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História A Kiss Before She Goes - Capítulo Dois - BOOM! II


Escrita por: MaryAnnSGWay

Notas do Autor


HEEEYY, GENTE MARAVILHOSA!!!
Nossa, fiquei TÃO feliz pela recepção desta história. YAAAAAAAY! \o/
Espero que vocês continuem gostando MUITO, pois tem muita coisa para rolar, hein!? xD
Quero super agradecer aos comentários mega fofos e maravilhosos da Anna e da OurMyChem (que é Ana também haha) LINDAS!!! E claro, agradecer pelos primeiros favoritos: AnnaEV e mandiiF. SENSACIONAL!!! Amo vocês demais! <3
Mas, sem mais, lá vem capítulo. ANSIOSAAAAAAA!
Boa leitura e mil beijocas!!! :D

Capítulo 2 - Capítulo Dois - BOOM! II


Fanfic / Fanfiction A Kiss Before She Goes - Capítulo Dois - BOOM! II

 

A KISS BEFORE SHE GOES

 

Capítulo Dois – BOOM II

 

Evelyn Allen Fass tinha atualmente 29 anos e conheceu Gerard quando ainda era uma estagiária de Direito e paciente no consultório de Bruce e Diane. Gerard começou o tratamento por causa da depressão e seu problema com álcool e drogas; Evelyn estava ali por causa da pressão da faculdade e por causa da sua identidade. Ela é homossexual mas possuía inúmeras barreiras para lidar e revelar isso. Durante o tempo de espera na recepção, os dois acabaram por iniciar simples trocas de palavras, já que suas consultas basicamente coincidiam nos mesmos dias e horários aproximados, com exceção de quando Gerard precisava viajar em turnê. Quando Bruce atendia Gerard, Diane atendia Evelyn e então numa nova consulta acontecia o inverso e seguiu-se desta forma.

Num dia comum de consulta, Gerard e Evelyn saíram do consultório praticamente ao mesmo tempo e estava desabando o céu em água. Uma chuva torrencial lavava toda a rua e adjacências de forma monumental. Os dois esperaram até que o volume da água diminuísse e então ficaram esperando junto ao hall de entrada, do lado de dentro, lógico. Evelyn estava com um guarda chuva e Gerard sem. Durante a espera da chuva diminuir, Evelyn disse que as consultas estavam fazendo bem para ela, ao passo que Gerard também afirmou que estava melhor e os terapeutas ajudavam muito.

Nisso, ela questionou, sem ser invasiva, o que ele fazia, no que trabalhava, já que reparou que os agendamentos dele eram esparsos por causa das viagens de trabalho. Ele disse que era por conta da turnê de sua banda pela Europa, eles fizeram muitos shows e Evelyn ficou animadíssima para vê-los. Gerard alegrou-se e disse que traria uma entrada para ela. Evelyn agradeceu e a chuva diminuiu o suficiente para que pudessem ao menos chegar até seus carros do outro lado do estacionamento.

- Vem, você pode ficar debaixo do meu guarda chuva. - ela disse sorrindo e os dois saíram do consultório.

A partir deste dia, eles ficaram cada vez mais próximos, uma amizade genuína e fiel. A ajuda agora estendia-se de um para o outro e não demorou, após Evelyn ir num show do My Chemical Romance, que ela percebesse a ligação entre Gerard e Frank. Inevitavelmente, Gerard lhe contou a história dos dois e ela torcia para que um dia, os dois pudessem enfim se assumirem para o mundo.

A amizade tornou-se tão firme e forte que estendeu-se para os demais integrantes, por óbvio, os mais chegados eram Gerard e Frank, porém Mikey, Ray e Bob também poderiam contar com o ombro amigo de Evelyn. E analisando bem a moça, os rapazes notaram sua grande excelência no ramo jurídico e aos poucos, foi incorporando-a junto aos assuntos legais da banda. Sua desenvoltura foi tão tremenda que eles a contrataram antes mesmo dela terminar a faculdade. Enquanto ela não se formava, toda papelada jurídica era analisada, feita por Evelyn e assinada pela sua melhor professora, e com isso, a banda pagava o que era devido para Evelyn e também pagava pela assinatura da professora. O fato é que nunca tiveram dor de cabeça quanto a isto.

