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História A Kiss Before She Goes - Capítulo Dezoito - Reasons To Smile Everyday


Escrita por: MaryAnnSGWay

Notas do Autor


YAAAAAAAAAAAAAAAY, ESTOU AQUI ^^
Sobrevivendo mais uma vez, meus amores e com o esperado capítulo para vocês!!!
Quero agradecer DEMAIS por todas as respostas e carinho quanto ao meu aviso, eu realmente tenho os melhores leitores do mundo!!!!! MUITO AMOOOOOOOOOOOOR!
Agradeço muito, muito mesmo aos mais novos favoritos: Thayieroway, HeyPandinha, Thiago_Murakka, myharakiri(old consideragee rsrs) e Sra_W. MUITO AMOR PRA VOCÊS!
Sem mais delongas,vou me retirar, afinal, hoje tem o esperado nome da bebê! \o
BOA LEITURA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Capítulo 18 - Capítulo Dezoito - Reasons To Smile Everyday


Fanfic / Fanfiction A Kiss Before She Goes - Capítulo Dezoito - Reasons To Smile Everyday

A Kiss Before She Goes

Capítulo 18 – Reasons To Smile Everyday

 

19 de setembro.

Após dias mergulhados em completa atmosfera de lua de mel, Frank e Gerard ainda mantinham o ritmo romântico da semana anterior. Eles foram fiéis em seus planos de manterem o pós núpcias ali em Nova Jersey e em Nova York, e ainda buscaram os filhos caninos de Frank na casa de sua mãe.

A casa Way-Iero parecia ainda mais animada e, obviamente, lotada. Era um canil completo e Frank fez com que seus filhos iniciassem a adaptação na nova casa, bem como fazer Gerard ainda mais conhecido deles. Parecia até que os pets sentiram o cheiro da gravidez e foram muito receptivos e carinhosos com o gestante. Era possível ver Gerard na sala, em sua meditação, e os pets ao redor, fazendo-lhe guarda ou afagando suas costas ou pernas, querendo lamber sua mão e rosto, cheirando sua barriga. Para Frank aquilo era a definição perfeita do paraíso.

Frank verificou o horário no relógio da cozinha e veio para a sala, esperar que Gerard abrisse os olhos, deixando seu momento zen finalizado e lhe desse mais um daqueles sorrisos que o guitarrista tanto amava.

- Olá, amor. – Gerard virou a cabeça levemente e respirou fundo.

- Olá, meu paraíso. – o rapaz estava com as pernas cruzadas e com a mão apoiando o queixo. Seu olhar contemplativo e sereno fazia Gerard o achar ainda mais lindo. Ele levantou devagar sob os olhares atentos dos cães ao redor e aproximou-se do guitarrista.

- Eu te amo, meu marido. – Gerard o beijou levemente mas Frank intensificou o ato, colocando a mão na nuca do gestante e pressionando um pouco mais contra si. Imediatamente, Gerard inclinou-se mais e entregou-se totalmente.

O mundo poderia parar naquele momento e eternizar ali.

- Eu te amo e não quero que isto acabe jamais. Sempre vou lutar por isso. – Frank cessou o beijo, ainda de olhos fechados, sussurrando tais palavras. Gerard sorria de olhos fechados.

- Esta é uma promessa dupla, meu anjo. Eu faço das suas palavras, as minhas.

Frank olhou-o e sorriu, Gerard era pura felicidade, tranquilidade, o rosto dele exalava o frescor e luz da gravidez. Estava mais lindo do que nunca.

- Bom, já que meu iluminado marido finalizou sua meditação, está relaxado, agora é hora de se alimentar. Hoje é um dia muito importante. – Frank passava a mão no rosto de Gerard que sentava ao seu lado e lhe abraçava.

- Nem acredito que The Umbrella Academy estará em tantas livrarias quantas possível. É um sonho que se realiza.

- Nem eu acredito, mas é real, Gee. Em pensar que sua carreira de cartunista não deu certo no passado, então veio a criação da nossa banda e agora você pode lançar seu quadrinho. É uma história incrível!

- Eu também possuo este sentimento. – Gerard estava feliz e orgulhoso. – Mas sem o talento espetacular do Gabriel, nada disso seria possível. Somos uma dupla e tanto!

- Se são! Gabriel é genial também, adoro o trabalho dele. Vocês dois trabalham muito bem juntos.

- Graças a Deus deu certo. – Gerard suspirou. – E aquele almoço, Frankie? Eu e nossa filha estamos do avesso de fome.

- Vem, meus amores! Vem logo. – ele riu e ajudou Gerard a se levantar do sofá e abraçados lado a lado foram para a cozinha.

 

Após o almoço, o casal arrumou a cozinha rapidamente e foram descansar na parte de trás da casa, juntamente com os cães que dispunham-se no assoalho de madeira ou na grama. O dia estava ensolarado e era muito bom aproveitar este clima pois logo o outono irá bater na porta e o friozinho vai acariciar e arrepiar a pele. Saindo um pouco deste transe climático, Gerard chamou a atenção de Frank.

- Frankie?

- Oi, Gee.

- Eu já estou no sétimo mês de gravidez, acho que está na hora de pensarmos no quarto da nossa filha.

- Sim. E no nome.

- O nome, acho que isto será mais difícil do que o quarto. – Gerard riu ligeiramente e Frank riu no mesmo tom.

- Cara, eu não sei você, mas eu quero um quarto de bebê com cara de bebê.

- Hum, acho que sei o que quer dizer.

- Não quero minimalismo, coisas caras e outras merdas que só fazem a diferença em revista de decoração. Quero o quarto de nossa filha com cara de bebê e evoluir conforme ela for crescendo. Com a cara dela.

- É por isso que te amo, eu penso do mesmo modo. – Gerard sorriu e Frank devolveu o sorriso. – Pensei em escolher um berço de madeira, um guarda-roupa ou arrumarmos o closet para as coisas dela ficarem todas em um só lugar.

- Isso é bacana, assim a gente não se atrapalha, até porque nos primeiros dias terá muita gente ao nosso redor, depois somos nós e precisamos nos virar sem enlouquecer.

