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História A Kiss Before She Goes - Capítulo Sete - Radar


Escrita por: MaryAnnSGWay

Notas do Autor


AMADINHOS E AMADINHAS DA TIA MARY!!!!!!!!!!!!!!
Gente, desculpem pela ausência, mas eu tô sentindo que a postagem será de 15 em 15 dias corridos mesmo rs. Vida da Tia tá corrida. Mas vocês ME PERDOAM, NÉ?!
Amores, muito obrigada pelo carinho e por estarem firmes em acompanhar a história, ainda não chegamos nem em um terço da jornada, portanto SIGAM-ME OS BONS! :D
Quero agradecer IMENSAMENTE e dar as boas vindas aos mais novos favoritos: OtakuLokah, Sou_Infeliz, Sakukelove e Sleepingwithvic. MUITO AMOR PARA VOCÊS!!! <3 <3 <3
Sem mais, capítulo grandão, cheio de emoção para vocês!
Boa leitura, mil beijooooooos!

Capítulo 7 - Capítulo Sete - Radar


Fanfic / Fanfiction A Kiss Before She Goes - Capítulo Sete - Radar

 

 

A Kiss Before She Goes

Capítulo 07 – Radar

 

Uma semana para iniciar a Projekt Revolution.

Evelyn apertava firme a campainha da casa de Gerard e Frank, e ao abrir a porta, Frank sorria, brincou:

- Onde é o incêndio?

- Aqui, com vocês, em um supermercado e com mamadeiras! – Ela dizia em disparada e Frank ficava confuso ao passo que Evelyn entrava na casa, levantando um sulfite com uma impressão.

- O que você tá falando, sua mal-educada? Nem me deu bom dia.

- Tô falando disso aqui. – Ela lhe passou a folha impressa. – Bom dia. Cadê o Gerard?

- Estou aqui, apressadinha. – Gerard descia os degraus e Evelyn olhou-o. A camiseta que ele vestia estava ajustada no abdômen, a barriga estava aparecendo e ela ofegou por um instante. – Bom dia, Eve.

- Bom dia, Gee. – ela andou até ele e beijou-o no rosto, Frank reparou.

- Comigo é na grosseria e com ele é beijinho na bochecha? – Ele se fez de ofendido.

- Gee está grávido. Não resisto a um homem grávido. – ela sorriu. – Fique grávido e te dou uma chance. – ela piscou e Gerard riu.

- Besta! Não quero você mesmo. – ele lhe mostrou a língua. - Bem, sobre isso... – Frank levantou a folha, Gerard estreitou os olhos para ver. - ... uma hora ou outra iam especular.

- O que é isso? – Gerard esticou a mão para pegar a folha.

- É uma nota de imprensa especulando sobre o dia do mercado, que compramos as mamadeiras. – Frank disse simples.

- Uhm... – Gerard suspirou.

- Eu sei que uma hora ou outra iam falar, mas estes miseráveis não poderiam aguardar um pouco mais? Estamos a uma semana da Projekt. Agora, tudo o que vocês fizerem será visado tentando arrancar algo ou sobre vocês dois, ou a “suposta” gravidez. – Evelyn sentou no sofá. – Era para o enfoque continuar na turnê, só na turnê.

- Eve, eu entendo sua preocupação, você assim como nós tem medo de ficar pessoal demais, nossa vida pessoal ficar focada, refletir na turnê, ainda mais agora que teremos de suspender boa parte dela após a Projekt. – Gerard falava suavemente. – Mas, é só mais uma semana, acho que podemos aguentar os rumores e depois a gente já vai abrir, deixar tudo claro e focar no que vamos fazer: nossa música, nosso trabalho. Veja o lado bom, eu estou com 5 meses de gravidez e só agora a uma semana de iniciar a turnê que algo assim sai. Imagine se tivesse começado quando eu descobri a gravidez? Quando eu e Frank decidimos ficar e morar juntos? Olha a vantagem na qual estamos.

- Tá, eu sofro por antecipação, mas é que vocês são meus bebês, eu preciso cuidar bem de vocês. São meus amigos, mas também o meu ganha pão... brioches, viagens internacionais. – Ela arqueou as sombracelhas.

- Nós sabemos, Tia Eve. – Frank tentava fazê-la sorrir e conseguiu. – É exatamente por ser esta pessoa e profissional foda que nós temos você. A gente nunca vai te deixar em paz.

- Pode crer que sim. – Gerard sentou do lado dela.

- Okay, não vou deixar os jornalistas me enlouquecerem, vou respirar agora. Me traz um café e biscoitinhos, saí tão rápido que nem lavei a boca.

- Isso aí, deixa pra ficar louca depois. – Frank piscou e ela o beliscou, beijando-o no rosto a seguir.

Eles riram e foram para a cozinha.

 

Após alguns minutos, com a mesa arrumada, Evelyn, Frank e Gerard estavam preparados para tomar um farto e digno café da manhã. Com um item a mais na mesa.

- Não acredito que você não vai deixar de mexer nesta bosta. – Frank balançava a cabeça e apontava para o notebook dela.

- Não posso perder tempo, Frankie. Estamos em cima de tudo, logo o ônibus estará pronto, todos os detalhes estão por um fio, ainda tem a consulta do Gee... – e ela estreitou os olhos. -... e preciso continuar vendo este tipo de coisa aqui.

- Que coisa? – Gerard passava margarina no pão.

- Aqui ó, “FRERARD É VIDA!!!”.

- O que é Frerard? – Frank fazia uma cara confusa.

- São vocês dois. – e ela riu.

- QUÊ?! – Gerard não entendia.

- Junção de Frank e Gerard. FRERARD! Seus fãs, culpe-os, não sou eu. – ela riu mais e eles balançaram a cabeça, rindo levemente. – Os blogs sobre vocês ou fansites estão arrancando as calças pelas cabeças com todos estes rumores, a expectativa para a Projekt. Vou ler para vocês: “Contagem regressiva para a Projekt Revolution! A ansiedade em ver nossos meninos no palco é imensa, ainda mais agora com a quantidade de rumores sobre Frank e Gerard. Eles estão namorando pra valer? Estão mesmo morando juntos? Será que o Gee tá mesmo gravidinho? Está difícil segurar o coração. Uma coisa é certa, eles foram feitos um pro outro!” – Ahhhhhh! Que fofura! Desta eu gostei!

