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História A Kiss Before She Goes - Capítulo Oito - Overexposed


Escrita por: MaryAnnSGWay

Notas do Autor


AMADINHOS E AMADINHAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! TIA MARY TARDA MAS NÃO FALHA E NÃO ABANDONA!
Após muitos problemas (nem todos superados, mas vamos em frente!), cá estou com este capítulo cheio de revelações e surpresas!
Antes de mais nada, MEUS AGRADECIMENTOS SEMPRE POR QUEM COMENTA, FAVORITA E PERDE SEU TEMPO COMIGO XD. MUITO AMOR E COISAS BOAS PARA VOCÊS! Quero agradecer aos mais novos favoritos: Le_DiAngelo, Andjiromact e frankthomas e que SEJAM ABENÇOADOS!!!!!!!!!!!!!! MUITO AMOR, MUITO, MUITO PARA VOCÊS! <3
SEM MAIS, vamos ao que interessa, capítulo prontinho proceis!
Boa leitura e segurem a respiração! rs
BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSSSS

Capítulo 8 - Capítulo Oito - Overexposed


Fanfic / Fanfiction A Kiss Before She Goes - Capítulo Oito - Overexposed

 

A Kiss Before She Goes

Capítulo 08 – Overexposed

 

28 de julho de 2007.

San Bernardino - Califórnia.

Gerard e Frank caminhavam tranquilamente pelo estacionamento dos ônibus das bandas e tudo assemelhava-se a uma grande comunidade hippie. Na frente de alguns ônibus existiam tendas, cadeiras, caixas com bebidas e mesas que comportavam algum alimento, copos e cinzeiros. Conforme os dois passavam, os acenos de cumprimento já se tornavam costumeiros tal qual em sua vizinhança em Belleville.

Eles seguiram o caminho até um pouco antes da entrada para as arenas que localizavam os palcos. Gerard faria algumas fotos com Chester, do Linkin Park, e depois, particularmente, ele queria encontrar Brian Molko, do Placebo. Frank olhava ao redor e segurava firme duas garrafas de água, uma para ele e a outra para Gerard.

Evelyn saiu cedo. Fazer o que, ninguém sabia. Os rapazes sabiam que a moça não possuía rédeas, então, ou ela estava resolvendo alguma coisa relacionada à banda ou deu a si o merecido descanso longe da agitação da arena, pronta para voltar pouco antes de tudo começar. Eles não se preocupavam.

Três dias se passaram desde o primeiro show e hoje seria o terceiro da sequência. Chegara a hora da revelação. Sob o céu de estrelas celestes e terrestres da Califórnia, Frank e Gerard revelariam a relação, a gravidez e o sexo do bebê ao público em geral. Fãs, amigos, imprensa, todos saberiam naquela noite. E embora muitos meses passaram até que tudo isso viesse à tona, e com um planejamento feito, o  casal ainda estava nervoso. Porém, não tinha como fugir. Os olhos atentos de todos destilavam a curiosidade.

As notas de imprensa pós shows sempre vinham com a pergunta mais latente:

“Gerard Way realmente está grávido? Será Frank Iero o pai?”

Naquela noite, isso seria respondido com todas as letras.

 

 

Gerard e Frank estavam dentro do seu ônibus, terminando de se arrumar para o show dali uma hora e meia quando Evelyn bateu na porta com força.

- Entra! – a voz de Frank soou alto.

- Vistam-se, que eu estou entrando, não quero ver ninguém pelado apesar de saber que vocês são gostosões! – a voz dela era firme e eles sempre gargalhavam com este tipo de brincadeira.

Evelyn subiu as escadas e olhou para o fundo do ônibus, sorrindo e de lá, viu os dois homens devidamente trajados em suas roupas pretas; Gerard em um terno mais uma vez. As roupas customizadas para a turnê The Black Parade seriam usadas a partir dos shows no Texas. Gerard, de frente, e por causa da cor negra da roupa, disfarçava um pouco a gravidez, mas assim que ele virou-se um pouquinho já foi necessário para ver aquela protuberância mágica. Não era mais possível esconder nada.

