado. Gerard imitou os movimentos do noivo.

- Não, ainda não. – Evelyn olhou para Brian. – Nem percebi. Estava concentrada no contrato de vocês e depois eu e Brian começamos a conversar.

- Bom, poderíamos ir almoçar agora. Quer ir comigo? – Brian a convidava. Evelyn ficou surpresa pelo convite; Gerard e Frank só observavam.

- Ah, claro. – ela pareceu um pouco envergonhada. – Deixa eu colocar meus tênis e iremos. Eu ainda preciso voltar e continuar meu trabalho. – ela levantou do sofá, sacudindo um pouco a roupa.

- Eu também. – Brian olhava um pouco mais baixo para ela e virou-se para o casal de noivos. - Preciso falar com vocês sobre os valores dos ingressos dos shows beneficentes.

- Sem problemas. Vão tranquilos e depois tratamos disso. Ainda temos os itens da nossa bebê para mostrar. – Gerard deu-lhe um “jóia”.

- Ótimo. – Brian colocava as mãos nos bolsos.

- Vamos? – Evelyn estava pronta.

- Sim.

Evelyn acompanhou Brian, acenando para os rapazes e eles em retorno. Gerard e Frank sorriram entre si, trocando um olhar misterioso e riram ligeiramente a seguir.

 

27/28 de Agosto. Syracuse, Nova York, Arena NY State Fair Boulevard.

A viagem de Hartford para Syracuse durou três horas e quarenta e cinco minutos, os rapazes ficaram em um Hotel enquanto o ônibus seguiria para a Arena NY State Fair Boulevard. No dia seguinte, os rapazes seguiriam de van para lá.

Frank e Gerard permaneciam bobos com os itens comprados para sua filhinha. Eram dois macacões bem felpudos, parecendo roupa para neve, luvas, sapatinhos e uma touca de lã parecendo o cabelo da Princesa Leia, de Star Wars. O casal suspirava e colocava as roupas sobre a barriga de Gerard.

No mais, descansaram. A jornada estava terminando e logo estariam em casa.

 

Main Stage.

Ninguém poderia classificar a insanidade contida naquele show. As performances afiadas mais uma vez cortavam a platéia como uma faca quente em um pedaço de manteiga. Estava tão quente que Frank não poderia deixar de fazer algo.

Ele ajoelhou-se no chão, Gerard olhando-o de soslaio e conforme tocava a sua guitarra,se aproximou do microfone e o lambeu obscenamente durante “Prison”. Gerard até engoliu seco e virou-se na direção de Bob, ficando de costas para o público por alguns instantes. A excitação que aquela cena lhe provocou foi imediata, ele precisou dar uns pulinhos para tentar disfarçar o volume que se fez entre as pernas. Frank levantou e foi até o noivo.

- Aquilo foi especialmente para você. – e beijou-o no rosto e em seguida, sob um leve rebolado de Gerard, Frank deu-lhe um tapinha na bunda. A arena veio abaixo com mais esta cena.

A música finalizou e Gerard respirava fundo, rindo, passando a mão pelos cabelos molhados e e por sua barriga. Suspirou.

O que mais um público pode querer além de ser saciado musical e visualmente?

 

29 de Agosto. Holmdel, Nova Jersey, Arena PNC Bank Arts Center.

Na madrugada, o ônibus do My Chemical Romance deixou Syracuse rumo à Holmdel e a viagem duraria em torno de quatro horas. Eles queriam chegar logo, até porque as famílias dos rapazes estariam presentes neste dia durante todo ele, ficando para assistir o show e só depois irem embora. Era o dia de comunicar o noivado para a família Way e Iero.

Frank estava um pouco nervoso, tratava-se de uma ansiedade latente por causa de seu doce avô. Ele já havia dado muita emoção ao parente ao comunicar do relacionamento com Gerard e a gravidez. Comunicar o casamento, o deixava preocupado por quanta emoção causaria no avô.