- Exatamente. – Gerard deu um suspiro, acariciou a barriga e entortou a boca, Frank reparava-o. – Precisamos pensar nas cores do quarto, acessórios, roupa de cama, precisamos comprar muito mais coisas para nossa garota.

- Tadinha. Só tem meia dúzia de roupa e olha lá. – Frank deu uma gargalhada e Gerard riu alto. – Precisamos pegar firme nisso, que relapso!

- Somos iniciantes, estamos perdoados! – Gerard esticou a mão e Frank pegou-a. – Será que a Eve pode nos ajudar?

- Olha, não sei, mas acho que sim. Pelo menos ver listas de coisas para nos dar uma orientação porque estamos perdidos. A única coisa que eu realmente sei é que precisamos preparar o ninho para a nossa princesa.

- Isso mesmo. Vou falar com ela e depois iniciamos a reforma do quarto ao lado do nosso. – Gerard piscou-lhe e Frank beijou a mão do marido. - Amor?

- Sim.

- Acho que agora já podemos discutir seriamente um nome para nossa filha.

- Eu concordo, afinal, para quem já tratou de fazer um planejamento de quarto.

- Pois é. Eu, de verdade, não consigo pensar em nada, nadinha agora.

- Bom, eu acho que poderíamos tentar uma busca de nomes, ver algumas listas. Esta é mais fácil de ver. O que acha? – Frank ergueu a sombracelha.

- Acho legal, vamos fazer isso hoje à noite depois do jantar, afinal, temos de ir para a livraria daqui a pouco para a sessão de autógrafos de Umbrella.

- Maravilha. Vamos tomar banho e se arrumar? – Frank levantou da cadeira e Gerard olhou-o malicioso.

- Assim, automático? Não dá para fazer uma horinha neste banho, não?

- Claro que dá. Sempre dá! – Frank sorriu e deu um beijo apaixonado em Gerard, já puxando-o para dentro da casa.

 

 

Frank e Gerard chegaram na livraria a qual o cartunista se disporia a autografar os exemplares do quadrinho e a comoção foi generalizada. Havia muitas pessoas os aguardando, muitos fãs e, claro, imprensa; Big Wormy e Allan fariam a segurança do casal. Seria um registro único de mais este passo do vocalista, mais uma oportunidade para mostra-lo grávido e, claro, corroborar os rumores sobre a união do casal, fotografando suas mãos esquerdas exibindo as alianças douradas.

A tarde foi agradabilíssima e os dois se divertiram muito com o público que prestigiou o evento. No final de três horas, Gerard finalizou as atividades e, com a ajuda de uma organização impecável, pôde autografar todos os que pegaram as senhas antecipadas.

Assim que retornaram para casa, Frank e Gerard fizeram um lanche reforçado e o gestante subiu até o quarto para dormir um pouco. Enquanto o vocalista dormiria por algumas horas, Frank ligou para Evelyn, se estaria livre e poderia passar na casa deles na tarde do dia seguinte, já que eles possuíam consulta com Joan no horário da manhã.

Prontamente a advogada confirmou o encontro por volta das quatro da tarde, pois antes tinha alguns compromissos, Frank disse que tudo bem e adiantou o assunto: ajuda para planejar o quarto da filha e os itens que ainda precisam comprar. Evelyn ficou animada, fazendo seu estardalhaço pessoal ao celular e o guitarrista sorriu, do outro lado da linha, diante da empolgação da amiga. Combinadíssimo, os dois desligaram o telefone e Frank dispôs-se a fazer uma busca na internet por lista de nomes de bebês.

 

 

20 de setembro. Consulta com Joan e apresentação da doula, Dra. Vivien Carpenter.

Por conta do trânsito matutino, Frank e Gerard chegaram em cima de seu horário ao consultório. Não atrasaram, mas também não tiveram aqueles minutos de folga que já lhes era costumeiro. Logo ao entrar, o casal foi recepcionado pela secretária e direcionado à sala de consultas.

- Gerard e Frank, meu casal de rockeiros favorito. Bom dia! Tudo bem? – Joan e seu sorriso gentil acariciava os espíritos dos rapazes.

- Pensei que éramos os únicos, não? – Frank riu e esticou a mão para cumprimenta-la, Joan ria da brincadeira do guitarrista. – Tudo ótimo. E você?

- Olá, Joan. Estamos muito bem e você? – Gerard estava até mais corado e suas bochechas mais redondinhas naquela manhã.

- Vocês são os únicos mesmo, por isso são meus favoritos. Estou ótima, obrigada por perguntar. – ela reparou mais nos rapazes e em suas mãos. – Permita-me a indiscrição, mas vocês casaram mesmo? Posso dar os parabéns? – a médica pareceu um pouco apreensiva. O casal sorriu-lhe e disse animado:

- Claro que pode. É verdade. – Gerard radiava alegria.

- Duas vezes! – Frank disse divertido e o marido e Joan riram.

- Sério? Duas?! Que boa notícia! Parabéns, queridos! Muitas felicidades de verdade! – a médica abraçou cada um, eles agradeceram imensamente e a atmosfera parecia ainda mais leve e energizada. – Creio que não puderam ir em um cartório, como todo cidadão deveria, mas fizeram um contrato? – e ela contornou sua mesa. – Sentem-se, por favor.

- Exatamente. Evelyn providenciou tudo para nós quanto ao contrato e eu falei com o meu padre favorito e ele providenciou uma benção para nós na Igreja do Sagrado Coração. – Gerard era puro orgulho e felicidade. Frank o olhava hipnotizado. Cada vez amava mais aquele homem.

- Nossa, que coisa excelente! Achei maravilhosa esta ação deste padre. Como precisávamos de mais pessoas assim. – Joan sorriu e deu um suspiro. – Eu e minha esposa não pudemos ter esta benção, mas temos nosso contrato novembro de 1991. – e a afirmação surpreendeu aos rapazes.

-WOW! Muito tempo! Sério que possui uma esposa? – Gerard olhava-a surpreso, com a mesma reação de Frank. – Desculpe pela surpresa.

- Sério. Gays não tem cara, né? – ela riu e eles também. – Okay, alguns sim, são mais enfáticos.

- Sim. – Frank assentiu. – Nossa, mas eu nunca imaginaria. Não sei, nunca pensei nisso até porque não costumo ficar bisbilhotando ou imaginando a vida pessoal dos outros.