Os olhos dela se encheram de água e ela sorriu ainda mais abertamente. Frank estava perto de Gerard e prestes a passar no corredor estreito, e assim ele ficou de lado, colocou a mão na barriga de seu amor e lhe deu um beijo doce, vindo cumprimentar Evelyn que já estava boba de novo por causa destas cenas.

- Cara, vocês tem de parar com isso! Olha o meu estado! Olha que trouxa! Emocionada toda hora. Cacete! Parem já com esta viadagem! – ela se fazia de nervosa e eles riam da reação. Vinham abraçá-la.

- Por que você não coloca sua mão também? – Gerard a olhou com ternura, Evelyn foi pega de surpresa.

- Eu posso?

- Claro, Eve, você é tia desta criança. – Frank sorriu.

- Ah, é que eu acho que barriga de grávida ou grávido não é corrimão para todo mundo meter a mão. Detesto isso!

- Você tem toda a razão, mas aqui é diferente. Você não é todo mundo, é especial, você pode colocar a mão, nossa criança precisa sentir que tem uma maluca aqui que a ama muito também. – Gerard era pura felicidade.

- Okay. – ela disse desconcertada, os olhos marejados de novo e a mão com um leve tremor.

Gerard pegou a mão de Evelyn e a direcionou para a barriga, levantando a camiseta preta para que ela pudesse sentir a pele dele, em um contato mais próximo ao bebê. Ao tocar a barriga de Gerard, Evelyn suspirou fundo e fechou os olhos, era a primeira vez desde que soube da gravidez de Gerard,  que era imergida em um grau mais profundo naquela experiência. Aquilo a deixou tão impactada que, as lágrimas correram a face da jovem e Frank a abraçou pelas costas enquanto Gerard continuava sorrindo. Frank dispôs sua mão novamente sobre a barriga do amado e para coroar aquele momento, o bebê chutava forte fazendo todos  sentirem.

- OPA! – Frank gritou.

- Meu Deus, que chute! – Gerard impressionou-se.

- Nossa, vai dar trabalho! – Evelyn ria e abaixava-se um pouco, na altura do abdômen de Gerard e a beijava. – Tia Eve e seus papais aguardam você com muita ansiedade, viu? Mas também não precisa se apressar não, nada de dar susto na gente e eu ter de correr com seu pai! Olha lá, hein bebê! Aproveita esta mordomia aí dentro. – Evelyn sorriu e os dois homens estavam bobos por ela, nunca tinham visto Evelyn assim, aquilo chegou a causar um belo impacto neles. – Eu te amo muito, beijo da Tia Eve. – Evelyn deu mais um beijo na barriga de Gerard, o bebê deu mais um chute os fazendo muito felizes e eles se abraçaram.

Melhor do que aquilo antes de um show que ficaria marcado para sempre na memória deles, só aquele bebê nos braços.

 

Após o momento fofura no ônibus, Evelyn foi conversar com os outros rapazes enquanto Frank fazia um lanche vegetariano e Gerard tomava um caldo de carne com legumes que mais parecia um grande mingau salgado, e muita água. A refeição precisava ser leve antes do show, e Evelyn já havia avisado que além das garrafas de água no palco, tinha de ter outras com sucos para Gerard; aquele grávido estava cercado de todos os cuidados possíveis.

Meia hora para entrar no palco e  os rapazes se alongavam ou dedilhavam seus instrumentos, já Gerard fazia exercícios vocais e cantava baixinho algumas músicas, aquecendo sua voz. Evelyn estava um pouco distante com Brian e eles pareciam acertar alguns detalhes ligados à participação da banda em um programa logo pela manhã no dia seguinte.

- Bom, filhotes, tudo pronto. Agora relaxem e mais 15 minutos vocês já se dirigem para o backstage. – Evelyn estava séria mas não sisuda, eles assentiram à afirmação. – E o senhor, respeite seu estado! Nada de extravagâncias ou entro naquele palco e te pego pelos cabelos! – Evelyn apontou o dedo para Gerard e todos riram.

- Olha, você fala isso toda vez! Já está chato, hein! – Gerard debochava.