- Poxa... eles estão ansiosos pelo show, mas por nós também? – Gerard sorriu.

- Pelo jeito, teremos nosso exército doido pelo que virá. – Frank abriu um sorriso. – Eles vão enlouquecer. Fiquei ansioso agora. Quero ver a loucura batendo.

- É, mas se segurem. Só temos mais uns dias,e precisamos deste primeiro show, deste início triunfal e aí, podemos anunciar, okay? – Evelyn deu mais um gole no seu café e eles assentiram. – A visibilidade é para a turnê, a vida de vocês tem de continuar a ser preservada. Tudo bem dizer o atual status, necessário dizer sobre a gravidez pois esta barriga vai crescer diante dos olhos de todos, mas o trabalho é que deve ser focado. – Evelyn suspirou. – Se tudo sair exatamente como planejamos, esta turnê será lembrada para sempre. Vocês brilharão eternamente. Ofuscantes!

- Megalomaníaca, hein! – Frank ria e Evelyn retribuiu.

- Quase. – Evelyn continuou o café e os rapazes também.

Aquela semana seria surpreendente.

 

 

Dia da Consulta

No dia da consulta, lá estavam o trio de sempre, para diferente dos outros dias quando eles eram praticamente exclusivos e não havia ninguém esperando na ante sala ou dentro do consultório, aquela manhã mostrava uma nova atmosfera. Gerard, Frank e Evelyn aguardavam ansiosos a saída do casal que havia entrado – antes mesmo deles chegarem – e olhava com curiosidade para o casal que chegou pouco depois deles. Os dois homens eram louros e atléticos, por certo eram esportistas ou personal trainers, eles lhe deram um “bom dia” tímido e o trio respondeu no mesmo tom. Logo após alguns minutos, o mais alto ostentava uma barriga redonda e enorme, suas mãos passeavam pela protuberância e automaticamente, Gerard colocou as mãos sobre a sua barriga também. Frank o olhou e sorriu, beijando o rosto dele e Gerard fechou os olhos, um sorriso doce brotava nos lábios fechados; Evelyn via a cena e dizia baixo:

- Parem de ser fofos ou mordo vocês aqui, na frente de todo mundo.

Eles riram e voltaram a ficar em silêncio, mas já tinham chamado a atenção do casal sentado do lado oposto. O acompanhante e provável pai da criança do grávido, virou-se para eles e perguntou:

- Quanto tempo?

Gerard e Frank se entreolharam e sorriram, Frank respondeu:

- Ele completou 22 semanas.

- Ah sim, ainda está sutil, mas depois do quinto mês na nossa linguagem, porque este negócio de semanas sempre me confunde...  – o rapaz riu e eles acompanharam. - ... a barriga vai despontar de um jeito que é impossível não dizer que tem um bebê.

- Já não é mais barriga de gente barriguda, né? – Gerard descontraiu também.

- Justamente!

- E vocês estão com quanto tempo, digo, ele. – Frank levemente apontou para o jovem grávido.

- Como só conseguimos pensar em meses e não gravamos as semanas, são sete meses agora.

- UAU! – Evelyn exclamou e emplacou uma pergunta – Já sabem o sexo do bebê?

- É um menino. – o grávido dizia orgulhoso e o outro pai parecia babar. – Nosso Alan. – ele suspirou feliz. – E vocês? Já sabem?

- Não, hoje será a consulta que poderá nos dar esta resposta. – Gerard dizia mordendo os lábios.

- Possuem alguma preferência?

- Não, é o nosso primeiro, acho que é injusto escolher. – Frank dizia simples. – Só queremos que seja saudável, pois alegria já nos dá desde o dia que soubemos.

- Isso é certo. Nós ficamos felizes por ser um menino pois já temos uma garotinha. Julia. – dizia um dos papais orgulhosos.

- Que maravilha! Parabéns! – Gerard os felicitava e Frank e Evelyn também.

- Obrigado. Ela é sensacional, está super animada com a chegada do irmãozinho.

Antes que a conversa pudesse continuar, ouviu-se um destrancar da porta do consultório e todos olharam na mesma direção. Um casal de adolescentes aparecia e junto deles, as supostas mães. As faces não eram felizes e aquilo trouxe um sentimento novo para os que aguardavam. Gerard, Frank e Evelyn se entreolharam e sentiram uma certa angústia. Pela cara deles, dava a entender que o bebê apresentava problemas ou pior, havia sido perdido naturalmente. De qualquer maneira, Joan apareceu na porta e com um sorriso cálido e acolhedor retirou o trio dos pensamentos sombrios.

- Gerard, Frank e Evelyn, bom dia. Podem entrar e ficarem à vontade.

A médica abriu passagem para eles, mas não entrou no consultório ainda, ela deu bom dia ao casal de loiros  e foi até a recepção dizer algo para a secretária que assentiu e chamou o casal de adolescentes e as duas jovens senhoras. Evelyn não pôde segurar a sua curiosidade mórbida, precisava saber o que havia acontecido. Não importunaria aquela família,mas era boa demais para entender entrelinhas. A médica voltou e caminhou até a entrada do consultório.

- Desculpem-me pela demora. Hoje o dia começou um pouco transtornado. Vamos, por favor.

- Não há problema algum, Joan. – Gerard disse suave. Porém, Evelyn não entrou e chamou a atenção da médica e dos rapazes.

- Eve? – Frank a chamava.

- Ah, podem entrar, eu vou esperar aqui.

- Por quê? – Gerard expressava confusão.

- Eu preciso fazer umas ligações, terminar de ajeitar as coisas com Brian, para a Projekt. Aproveitar este tempinho. Vão, depois conversamos. – ela já os empurrava levemente para dentro do consultório.

- Okay... – Frank não estava convencido – Mas a gente te chama na hora da ultrassom, tá bem?

- Tá ótimo.

Frank entrou juntamente com Gerard, e Joan pediu licença, fechando a porta do consultório.

Evelyn virou-se  e forçou um sorriso de lábios fechados, sentando próximo aos adolescentes e suas mães. O clima pareceu pesar na recepção e a secretária estava agitada. O casal de loiros também olhavam apreensivos e não puxaram mais assunto desde então.

 

No consultório.

Devidamente alojada em sua cadeira e com a linda mesa em sua frente, Joan olhou para os papéis sobre ela, prontuário de Gerard e voltou a olhá-los.