- Você é discreto, vocês são. – ela sorriu. – Mas aqui não possuímos segredos e quero lhes apresentar minha esposa e doula de Gerard.

- Nossa doula é a sua esposa? – Gerard olhava-a como criança.

- Exato. – e Joan pegou o telefone. – Blake? Pode pedir para a Dra. Carpenter entrar? Obrigada. – e desligou, os rapazes aguardavam com ansiedade. Logo, o som de destrancar da porta do consultório se fez ouvir.

Uma mulher de cabelos e olhos castanhos, sorriso alegre e cativante e uma postura tão gentil quanto a de Joan se apresentou na sala, fazendo Frank e Gerard levantarem e esperarem para cumprimenta-la. Joan contornou a mesa e foi na direção da mulher e pegou sua mão.

- Frank e Gerard, esta é a Dra. Vivien Carpenter, médica, doula e, principalmente, meu amor.

Sob olhares iluminados, os rapazes a cumprimentaram com um aperto de mão e ela lhes retribuiu o gesto.

- Olá, rapazes! Ouvi falar muito bem de vocês e estava ansiosa por este momento. – ela os olhava com sutileza. – Estou muito feliz por a partir de agora, ajudar Gerard e na hora exata, recepcionarmos a linda bebê que ele carrega.

- Nós agradecemos muito, Dra. Carpenter. – Frank lhe exibia um dos seus melhores sorrisos.

- Bom, devidas apresentações feitas, vamos à primeira etapa de nossa consulta. Ver o resultados dos exames laboratoriais e depois os físicos, por último, a ultrassonografia e depois conversaremos sobre os procedimentos da Dra. Carpenter. – Joan lhes sorria e gesticulava para Gerard acompanha-la.

 

Uma hora depois.

Finalizada a parte rotineira de avaliação de exames laboratoriais e físicos, a ultrassom sempre era a parte mais aguardada. A bebê continuava perfeita e progredindo normalmente como uma criança saudável para as 31 semanas e 3 dias de gestação. Gerard havia engordado um pouco mas nada que pudesse abalar. Ele ainda estava dentro do que era padrão. Hoje, a bebê estava super agitada e durante o exame exibiu-se com vários movimentos aos pais e médicas, deixando os rapazes ainda mais ansiosos por tê-la nos braços. Com o fim de todas as checagens necessárias, o casal retornou às suas cadeiras e Joan à dela, acompanhada de Vivien. A médica perguntou:

- Estão certos sobre o parto humanizado? – Joan juntou as mãos sobre a mesa.

- Absolutamente. – Gerard disse sob a afirmação da cabeça de Frank e as médicas lhe sorriram. Agora, Vivien tomaria a frente.

- Pois bem, rapazes. Vou falar um pouco do meu trabalho neste momento antecedente, bem como no dia do parto. – Vivien pareceu muito à vontade, de pernas cruzadas e com as mãos livres ajeitava seu cabelo.

- Estamos ansiosos. – Frank olhava-a com atenção.

- Pois eu acredito. Meu trabalho neste momento é tranquilizar vocês, lhes passar exercícios em conjunto e para Gerard sozinho, tratarmos de pensar em como deixar o ambiente o qual será o parto, e no grande dia fazer com que esta bebê venha com tranquilidade.

- Sensacional! E sobre o ambiente, seria onde desejamos que o parto seja realizado? – Gerard gesticulava um pouco.

- Sim. Alguns gestantes preferem seu próprio quarto pois foi onde houve a concepção do bebê, outros já preferem no quarto da criança, ainda há os que desejam que seja na sala da casa com todos em volta, amigos, parentes, até animais de estimação. – Vivien sorriu.

- Ah, não. Como eu já disse para Joan, não quero ninguém me vendo quase do avesso como um reality show sensacionalista. – Gerard riu ligeiramente. – Bom, a concepção da nossa filha não foi no nosso quarto, mas seria um local novo, cheio de amor para recebe-la. Ainda estamos planejando o quarto dela também.

- Hum, os meninos estão um pouco atrasados neste item, hein. – Joan lhes apontava um dedo divertidamente. – Entretanto, vocês estão perdoados pois sei que estavam em turnê e sem tempo para isto. E é importante que seja bem pensado e bem feito.

- Pois é, sabemos que estamos um pouco em defasagem nisto, mas vamos correr atrás do prejuízo. Evelyn nos ajudará, hoje mesmo trataremos disso. – Frank piscou para a médica.

- A Evelyn é o anjo de vocês.

- Pode apostar que sim! – Gerard sorriu-lhe e Vivien continuou.

- Pois bem, rapazes, a partir de agora eu vou acompanhar as notícias sobre vocês, clinicamente falando e estarei presente nas consultas até a data do parto. Afinal, estamos seguindo para a reta final. Agora são mais 8 semanas aproximadamente pela frente e irão passar em um piscar de olhos. – Vivien olhou mais atentamente para Gerard. – Logo, poderá sentir as contrações de Braxton-Hicks, que são contrações de treinamento para o parto e o auxiliarei a lidar com isso.

- Maravilha, Dra. Carpenter. – Gerard sorria e passava a mão sobre a barriga redonda.

- Por favor, apenas Vivien. – Vivien lhes sorriu.

- Okay. Eu estou ansioso pelo parto, não estou com medo. – Gerard disse com sinceridade.

- Isso é ótimo pois o ajudará a ficar mais relaxado e preparado para quando sua garota decidir vir ao mundo.

- Estamos ansiosos por ela. Conversamos com nossa filha, colocamos música, sabemos que ela está nos ouvindo, mas a vontade de segurá-la está cada vez maior. – Frank apertava seus braços.

- Eu entendo, papai. É mais do que natural e muito bom. Sua filha sentirá esta energia de vocês. Tal como hoje aqui, exibindo-se, chutando, mostrando as mãozinhas como se desse um aceno. Tenho certeza que será uma experiência linda, linda. – Vivien exibia um olhar encorajador.

- Não temos dúvida disso. – Gerard estava convicto.