- Fica tranquilo, amor. Seu avô é mais forte do que todos nós. Ele ainda tem muito a viver e ensinar para nossa filha. Vai correr com ela. – Gerard abraçava Frank pelas costas e plantava um beijo em sua bochecha.

- Assim espero.

Eles foram tirados de seus pensamentos pela voz de Evelyn:

- Meninos, eles chegaram! – ela apareceu rápido na porta do ônibus, gritando nos degraus e saiu novamente.

- Vamos, meu lindo. Será mais um momento maravilhoso! – Gerard ficou de frente para ele e deu-lhe um beijo carinhoso. Frank segurou no rosto de Gerard e intensificou o ato.

Ao se afastarem, eles suspiraram, deram as mãos e desceram os degraus. Assim que visualizaram todos, a primeira pessoa a aproximar foi o avô de Frank. O rapaz sorriu e foi envolvido pelo abraço caloroso do senhor carinhoso.

- Meu neto amado!

Frank deixou-se envolver por aquele abraço e relaxou. Tudo ficaria bem.

 

Minutos depois dos cumprimentos generalizados, o grupo, agora imenso pela adição dos pais e avô de Frank, pais de Gerard, Mikey e Alicia, a namorada e pais de Ray e a esposa de James, rumaram para o restaurante que Evelyn e Brian haviam reservado e lá efetuariam o comunicado do noivado.

 

- Pessoal. – Gerard chamava a atenção de todos ao redor, antes que os pratos pudessem chegar. – Preciso dizer uma coisa muito importante.

- Contanto que não seja nenhum nome esquisito escolhido para minha bisnetinha, eu estou ansioso desde já. – e o senhor arrancou gargalhadas de todos.

- Pode ficar tranquilo que eu prometo que ela terá um nome decente, mas ainda não escolhemos, vô. – Frank lhe sorriu e o avô assentiu.

- Eu e Frank estamos muito felizes por estarem aqui, hoje será mais um dia mais que especial e precisamos falar sobre algo que nos aconteceu e vocês são parte disso.

- Estou ansioso, filho, fale logo. – Donald encorajava Gerard.

- Certo. – Gerard suspirou e Frank lhe apertou a mão. – Eu estou feliz como eu jamais achei que seria. Tenho Frank, tenho a nossa garotinha, mas eu queria mais. Por isso, eu tive de fazer uma proposta para o meu amor. – todos continuavam a lhe dar total atenção. – Eu pedi Frank em casamento.

- E eu aceitei. – Frank riu e primeiramente, a reação de todos foi de grande surpresa, depois houve uma explosão de gritos, aplausos e uma cena de abraços, beijos, felicitações sem fim.

- Eu sabia que tudo isto ia acontecer para você, meu neto. Você merece! Gerard é o melhor homem porque tem você e você a ele. Mil felicidades! MIL! – e o senhor o abraçou sem medida! Frank chorou de emoção e agarrou-se ao corpo do avô. Gerard viu a cena e abraçou aos dois, chorando junto. Lágrimas festivas.

Não poderia ser mais perfeito.

Após o comunicado, eles explicaram sobre o contrato e que pensariam em uma data após Evelyn deixar tudo pronto, estava tudo arrumado. A seguir, eles almoçaram animadamente, tiraram fotos e voltaram para a arena.

 

Main Stage.

Em Holmdel, tudo possuía os sentimentos de estar Nova Jersey, por isso as performances eram muito mais impactantes, a platéia participava muito mais e aquilo se tornava algo único, ainda mais por terem suas famílias ali. Gerard, antes da execução de “Teenagers”, dedicou a música para o avô de Frank, fazendo o noivo rir, bem como todos por perto.

Durante todo o show, eles estavam muito carinhosos um com o outro, se beijaram muito e houve apenas um momento mais picante, por assim dizer. Gerard colocou a mão dentro da camisa de Frank enquanto ele tocava “The Sharpest Lives”.

Eles se despediram de Holmdel com satisfação por estar em casa.