– Okay, vamos falar desse bebê que parece ter dobrado de tamanho desde a última consulta. – e um sorriso bobo brotou no rosto da dupla de pais.

- Eu falei para Gerard, este bebê tá comendo tudo o que ele come, porque ele continua com o mesmo corpo, só a barriga que tá crescendo feito balão. – Frank arrancava risos.

- Isso é! – Gerarad concordava.

- Vamos ver se Gerard não engordou acima do que eu esperava. Pelo prontuário, você está com 22 semanas e 6 dias exatamente, amanhã serão 23 semanas. Cinco meses. Agora, é inevitável, a barriga vai aparecer cada vez mais.

- Isso vem em um momento propício, Joan. Em dois dias começa a nossa turnê e é o momento que escolhemos contar publicamente sobre nós e o bebê, finalizando os rumores. – Gerard disse suave e ela assentia.

- Ótimo, ainda bem que tiveram tempo de pensar nisso e planejar a revelação, bem como um merecido descanso e tranquilidade nos primeiros meses. – Joan estava feliz por eles. – Agora vamos lá, bateria de exames físicos e a ultrassom com gosto especial. Será que saberemos se é garoto ou garota?

- Tomara que sim. – Gerard agitava-se levemente.

- Vamos ver! – Joan animava-os e levantava ao mesmo tempo que Gerard. Ele já sabia o procedimento.

 

Enquanto Gerard era pesado, tinha a pressão e níveis cardíacos monitorados, Frank estava sentado, olhava aquelas cenas e começava a ficar ansioso. E se não conseguissem ver o bebê? Precisava conter sua angústia por saber o sexo, bem como lidar com Gerard que também passou as últimas semanas criando expectativas, ainda mais depois da compra das mamadeiras. Ele juntou as mãos sobre as pernas afastadas e prestava atenção em tudo.

Joan disse que Gerard estava dentro do peso esperado e isso foi ótimo, porque a pequena elevação no peso na última consulta não se repetiu agora. A pressão continuava estável e normal, bem como as taxas de eletrólitos, ácido fólico e vitaminas, devido ao recente exame de sangue que ela recebeu um dia antes diretamente do laboratório. Sem sinais de anemia, Gerard continuava a ser um gestante saudável.

- Ai, graças a Deus! – a vibração de Frank escondeu um pouco a ansiedade. O jovem sorriu para Gerard e levantou-se quando seu amor dirigiu-se para deitar na maca. Como já era de costume, Frank seguraria a mão de Gerard e com os mesmos olhos ávidos a cada gesto ou movimento de Joan durante a ultrassom.

- Gerard, você está  maravilhoso. Continuaremos com as consultas mensais, a menos que Deus o livre, ocorra algo. O exame de sangue seguirá periódico, pouco antes de você passar na consulta e aqui veremos tudo o mais como já está acostumado. Estamos um pouco mais da metade da jornada e vamos seguir com sucesso.

- Sim! – Gerard e Frank responderam ao mesmo tempo e arrancou mais uma risada da médica que achava aquela sintonia fabulosa.

- Bom, vamos ver este bebê. Como já sabem, primeiro as medições, checagem dos batimentos cardíacos, depois vemos se o bebê quer se identificar ou não. – Joan lhes sorriu.

- Acho que estou mais ansioso do que o Gee. - diz Frank passando a mão livre no rosto e Gerard sorri, apertando-lhe suavemente a mão.

Enquanto Joan prepara para o aparelho de ultrassom, Frank ajuda Gerard com a roupa para não a sujar com o gel. Ao abaixar um pouco o cós da calça jeans e ao levantar a blusa de Gerard, expondo sua barriga redonda, um sorriso foi desenhado mais uma vez nos rostos dos rapazes. Gerard “desenha” círculos em volta do umbigo e Frank então se abaixa e beija a barriga dele; Joan sempre fica emocionada ao ver estas cenas dos pais.

 

- Eu sou a pessoa mais feliz do mundo, sem dúvidas. – Gerard suspirava, uma leveza, doçura e carinho pareciam estar em volta dele como uma aura.

- Bom, vamos lá. – Joan diz e eles concordam.

A médica pressiona o transdutor com firmeza, mas nada doloroso, no máximo um desconforto, os dois respiram pausadamente como se segurassem o ar, tentando manter a calma enquanto Joan olha fixamente para o monitor e parece fazer anotações a cada imagem capturada. Os minutos parecem eternos, mas a tensão se dissipa a cada momento que a médica sorri.

- Vocês possuem um bebê formidável, rapazes. - ela diz e vira a tela do monitor para que eles vejam o bebê.

- Está tudo bem? – Frank realmente está ansioso.

- Perfeitamente bem. A partir de agora, o bebê deve crescer de 1,3 a 1,5 cm por semana.

- Wow! Terei um bebê gigante, talvez. -  Gerard estava orgulhoso, inflado de alegria.

- É provável. Quanto ao peso, o ganho maior será nas últimas semanas.

- E Joan... já deu pra ver se as perninhas estão abertas? – Gerard arqueia as sombracelhas e Frank respira fundo.

- E como! É um despudor total este bebê. – ela ri alto e olha mais uma vez para o monitor,  e pergunta para ter certeza. - Vocês querem realmente saber?

- Espera! - Frank levanta a mão.

- Vai chamar a Eve? – Gerard olhou-o.

- Não... é que...

- Algo errado,Frankie? - Gerard estava confuso.

- É só que, eu estou nervoso. Deixa eu respirar só um pouco.

- Quer um pouco de água? Pega a cadeira e sente-se. – Joan preocupou-se.

- Obrigado, Joan. É só que, eu já me sentia pai, mesmo não sentindo o que o Gee está sentindo por carregar o bebê, sabe? Mas agora, saber se é menino ou menina parece ser ainda mais real. Deu um frio na barriga.

- Isto é totalmente normal, Frank. – Joan lhe sorriu. – Olha, se preferirem, a identidade do bebê se mantém secreta, eu enviarei o relatório de imagens para a minha secretária e ela colocará em um envelope lacrado como sempre, e na última página terá a notícia a qual tanto estão ansiosos, certo? Acho que é melhor que vejam em casa, tranquilos, abram junto com suas famílias e entes queridos, será um momento único, aproveitem.

