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História A Ladra de Rosas - Dinah


Escrita por: InfiniteVitium

Capítulo 1 - Dinah


Fanfic / Fanfiction A Ladra de Rosas - Dinah

Em uma vila existia uma casa, uma em que o jardim tinha várias roseiras. Uma menina, muito curiosa ela era, queria entrar no jardim e pegar todas as rosas que conseguisse para a sua Mãe. Com todo o cuidado ela ficou observando a casa, todos os dias durante o percurso que ela fazia até a padaria. Durante um longo tempo apenas ficou estudando a vida daquelas pessoas e como tudo acontecia. Depois de muito tempo xeretando aquela casa, além de perceber que os moradores não gostavam de sair muito, eles iriam viajar até Moscou no próximo Domingo.

Aquela era a sua chance de fazer seu plano calculista, foi até sua casa e pegou as poucas folhas que achou em toda a sua casa. Não tinha como ela ter muitas folhas já que seu pai é apenas um artesão e sua mãe por estar gravida não podia trabalhar, e além de tudo isso tinham que pagar os impostos ao Sir Ferdinando, nobre que cuidava daquelas terras. Ele até que era um nobre muito gentil com sua família, mas Dinah sabia que isso não mudava o fato que sua família passava por muitas dificuldades. Dinah, mesmo criança e frágil sempre quis ajudar sua família de alguma maneira. Não que ela estivesse pensando em começar a roubar coisas dos ricos igual o Robin Hood, mas pensou que um buque de rosas não iria matar ninguém e além do mais era o aniversário de sua Querida Mãe, Anastácia.

Então, depois de pegar papel foi atrás de algum pedaço de carvão na lareira. Correu do quarto dos seus pais para a pequena sala, descalça era o seu jeito favorito de andar por sua casa, porém o chão de barro estava muito frio naquela hora do dia. Mesmo assim ela não tinha tempo de achar seus sapatos de couro tinha que pensar num plano naquela Segunda e assim passaria o resto da semana estudando seu plano, desse modo não teria como dar errado. Segurando seus materiais contra seu peito correu para fora de casa, até a pequena colina que tinha a poucos metros de seu quintal, jogou seus materiais na macia grama e se deitou com a barriga para o chão. Começou a traçar seu plano em suas folhas enquanto ouvia o balançar da macieira e as folhas secas, que já estavam douradas por conta do outono, caiam ao seu redor. Como um tipo de benção.

Depois que já havia acabado seu plano, o levou para sua casa, passou direto pelos seus pais que estavam comendo no chão da sala – bem ao lado da lareira – eles ficaram intrigados com a pressa da menina, mas por verem que ela carregava papeis pensaram que se tratava de algum tipo de desenho infantil. Ao chegar em seu quarto ela guardou seu plano com todo carinho, em baixo de seu travesseiro, não existia lugar mais seguro e como ela mesma que arrumava sua cama desde os 6 anos sua mãe nunca iria descobrir o presente de seu aniversário.

--Dinah venha jantar minha filha! – gritou seu pai da sala. – Hoje temos sopa de carneiro. – alertou o homem de 40 anos querendo ver se isso faria sua filha chegar mais rápido

E funcionou, Dinah correu - como sempre-  para a sala e se sentou perto de seus pais, pegou a tigela de madeira que já estava a sua espera no tapete de pele de cordeiro e ficou por lá conversando com seus pais sobre o dia e sempre que a pequena falava do assunto de eles comprarem sementes de plantas para ela plantar, eles mudavam de assunto. Pode parecer banal, ou até mesmo estranho, mas eles não tinham dinheiro para comprar o tipo de semente de planta que ela queria. A pequena não queria comprar coisas simples, queria rosas, jasmins, flores do deserto, uvas... e a lista quase não tem fim. Seus pais sabiam muito bem que isso não iria dar certo, não que não confiassem em sua filha para plantar, mas eles sabiam que essas plantas iriam custar muito e poderiam não dar a mesma quantidade de dinheiro para eles. E aquela pequena família já tinha dividas demais para ganhar mais uma.

Depois do jantar, a pequena de cabelos marrons foi ajudar sua mãe a lavar os pratos e se deitar. Pela gestação já estar num estágio avançado era complicado da mulher fazer certas coisas sem a ajuda de alguém e como o marido tinha ainda que terminar algumas peças para amanhã e tentar adiantar outras, quem ficou encarregada de fazer essas tarefas foi Dinah. Quando estava colocando sua mãe para dormir, Anastácia resolveu perguntar algo que a estava incomodando.

--Filha, aquilo que você carregava, não eram desenhos eram? – A loira pergunta já sabendo a resposta.

Enquanto Dinah sentia o peso da mentira em seus ombros, ela puxava o cobertor de pele para sua mãe. Todos sabem que é impossível mentir para a própria mãe, ainda mais para a mãe de Dinah que parecia saber sempre a verdade.

--Não... – Respondeu com seus olhos verdes brilhando --... Mas é algo que você vai gostar mamãe. É pro seu aniversário, mas não vou te contar mais nada. – Disse a menina com um ar de mandona. –Agora você precisa descansar, Boa Noite Mamãe. – Dinah dá um beijo na testa de sua mãe e então apaga a vela, da cabeceira de madeira, com um assopro.

--Boa noite minha flor. – Responde Anastácia se aconchegando na cama, tentando se aquecer com o máximo de cobertores que tinha, naquela Noite de Outono. 



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