 

De volta ao ônibus, antes que os parentes se despedissem dos rapazes, Evelyn os comunicava:

- Maravilhosos! Preciso ler algo especial para vocês. É a edição especial da Kerrang!. – ela pigarreia um pouco como se limpasse a garganta e inicia a leitura:

 “Especial Projek Revolution. Kerrang!

My Chemical Romance e sua jornada insanamente esmagadora.

Agosto, 2007. Mansfield, Massachussets – Há sete meses atrás, tratei de esboçar uma matéria sobre My Chemical Romance em sua jornada mais ambiciosa. A The Black Parade tour. Primeiro, é claro, por conta de toda a arte conceitual do álbum que traz a história de um paciente em estado terminal de cancer, e depois de como esta incrível banda de Nova Jersey imprimiria isto nos palcos como uma grande ópera rock. Eles eram audaciosos e todos nós aguardávamos demais para ver tudo isto em ação.

Os grandes dias chegaram e, preciso falar, ninguém estava preparado devidamente para o que a banda tinha a mostrar. Ainda mais quem teve a grande sorte e privilégio de estar em um dia, ou vários, da Projekt Revolution. O impacto foi tanto que o My Chemical Romance desbancou até o grande anfitrião da turnê, o Linkin Park. Parece que ninguém mais conseguia fazer um show tão intenso, emocionante, sexy e insano quanto os garotos de Nova Jersey.

Como se não bastasse abrir o primeiro show da turnê com performances dignas de serem eternizadas em material de áudio e vídeo, Gerard Way e sua trupe conduziam o público como deuses que se relacionam intimamente com seus adoradores, ou, o que eles mais gostam de dizer, “uma grande festa com nossos amigos, é uma festa de verdade”.

Isso foi só o início. O que viria a seguir era ainda mais incrível e emocionante.

Gerard Way e Frank Iero assumiram publicamente seu relacionamento amoroso e com um plus: uma gravidez! Gerard está grávido de Frank e ambos serão pais de uma menina que nascerá no outono americano. O público enlouqueceu. Nós, jornalistas, enlouquecemos. Todos perderam a cabeça com a declaração emocionada, visceral, verdadeira e , sobretudo, amorosa. Era mais que nítido o amor impresso no olhar, atitudes e palavras de ambos. Naquele dia, o show que já entrava para a história foi coroado com um beijo apaixonado entre o líder e o guitarrista. Se a gente precisava de mais alguma coisa, eles nos deram tudo.

Só que o My Chemical Romance não para até nos deixar, nas palavras de Gerard, “tão fodidos que amanhã vocês não vão conseguir andar!”. Eles nos exauriram durante todos os dias desta turnê até aqui (faltam apenas 3 shows), e se é pressentimento ou não, teremos de falar depois destes shows, afinal, uma ópera rock desta prepara um gran finale espetacular.

Tenho de mencionar que, embora as apresentações da banda foram impecáveis, tivemos alguns sustos no decorrer de alguns shows. Em Woodlands, Gerard caiu no palco e uma comoção generalizada se formou, temendo pela vida dele e do bebê, mas tudo ficou absolutamente bem. Já em Darien Center, foi a vez de vislumbrar o passado. Bert McCracken, vocalista e líder do The Used, esteve na arena e ele e Gerard não tiveram um bom encontro. “Foi uma visita inesperada ao passado, e algumas feridas quase abriram novamente, mas tudo ficou bem.”, diz Gerard debaixo de seus óculos escuros, sentado em uma das cadeiras de nossa tenda na Projekt, ao seu lado, Frank endossa, “Eu fiquei extremamente nervoso pela situação, preocupado com Gerard por muitas razões, sobretudo a gravidez. Me excedi, talvez, mas não me arrependo do que fiz.” Ele fala sobre o soco que deu no rosto de McCracken.