- Bom, no dia do parto, meu trabalho é relaxar você, Gerard. E juntamente com Frank, fazer massagens, dizer as melhores posições corporais, conversar. Fazê-lo tomar banhos quentes. Vocês podem optar por estarem em uma banheira ou até montar uma piscina onde desejam que seja o parto. Assim, Gerard sentirá mais leveza, menos dor e a bebê sentirá como se ainda estivesse em uma extensão do útero do pai.

- Nossa, isso é muito mágico! – Gerard estava fascinado e Frank lhe sorriu, pegando em sua mão e a beijando.

- Vocês podem preparar o ambiente com as fotos que mais gostam, as músicas. Sua bebê chegará ao mundo já em um ambiente que lhe acolhe, traz felicidade aos pais. Olhar para suas imagens, objetos preferidos e escutar suas músicas favoritas os deixará mais preparados para recebe-la.

- Olha, eu adorei esta ideia! Sério. Só não se como ficará a parte das músicas. Não sei se a nossa garota ficará bem ao chegar ao mundo ouvindo “The Number Of The Beast”. – Gerard disse cheio de humor e todos gargalharam.

- Bom, tentem fazer uma playlista mais adequada, que acham que a sua filha gostará. Não precisa excluir nenhuma banda, só dar uma garimpada no repertório. – Vivien riu. – Tenho certeza que ela ficaria bem assustada ao se dar conta do primeiro som ser o de uma música de punk bem pesado como o dos Misfits. – Vivien exibia seu conhecimento punk-rock.

- Você gosta de Misfits? – Gerard e Frank quase falaram ao mesmo tempo e fez as doutoras rirem.

- Sim, eu gosto. Mas ainda prefiro Ramones. Olha só, rockeiros como são, creio que um clássico como “Blitzkrieg Bop” e a versão deles para “What A Wonderful World” precisam fazer parte, hein. – Vivien piscou-lhes e eles assentiram.

- Graças a Deus por estas médicas maravilhosas! – Frank alçava as mãos aos céus e todos riram.

- Por ora é só, meus rapazes. Adorei demais conhece-los e sei que esta garota será linda, cheia de um caráter que nossos dias está precisando. Envolta em muito amor. – Vivien se levantou e Joan seguiu-a. Gerard e Frank também levantaram. – Agradeço pelo carinho e confiança. Faremos uma bela equipe.

- Vivien, obrigado demais. Cada vez estamos mais certos de fazer o parto desta maneira e extasiados por sermos tratados por pessoas como vocês. Tão sensíveis, carinhosas e profissionais. – Gerard apertava a mão de Vivien.

- Faço das palavras de meu marido, as minhas. Obrigado mesmo! – Frank também a cumprimentou em despedida e agradecimento.

- Nós é quem agradecemos, rapazes. Se cuidem, nos vemos em outubro, mas já sabem. Qualquer coisa, nos chamem.  – Joan lhes deu mais um doce sorriso, assim como Vivien.

- Pode deixar! – Frank deu um sorriso torto e pegou a mão de Gerard.

Eles se despediram em definitivo, e com uma sensação de mais completude, Gerard e Frank foram para casa pensando no dia do parto. Sua filha estava cada vez mais perto.

 

Casa Way-Iero.

Ainda imersos na atmosfera de todas as informações da consulta com Joan e Vivien, Gerard e Frank receberam Evelyn em sua casa com grande alegria e seus pets também, foi uma avalanche de patas em cima da advogada. Contidos os ânimos, o casal lhes contou cada detalhe da consulta e a surpresa por Joan ter uma esposa e ela ser a doula de Gerard. A jovem extasiou-se pelas informações e assim como os rapazes, sentiu que a bebê está cada vez mais perto. E uma dessas etapas de maior aproximação, o trio começaria a tecer naquele momento.

- Aqui. – Evelyn chamou a atenção do casal, que estavam sentados e relaxados no mesmo sofá e ela na poltrona ao lado. Na mesa de centro havia donuts de diversos sabores, sanduíches naturais e mini hambúrgueres de carne bovina e carne de soja, suco, chá e café. – Desde a ligação de Frankie, fiz uma busca por listas de itens para planejamento de quarto de bebê, e adivinhem.

- O quê? – Gerard engolia o último pedaço do sanduíche que comia e já esticava a mão para pegar um mini hambúrguer.

- Estamos atrasadíssimos com isso.

- Joan nos falou a mesma coisa hoje de manhã. – Frank riu. – Mas estávamos perdoados por conta da turnê.

- Privilégios de rockstars! – Gerard disse com a boca cheia.

- Pode até ser, mas agora vamos ter de correr, vampiros. – Evelyn cruzava as pernas em posição de yoga e colocava seus óculos. – Bom, já decidiram qual cômodo será o quarto?

- O do lado do nosso quarto. – Frank disse rápido e Gerard assentiu.

- Okay. Precisa de reforma?

- Não, só de pintura ou papel de parede. – Gerard colocou o último pedaço do mini hambúrguer na boca.

- E será pintura ou papel de parede? – Evelyn olhou-os e eles se entreolharam. – Não sabem?

- Não. A gente começou a ver isso agora, Eve. Tá tudo cru. Nem sabíamos por onde começar. – Gerard disse simples.

- Certo, então vamos lá. Primeira coisa, decidir se será pintura ou papel de parede, depois é hora de ver os móveis. Berço, cômoda, guarda-roupa, trocador, poltrona para amamentar... – ela deu mais olhada nos papéis que havia impresso. – Depois ainda vem a banheira, carrinho, assento para carro, protetor para a janela do carro, termômetro de banheira, sling...

- Tudo isto? – Frank estava confuso. – O que é sling?

- Meu amor, você não faz ideia da quantidade de coisas que existem nestas listas. Nem eu sabia que um bebê precisava de tanta coisa. Tem coisa que parece até de outro mundo. – Evelyn ironizava. – Sling é um treco de pano que você envolve o bebê junto do seu peito. Fica tipo um canguru com o bebê na bolsa.

- Hum, isto pode ser interessante. – Gerard ponderou. – Quanto a tudo mais, será que precisa mesmo? Eu não sei se tudo é realmente necessário. – ele coçou a cabeça.