- Vou falar até você parir esta criança. Tem mais três ou quatro meses de infernação da Tia Eve. – ela piscava e os rapazes gargalhavam.

- Nosso endiabrado anjo da guarda. – Frank brincava.

- Obrigado por cuidar de nós. – Gerard a puxava para um abraço e ela envolvia o corpo do vocalista ao seu.

- Bom, agora, vamos lá. Devagar, backstage time! – ela disse alto e bateu palmas juntamente com todos.

Saíram da área reservada aos músicos e bandas e seguiram por outro trajeto entre grades até chegarem ao backstage do palco principal. Aquela noite, San Bernardino veria uma grande explosão de música, ritmo, e sobretudo, sentimentos intensos.

 

 

Hora do show e o My Chemical Romance, com sua maestria já peculiar desde o começo da Projekt Revolution, adentrou o palco e incendiou o público com sua maneira única. “This Is How I Disappear” é a música intro e já imprime intensidade nos fãs de forma singular. Emendando com o fim de “Disappear”, a banda emplacou “The Sharpest Lives” e “I’m Not Okay (I Promise)”, e Gerard  deu a pausa merecida para tomar água e interagir com o público como é de seu feitio, deixando a platéia ainda mais apaixonada por ele e por aquela banda que salva vidas.

- SAN BERNARDINO, COMO VOCÊS ESTÃO?

O público respondia com gritos e ele sorria abertamente.

- Espero que tenham fôlego suficiente esta noite pois eu e minha banda, vamos deixá-los acabados!

E o público gritava mais uma vez.

- Esta noite será uma noite ainda mais especial. Eu gostaria que vocês dessem uma boa olhada em mim. – e ele se aproximava mais da beira do palco, jogava uma mão para cima e sorria, como se estivesse posando para uma foto. – As pessoas estão curiosas com muitas coisas, uma delas é meu corpo. – ele fez uma pausa rápida. – Todo mundo aqui sabe que já fui gordo, não é? – e ele riu, o público continuava a gritar. – Tem fotos por aí, todo mundo já viu. Mas, eu acho que quando eu era gordo, era por inteiro, e então as pessoas se perguntam “Nossa! Mas ele está barrigudo!”. – Gerard sorriu e o publico lhe aguardava. Frank olhava para ele e Evelyn juntava as mãos ao peito. – É, eu estou barrigudo mesmo, e não vou perder esta barriga, pelo menos, por mais três meses! – ele riu e o público ria e gritava. – A próxima canção chama-se “GIVE’EM HELL, KID!”.

O som agressivo e urgente da canção Era Revenge começou a estremecer a arena levando o público a cantar alto e se entregar ao som. Gerard queria envolvê-los e conseguia. Como conseguia! “Dead!” veio a seguir e depois “Famous Last Words”. Gerard fez uma pausa longa, tomando a garrafa de água praticamente toda e Frank se aproximou, causando mais gritos da platéia que, pelo rito dos shows, sabia que algo entre o guitarrista e o vocalista aconteceria.

O pequeno se aproximou do ouvido do maior e sussurrou-lhe palavras de carinho enquanto sorrisos bobos brotavam no rosto de Gerard que balançava a cabeça em afirmação. Os fãs estavam empolgadíssimos. Então, antes de sair de perto de Gerard, Frank, com sutileza, embora o movimento não passaria em branco pelos olhos do público e lentes da imprensa, deslizou a mão do ombro de Gerard até o peito e pausou por segundos sobre a barriga dele.

Os flashes disparados e o barulho dos gritos só não foi maior porque aquela noite ainda reservava um momento muito único, a arena estava uma panela de pressão. Gerard, é claro, não deixaria o gesto de seu amado cair no vazio e o retribuiu com um carinho gostoso nos cabelos já molhados de Frank. Os dois sorriram abertamente e distanciaram-se.  “Mama” veio preencher os ouvidos da platéia após um momento de papais.