Apesar da situação ficar sem reação do vocalista e do guitarrista por vários dias, dando margem para vários rumores e sensacionalismo, os rapazes foram bem enfáticos ao falar comigo. “Somos pacíficos e defendemos um ao outro. A visita dele foi um golpe baixo, tentar nos desestabilizar, não sei exatamente o que passa pela cabeça das pessoas e neste caso, não me interessa. Só sei que estou ótimo, saudável, firme com o amor da minha vida, ansioso pelo nascimento de nossa filha e isto é o suficiente.”, Gerard me diz com convicção e olha para Frank, pegando em sua mão, os dois trocam um cálido sorriso e você deseja ter um amor assim para o resto da vida.

Finalizando, os últimos shows imprimiram um sentimento de intensidade mais nostálgico, já que a banda tirará férias por conta da licença paternidade de Gerard e Frank. “Teremos mais alguns shows, beneficentes, muito anteriormente marcados e não vamos cancelar. Porém, o restante da turnê será finalizada após nossa licença, daqui uns oito meses.”, Frank afirma com sua voz grossa e marcante. “Nós estamos muito felizes com tudo isto, é o melhor momento de nossas vidas e acabamos dividindo com as pessoas que nos amam e respeitam tanto. Nossas famílias, nossos amigos, nosso público, o amor foi imenso, e recebemos um grande respeito e carinho da imprensa que é compromissada com a verdade, séria. Tudo foi sensacional, incrível. Eu estou muito feliz por The Black Parade ter chegado onde chegou. É histórico!”, Gerard celebra, animado. “The Black Parade sugou tudo de nós, foi o álbum que tivemos a certeza que teríamos de fazê-lo e nos salvar ao mesmo tempo. Nossa banda sempre salvou vidas, mas agora, nós é quem precisávamos desta salvação. E ela veio. Da melhor maneira possível.”, Frank agita as mãos e sorri.

Não há o que dizer, o My Chemical Romance entrou para a história musical com The Black Parade. A cereja no topo do bolo desta banda conceitual, vinda da meca da música: Nova Jersey. O que poderíamos esperar do lugar que nos deu Frank Sinatra, Misfits, Skid Row, Thursday, Bon Jovi, Whiplash, Danzig...? Sem falar de Pencey Prep, primeira banda de Frank Iero e Leathermouth, a banda que ele formou com James Dewees, tecladista e percussionista do My Chemical Romance? Só para citar alguns nomes. My Chemical Romance foi elevado ao trono de uma das bandas mais influentes do mundo após a Projekt Revolution. Título mais do que merecido!”

- Meu Deus, que matéria! Eu amo Tom Bryant, a Kerrang!, esta imprensa séria... – e Evelyn olhou para o rosto emocionados de todos os presentes, já com seus olhos marejados. – Eu amo My Chemical Romance, EU AMO VOCÊS!!! PARA SEMPRE! FAMÍLIA!!! – e agitou as mãos gesticulando para que dessem um abraço.

Logo, a pequena e apimentada advogada e amiga foi coberta por uma avalanche de braços e sob as palavras de “Amamos você!” e “Somos uma grande família!”, Evelyn chorou de emoção junto aos seus rapazes e familiares.

Seus irmãos e parentes que a vida a tinha presenteado.

 

Enquanto todos os familiares voltam para suas casas após uma calorosa despedida, Mikey e Alicia ficam com eles e seguem viagem junto ao ônibus com seu próprio carro, já que não havia mais espaço no veículo.  A viagem de Holmdel para Noblesville duraria quase onze horas. Mas não importava. O dia seguinte seria folga; a última antes dos dois últimos shows.

 

31 de Agosto. Noblesville, Indianápolis, Arena Verizon Wireless Music Center e 01 de Setembro. Tinley Park, Ilinnois, Arena First Midwest Bank Amphitheatre.

Em Noblesville e Tinley Park, o show correu como uma apresentação teatral. Os elementos de The Black Parade pareciam mais vivos no palco e como uma surpresa extra, a banda trouxe o ator que posou para as fotos do álbum como The Patient, e assim marcaram a experiência única daqueles shows.

Gerard ainda pediu para que o público cumprimentasse Bob com muito barulho, já que ele é natural de Chicago, embora pareça muito mais com ativo cidadão de Nova Jersey. A platéia aplaudia, gritando “YEAAH!” e Gerard e os outros riam enquanto Bob se levantava um pouco e curvava-se diante do público.