Quando Evelyn se formou, foi uma grande alegria e também um grande temor. Foi justamente a época que a avó de Gerard, Elena Lee Rush, faleceu e ele apresentava sinais de que voltaria à estaca zero de seu tratamento. Além de ter de lidar com uma perda tão brutal para ele, um novo álbum estava a caminho, tinha de ser trabalhado e gravado. Evelyn preocupou-se com seu melhor amigo, porém não estava sozinha. Frank estava lá o tempo todo, nas horas mais escuras, mesmo quando um certo ser invadiu a vida dos dois. Bert McCracken era um demônio e iria arrastar Gerard para o inferno, e ele nem se dava conta disso.

Frank isolou-se um pouco mais, as coisas se tornaram mais frias entre eles, porém jamais, jamais, Frank deixou de se preocupar e estar ao lado de Gerard. Evelyn e sua família se tornaram um porto seguro para o pequeno também. Ela era extremamente importante para eles, para esta banda. Neste período mais negro, onde até mesmo as ideias suicidas pousavam sobre a cabeça de Gerard, que todo seu quadro clínico de depressão parecia engolí-lo, lá estavam Frank, Evelyn, sua banda, a família dela, deles. Não é difícil imaginar a razão pela qual Gerard honrou a família Allen em sua nota de agradecimentos do Three Cheers For Sweet Revenge. Eles eram parte de uma grande e vitoriosa história que obteve seu capítulo mais escuro no dia 11 de agosto de 2004 quando Gerard tomou seu último porre e deu seu último vexame em plena Warped Tour, deixando até cair suas calças no palco durante um show. A partir daquele momento, tudo mudaria.

Evelyn estava lá e aquele dia se tornou um marco. Tanto que, um ano depois, em 11 de agosto de 2005, Gerard completava um ano sóbrio e ela poderia comemorar sem reservas pela conquista. Conquista da saúde e também por ver seu casal não-assumido favorito, de volta e muito melhor do que antes. Gerard e Frank não se desgrudavam no palco da Warped Tour 2005 e causavam calor, para não falar num ligeiro incêndio em qualquer um que os assistia. Era lindo demais de ver! E tudo o que se seguiu depois, continuava a ser maravilhoso, mesmo com os obstáculos, não havia como negar. Eles eram incontroláveis e não podiam ser ignorados. Em esfera, situação alguma. Cada vez mais fortes, invencíveis. Esta família, sua banda salvara sua vida mais uma vez e ele continuaria a salvar vidas também.

Gerard não sabia ao certo porque estava recordando uma boa parte de sua trajetória com Evelyn e Frank. Talvez porque havia um motivo, ainda pequeno, mas muito significante em sua barriga que o fazia pensar em inícios, decisões e trajetórias. Ele desviou o olhar vago da janela do carro e olhou para a barriga, involuntariamente colocou a mão sobre ela e sorriu.

- Senhor, chegamos. - o taxista tirava Gerard de seus pensamentos.

- Oh, obrigado, aqui está o valor. - ele lhe pagou e saiu do veículo. Ajeitou melhor a blusa e apertou a campainha do apartamento de Evelyn, localizado no SoHo.

- Oi? - a voz feminina respondia.

- Sou eu, Gerard.

- Não vou abrir não, sobe pela escada de incêndio. - ela brincava.

- Sou um homem grávido, trate de me respeitar e abre logo. - ele ria. Ouviu o som estridente da porta e entrou.

Subiu pelo elevador até o andar devido e Evelyn já o esperava na porta. Conforme Gerard se aproximava, a face da moça ia ficando séria e franzida, Gerard olhou para trás para ver se havia alguém, mas nada. O que será que ela estava estranhando?

- Olá, Eve, boa tarde! - ele dizia amigável.

- Cadê o Frank? - ela continuava com a testa franzida e não respondeu a saudação dele. E então Gerard entendeu.

- Ele está na soundcheck ou a caminho de lá.

- Gerard! - Evelyn bufafa de nervoso e pegava a mão dele puxando-o para dentro do apartamento. - Senta aí.

- Posso saber o porquê deste auê todo?