Gerard cantou a canção como se estivesse em uma apresentação teatral, com entonações altas, baixas e faces caricatas, andando suavemente pelo palco e fazendo Evelyn respirar aliviada por ele não estar maluco igual ao primeiro show e fazendo-a querer amarrá-lo numa cadeira. Ele finalizou a canção-cabaré e “Welcome To The Black Parade” veio fazer da arena em San Bernardino um exército em marcha.

- PUTA MERDA! VOCÊS ESTÃO DEMAIS! DEMAIS! – Gerard gritou e o público delirava. – Estão acabando comigo também. – ele aproximou-se de mais uma garrafa de água, mas só tomou dois goles e então pegou outra garrafa, a de suco de morango, deu um gole e virou-se para os fãs. – Querem um pouco? – e ele bebeu um pouco mais enquanto o público gritava que sim. – Desculpem-me mas este é especial, para minha nova condição, não posso dividir. – e ouvia-se mais gritos e agito de mãos no ar. – Que tal ir comigo para a floresta? – Gerard deixou a garrafa no chão, perto da bateria e voltou-se ao público. – Esta é “House of Wolves”!

Insana como sempre, a canção fazia com que todos transpirassem tudo o que podia pelos poros, o cabelo de Gerard ficou totalmente molhado e o de Frank já pingava. Ray, Matt e Bob também sentiam o suor escorrer-lhes a face, bem como os cabelos encharcados. A música terminou e Gerard ajoelhou-se perto da bateria, sob os olhos atentos de Frank que verificava se ele estava bem. O vocalista tomou bastante água e o resto do suco e levantou-se, sorrindo em direção ao público.

- EU AMO VOCÊS! – ele mandou beijos para a platéia. – Mas a próxima canção chama-se “ I Don’t Love You”. – ele sorriu e começou a bater as mãos no ritmo dos acordes da música juntamente com todos.

Como era uma música mais calma, necessária ser interpretada com mais caras e gestos do que propriamente pulos, gritos e correria no palco, Gerard mais uma vez caminhava tranquilo. De certa maneira, ele preparava-se para a próxima interação com o público, assim que finalizasse a música.

- SAN BERNARDINO! – Gerard gritou e o público retribuiu. – Eu preciso falar algo muito importante e sério pra vocês. – e ele pausou um pouco, apontando o dedo para Ray que iniciou o dedilhar dos acordes de “You Know What They Do To Guys Like Us In Prison”. Bob dava pequenas batidas com a baqueta em um dos pratos da bateria e Matt tocava algumas notas no baixo, já James ainda permanecia silente no teclado.

Evelyn estava séria e Brian posicionou-se ao lado dela, ao passo que Big Wormy, o segurança, também colocava-se ao lado deles e olhava atento ao que acontecia no palco.

- É agora. – Evelyn sussurrou e olhou para os fotógrafos e imprensa totalmente vidrados.

Frank veio para perto de Gerard e olhava-o de forma encorajadora. Gerard suspirou e voltou a falar com o público:

- Quero compartilhar de uma grande felicidade com vocês, nosso exército. Há pouco mais de três meses atrás, eu recebi uma notícia a qual jamais pensei receber. Fui pego de surpresa por algo que eu não planejava e, verdadeiramente, nem pensei que seria capaz. – os olhares eram cada vez mais atentos para Gerard. – E desde que soube o que aconteceu, minha vida girou em 180 graus e me fez estabelecer algo maravilhoso. – Gerard esticou a mão direita na direção de Frank e ele a entrelaçou à sua, o público gritou. – Frank iniciou uma jornada comigo quando o My Chemical Romance foi formado, ele se apaixonou pela banda, a escolheu, tomou para si, o fã número um. Ele contribuiu para formar esta banda, criá-la, e hoje ser tudo o que é. – ele pausou ligeiramente emocionado, Frank o olhava com carinho e o encorajava, apertando um pouco mais seus dedos. – Agora, alguns anos depois disso, ele embarca comigo em mais uma jornada de formação e criação, só que esta é um pouco diferente. – e o público agitava-se. -Para todos aqueles que torciam e até que já sabiam antes mesmo de nós nos darmos conta, de ter coragem para formar o vínculo, eu quero dizer: EU SOU O HOMEM MAIS SORTUDO DO MUNDO, POIS EU AMO ESTA PESSOA FODA E ELE ME AMA TAMBÉM! – a arena parecia um espetáculo de proporções faraônicas. – EU AMO FRANK IERO E NÓS ESTAMOS JUNTOS! – muito mais barulho, pulos e arruaça; a imprensa estava feito revoada de pássaros. Frank sorriu e disse:

- EU AMO GERARD WAY! ELE É O HOMEM DA MINHA VIDA!