Finalizado os shows como a ópera rock que poderiam ser, os rapazes embarcaram para sua última jornada naquela turnê. E mais longa. De Tinley Park para Englewood são mais de catorze horas de viagem, haveria algumas paradas e a noite do dia 02 de setembro seria em um hotel, voltando à viagem logo pela manhã.

Gerard não conseguiu dormir mais depois que a segunda parte da viagem começou e então ficou desenhando. Frank quando viu, foi discreto e o observou por vários minutos antes de tirar foto dele.

- Bom dia, Sr. Artista! – Frank o beijou amorosamente.

- Bom dia, meu amor.

- Gostei, viu? – e ele apontou para as folhas.

- É para nossa filhinha. Ainda não tinha feito nada para ela.

- Adorei e não vou atrapalhar. Vou tomar meu café, já tomou o seu, né?

- Sim, sim, mas acho que quero mais cereal. – Gerard sorriu e Frank riu levemente.

- Farei uma vasilha cheia para você, com frutas.

- Hmmmm...

Frank se afastou e Gerard voltou a desenhar.

 

03 de Setembro.  Englewood, Colorado, Arena Coors Amphitheatre.

Backstage. Main Stage.

 

- Vamos lá, cara de sexy para Tia Eve mostrar para a filhota de vocês quando ela tiver idade suficiente para entender o que é ser sexy. – Evelyn ajeitava a câmera e Frank e Gerard não conseguiam conter o riso.

- Fica difícil fazer cara sedutora com você falando estas besteiras. – Gerard parou no meio do corredor e fechou os olhos, suspirando fundo, tentando não sorrir.

- Isso, vampirinho, isso mesmo. – ela ajeitava a lente da câmera e Gerard ficou sério, erguendo um pouco o queixo, olhando firme. – Fabuloso! Se você não fosse comprometido...

- Parou aí, viada! Dando em cima do meu noivo na minha frente? – Frank fez cara de bravo e Evelyn e Gerard riram. – Deixa eu pelo menos não estar no recinto, né? – ele riu.

- Okay, estou avisada, agora volta naquela cara falsa de bravo, sério, porque tava mega boa!

Frank riu e deu um respiro fundo também. Sempre era difícil fazer estes tipos de foto, ele preferia as espontâneas.

- Sensacional, monstrinho. Agora podem ir que preciso fotografar os outros rapazes. Nosso último dia!  Nem acredito!

- Nem nós, Eve! Passou até que rápido. – Gerard olhava em volta.

- Ou não! – Frank disse divertido.

- Rápido não foi, mas foi uma jornada insana que eu repetiria sem pensar. OKAY, tirando umas duas ou três coisas, mas tudo o mais eu topava sem piscar. – Evelyn balançava a cabeça.

- Nós também. – o casal de noivos responderam juntos e arrancaram mais risos da amiga. Eles deram um selinho nela e se afastaram, de mãos dadas, rumo ao palco. Mais vinte minutos e o My Chemical Romance entraria em definitivo.

Evelyn olhou para trás e já gritava por Ray, Matt, Bob e James para as fotos. O álbum ficaria impecável.

 

Último show do My Chemical Romance e a emoção pairava no ar. A entrega de cada integrante nas performances era mais do que maravilhosa. O sentimento de nostalgia imperava e eles se entreolhavam com carinho. Mais uma grande e imensa apresentação em arenas apenas dali oito meses. Por um bom motivo, claro, mas ainda assim, o show de Englewood tinha seu significado particular.

Show impecável e os rapazes curvaram-se diante da platéia pois hoje, eles simbolizavam todos os públicos daquela jornada e mereciam adoração, eles eram as estrelas, uma extensão da banda.

- ENGLEWOOD, OBRIGADO! AMAMOS VOCÊS!! FIQUEM BEM E A SALVO!! NOS VEMOS EM BREVE!!