- Para ser sincera, eu acho exagero, sabe? Meus pais me deram só um berço e dividiam o guarda-roupa com minhas coisas e cresci bem, feliz e saudável, tô vivinha da silva. Então, eu acho que tem muita frescura. Mas vamos ver as listas que imprimi e vocês analisam se é necessário, o que pode facilitar para vocês. O que acham?

- Acho ótimo. Vamos enxugar isso aí. – Gerard pegava mais um sanduíche.

Frank e Evelyn o olhou e riram ligeiramente com o vocalista se deliciando com mais uma porção de comida. Se eles não fossem rápidos, Gerard acabaria com tudo.

 

Ao fim de duas horas, Evelyn exauriu os rapazes com suas listas de itens. Havia muita coisa, mas nem tudo era necessário e isso, Frank e Gerard comprovaram ao lerem item por item. Ao final, eles decidiram que a partir de amanhã decidiriam se aplicariam o papel de parede ou dariam uma demão de pintura. O problema é que a pintura deixava cheiro, mesmo as tintas que vinham com a inscrição que não tinham cheiro. Seria horrível para Gerard, ainda mais com o acréscimo do cheiro dos móveis novos quando estes chegassem. O papel de parede estava praticamente sentenciado.

Sobre cômoda, armário, guarda-roupa, foi decidido pela cômoda próxima ao berço. Gerard achou necessário o trocador para facilitar o trabalho deles em cada troca de fralda e roupa, pois ficaria na altura de suas cinturas e não seria necessário encurvar-se sobre a cama ou até mesmo trocá-la dentro do berço tendo por risco sujar o local com xixi ou cocô e ter de trocar a roupa de cama sempre. Nada prático.

Desta forma, um cesto para fraldas sujas e roupas sujas também seriam itens imprescindíveis. A poltrona para amamentar, bem como para descanso e interação com a bebê, foi incluída na lista de móveis, assim tanto Gerard quanto Frank poderiam passar mais tempo com a bebê em seu quarto para ela se acostumar ao ambiente. No mais, alguns tapetes e duas cortinas simples. Gerard fez questão de que houvesse mosqueteiro pois trazia uma atmosfera ainda mais infantil, com cara de bebê no recinto. Como o quarto possuía um pequeno closet, o mesmo seria limpo e receberia as roupas da bebê, bem como demais itens do enxoval. Quarto fechado.

Ainda não estavam seguros em escolher um tema para o quarto, afinal, seria capaz de iniciar uma disputa entre Star Wars e Família Monstro. Isso não era relevante no momento, e se eles mudassem de ideia, era só comprar itens temáticos. Evelyn os alertou que precisavam sair para comprar mais roupas para a filha, muito mais roupas. Macacões, luvas, meias, toucas, bodies de manga longa e curta, culotes ou, mais popularmente, mijão, casaquinhos, pagão, conjunto de inverno, fraldas de ombro e boca, toalhas de banho, mantas, xales e cobertores. Para o berço será necessário lençol, cueiro, protetor de berço, travesseiro e colcha ou conjunto de lençol, fronha e colcha. E tudo isto após ser comprado, precisa ser lavado e passado. Vestidos e outros itens não são interessantes no momento pois a bebê nascerá no meio do outono, próximo ao inverno. As roupas quentes eram prioridade agora, a menos que achassem vestidos grossos, quentes.

Lustres, luminárias e abajures seriam pensados depois, assim como itens de decoração. Gerard e Frank escolheram os móveis e Evelyn trataria de fazer a encomenda, enquanto ainda pensavam no papel de parede e se o quarto teria algum tema. Uma outra coisa importante foi a decisão pelo carrinho da bebê. Os rapazes decidiram por um modelo antigo, vintage e, talvez aí residisse o “tema” do quarto da filha. Eles também queriam um cesto ou moisés e uma cadeira alta para quando a filha iniciasse suas refeições. Este item não era urgente, mas havia na loja que eles escolheram os móveis do quarto e então comprariam de uma vez.

- Bom, meninos, acho que o mais urgente nós resolvemos. Afinal, este quarto e um pouco de enxoval precisava tomar forma, assim como as roupas da princesa. – Evelyn anotava algo em sua agenda. – Depois é hora de comprar os itens de higiene. Fraldas, lenços umedecidos, pomada para assadura, talco, cotonetes, algodão, gaze e álcool por causa do cordão umbilical, sabonete e shampoo. AH! Antes que eu esqueça. Vocês farão chá de bebê?

- Eu não sei, Eve, nem temos tantos amigos assim e, geralmente as pessoas fazem isso para ganhar coisas, não é? – Frank ponderou. – Principalmente fraldas. Acho que podemos comprar isto para nossa filha. – ele falava naquele tom sarcástico costumeiro.

- Olha, nem sempre. E eu não tenho dúvidas de que vocês comprariam uma fábrica de fraldas. – ela sorriu. - Vocês podem fazer como uma pré festa para a chegada da bebê e apresentação do quartinho dela. Seria bacana.

- Ah, se for assim, tudo bem. Você se importa, Frankie? – Gerard acariciava a barriga e o olhava com carinho.

- Lógico que não. Desta forma, creio que será divertido. – Frank beijou Gerard e os dois assentiram para Evelyn.

- AH, o chá pode ser temático? – Gerard perguntou.

- Sim, se quiser. – Evelyn anotava mais algumas coisas na agenda.

- Frankie, meu lindo. Podemos fazer de Star Wars? – Gerard lhe fazia cara de pidão e Frank ria diante daqueles olhinhos brilhantes. Evelyn viu a cena e gargalhou.

- Você joga muito sujo, vampiro ariano. – a moça tentava conter o riso.

- Eve tem razão, você joga sujo... – Frank mordeu o lábio inferior. – E eu me rendo. Star Wars, aqui vamos nós!

- AEW! AEW! – Gerard comemorou e com um super beijo, o casal selou o fim dos planejamentos encaminhados.