- Você é lerdo? Pior que não. O senhor é muito esperto, só que os seus hormônios devem ter te deixado com uma leve demência gravídica, só pode!

- O quê? Você...

- Gerard! É a sua primeira consulta com a obstetra! O outro pai TEM de estar presente! Você será examinado, receberá instruções, vai ver seu filho num monitor de ultrassonografia, ouvir o coração do bebê! FRANK PRECISA ESTAR LÁ!

- Eu vou contar...

- QUE VAI, QUE VAI O QUÊ! Você me sabotou por uma semana a mais! Com isso já são duas semanas que você sabe da gravidez e ainda não contou nada para o Frank. Acabou esta palhaçada, certo? Eu vou ligar para o Frank agora.

- Tá maluca?! Vai contar para ele por telefone? - Gerard levantou-se do sofá e sentiu que precisava ir ao banheiro. Gravidez e xixi eram duas aliadas.

- Claro que não! Vou chamá-lo aqui e você vai contar, na minha frente.

Gerard congelou, não acreditava que Evelyn faria isso. Aliás, acreditava sim.

- Eve, nós vamos nos atrasar, e ainda preciso voltar a tempo para a soundcheck. Prometo que depois eu conto.

- Não confio mais em você, Way. Não, não. Já estou ligando. - ela pegou o celular e iniciou a discagem direta.

- Eve... - e então a bexiga parecia mais cheia. - Preciso usar seu banheiro.

- Tá passando mal? - ela preocupou-se.

- Preciso mijar.

- Ah tá. - Evelyn riu. - Você já sabe o caminho.

Gerard balançou a cabeça para ela e foi na direção do banheiro, o celular chamava e ao terceiro toque foi atendido.

- Alô?

- Frank, meu lindo.

- Oi, Eve, tudo bem?

- Não, meu bem. Preciso que venha aqui no meu apartamento agora. - ela não fazia nenhum rodeio.

- Nossa, Eve! Aconteceu algo? - Frank assustou-se.

- Sim. É questão de vida ou morte e você sabe que eu não brinco com coisa séria. Vem logo, vem agora.

- Eu sei sim. Eu estava saindo...

- Para a soundcheck, eu sei. Pode deixar que resolvo isso, gatinho. Só venha aqui agora, voando.

- Okay. Até daqui a pouco. Beijos. - ele dizia sem muita certeza, assustado.

- Beijos, lindo. - e desligaram.

Logo em seguida, Evelyn ligou para Ray e disse rapidamente que tinha algo urgente para tratar com Frank e Gerard, por isso os dois não estariam na soundcheck por algumas horas, mas eles poderiam adiantar o trabalho com a sonoplastia, acordes, microfones, verificar a chegada dos instrumentos, tudo o que ele já sabia que tinha de fazer. Ray concordou e mandando beijos, desligaram. Gerard retornou do banheiro e Evelyn estava séria.

- Você é complicado, Sr. Way, se fosse mulher não seria mais idêntica.

Ele não segurou o riso e Evelyn relaxou mais. Com a TV ligada e servindo suco e biscoitos para Gerard, os dois aguardaram Frank.

 

Aproximadamente 20 minutos passaram até que Frank chegasse ao apartamento e neste meio tempo, Evelyn ligou na clínica para falar sobre a remarcação da consulta, afinal, Gerard contaria para Frank e eles teriam de conversar a respeito, não daria tempo de chegar lá e eles realmente precisavam ir na soundcheck. A consulta ficou para o dia seguinte, só que mais cedo, o que era perfeito. Assim, ao soar da campainha e Evelyn obter a certeza de que era Frank, já abriu a porta e o aguardou no corredor.

O rapaz caminhava rápido e com as mãos no bolso da blusa de moletom com capuz. Ele levantou o rosto e deu-lhe um sorriso, espantando a ansiedade que sofria. Evelyn lhe sorriu e levemente o beijou na bochecha. Quando Frank entrou, se surpreendeu:

- Gerard?

- Sim, sou eu. - Gerard lhe acenava.

- Começo a ficar com medo, mais medo, mas enfim.

- Sente aí, Frank. Não tenha medo, confia em mim. - Evelyn sorriu levemente e se colocou ao lado de Gerard. Frank apenas observava os movimentos dos dois.