Ao saírem do palco, após o abraço apertado, “high fives”, gritos e muita comemoração, com quase uma roda punk para comemorar o sucesso, que só não foi realizada porque respeitaram o estado de Gerard, o líder discursou:

- Eu só posso agradecer por vocês serem tão fabulosos, por ter feito mais uma vez que esta banda fosse a mais perigosa do mundo. EU AMO VOCÊS!!! – Gerard gritava e esticava os braços para alcançar os ombros de Frank e Evelyn, que estavam ao seu lado, juntando-os em um abraço, beijando a testa de Evelyn e a boca de Frank, e em seguida puxando uma salva de palmas mais do que merecida para sua banda maravilhosa.

Os rapazes ainda olhavam satisfeitos um para o outro, se abraçando mutuamente e Gerard lançou um olhar para Evelyn, que sorriu. Ele chamou a atenção de todos mais uma vez:

- Meus irmãos, antes que possam ir a qualquer lugar, eu preciso que venham comigo.

- O que foi, Gee? – Frank perguntou com um sorriso leve nos lábios. Gerard acariciou as bochechas do noivo e com uma alegria tangível, respondeu:

- Nós vamos nos casar, meu amor.

- Sim, eu sei, meu lindo... – Frank ficou ligeiramente confuso junto com os demais, Gerard disse com convicção:

- Hoje, meu príncipe. Hoje! Agora! Está tudo pronto!

- Como...? Hoje? – Frank estava com os lábios trêmulos, os olhos fixos em Gerard. – Como você fez isto?

- Eve. – Gerard sorriu feito uma criança que acabou de fazer uma traquinagem e Frank riu levemente.

- Vocês dois juntos... – Frank balançou a cabeça e olhou para todos ao redor. – Bom, vocês tem um casamento para participar. VAMOS LÁ! – ele jogou os braços para o alto e pegou firme no rosto de Gerard, dando-lhe um sorriso aberto. – Vamos nos casar!

- Vamos! – Gerard sorriu e os dois trocaram um beijo rápido e urgente. – VAMOS, GALERA!

Eles desceram a pequena escada que saía do backstage e foram para trás do palco, perto de uma área livre de acesso a outras entradas da arena. Era tranquilo e Evelyn já havia checado junto de Brian que não havia ninguém. Tudo estava preparado.

Aos poucos, Ray, Mikey e Alicia, Matt, James, Bob, Brian e Evelyn fizeram uma roda em torno do casal. Gerard sacudiu um pouco os cabelos molhados e Frank ainda não parecia acreditar naquela surpresa, estava feliz demais; o noivo pegou suas duas mãos, beijando-as, ele suspirou fundo e imitou o gesto, ficando os dois de frente um para o outro.

Evelyn sorriu e pôs-se na frente do casal como uma verdadeira juíza de paz ou líder religiosa, o casal respirou fundo e sorriu, aguardando a amiga iniciar:

- Membros do My Chemical Romance, Alicia e Brian, fico muito feliz que estejamos juntos para testemunhar a união destas duas pessoas sensacionais que nos fazem tão feliz, são tão amigas, generosos e que nos fizeram compreender mais uma vez qual é o sentido de família. – Evelyn estava ligeiramente emocionada e fungou um pouco antes de continuar. – Para mim especialmente. – Gerard e Frank sempre me foram especiais mas, o fato deles serem especiais um para o outro é que realmente sempre me fez feliz. Este momento é um sonho, não só para eles, mas para mim que desejei ver esta cena e a idealizei em meus pensamentos por incontáveis vezes. Ser realmente quem é, amar quem realmente ama, não dar a mínima para a opinião alheia, não violentar sua própria identidade, sua essência. Gerard e Frank assumiram seu amor não só para nós ou seu público ou mundo, eles assumiram para eles, que não podem viver em um mundo o qual um não tenha o outro. Eu sou muito privilegiada por viver neste mundo, por ver este amor. – Evelyn deixava a lágrima correr de seu olho e todos estavam emocionados com a moça. Era raro vê-la de um jeito tão sensível. – Agora, preciso que repitam após eu falar. Gerard, você primeiro. – e Evelyn olhou para Brian que retirou a caixa de alianças de seu bolso, abriu-a e Gerard pegou a jóia dourada reluzente.