- Okay, ô casal amor eterno. Vou ver isso certinho e contratar algo bem bacana. Será uma super festa. – Evelyn agitava levemente os braços como se fosse dançar e, neste momento, o celular da advogada toca. Ela olha no visor e vê o nome de Brian, sem querer ela esboça um sorriso e atende rápido, mas a atitude já passou pelos olhos dos rapazes. – Oi, Brian... Tudo sim e você? ... Eu estou aqui na casa do Gee e do Frankie ... Planejamento de quarto e chá de bebê. – ela ri e olha para os rapazes que, por mais que não queiram, não conseguem deixar de reparar no semblante da amiga. Ela está visivelmente mais feliz e iluminada. Brian continua falando e ela arregala os olhos e depois questiona – Ainda hoje? – a moça olha para os rapazes. – Espera. – ela coloca a mão sobre o aparelho e pergunta - Brian quer saber se pode vir aqui debater rapidinho sobre os dois shows que virão e tratar de mais uma coisa.

- Que coisa? – Frank está acariciando a barriga de Gerard.

- Surpresa. – Evelyn diz melodicamente e eles riem.

- Okay, pode vir, mas que ele traga pizza. Senão não entra. Pizza e lasanha. – Gerard diz como se fosse uma ordem.

- Você se tornou o cavaleiro do apocalipse que é a fome, Gerard Arthur Way, por Cristo! – e todos riram. – Brian, liberado! Mas precisa trazer pizza e lasanha, ordens do Gerard ou não entra. – ela continuou a rir e o empresário também, mas concordou e eles se despediram. – Okay, até daqui a pouco. Tchau! – e desligou o celular.

Quando deixou o aparelho de lado, Gerard e Frank a olhavam com curiosidade. Ela olhou para trás e depois para eles.

- O que foi?

- Este sorriso. Vai nos contar ou teremos de descobrir sozinhos? – Frank olhou-a e exibiu seu sorriso torto. Gerard sorria e só reparava na cara dela.

- AH, vá! Não há nada a contar. – Evelyn agitava as mãos e olhava para agenda.

- Não? – Gerard instigava.

- Não, gente, parem de ser bobos. – a moça disse em uma expressão quase escolar. O casal ria pela vergonha dela. Obviamente estava acontecendo algo e a está deixando mais leve e feliz. Eles aguardariam.

- Tá bom, então. – Frank sorriu e beijou o rosto de Gerard, ambos deixando-a em paz.

Evelyn balançava a cabeça em negativa, trazendo mais humor para a situação. Mais trinta minutos e Brian chegou. Com pizza e lasanha.

 

Gerard e Frank, apesar de concentrados na refeição - o gestante mais dedicado ainda - não deixaram de reparar nas posturas de Brian e Evelyn desde que se cumprimentaram há uma hora atrás com a chegada dele. Primeiro que a advogada o recebeu e mesmo querendo disfarçar, não pôde esconder o sorriso aberto e depois, sem graça, ao ver o casal lhes olhando. Brian, igualmente, radiava alegria ao olhar para Evelyn e parecia hipnotizado por ela. Eles disfarçaram o quanto puderam, porém o casal Iero-Way era esperto demais.

- Bom, agora que já estamos com a barriga bem cheia, podemos tratar de trabalho. – Brian terminava de limpar a mão e beber o último gole de cerveja, pois ele trouxe para Evelyn e ele, já que Gerard não podia de jeito nenhum e Frank estava tentando se abster.

- Vamos lá. – Evelyn afastava a cadeira e levantava-se, deixando a mesa de sala de jantar, seguida pelos rapazes.

Já na sala, todos se acomodaram confortavelmente no sofá e Brian sentou ao lado de Evelyn, sendo que Gerard e Frank sentaram no mesmo sofá que estavam anteriormente.

- Okay, fale qual é a surpresa, Brian! – Gerard estava ansioso.

- Não. Primeiro falaremos dos ingressos do show em Hoboken e depois sobre como será a captação de doações por conta do show no terraço pela 98.7 FM, Penthouse. – Brian ligou seu notebook e o colocou na mesa de centro da sala.

- Okay, são só os preços dos ingressos. Manda. – Frank deu um último gole no suco em seu copo.

- Como o Maxwell’s comporta apenas 200 pessoas e agora vocês são a banda que são, eu, Eve, nosso staff e o pessoal diretor da organização que receberá a doação pensamos neste valor. – e Brian vira a tela do computador para eles.

- Wow! – Gerard arregalou os olhos e Frank suspirou fundo, soltando o ar aos poucos.

- É bem salgado, hein. Acham mesmo que vão pagar? – Frank disse como se ainda tivesse aquela sensação de primeiro show. Será mesmo que as pessoas iriam aparecer? Gostar? Curtir?

- Pode acreditar, vão sim. – Evelyn disse convicta e Brian assentiu.

- Olha, eu sempre fico apreensivo com estas questões, mas eu sei que tem dois pesos nesta balança. – Gerard pontuava e todos devotavam-lhe atenção. – O primeiro é que nossos fãs são perfeitos e vão aproveitar a oportunidade de nos ver de muito perto, praticamente um show particular. Segundo que é uma causa nobre, eles ficarão ainda mais satisfeitos e felizes por dar suporte à algo tão necessário e mostrarem compaixão genuína.

- Exatamente. Por isso, o valor ser um pouco alto. Tendo em vista todos os gastos da instituição com os pacientes, o valor arrecadado ajudará apenas por três meses de subsistência. – Evelyn disse com um olhar compassivo. – Por isso, pensamos que a apresentação na 98.7 possa ser revertido para eles também e aumentar os meses de manutenção, já que o show tem o caráter beneficente porém não havia decidido para qual instituição os donativos seriam destinados.

- Eu acho sensacional. – Frank disse simples. – No caso da 98.7, poderíamos fazer de dois modos. Com um público reduzido e pagante, e doações via telefone durante o show. O que acham?

- É uma ideia espetacular. – Brian celebrava juntamente com Gerard e Evelyn.

- Então, estamos decididos. – Gerard sorriu-lhes. – Ainda bem que o show da 98.7 será acústico, eu estarei prestes a dar à luz. – ele riu. – No Maxwell’s ainda dá pra ficar de pé, e se eu me cansar, sento e pronto.

- Isso mesmo. Estarei do seu lado e vou vigiar você direitinho. – Frank olhou para Gerard e trouxe o rosto do marido para dar-lhe um beijo carinhoso e rápido.

- Eu não tenho dúvidas disso. – Gerard encostou um pouco mais seu rosto ao de Frank, sendo envolvido mais aconchegantemente pelos braços dele.