- Eu acho uma ótima ideia, afinal já teríamos um jantar especial esta noite para informá-los ou, se não fosse possível saber, seria um jantar de despedida antes de iniciarmos a turnê. – Gerard sorriu. – Tudo bem para você, meu anjo?

- Perfeitamente.Eu concordo, acho que me sentirei mais confortável e preparado.  – Frank respirou aliviado e Gerard beijou a mão dele. – E eu tô bem, não precisa de água, obrigado, Joan. – o jovem sorriu pela decisão em consenso e ambos aguardarm Joan finalizar o ultrassom e lhes deixar escutar o coração. Tudo estava perfeito com o bebê.

 

Joan voltou à sua cadeira e os papais também logo após Gerard com a ajuda de Frank limpar sua barriga. Gerard pareceu lembrar de algo:

- Joan, é normal eu sentir o bebê como se flutuasse na minha barriga? Ainda não senti os chutes.

- É normal, sim. A partir de agora, com o bebê mais fortificado em seus membros, os chutes logo virão. É uma sensação mágica, e estranha no início, mas você se acostumará. Não tenha pressa demais, afinal, daqui alguns meses o bebê estará lutando para se encaixar no espaço apertado do seu ventre e você estará querendo descansar ou dormir e será difícil. – ela sorriu e ele fez uma cara adorável, mordendo os lábios pela ansiedade.

- AH, quero sentir logo estes chutes! – Frank colocava a mão na barriga de Gerard.

- Bom, queridos. Mais uma coisa antes de vocês irem embora. Como mencionei, nossa jornada passou um pouco da metade. Nós contamos semanas e as gestações normais chegam às 40 semanas, com percentual para mais ou para menos. – e ela os fez rirem. - Com 38 semanas, um parto já pode acontecer, pois o bebê está maduro e pronto pra nascer, porém sempre esperamos que a gestação complete 40 semanas. – Joan pausou um pouco. – Estou lhes informando isso pois é necessário começar a debater sobre o parto. Como será, onde? Se preferem que tudo seja feito no hospital ou desejam um parto intimista em casa.

- Certo, Joan. - eles concordam.

- Vocês já conversaram sobre isso?

- Não, abertamente não. Creio que não tínhamos nem pensado pois sempre achamos que ainda está longe. – Gerard iniciou.

- É verdade. Se eu estou nervoso em saber o sexo do bebê, imagine eu falando a forma que ele virá o mundo. – Frank sorri.

- Eu acho que vou acabar optando por um parto normal, sabe?  Eu tenho um pavor absurdo de agulhas, Deus sabe o quanto já é ruim ficar repetindo um simples exame de sangue mensal, imagine mais um monte de agulhas para soro, anestesia, não... não... – Gerard sacode a cabeça e Frank completa:

- Gee sempre teve este medo. E ainda tem a questão das drogas. Ele é uma pessoa em constante reabilitação, não sei se seria bom, entende? Eu apóio esta decisão, se ele realmente sentir-se à vontade de ter o parto mais natural possível. Sei que não será fácil e ele terá de encarar uma carga de dor extrema, mas estou ampliando o campo de visão. – Frank virou para Gerard que o aguardava de forma atenta. Ele sabia o quanto aquilo era crucial e verdadeiro.

- Eu tenho o melhor companheiro do mundo! É exatamente isso, Joan. – Gerard sorria e Frank juntamente com ele. – Remédios sempre foram um aspecto bem complicado para mim.

- Bem, acho que já está certo então, papais. Desta forma, posso ajudá-los nas próximas 15 ou 17 semanas vindouras. Conversem mais sobre isso, vou enviar um material via email para Evelyn e ela passa para vocês, desta forma podem ter certeza absoluta do que desejam. O parto é uma experiência muito importante, através dele vocês receberão a criaturinha linda que fizeram e aguardaram por tanto tempo. Vocês dois devem compactuar de todos os detalhes.

- Está perfeito. - Frank sorri acompanhado de Gerard.

- Meus queridos, desejo-lhes toda a sorte do mundo com o início  da turnê, muito sucesso, mas com todo o rigor de cuidado que o estado interessante de seu corpo exige, certo, Sr. Way? – ela fingia ser brava e puxar-lhe a orelha. – Nos vemos em quatro semanas, mas se algo ocorrer, não hesite por um segundo em me acionar. Okay?

- Seguramente, Joan! Mais do que certo! – Gerard sorria. – Muito obrigado pelos votos.

- Obrigado, Joan! Não hesitaremos de te acionar caso seja preciso. – disse Frank.

Os rapazes levantaram e iniciaram a despedida. Beijos e abraços trocados, eles deixam o consultório e Evelyn olha para a porta, levantando-se e confusa:

- Ué? Não foi possível ver o bebê? Ou vocês esqueceram de me chamar?

- A gente esqueceu de te chamar. – Frank disse sério.

- Desculpa, Eve. – Gerard entrou na brincadeira do companheiro.

- Poxa vida... – ela pareceu triste. - ... depois ainda falam que sou como irmã. Hum, sei...

- Desde quando você é sensível assim, viada? – Frank ria e ela se deu conta que era brincadeira.

- Seu cretino! – Evelyn beliscou Frank e Gerard riu. – Diabos!

Eles notaram que o casal de loiros foi chamado ao consultório e o trio se despediu deles, desejando-lhe sorte, eles retribuíram os votos e entraram. Evelyn suspirou e foi até a secretária, eles a seguiram.

- Não te chamamos pois ainda continua um mistério o sexo do bebê. – Gerard disse suave.

- Ih, não deu pra ver? – Evelyn procedia com o pagamento habitual da consulta e aguardava o comprovante.

- Deu sim, mas pedimos para Joan colocar no relatório da ultrassom. Vamos saber todos juntos hoje à noite, na hora do jantar. – Frank estava até ofegante.

- - Ninguém aqui tem mais ansiedade do que eu. Arrume outra ocupação, Iero. – Evelyn apertava os ombros de Frank e ele riu.

- Okay, estou tentando.

A secretária lhe entregou o comprovante de pagamento e o envelope que desta vez não contém apenas o relatório da ultrassom, mas a notícia aguardada. Eles agradeceram e saíram. Assim que entraram no carro, Gerard e Frank ligaram para suas respectivas famílias reafirmando o compromisso do jantar aquela noite na casa deles. Todos saberiam juntos.