Gerard sorriu e o público sentia-se o mais afortunado por estar naquele show, vivendo aquele momento. Mas, não parou aí.  Gerard caminhou com Frank até onde estava escrito “She Loves You” e virou-se para o público novamente.

– Tem mais alguém que nós amamos e que nos ama também. – e as mãos dele juntamente com a de Frank pousaram sobre sua barriga. – Ela nos ama. – e enquanto a platéia gritava, eles sorriam, os flashes não paravam, Evelyn juntava as mãos à sua boca e suspirava. – EU E FRANK TEREMOS NOSSA PRIMEIRA FILHA!

Os dois se abraçaram apertadamente e os rapazes sorriam ainda mais aumentando as notas da canção que logo rumou para a introdução de fato, somente aguardando a deixa para Gerard começar a cantá-la.

- Eu te amo, meu anjo! – Gerard sussurrava no ouvido de Frank.

- Eu te amo, minha vida! – Frank retribuía no mesmo tom. – Obrigado por me fazer o homem mais feliz deste mundo.

- Sou eu quem agradeço! – e encostaram suas testas por alguns segundos, voltando a olhar para o público que exalava felicidade.

Frank distanciou-se de Gerard e ele, já com os gemidos costumeiros na introdução de “Prison”, dava a deixa para que os acordes se tornassem em escala graduada, elevando-se até ele começar a cantar e a música virar um hino o qual Gerard mal conseguia ouvir a própria voz. Quase no final da canção, Gerard começou a sorrir abertamente na direção de Frank e deu uma meia volta no palco indo em direção ao guitarrista que parecia o aguardar.

Gerard aproximou-se de Frank já entrelaçando seus dedos aos cabelos do menor e colando seus lábios aos dele em um beijo cinematográfico. Frank, rapidamente, colocou a guitarra de lado e passou seu braço na cintura de Gerard trazendo-o mais para perto. Se faltava algum detalhe para a platéia de San Bernardino explodir em êxtase, já não faltava mais. O delírio e loucura por aquele beijo apaixonado, escancarado, foi a dinamite exata para jogar todos pelos ares.

Gerard afastou-se de Frank, sorrindo e finalizou a canção tal qual Frank retornou ao toque da guitarra, completamente naturais e deixando, ainda, todos atônitos, incluindo Evelyn que não esperava por aquilo, mas estava tão feliz que só conseguia pular e gritar, chacoalhando os braços de Brian e Big Wormy que riam. Embora o ápice do momento simulava um fim com chave de ouro, a banda ainda tocou mais três músicas: “Teenagers”, “Helena” e o gran finale com”Cancer”.

- SAN BERNARDINO, NÓS AMAMOS VOCÊS! SE CUIDEM, FIQUEM SALVOS! ATÉ MAIS! BOA NOITE! – Gerard despedia-se de sua platéia e juntamente com os rapazes, ele tomava os últimos goles de sua água, enviava acenos e beijos para o público conforme saíam do palco e as luzes se tornavam mais baixas.

Frank conduzia Gerard com cuidado enquanto Matt, James, Bob e Ray já estavam próximos de Evelyn, Brian e Big Wormy. Abraços apertados foram trocados e antes que Evelyn pudesse chegar aos seus queridinhos, ela avisou:

- Eu tenho certeza que a imprensa  vai cercar vocês até o ônibus, por isso, tratei de ver com Big Wormy um caminho alternativo. Até porque vocês já deram matéria suficiente para eles imprimirem daqui até Marrakesh! – e arrancou gargalhadas de todos.

- Isso é! – Brian concordava. – Eu devo dizer que, jamais pensei que fariam isso tão super exposto, mas foi o melhor. Assim já acaba com todas as especulações possíveis de uma vez.