- Então, o que foi? Quem está morrendo ou vivendo? - ele brincava e Evelyn riu, dizendo a seguir:

- Gerard precisa te dizer uma coisa. Muito, muito importante.

- Sério? E você já sabe o que é? - ele estava curioso. Gerard começava a tremer.

- Sim. Mas eu quero que você ouça da boca dele. - ela suspirou. - Olha, eu sou a pessoa mais imparcial deste mundo e não me meto em assuntos pessoais, mas desta vez, não posso deixar passar. Sempre fiquei na minha até que alguém realmente desejasse falar algo e pedir conselho, e talz, porém agora é algo extremamente sério. Muito sério.

Frank olha assustado para ambos e aguarda Gerard.

- Eu... er... - Gerard tenta iniciar e Evelyn está reparando. - Você sabe o quanto é importante para mim, não é?

- Claro, Gee, eu não tenho dúvidas.

- Então... - e ele coçava a cabeça. Frank não estava entendendo o que seria tão difícil falar.

- Seja o que for, estou do seu lado, Gee. - Frank lhe sorria.

- Você é a melhor pessoa que existe, Frank. - Gerard tentava respirar. - Eu preciso falar que aconteceu algo, algo comigo e... - ele coçava a cabeça novamente, puxando alguns fios de cabelo.

- Chega, Gerard! - Evelyn perdeu a paciência e disparou: - ELE TÁ GRÁVIDO. DE UM FILHO SEU! PRONTO, FALEI.

Frank arregala os olhos e abre ligeiramente a boca em um espanto, fechando poucos segundos depois, mas nada fala, apenas continua inerte, paralisado, parece em estado de choque. Evelyn e Gerard preocupam-se:

- Acho que eu matei ele, Gerard. Vai pegar água na cozinha! - ela acaricia a mão do jovem e ele vira um pouco a cabeça, mas continua inerte. - Fala comigo, bebê, fala alguma coisa!

Gerard está atordoado mas vai até a acozinha e traz o copo de água, Evelyn rapidamente pega o copo e joga a água na cara do Frank. Gerard dá um grito:

- VOCÊ É DOIDA? Era pra ele beber!

- Como ele vai beber se está em choque, burro? Tinha de fazer ele sair do susto!

Frank respira fundo e olha sem parar para os rostos na sua frente e para na direção de Gerard que está tentando secá-lo. Frank pega a mão dele e ele para.

- Grávido? - Frank diz surpreso. - Está esperando um filho meu, Gerard?

- Sim, é verdade. - Gerard suspira e segura o choro, não sabe como Frank reagirá a seguir. Evelyn olha para os dois e aguarda o próximo movimento de Frank.

- Isso... isso... é tão surreal. Jesus Cristo, caralho! - Frank coloca a mão na testa.

- Pois é, eu fiquei assim também quando soube. - Gerard sorriu de leve e Evelyn finalmente soltou o ar de seus pulmões. Finalmente eles iriam conversar sobre isto adequadamente.

- Bom, agora que já dei a deixa, vou me retirar, conversem o tempo que quiser, vocês precisam. - Evelyn deu um beijo na testa de cada um e saiu da sala, restando os dois homens.

Agora era a hora da verdade. E de muitas emoções.

 

 

Frank ainda estava respirando alto e mantinha a mão junto a de Gerard, eles se olhavam e pareciam desejar estar na cabeça um do outro, tentar saber o que estava se passando em ideias, momentos, sentimentos. Frank quebrou o silêncio:

- Um bebê? Nosso?

- Sim, ao menos, eu acho que é só um. - Gerard tentava descontrair e arrancou um riso fácil de Frank.

- Acha?

- É, mas vai saber né... - Gerard dava uma encolhida nos ombros e Frank acariciou o rosto dele, pousando a mão na perna.

- Isso é lindo. E assustador! - Frank passou a mão no próprio rosto que ainda possuía gotas de água. Ele passou a manga da blusa para terminar de secar e reparou no peito molhado, sacudiu a cabeça e Gerard riu leve.