 

 

No caminho para casa...

Evelyn nem bem chegou ao final da rua onde se localizava o consultório de Joan e Frank a interpelou:

- Ainda não entendi o porquê você não entrou conosco assim que a Joan nos chamou.

- AH, sobre isso, quero falar com vocês. – ela olhava o cruzamento e lhes dava atenção.

- O que foi? Brian disse algum problema? – Gerard coçou a ponta do nariz.

- Nope. Nem falei com Brian. Recusei entrar com vocês pois queria saber a história daqueles garotos.

- Nossa! Como você pode ser mentirosa e fuxiqueira, meu Deus! – Frank soltava um riso alto e Evelyn batia na perna dela, Gerard ria sem controle.

- Desculpa a insolência, mas Deus me fez assim. Reclama com Ele. – ela riu e seguia com o carro, eles se conteram nas risadas. – Joan não poderia falar sobre eles, por causa do sigilo da profissão, mas eu, com toda a minha sagacidade, poderia descobrir. Pela cara dos garotos algo grave tinha acontecido, aquilo mexeu comigo. – Evelyn parou no semáforo e olhou para eles no banco de trás. – Eu sempre amei e torci por vocês, este bebê é a coroação desta relação. Estou tão envolvida com este universo, que eu nem imaginava que me afetaria tanto, mas só me afeta porque são vocês. Eu queria que todos fossem como vocês.

- Awn, Eve... – Gerard suspirava.

- Você não é uma completa monstrinha, minha monstrinha. – Frank dava um beijo “selinho” nela.

- Parem com esta viadagem. Eu tô ficando viada demais com isso. – Evelyn sorria e colocava a ponta do dedo no canto dos olhos e eles sorriam. – Eu agora sei que duas pessoas podem se amar e ficarem juntas e felizes para sempre, é só olhar vocês dois. Obrigada. – ela se jogou um pouco para trás e deu “selinho” nos dois, em meio a um som de buzinas. – AHHH, estou indo, seus filhos da mãe, caralho! QUENGOS! – ela gritava na janela e saiu com o carro. Gerard e Frank gargalhavam.

- Esta é nossa Eve! – Frank comemorava.

- Bom, sobre os garotos lá. – Evelyn atraiu a atenção do casal. -  Um dos adolescentes estava grávido e caiu um tombo durante a aula de educação física.

- Nossa! – Gerard espantou-se.

- Ele já sentiu dores logo após a queda e o outro adolescente, pai da criança, avisou as mães e vieram correndo para o consultório.

- Que bom, né! – Frank levantava a mão em gesto simples.

- TAN! Não, não, resposta errada! Eles tinham de ter ido ao hospital direto e de lá, ligar para mãe, pai, polícia, forças armadas... a Joan.

- Ih... – Frank balançou a cabeça em negativa.

- Quando as mães souberam, os dois já estavam em um táxi a caminho do consultório. Só que o trajeto foi longo e a dor piorou, o adolescente sentiu um sangramento e depois, permaneceu dolorido.  – Evelyn suspirou triste. – Logo que ele chegou, a secretária avisou Joan e ela o colocou na maca para a ultrassom. – Evelyn franziu os lábios e eles estavam apreensivos. - O coração do bebê não batia mais.

- Que horror! – Gerard olhava angustiado e Frank segurou firme a mão dele.

-  Na hora que eles saíram do consultório com Joan, ela tinha pedido para a secretária agilizar uma ambulância, ele precisava ir para o hospital pois teria de passar por um procedimento,  uma curetagem, acho que é esta a palavra, e ficar uns dias em repouso.

- Poxa vida, que merda! – Gerard coçava a testa.

- Caralho, mega pesado para a  garotada passar por isso. – Frank dizia um pouco embargado.

- Ao que parece, Joan os tranquilizou dizendo que ele é saudável, engravidará novamente sem problemas, é jovem. – Evelyn suspirou. – No fim, tudo tem uma hora e eles são jovens demais, a vida mudaria muito para eles. – ela deu mais um longo suspiro. – É o amargo da profissão  da Joan, da vida, afinal, juntamente com o doce. – Evelyn parou em mais um semáforo e olhou-os carinhosamente tentando dissipar a tensão que se fez presente. - De certa forma, foi bom eu ter fuxicado isso, pois quero orientá-los que, a qualquer sinal de dor fora do comum, sangramento ou queda, a primeira coisa é ir para o hospital. E ME AVISAR! Aliás, ME AVISAR E IR PARA O HOSPITAL! Entendido?! – ela apontou o dedo para os dois.

- Entendido, general! – Frank estava impressionado.

- Sem piscar, seguiremos tudo rigorosamente, Eve. – Gerard era categórico.

- É muito importante que façam desta maneira, me avisando, é lógico, se eu não estiver por perto. – o semáforo abriu e ela avançou. – Eu me programei para ficar com vocês durante toda a Projekt, mas se algo ocorrer e eu tiver de passar uns dias longe, isso não isenta de me dar notícias, tá? Esta barriga ficará cada vez maior e vocês são rockstars. Se para uma ou um gestante de vida mais tranquila já é difícil, imagina pro Gerard.

- Você está certa. – Gerard engolia seco, não poderia imaginar ficar sem o seu bebê de forma alguma. Aquilo lhe causava tremor só de imaginar.

- Sei que Gerard é muito prudente e possui duas águias implacáveis na vigília de seus passos, radares, como eu e você, Frankie, mas infelizmente, acidentes acontecem.

- Tudo bem, Eve, você está coberta de razão. Sua fuxicação foi muito boa, por sinal. – Frank lhe sorria.

- Não posso permitir que nada atrapalhe esta felicidade. – Evelyn sorriu e piscou-lhes. – Amo vocês.

- E nós amamos você! – Frank e Gerard diziam em sintonia. O riso ecoou no carro e a seguir eles ficaram em silêncio, descansando um pouco da manhã agitada. O dia ainda seria bem longo e cheio de boas coisas.

 

 

Casa Way-Iero.

Como já era sabido, o jantar estava marcadíssimo, assim, Evelyn após deixar Frank e Gerard em casa, ela reafirmou a encomenda do jantar especial em um belo restaurante italiano na centro da cidade e, agora, também um bolo especial. Desde que Gerard engravidou e Evelyn segue os passos dele, a mulher tratou de se inteirar deste universo cada vez mais, e desta forma, já passou pelas suas vistas a informação de algo chamado “Chá da Revelação”.