- Bem, tratado isso e antes de lhes dar a notícia surpresa, deixo claro que avisei Ray, Mikey, Bob e James sobre os shows e valores de ingressos. Como eles já estavam por dentro do assunto, apenas disseram para acertar o melhor possível. – Brian disse sério mas nada carrancudo. – O restante de turnê de vocês está adiado, ou seja, Europa, Ásia e América do Sul estão suspensos até Gerard sentir-se bem e confortável para voltar à nossa rotina rock n’ roll. – Brian fez o sinal símbolo do movimento e sendo seguido pelos demais. – Desta forma, a gravação do show no México, como o último da turnê The Black Parade para fazermos o DVD, também está cancelado.

- Mas não vamos esquecer de gravar o de Hoboken, no Maxwell’s. É muito intimista e será sensacional, precisa estar no DVD. – Gerard disse suave e gesticulando, Frank concordava.

- Eu acho fabuloso. – Evelyn ajeitava os óculos e Brian a olhava, sorria sem nem notar.

- Providenciar isso. – Gerard suspirou um pouco e todos o aguardaram. – Maxwell’s me traz boas recordações, foi um dos lugares que minha avó pôde nos ver. – ele disse saudosista e levemente emocionado, Frank beijou-lhe o rosto e Brian e Evelyn lhe sorriram.

- Tenho certeza de que ela estará lá vendo você novamente e agora com um barrigão, uma criança linda neste ventre. – Evelyn esticava a mão para apertar a dele, Gerard deu mais um suspiro emocionado e sorriu, acariciando a barriga depois do carinho de Evelyn. – Será lindo, Gee!

- Já está sendo, Eve. Tudo muito arquitetado neste universo. – Gerard deu uma leve arregalada nos olhos.

- Conspiração. – Frank encostou a cabeça ainda mais à de Gerard.

- Tudo o que estamos vivendo é muito maravilhoso e surreal ao mesmo tempo. – Brian disse simples e mais uma vez não segurou o olhar na direção de Evelyn. O empresário saiu do transe e continuou. – Bom, pra finalizar, a surpresa.

- OBA! – Evelyn bateu palmas e os olhares dos rapazes estavam dilatados.

- Como vocês já sabem, a MTV europeia está prestes a fazer sua premiação anual.

- Sim, o EMA. – Frank disse automático.

- Exato, rapazes, e o My Chemical Romance foi indicado para prêmio em três categorias! – Brian exibia todo seu orgulho por agenciá-los e os rapazes comemoravam.

- AEW! AEW! – Gerard bateu palmas. – Parabéns pra nós, mesmo que seja só a indicação que possamos conseguir, já é um grande feito.

- Sim, ainda mais concorrendo com peso pesado como Linkin Park, Thirty Seconds To Mars, Evanescence, Fall Ou Boy e, a surpresa alemã, Tokio Hotel. – Brian olhava mais uma vez a tela de seu notebook.

- Cara, é muito radical. Muito surreal. – Frank passava a mão no rosto. – Só não acho que vamos ganhar de Linkin Park. Já roubamos a cena na Projekt. – e Frank riu seguido por todos.

- Isso pode ser verdadeiro. – Evelyn tentava controlar o riso.

- Tem mais duas coisas, rapazes. – Brian mesmo sorrindo, chamou-lhes a atenção.

- O que é? – Gerard arqueava um pouco a sombracelha e Frank franziu a testa.

- O EMA escalou vocês para uma das performances ao vivo, durante o evento. – Brian arregalou os olhos e os rapazes respiraram fundo. – Eles sabem, é lógico, sobre a gravidez de Gerard, mas não sabem se estará perto de dar à luz ou não, o show business não se atém nisso. Por isso, juntamente com o aviso das indicações veio o convite para a performance.

- Brian, Gerard estará prestes a dar à luz, não sei se será possível. Ainda mais viajando de avião, nem sei se ele pode. – Frank preocupou-se.

- Olha, quando eu não sabia se ele ia poder viajar ou não após o término da Projekt, a Joan me disse que, sem intercorrências, o Gerard pode viajar de avião até a 36ª semana de gestação, depois disso não sei. – Evelyn pontuava.

- Fato é que, se acontecer, será uma apresentação apoteótica. Imagine “Teenagers” com toda aquela mensagem em um palco da Alemanha? – Brian animava os espíritos.

- Ia perguntar agora onde é que seria. A cidade. – Frank riu ligeiramente. – E o dia?

- Munique. – Evelyn olhou rápido no notebook do Brian. – Primeiro de novembro.

- Precisamos falar com Joan. Se você tivesse falado isso ontem, já tínhamos perguntado hoje para ela, na consulta. Mas não tem problema, a gente liga e vê direito. – Gerard estava calmo. – Eu falo a verdade, gente, me sinto ótimo, disposto, radiante. A gravidez me trouxe um elixir de vida e alegria que eu jamais poderia imaginar. Se estiver tudo bem para nossa filhinha, nós iremos, com devida licença médica. – Gerard virou-se para Frank e ele apenas beijou-lhe os lábios. Sabia que era uma concordância.

- Bom, era isso, agora preciso ir e deixar vocês descansarem, porém me liguem assim que falarem com sua médica. – Brian baixava a tela do notebook, fechando-o. – Preciso dar a resposta para a organização do EMA até dia 25 de setembro, mesmo que eles já estejam divulgando a lista de indicados com as performances ao vivo. Se não houver liberação, todos entenderão que foi por causa da gravidez.

- Certo. Eu também preciso ir, meus vampiros. Estou morta de cansaço. – Evelyn alçou os braços ao alto, esticando-os e posicionando as costas mais eretas. Levantou-se e pegou a bolsa, colocando-a no ombro. – Vou providenciar o que já está certo do quarto da bebê e depois vemos um dia para comprar o enxoval da linda. – Evelyn parou de súbito e olhou-os. – Aqui. Tá na hora de arrumar um nome para esta garota. Pra gente ir se acostumando e ela também.

- Já começamos a pensar nisso, pimentinha. – Gerard sorriu-lhe.

- Bom mesmo. – ela lhes apontou o dedo e o casal levantou do sofá. Brian já estava de pé ao lado de Evelyn.