- Ainda bem que alguém possui o mesmo sentimento que eu. Estou feliz, não posso negar, mas totalmente petrificado, aterrorizado. Tem tanta coisa passando na minha cabeça, tanta responsabilidade, tanta... emoção. - Gerard agitava as mãos e Frank franzia o lábio.

- Por que não me contou assim que soube? E soube quando?

- Não brigue comigo... – Gerard disse baixo, manhoso.

- Não vou brigar, só quero saber. - Frank sorriu e Gerard relaxou. - É sério. Tenho certeza de que estamos com os mesmos sentimentos, Gee.

- Algo me diz que sim. - Gerard suspirou e sorriu. - Eu soube duas semanas atrás, não aguentava mais tanto enjôo, vômito e cansaço.

- Eu notei que você estava meio mal, pensei que estava intoxicado.

- Eu também achava, só que não tinha dor de barriga e esta era a parte estranha. Como estávamos prestes a retomar nossos shows e tinha o anúncio da Projekt, passei num pronto socorro e fui atendido por um médico super competente. Me examinou direito e me deu soro, medicamento para conter enjôo e fez exame de sangue.

- E o exame acusou a gravidez?

- Ele olhou o primeiro exame e disse que ia repetir.

- Nossa!

- É, fiquei apreensivo pois pensei em vírus, bactérias, essas porras biológicas que parece ter brotado do inferno. Em contrapartida, eu estava com tanto sono que nem protestei. - Gerard riu e Frank retribuiu.

- Ele deve ter visto alguma coisa anormal e lembrado de algo relacionado à gravidez.

- Exato! Tanto que quando saiu o novo resultado, ele mudou todo o questionamento.

- Como assim?

- Começou a perguntar sobre a minha vida sexual. - Gerard sorriu.

- Ah, agora tudo faz sentido. - Frank piscou-lhe.

- Aí, me deu a boa nova e eu fiquei, sei lá, atordoado. Eu ainda estou muito sem chão.

- Foi aí que você disse para a Eve? - Frank ficava um pouco mais sério.

- Eu fiquei ensaiando uma semana, na verdade, para contar para você e não consegui. Aí, contei para a Eve após a coletiva com o anúncio da Projekt, ela surtou de felicidade e me intimou a contar para você. Prometi e não contei, cá estamos. - ele sorria amarelo.

- Estava com medo da minha reação? - Frank olhava a face envergonhada de Gerard.

- Sim... - a afirmação de Gerard saía baixa e Frank levantava o queixo dele.

- Poderia ter me dito no mesmo dia, Gee. Sabe o quanto você é importante para mim e eu sou parte disso. Tem um pedaço meu aí que fez uma parte para este bebê existir. - Frank respirou fundo. - Eu jamais iria te abandonar. Jamais te ignorar.

- No fundo, eu sabia disso, Frank, mas o medo me paralisava. Eu só conseguia pensar no quanto este bebê mudaria nossa vida. Nossa vida profissional, familiar, planos, vida pessoal. - Gerard parecia segurar o ar um pouco mais em seus pulmões. - Você e Jamia.

- Gerard... - ele balançava levemente a cabeça.

- Eu não quero atrapalhar vocês e ao mesmo tempo, um bebê vai chacoalhar seu relacionamento, eu não queria isso! - Gerard estava abalado. - Vocês estão noivos!

- Gee, olha para mim e respira. - Frank pegou as duas mãos de Gerard e as apertou com força moderada. Gerard o olhava e respirava fundo, segurando o choro mais uma vez. - Como é que eu posso dizer isso de um modo claro? - Frank suspirou. - Eu amo você.

Gerard o olhou com mais atenção e os seus olhos começaram a marejar. Uma explosão de emoções o invadiu novamente e sem pensar, sem nem ao menos sentir o líquido que lhe escorria no canto dos olhos e brilhava na face, ele pronunciou:

- Frank, eu amo você. Sempre amei.

Frank o puxou para junto de si e o abraçou aconchegantemente, como se pudesse proteger e transferir para Gerard todo o seu amor, carinho e cuidado. Para ele e para seu filho. Seu e de Gerard.