Trata-se de um evento intimista, onde a estrela da festa é o bolo e seu recheio, tudo porque a cor do recheio indica o sexo do bebê, então assim que o bolo é cortado obtém-se a revelação do sexo da criança. Para que isso ocorresse, ela levou o envelope com a notícia do sexo do bebê para uma confeiteira a qual era especialista em bolos decorados para chás de bebê e de revelação.

Evelyn chegou ao local, falou com a confeiteira e entregou-lhe o envelope. Ela abriu-o, leu e devolveu fechado para Evelyn. A jovem advogada aguardaria para saber com seu casal favorito, suas famílias e amigos da banda.

Desta forma, à noite, Gerard e Frank trataram de receber bem seus familiares e entretê-los com o diário da consulta daquele dia, bem como aos seus companheiros de banda e suas namoradas. Evelyn chegou com o jantar e bolo e logo eles se serviram da comida até porque Gerard não poderia comer tão tarde.

Assim que a última garfada do jantar foi saboreada, Evelyn correu para pegar o bolo na geladeira e trazê-lo para a mesa, enquanto Alicia e Christa ajudavam com os pratos e talheres de sobremesa. Dispostos os itens e todos posicionados de frente para Frank e Gerard, Linda e Donna lhes deram as espátulas para que eles cortassem o bolo ao mesmo tempo e levantassem o pedaço de forma única e totalmente visível. Aquele primeiro pedaço tinha de ser grande.

- Pronto? – Gerard deu um respiro profundo e sorriu.

- Pronto! Caralho! – Frank deu uns pulinhos e sacudiu as mãos. Todos riram e Evelyn registrava tudo com a câmera. – Contem com a gente! – Frank pedia. – 1, 2, 3... JÁ!

Gerard e Frank usaram a espátula para fazer um corte inicial em triângulo, firmes, os dois ajeitaram as espátulas para levantar o pedaço de bolo e contemplar a cor do recheio.

- AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!

O grito foi geral, bem como a comemoração com mãos ao alto, socos no ar, abraços mútuos entre vários pulos e palmas de alegria. Gerard e Frank estavam extasiados, olhavam um para o outro, para frente, gritos e mais gritos.

- EU SABIA, SABIA, SABIA! - Evelyn estava ensandecida.

Os pais deles estavam super emocionados, bem como o avó de Frank. Ray, Mikey, Bob, Matt, James, Christa e Alicia ainda continuavam a pular e gritar, uma bagunça total. Gerard e Frank agora choravam de alegria e ainda olhavam bobos para a cor do recheio do bolo, eles se abraçaram fortemente e um beijo mais que apaixonado selou a alegria dos papais.

 

 

Nota de imprensa.

Projekt Revolution here we come!

Está tudo pronto para o festival mais aguardado pelos fãs de rock e o My Chemical Romance já está de malas prontas. O ônibus da banda foi visto ontem no White River Amphitheatre em Seattle, onde será o início e primeiro show da turnê. A presença do baixista Matt Cortez confirma que não veremos Mikey Way nos palcos tão cedo. Oficialmente o motivo da ausência de Mikey se deve ao recente casamento com sua namorada de longa data, Alicia Simmons, no entanto, especula-se que o irmão mais novo de Gerard Way esteja, na verdade, em tratamento contra dependência química.

E por falar em Gerard Way, aparentemente ele e o guitarrista, Frank Iero, estavam juntos na casa do vocalista, no momento em que saíram para o embarque em seu voo, no Aeroporto de Newark, até Seattle. Poucas semanas atrás, Frank se mudou da casa onde morava e os boatos são que o guitarrista está morando na casa de Way. Isso reforça ainda mais os rumores de que os dois estão em um relacionamento sério. Vale lembrar também que a dupla foi vista comprando itens de bebê em um supermercado local.

Por enquanto todos mantém silêncio absoluto sobre o assunto. Então só nos resta esperar... e torcer.”

 

 

Início da Projekt Revolution – Primeiro show

Seattle

Havia chegado o momento pelo qual foi esperado e preparado por meses e com grande e total ansiedade. O My Chemical Romace estava em sua mais ambiciosa turnê, do seu mais ambicioso álbum. Se a chegada até ali foi difícil, antes não foi diferente. Levar toda a história do The Patient aos palcos, fazer o público delirar com as músicas novas e antigas era um trabalho minuciosamente pensado. Por Brian, com o apoio de Evelyn e, sobretudo, com cada um dos rapazes. A vida deles estava entregue ali.

 

O palco principal ou Main Stage estava montado e já havia passado as bandas Julien K, Placebo, Him e Taking Back Sunday, o My Chemical Romance subiria ao palco naquela – e demais – noites, e Linkin Park fecharia todos os dias. Durante o dia, um outro palco chamado Revolution receberia as bandas Madina Lake, Styles of Beyond, The Bled, Saosin e Mindless Self Indulgence. Os horários seriam rigorosos e o público teria os portões abertos sempre a partir das onze e quarenta e cinco da manhã para o palco Revolution, sendo que sua última banda finalizaria o show às quatro e dez da tarde, e a seguir, às quatro e quinze, os portões do Main Stage seriam abertos para que a primeira banda iniciasse seu show às quatro e trinta e cinco, sendo que a última finalizaria o show às onze da noite. Este era o roteiro de cada data da Projekt Revolution em quase trinta dias de shows pelas cidades americanas.

 

O público estava empolvoroso e assim que o palco recebeu todos os detalhes para o show, a saber, o painel imenso ao fundo escrito “My Chemical Romance” e as figuras de lobos prestes a atacar, na frente para a bateria havia um palco redondo e o que se assemelhava à uma pixação escrita “She loves you” e dos lados direito e esquerdo havia caixas quadradas umas dos lados das outras. Segundos antes da banda entrar no palco, algo novo: dispositivos que expeliam jatos de fogo, do solo para cima, foram acionados e as pessoas olharam fixas para frente, os gritos ecoavam pela arena.

 

Ainda estava claro apesar de ser oito da noite e sem mais nenhuma expectativa, nenhum acorde introdutório, aos poucos os rapazes entraram no palco. Cada um foi em direção ao seu instrumento, no caso de Dewees e Bob, já Frank, Ray e Matt entraram munidos dos seus. Gerard foi o último. Os rapazes começaram a mexer nos instrumentos e excitaram ainda mais o público que gritavam por eles:

 

- MCR! MCR! MCR!