- E controlaremos a atenção daqui pra frente. – Evelyn pontuava. – Eles tinham dúvidas se estavam juntos e agora sabem que estão, perguntavam-se se o Gee estava grávido e se o bebê era filho do Frank, pois já sabem também. Sabem, inclusive, que é a nossa princesa emo!

- Nunca pensamos em esconder nada, mas sabíamos que tinha de ser dito na hora e da forma correta. – Gerard sorriu seguido pela afirmação da cabeça de Frank.

Evelyn os trouve para si e todos se abraçaram aconchegadamente. Dali, Big Wormy e outros seguranças asseguraram uma ida tranquila dos rapazes até o ônibus. Eles mereciam aquele descanso, sobretudo, descanso de qualquer especulação. Tudo se fez mais claro que cristal. Super exposto.

 

29 de julho. Mountain View, Califórnia.

“Gerard Way e Frank Iero à espera de sua primeira filha.

San Bernardino – O líder do My Chemical Romance, Gerard Way, e o guitarrista, Frank Iero anunciaram ontem durante o show da banda na turnê Projekt Revolution, que estão juntos oficialmente e `a espera de sua primeira filha.

Finalizando os rumores que se seguiram pelos últimos meses por conta das mudanças no corpo do vocalista e a relação estreita com o guitarrista, dando a entender que os dois estavam até morando juntos, por certo foram pontuadas com louvor na noite de ontem. Além de assumirem publicamente seu relacionamento, o casal anunciou a gravidez que, pelas contas, já somam seis meses, e que o bebê é uma menina; o que nos leva a crer que o nascimento poderá ocorrer no meio do outono americano.

O casal de papais orgulhosos selaram as revelações com um grande beijo apaixonado tal qual não víamos em anos-luz. O público não delirou, e sim explodiu a arena, tornando tudo ainda maior do que já estava.

A nós resta desejarmos felicidades ao mais novo casal e muita saúde para a bebê.”

 

Evelyn terminava de ler a nota em um site de notícias após fazer uma simples busca jogando os nomes de seu casal favorito na pesquisa online. Ela sorriu e olhou em volta, o ônibus estava calmo e silencioso, era muito cedo e dali duas horas chegariam aos estúdios de uma TV para os rapazes participarem do programa “Breakfast with Kevin & Bean”. O show seguiria com apresentação ao vivo da banda e algumas canções solicitadas pelos fãs. Sim, eles teriam uma pequena platéia de seu exército. No mais, o apresentador conduziria os trabalhos e rito do programa, tudo tinha a perfeita forma de que seria muito divertido.

Acordados e de café da manhã devidamente tomado, os rapazes aguardavam a chegada ao estúdio, e assim que alcançaram o destino, desceram do ônibus que iria para a próxima arena do show daquela noite e , após o programa, eles voltariam de carro para o próximo compromisso.

Com os devidos cumprimentos e com uma energia esplendorosa, o apresentador iniciou o programa e fez o anúncio da banda, provocando uma comoção generalizada na platéia presente. O local assemelhava-se a um estúdio de gravação e minutos após a entrada, os rapazes, em meio à interação do apresentador, ajeitavam-se junto aos seus instrumentos. Frank estava no chão e atento, caricato a tudo, estava esfuziante, bem como Gerard estava próximo ao pedestal do microfone e sua face parecia ainda mais corada e jovial do que nunca. Eles estavam lindos, a felicidade lhe transbordava pelos poros.

Então, no meio da interação e papo sem grandes assuntos chamativos, uma fã tirou-os da zona de conforto, surpreendendo Gerard e todos com uma pergunta:

- Será que tem como aquilo que aconteceu no último sábado, acontecer de novo? – ela perguntou claramente sobre o beijo apaixonado e ouve grande agito na platéia. Gerard respondeu de ímpeto:

- OH, não! – e sorriu, tirando o microfone do pedestal, dando passos para trás enquanto Frank ria ligeiramente, olhando-o. – Não é um comando, apenas acontece. – ele estava envergonhado feito criança, aquelas bochechas se tornando ruborizadas e sua fala mais lenta; os rapazes sorriam pelo assunto ser trazido à tona.