- Eu... – Evelyn falava próximo ao ouvido de Gerard e ele passava a dizer em alto e bom som. - ... Gerard Arthur Way aceito Frank Anthony Iero como meu legítimo esposo... – e Gerard fungou, contendo a emoção, mas já com os olhos marejados. - ... para amá-lo e respeitá-lo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias de minha vida e além dela. Como símbolo deste compromisso, aceite este anel com todo o meu amor. – Gerard colocava a aliança no dedo anelar da mão esquerda de Frank e ele suspirou, estava emocionadíssimo. – Eu amo você. Para sempre. – e beijou a aliança, voltando a olhar com os olhos marejados para Frank. Evelyn sorria abertamente e direcionou o olhar para o guitarrista, Brian esticou a mão para que ele pegasse a aliança neste momento.

- Eu... – a voz grossa de Frank misturava-se à sua emoção e tornava-se embargada. - ... Frank Anthony Iero aceito Gerard Arthur Way como meu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias de minha vida e além dela. Como símbolo deste compromisso, aceite este anel com todo o meu amor. – Frank tremia um pouco enquanto deslizava a aliança no dedo de Gerard que derramava algumas lágrimas pela emoção que não conseguia conter, suspirando. Frank deixou escorrer sua lágrima pelo canto do olho, respirando um pouco mais alto. Em seguida, olhou nos olhos um pouco vermelhos de Gerard e disse com muita ternura: – Eu amo você, amo você demais. Para sempre. – e beijou a aliança, voltando a olhá-lo e os dois para Evelyn.

- Que meus rapazes assinem o documento. – e Evelyn mostrou-lhes a folha do contrato em uma prancheta. Deu-lhes a caneta que mantinha em seu bolso e pela ordem dos votos, os rapazes assinaram. Gerard e, depois, Frank. A seguir, ela assinou e também solicitou a assinatura de Mikey e Ray como testemunhas legais. – Feito isso, eu possuo a honra e privilégio de declarar que os meus garotos, amigos e irmãos amados, Gerard Arthur Way e Frank Anthony Iero estão devidamente unidos! Os maridos podem beijar-se! – e ela bateu uma palma leve.

Gerard olhou carinhosamente para Frank e pegou seu rosto entre suas mãos, acariciando seus cabelos levemente, o guitarrista fechou os olhos por alguns segundos, abrindo-os a seguir e colocando suas mãos ao redor da cintura do vocalista.

- Eu te amo! Meu marido!

- Te amo muito, marido amadíssimo!

E o primeiro beijo oficialmente como casados foi dado sob o aplauso sonoro, vibrante e alegre de todos que estavam ali, sendo que após o beijo, o casal foi abraçado por sua família musical. Gerard e Frank imaginavam se poderiam ter desejado algo mais único.

Jamais.

O felizes para sempre começava agora e não possuía data nenhuma neste mundo, ou vindouro, para acabar.

 

O capítulo 16 terminou ;) VIVA OS RECÉM CASADOS! **_**

 


Notas Finais


CASADOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS!!!!! *PULA COMIGO*
AAAAAAEEEEEEEEEEEEWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWW!!!
Amores, espero do fundo do coração que tenham gostado deste capítulo e que fiquem mais animados por causa dele ^^
AH, e preciso mencionar aqui que eu acho que nunca mais vou escrever uma matéria em algum capítulo TÃO PERFEITA quanto esta que apareceu aqui HAHAHA. Minha madrinha jornalista se encheu de orgulho. AMÉM! XD
CONTEM TUDO O QUE ACHARAM! TOU NERVOUSAAANNN PARA SABER!
BOA SEXTA, BOM FIM DE SEMANA, MIL BEIJOOOOOOOS!!! <3 <3 <3


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