 

Gerard veio andando no palco com cuidado, de forma sutil, Evelyn o seguia como uma águia, fixa no caminho do vocalista até que ele pudesse estar no meio do palco ou o mais perto disso, em segurança. O cuidado já era sabido. Não tropeçar em nada e correr o risco de cair causando mal para ele e o bebê. Desta forma, os rapazes começaram a dedilhar notas em seus instrumentos e Gerard gritou:

 

- SEATTLE, EU QUERO OUVIR VOCÊS! ESTÃO AÍ?

 

E os gritos se tornaram mais alucinantes, as luzes começaram a piscar freneticamente e Gerard colocou-se no centro do palco, tranquilizando Frank, Evelyn e todos em geral. Foi aí que, os rapazes iniciaram as notas de “This Is How I Disappear”, a energia já se propagava de maneira absurda e Gerard gritou mais uma vez:

 

- NÓS SOMOS O MY CHEMICAL ROMANCE! SEATTLE, GO!

 

A música explodiu juntamente com os efeitos pirotécnicos do palco – os estalos de fogos - e a multidão começou a pular, aguardando para cantar juntamente com Gerard. Ele sorriu para o público e sua roupa negra, um terno, escondia um pouco as recentes e latentes mudanças no seu corpo, mas não muito. Ao esticar-se ou ao aproximar-se da platéia para fazer seus gestos conhecidos para ouví-los gritar, a roupa dava uma leve subida ou abria o terno e a saliência poderia ser vista. Gerard e Frank sabiam como preparar seu público para receber as novidades.

 

“Disappear” fluiu com um coro fiel e Gerard com fôlego. Frank concentrava-se nas notas e nele. E na parte mais alta da música deu uma leve aproximada dele, sorrindo. A música finalizou e imediatamente eles emplacaram “Dead!”. Somente após a terminarem, Gerard tomou um pouco de fôlego e preparou-se para saudar apropriadamente a platéia:

 

- Olá, Seattle! – Ele disse com vigor e sorrindo. – É muito, muito bom estar aqui. Foi uma grande jornada até que este dia chegasse. VOCÊS ESTÃO BEM?!

 

Ao ser respondido, ele acenou, jogando beijos, e viu Frank se aproximar com uma garrafa d’água. Era incrível a quantidade de flashes disparados neste momento. Talvez, o necessário para iniciar o acervo de fotos que culminará em mais rumores. Gerard tomou a água sob a inspeção de Frank e a platéia ia ao delírio, o mais velho desarrumou o cabelo do mais novo e o gesto fofo enlouquecia os fãs.

 

- Ele está cuidando de mim. – Gerard entortava o sorriso e olhava para o público ensandecido. Frank ria e se afastava.

 

A próxima canção foi “Give’Em Hell, Kid”, emendaram “Cemetery Drive” e depois veio “I’m Not Okay” incendiando o público, tanto que Gerard mal cantava pois as vozes se sobrepunham sobre a dele. No medley, onde ele diz “I’m Okay, I’m Okay Now...” e Frank responde, o que saiu foi mais uma pitada de rumor:

 

- MY BABY!

 

E os olhos surpresos de Gerard cruzaram com os divertidos de Frank. Eles estavam gostando demais daquilo, sentiam-se à vontade. Eram incontroláveis. O palco era um habitat natural. A canção foi finalizada e Gerard tomou mais água.

 

- Vocês estão ótimos esta noite! Incontroláveis! Do jeito que deve ser!

 

“Teenagers” veio como um “alívio” e acalmou tanto Gerard e a platéia por seus minutos duradouros. Durante a execução da canção, Frank veio para o lado onde Ray estava e brincou como se não fosse deixá-lo continuar a tocar. A brincadeira capturou a platéia enquanto Ray sorria e disse para Frank que ia ter volta. O som era inaudível, claro, mas era possível perceber em sua expressão. Frank riu e voltou para seu lado habitual, sendo que no final da canção, os dois ficaram um pouco mais à frente, ergueram suas guitarras e mandaram um beijo para os fãs. Gerard tomou a palavra novamente:

 

- Quero lhes apresentar uma pessoa muito especial, talentosa esta noite. Nosso amigo, MATT! – e apontou para o baixista que se aproximou e curvou-se ao público que o recebeu com grande barulho. – Infelizmente, Mikey não pode estar conosco, mas quero que vocês digam que o ama, ele receberá estas boas energias e logo estará conosco novamente. 1, 2, 3... MIKEY, EU AMO VOCÊ! - O público disse e Gerard bateu palmas, voltando a falar com a audiência:

 

- Antes da próxima canção, quero dizer um olá especial para todas as mamães e papais na platéia. Quem é?! – Ele colocava as mãos um pouco acima dos olhos e Frank se aproximava dele mais uma vez, imitando o gesto e depois repousando de leve a cabeça no ombro de Gerard. – Muitas e muitos! OLÁ! Vocês devem se orgulhar de si e dos seus filhos, eles são suas melhores criações! Façam-os dignos de mudar a bagunça do caralho que está esta porra de lugar que vivemos! Eu assumo este compromisso com vocês!

 

- EU TAMBÉM! – Frank gritou ao trazer o microfone nas mãos de Gerard para sua boca.

 

O público delirava e socava o ar, os fotógrafos estavam ávidos e Evelyn percebeu a horda de jornalistas de revistas, programas de TV e rádio hipnotizados por cada vez que Gerard dizia algo. Ela sabia que eles já possuíam bastante material para dar um resumo apurado dos acontecimentos da primeira noite de show dos rapazes e eles nem estavam no meio do concerto. Ainda tinha mais.

 

“Mama” começou e alguns rostos pareciam ligar o discurso de Gerard à uma introdução por conta da canção. Na sua parte mais alta, os jatos de fogo foram disparados novamente e a performance de Gerard assemelhava-se a um ator protagonizando a agonia de alguém andando pelo inferno; devagar, as mãos levantadas, o rosto amendrontado. A platéia cantou a última parte da música com vigor, jogando as mãos ao alto, gritando ao fim com as luzes se apagando e Gerard imitando um choro de criança. Delirante.