- O que aconteceu com você quando beijou Frank no último sábado? – o apresentador perguntou rápido e Gerard colocou o microfone no pedestal, quase se pendurando ao objeto, e com Frank atrás dele, no chão, olhando-o, ele respondeu:

- Mágica e fogos de artifício. – as palavras saíram doces, verdadeiras. Frank sorria. – Na verdade, eu só estava me vingando dele. – e Frank começou a rir.

- Sério? – o apresentador estava incrédulo.

- Sim. - Gerard respondeu e Frank fez uma careta de criança travessa, rindo e com um sorriso caricato.

- Eu não sei se eu quero saber o que ele fez para você... – o apresentador disse imprimindo certo humor, a platéia agitava-se.

- Não, não, você não vai querer saber.

E então, rapidamente o apresentador tratou de levar a questão da música ao centro das atenções mais uma vez. E agora, não com uma performance deles de alguma canção do recente álbum, mas do “Bullets”. Gerard até puxou o ar e o público agitou-se, a seguir os acordes de “Headfirst For Halos” iniciava.

Devifinitivamente foi uma manhã gloriosa e divertida. Eles estavam esfuziantes.

 

 

05 de agosto. Woodlands, Texas.

Nono show da Projekt Revolution e a arena do Cynthia Woods Mitchell Pavilion estava fervendo. Como uma cidade do faroeste, eles agora possuíam seu sheriff. Gerard está com a jaqueta customizada para The Black Parade, lenço vermelho no pescoço e estrela de sheriff. Ele usou a vestimenta em todos os shows do estado do Texas, e sendo o último aquela noite, ele estava impossível. Já havia interagido com a platéia de diversas maneiras.

- Então, as pessoas continuam a me perguntar para que é esta insígnia... Esta insígnia me faz sheriff... SHERIFF DA CIDADE EMO!

E claro, estando no Texas, nada mais justo do que lembrar do faroeste, de armas:

- Usualmente, nós atiramos em filhos da puta como vocês, mas esta noite... vocês terão nada a não ser amor de nós. E Texas... tem um monte... a mais... de armas.

Gerard parecia em outro nível de êxtase e suas frases, discursos tão esperados e já corriqueiros, chegavam ao público com humor, amor e loucura. Por diversas vezes, o vocalista quis mostrar-se mais a todos, estava solto, livre e leve. Vez ou outra chegava na beirada do palco e fazia faces sensuais, bem como posava deixando a barriga, protegida pela camiseta preta, ser fotografada. Frank aproximou-se do amado por diversas vezes deixando o público ensandecido à espera de um novo beijo, mas apenas olhares e carinhos mais simples foram trocados.

O show estava quase no fim, “Teenagers” era tocada e cantada em seus versos finais e Gerard estava suado e cansado, mas não perdia o fôlego. Já no fim da canção, ele começou a dar passos para trás de costas, o movimento atraiu a atenção de Evelyn e Frank que já estava se aproximando dele novamente. Então, tudo pareceu em câmera lenta.

Gerard deu mais dois passos para trás e desequilibrou-se. Frank sentiu o coração congelar. O vocalista foi se aproximando do chão e os olhos de Frank se arregalavam mais, Gerard caía e tentou jogar as mãos de alguma forma para suavizar o impacto, mas falhou. Ele caiu de bunda no chão e isso o fez arregalar os olhos pelo susto e, seguido de uma careta pelo toque brusco ao chão no seu quadril. Frank deixou Ray finalizar o último acorde da canção e correu até Gerard. O público ficou apreensivo e as luzes se apagaram.

- Meu Deus, Jesus Cristo! Você está bem?! – Frank está apavorado e toca no rosto e corpo de Gerard, sobretudo emsua barriga. – Tá sentindo algo, consegue levantar? – ele não deixava Gerard responder no mesmo tempo. E colocou toda a sua força para levantar o amado sem que ele fizesse nenhuma ou pouquíssima força.

- Eu estou bem, amor. Calma. Não estou sentindo nada.