- Não quero que se perturbe por isso, okay? - Frank passava a mão nos cabelos de Gerard e ele assentia com a cabeça. - Quero que sua única e exclusiva preocupação no momento seja estar saudável para que o nosso bebê cresça e nasça perfeito, certo? - Frank sorria e secava o molhado do rosto dele;  e Gerard o olhava com um sorriso genuíno no rosto.

- Você é o melhor pai que eu poderia dar ao meu filho. Ou filha. - Gerard continuava a sorrir.

- Ele ou ela já é mega sortudo por ser nosso bebê e nós sermos os pais. - Frank estava feliz e automaticamente pousava a mão sobre a barriga de Gerard. Ambos sorriram e Gerard fungou um pouco, enxugando o canto do olho direito.

- Me desculpe se estou tão abalado, mas a gravidez bagunçou a minha cabeça, então eu vou do céu ao inferno em minutos. É a coisa mais maluca, Jesus! - Gerard riu levemente e Frank retribuía da forma infantil de sempre. Seria possível guardar aquela risada gostosa?

- Não entendo nada disso, mas já ouvi falar que é coisa maluca mesmo.

- Você não imagina o quanto.

- Suponho que terei trabalho com você.

-Provavelmente. Se prepare.

Frank puxou Gerard mais uma vez para seus braços e o apertou levemente, em seguida tomou o rosto de Gerard entre suas mãos e sem hesitar o beijou. Beijou longa e apaixonadamente, como se nada mais houvesse entre eles, como se estivessem em seu lugar particular compartilhando mais um momento único, só deles. A única diferença agora era a de que este era um beijo comemorativo, de dois pais celebrando a vinda de seu bebê. Um bebê que não foi planejado mas já era muito amado e com certeza, vinha com um propósito.

- Sabe? - Frank afastou-se devagar dos lábios de Gerard e ainda beijando-o uma vez mais levemente, disse: - Eu acredito que chegou a hora de tomarmos uma decisão séria.

- Qual decisão? - Gerard era quem o beijava levemente agora e em seguida acariciava a face de Frank.

- Chega de relacionamentos abertos, Gee. Chega de permanecer em uma situação que nós sabemos que não possui futuro, de noivados baseados em afeição, amizade ou carência. Eu não dou a mínima para convenções sociais, cago total, que vá para a casa do cacete. Está na hora de nos assumirmos, para nós e para o mundo. Acho que o nosso filho veio nos dizer isso. - Frank dizia com convicção embora sua voz estivesse moderada.

Gerard o olhou bem e relembrou seu momento no táxi pouco antes de chegar na casa de Evelyn. Um apanhado de memórias sobre seu relacionamento ao longo dos anos com Frank. Ele sempre esteve lá, mesmo quando Gerard parecia seguir outro caminho, seja escuro demais ou com alguma outra pessoa intrusa. E ele sempre amou aquele ser, aquele homem que o fazia ser ele mesmo, o encorajava, o fazia feliz, realizado, era seu melhor amigo, parceiro e seu amor. Não era possível fugir.

- É, eu acho que é hora de colocar alguns pontos finais definitivos. - Gerard suspirou. - Você é a minha vida, Frank.

- E você é a minha. - Frank sorriu e lhe beijava mais uma vez.

Ao se afastarem, encostaram suas testas e respiraram juntos.

- Pronto para uma nova jornada? - Gerard dizia inebriado pelo momento, bem como Frank permanecia do mesmo modo.

- Sempre, amor. Pegue a porra da minha mão e nunca mais sinta medo.

Selando a primeira grande decisão com mais um longo beijo, Gerard e Frank alçaram a voz para Evelyn:

- Eve! Pode vir, nós já nos entendemos, vem cá nos dar os parabéns! - Gerard dizia alegremente e Frank o olhava.

Evelyn surgiu e sorria feito uma pintura caricata, juntando as mãos como numa prece e saltitando. Os dois rapazes riam e logo ela os abraçou e começou a beijá-los sem parar em seus rostos. A alegria era palpável.

 

O capítulo dois terminou ;)

 


Notas Finais


Gente, e aí?! Vocês se derreteram e se divertiram? *____*
Me contem TUDO!
Obrigada por ler, obrigada por tudo!
Bom domingão! Inté mais! Mil beijooooooos!!! <3 <3 <3


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