 

A próxima música era “House of Wolves” e Gerard começou a fazer ruídos de lobo, ficou tão estranho quanto sexy e passava lentamente na beira do palco sob os olhos atentos da platéia e a pulsação frenética de Frank e Evelyn que se seguravam para não correr e puxar ele para trás. Evelyn pensou rapidamente que para o próximo show ia colocar uma linha amarela ou branca sinalizando que Gerard devia ficar atrás dela. Assim, nem ela, nem Frank morreriam do coração.

 

“House of Wolves” sempre era uma performance muito radical e neste ponto, parece que Gerard esqueceu-se um pouco do seu “estado interessante” de gravidez. Em alguns momentos foi mais difícil puxar o ar e no fim da música ele sentiu-se um pouco mais cansado, e involuntariamente curvou-se um pouco, colocando a mão no “pé” da barriga. Frank o olhou imediatamente e Evelyn meteu as costas da mão na boca, mordendo. Porém, Gerard sorriu e passou a língua nos lábios, mão nos cabelos molhados pelo suor, e piscou-lhes rapidamente.

 

- Acho que... – ele começou. - ... minha calça está muito apertada. – o público gritava. - É como se eu tivesse uma flor aqui. – e apontou entre suas pernas, fingindo abrir a calça. – Acho que preciso ficar mais confortável, mas, eu sou um homem, eu não tenho nenhuma flor. - todos riram e Frank veio do outro lado do palco para perto dele e disse:

 

- Parece uma flor, sim. – Frank afastou-se um pouco e dava risadinhas. Gerard finalizou:

 

- Ele viu e disse que parece uma flor. – a afirmação e o sorriso travesso de Gerard enlouquecia a todos. – Provavelmente ele está certo. – o público delirava.

 

Frank foi caminhando de costas e rindo, com uma expressão de “Desculpa se eu vi e vocês não”, era hilário. Evelyn estava se acabando de rir. Totalmente inestimável.

 

- Agora, quero que digam um “Olá” para os pais do James que estão aqui hoje. OLÁ! – e todos falavam juntamente com ele. – A próxima canção chama-se “Welcome to the Black Parade”.

 

Gerard fixou os olhos em um ponto ao longe do público e começou a cantar melodiosamente, os fãs o seguia e tornou-se um coro esplendoroso. Ficou grande, épico, a opera rock que aquele álbum trouxe de volta, era emocionante. Assim que finalizaram a canção, ainda no escuro, Gerard aproximou-se de Frank e disse que precisava só de uns segundos a mais até a próxima canção. Ele foi para junto de Ray e depois de Bob, James e Matt, avisando-os, enquanto Gerard ajoelhou-se um pouco perto da bateria, de frente para o “She loves you” e sorriu. Tomou metade da garrafa d’água e levantou-se devagar. Sob os olhares atentos de todos, ele virou-se e caminhou na direção do público novamente, levantou a mão e todos gritavam.

 

Tentando manter uma atmosfera mais amena, eles começaram a tocar “I Don’t Love You”, “Desert Song” e “Cancer”. Ao finalizar a sequência calma do show, Gerard voltou a interagir com a platéia:

 

- “Desert Song” é uma canção muito bonita, Ray pediu para que a incluísse. Ela devia fazer parte de “Revenge” mas acabou em “Life On The Murder Scene”, o que foi ótimo! – ele respirou mais profundamente e sorriu. – Isso me fez lembrar que, o que está no “Murder Scene”, digo, o diário, tudo, é um pouco como queríamos que vocês também se sentissem à vontade para se expressar, sabe? Serem verdadeiros, honestos, mostrar o mais puro de vocês, mesmo as partes feias. Não tenham medo, jamais tenham medo de ser quem são! Não tenham de caminhar pelo mundo! – Gerard mandou mais beijos para a platéia.

 

Após o discurso inflamado tal como um pastor sulista, o primeiro acorde para “Famous Last Words” iniciou e Gerard cantava junto do público que gritava e o acompanhava ao mesmo tempo. Foi como ouvir vozes determinadas a lutarem pela liberdade. Era incrível o que aqueles rapazes conseguiram fazer, possuíam um exército para marchar com eles.

 

- SEATTLE, VOCÊS FORAM INCRÍVEIS! NÓS VOLTAREMOS! – Gerard iniciava a despedida e o som de “Helena” apresentava-se ao público como a última canção da noite.

 

Gerard mal cantava, mais uma vez a platéia tomava seu lugar, aquilo o emocionou muito. Os hormônios da gravidez se tornavam mais evidentes e ele abaixou a cabeça por alguns instantes, contendo a emoção e secando os cantos dos olhos. Levantou o rosto para continuar cantando e caminhando pelo palco, acenando, jogando beijos, tentando concentrar-se na parte final da música. Com o último “So long and good night”, Gerard ergueu as mãos e gritou:

 

- OBRIGADO, SEATTLE! NÓS AMAMOS VOCÊS! FIQUEM BEM! NOS VEREMOS!

 

Gerard jogou mais beijos para a platéia e cada um dos rapazes se aproximaram mais do limite do palco e agradeceram, curvando-se ao público. Bob jogou suas baquetas e Frank, Ray e Matt suas palletas. As luzes se apagaram, os gritos não cessavam e eles caminharam para o backstage. Evelyn aguardava com esfuziante ansiedade.

 

- Foi perfeito, graças a Deus! Parabéns, meus amores! – ela beijava cada um e em Gerard... -  Você foi maravilhoso, está bem? Como está se sentindo?

 

Frank estava com o braço em volta da cintura de Gerard e vice-versa, Gerard virou-se para o amor de sua vida, colocou a mão na barriga e Frank colocou a mão sobre a dele, olhou para Evelyn:

 

- Estou renovado e delirantemente feliz. Me sinto rejuvenescido. Eu tenho tudo o que desejo para ser feliz bem aqui.

 

Com o sorriso aberto de todos, eles se juntaram para um abraço em grupo. Era inegável o sucesso. Aquilo só estava começando.

 

O capítulo 7 terminou ;)

 


Notas Finais


E aí, leitores? Será que é menina ou menino?! *__*
Próximo capítulo vocês saberão!!! Mas, façam suas apostas! Me digam o que acham!
Obrigada por ler!!! MIL BEIJOOOOOOOOOOOOOOOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! <3 <3 <3


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