- Gee, pelo amor de Deus, tem certeza?  - Frank o olha com a pouca luz do refletor e Evelyn já está ao lado deles; ela correu pelo palco assim que as luzes apagaram.

- Gee?! Gerard?! Tudo bem?! Tá sentindo algo?! – ela pegou a mão dele e olhou para Frank.

- Eu estou bem, gente, juro. Só faltam duas músicas, vamos finalizar o show. Eu prometo ficar quietinho. – ele disse ainda um pouco assustado.

- Não estou confiante! Quero te levar para o ônibus agora! Sei que nosso público não acharia ruim se finalizar agora, Gee. – Frank estava perturbado.

- Frankie, por favor, confia em mim. Eu estou bem. Juro que se eu sentir qualquer coisa, eu paro e vamos embora. Okay? – Gerard tentou acalmá-lo e passou a mão no rosto do guitarrista, beijando-o a seguir.

- Okay. – Frank suspirou atemorizado e gesticulou para que todos voltassem aos seus lugares, os rapazes haviam cercado-os também.

Evelyn distanciou-se, preocupada e disse ao Brian que estava tudo bem, que eles encerrariam o show com mais duas músicas. Brian verificou a questão da sonoplastia e tudo foi devidamente iluminado novamente. O público agitou-se e alegrou-se por ver Gerard bem, em pé.

- Estou bem! Não se preocupem! – ele sorriu mas seu coração ainda estava acelerado pelo susto.

A seguir, “Helena” foi performada e “Cancer” fechou a noite como usualmente está a playlist da banda. Os rapazes se despediram e rapidamente saíram do palco em direção ao ônibus. No caminho, Frank estava com o braço enlaçado na cintura de Gerard e o maior estava calado. Evelyn abria caminho rápido entre as pessoas e logo eles estavam no ônibus.

- Eu vou no banheiro. – Gerard disse e Frank interpôs.

- Quer alguma ajuda? Está tudo bem mesmo?

- Sim. Prometo gritar se algo acontecer.

Frank segurou o rosto dele e o beijou rapidamente. Gerard afastou-se e foi ao banheiro. Lá, o vocalista apoiou as mão na pequena pia e apertou as extremidades, fez uma careta de dor e olhou para o espelho extremamente assustado. Desabotoou a calça e a abaixou, ficando em ligeiro choque.

- FRANK! – ele gritou e o rapaz abriu a porta do banheiro de forma urgente.

- O quê?! Me fala! O que foi?!

- Tá doendo, Frank... – ele se encurvou um pouco e a face de Frank se transtornou. – E saiu isso... estou sangrando! – Gerard mostrou algo no papel higiênico.  – Eu estou com medo, muito medo...

- EVELYN! – Frank gritou enquanto suas mãos pousavam sobre as costas de Gerard. A moça praticamente materializou-se ao lado dele. – Precisamos levá-lo ao hospital agora mesmo!

Evelyn empalideceu e saiu em disparada pelo ônibus enquanto os rapazes permaneciam estáticos pela situação. Gerard e Frank se entreolharam e o menor encostou a testa ao maior.

- Eu te amo, independente do que aconteça. – Frank disse já com um nó na garganta formado.

- Eu te amo e me p... – Gerard já chorava e Frank o silenciou antes que ele pudesse executar o pedido de perdão. Ele não tinha culpa.

- Eu te amo, eu te amo, fica calmo. – Frank beijou-lhe a face e Gerard chorava copiosamente.

Evelyn voltou com enfermeiros que ficavam a postos para qualquer emergência nas arenas dos shows, porém a análise era contundente frente ao estado gravídico de Gerard. Ele caiu, estava com dores e sangramento, poderia ter ocorrido um descolamento de placenta ou até mesmo um impacto que afetou mais gravemente a bebê. A situação se tornou delicada e ele seria levado ao hospital pela ambulância.

 

O capítulo 8 terminou ;)

 


Notas Finais


TAN! *TELA AZUL*
SE PREPAREM PARA A ADRENALINA!
Beijoooooooooooooooooooos da Tia! :* :* :* <3 <3 <3


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