Eles foram até o pequeno hall de entrada e se despediram com beijo e abraços. Gerard e Frank observavam os dois se afastarem, porém viram apenas o carro de Evelyn. Teria Brian vindo de táxi? Bom, fato é que Gerard e Frank encostaram a porta, fechando-a, mas ficaram do lado interno vigiando-os pela janela.

 

Evelyn estava prestes a entrar no carro e foi aí que reparou que seu veículo era o único ali na frente da casa Way-Iero.

- Ué. Cadê seu carro?

- Vim de táxi. – ele franziu os lábios.

- Entra aí, eu te levo. – ela sorriu.

- Me leva e assim posso ter um pouco mais de sua companhia, já que está morta de cansaço. – ele riu e ela também.

- Bom, se você me pagar um café cremosão, duplo, eu posso fazer meu organismo ter um pouco mais de disposição.

- Fechado!

Evelyn riu e Brian também, entrando os dois no carro. Logo partiram e dentro da casa, Gerard e Frank comemoravam mais uma vez.

 

 

Aproximadamente três da manhã e Gerard mexeu-se na cama, exausto por não conseguir pegar no sono. Olhou Frank dormindo tranquilo e levantou-se com cuidado para não despertá-lo. Esticou a coluna um pouco e pôs-se de pé, contornando a cama e saindo do quarto do casal. Passou pelo vão da escada que levava ao andar inferior, porém resolveu continuar e abriu a porta do futuro quarto da filha, deixando-a entreaberta.

Devagar, com passos leves, o gestante olhava o cômodo vazio e tentava imaginá-lo tal como haviam planejado na tarde do dia que passou. Gerard começava a emocionar-se e aproximou-se da janela, abriu-a e sentiu a brisa fresca e perfumada do verão que logo daria lugar ao outono. Reparou nas árvores da rua e no seu próprio jardim frontal.

Imerso em todas as informações do dia que se foi, Gerard sentiu saudades da avó. Elena fez sua presença muito marcante neste dia.

- Eu queria tanto que você a conhecesse. – ele começou a falar com a filha. – Ela fez tudo o que pôde para dar asas para que eu voasse e confiança até quando eu não confiava em mim, o que era frequente. – riu ligeiramente. – Se eu consegui chegar a ser o que sou, tudo eu devo à ela. – Gerard sentiu a filha mexer e dar alguns chutes. – Vejo que percebeu a importância da vovó para o papai. – ele suspirou. – Me lembrei que sempre que eu podia, ao voltar da escola, eu roubava alguma flor de um canteiro no caminho até em casa, só para levar para ela. As preferidas eram as rosas. Ela dizia que uma rosa era cheia de razões para se sorrir todos os dias. – Gerard derramou a lágrima teimosa que brotou em seu olho.

Enquanto ele secava o rosto, reparou que a porta entreaberta abriu-se mais revelando a figura do marido. Frank estava com a cara um pouco amassada e logo atrás dele, Mama acompanhava-o. A fiel escudeira canina olhava para os donos um pouco confusa, do tipo “Que vocês estão fazendo em pé esta hora da madrugada?”.

- Gee? Tudo bem? Fiquei preocupado ao acordar e não te ver na cama e no banheiro.

- Desculpa. Eu não estava conseguindo dormir, vim pra cá para pensar um pouco.

- Pensar em quê, meu amor? – Frank o abraçava ao lado.

- Na minha avó. Fiquei mexido por lembrar que vamos tocar no Maxwell’s e foi lá a última vez que ela nos viu.

- Eu imagino. Ela foi a nossa fada madrinha musical e da vida, do nosso amor. Se ela não tivesse incentivado desde sempre, nós não teríamos nos encontrado.

- Será mesmo? – Gerard virou-se para ele. – O universo conspira muito a nosso favor, Frankie. Acho que mesmo sem o My Chemical Romance, nós estaríamos juntos. – Frank suspirou e Gerard sorriu. – Eu precisava encontrar este sorriso, este carinho, o amor da minha vida, pai da minha filha. Você e ela são as razões para eu sorrir todos os dias. – Frank abraçou Gerard mais apertado e o marido se deu conta de algo.

- Frank? – e o guitarrista o olhou. - Eu acho que já temos o nome da nossa filhinha.

- Sério? – ele sorriu. – Lembrou-se da sua avó, então, será Elena?

- Não, acho que ficaria muito clichê. – e vocalista riu leve. – Mas tem tudo a ver com ela e como você, precisamente agora. Irá homenageá-la e fará sentido para nós dois.

- Me fala, fiquei louco de curiosidade.

- Rose. – Gerard disse melodicamente.

- Rose? – Frank olhou-o curioso.

- Minha avó adorava rosas e dizia que elas possuíam razões para se sorrir todos os dias.

- Wow, agora entendi. – Frank suspirou e olhou carinhosamente para Gerard. – Rose.

- Rose Ivy Iero-Way. – Gerard disse solene.

- Juro que eu amei a combinação. – Frank iluminava-se tanto quanto Gerard.

- Sério mesmo? Fiz a combinação que veio na minha cabeça agora.

- Sério demais, Gee! Tá perfeito! Perfeito!

- Rose? Filha? – Gerard e Frank colocavam as mãos sobre a barriga ao mesmo tempo. – Gostou do seu nome? Pode ser? Você já é uma infinidade de razões para nós sorrirmos todos os dias, vamos eternizar isso?

Gerard e Frank sentiram chutes fortes e o gestante mais e mais movimentos da bebê dentro de seu ventre.

- Ela gostou! – Frank comemorou.

- Rose Ivy Iero-Way, a razão para sorrirmos todos os dias. – Gerard estava emocionado e recebeu um beijo apaixonado de Frank.

Se antes a bebê já estava tão perto, agora era uma presença ainda mais tangível.

O capítulo 18 terminou ;) #VemRose

 


Notas Finais


#VEMROSE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E aí, gostaram? Pensaram em outros nomes? Me falem!!! E sobre as Dras? Quarto e chá de bebê? Eve e Brian??
Falem tudo para a Tia!!!!
BOM FIM DE SEMANA, LINDAS E LINDOS!!!!! <3 <3 <3


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