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História A Liberdade do Amor - CAPÍTULO 1


Escrita por: ACFelina

Notas do Autor


Essa é a primeira vez que eu compartilho as histórias que escrevo, e como não é uma fanfic e sim uma coisa que criei, estou meio nervosa com o quê vão achar.

Espero que aproveitem a leitura tanto quanto eu aproveito escrever.

Capítulo 1 - CAPÍTULO 1


MEU DIA FOI MELHOR DO QUE EU PENSAVA, PRINCIPALMENTE PORQUE EU ME ATRASEI.

Faltavam três minutos para a aula acabar quando eu fingi uma dor de cabeça para me trancar no banheiro e massagear os pés que não aguentava mais fazer ponta, peguei minha mochila e saí. Eu não suportaria mais um segundo de sorriso falso enquanto minhas pernas clamavam por água gelada.

Empurrei a porta do banheiro e havia duas garotas discutindo sobre hip hop. Elas olharam pra mim através do espelho, mas eu fui direto para o box. Tranquei a porta e pus as mãos no rosto.

- Quando isso vai acabar?- sussurrei baixo suficiente para que as garotas não ouvisem. 

Pendurei minha bolsa no gancho e comecei a me trocar, adeus sapatilhas desconfortáveis, olá all star e meias. Peguei meu casaco vermelho e destranquei a porta. Indo até os espelhos, tirei todos os grampos do meu cabelo que tentavam chegar ao meu cérebro e o soltei.

Uma das meninas, a negra com traços de fortes bonitos, curvas bem definidas e cabelo de tranças que iam até a cintura, me olhou de olhou de cima a baixo e deu um sorriso.

- Tênis legal, - disse ela em um tom simpático - não sabia que as princesas usavam alguma coisa além de sapatilhas.

- É, - falei dando de ombros - a gente usa coisas confortáveis de vez em quando.

- Não parece divertido, - a outra garota, loira e baixinha, entrou na conversa - tá mais pra tortura. Sempre achei que a dança deveria libertar, não matar seus pés. 

Sorri, ela não sabia o quanto eu concordo.

- Essa é Kayla, a propósito, - a loira apontou para a amiga, depois para si mesma- e eu me chamo Chris.

- Marie - falei simplesmente.

- Temos que ir, a aula já vai começar.

Peguei meu celular no bolso do casaco e olhei a hora na tela. Meu pai já deveria estar me esperando à no mínimo vinte minutos.

- Tenho que ir também! Vejo vocês por aí! - disse já correndo para a porta.

Desci os degraus de dois em dois o mais rápido que eu podia. Esbarrei na parede de um corredor fazendo uma curva. Avistei a porta de saída do prédio e acelerei o passo. Quando estiquei a mão para pegar o trinco, a porta foi aberta e eu esbarrei com toda a força no estranho. O impacto praticamente me arremessou para trás - tá bom, não me arremessou, talvez eu esteja exagerando - me fazendo cair de bunda no chão.

- Ai! Desculpa! - falei tentando me levantar - Você está bem?

Ele aparentava estar perfeitamente bem, aliás, o nosso encontro acidental só foi ruim para mim, já que ele é bem maior que eu. Meus 1,56 de altura nunca foram tão evidente.

- Só... presta atenção na próxima vez, ok princesa?

Eu consegui me levantar e dei uma boa olhada nele. E tenho que admitir, o cara era bonito. Com os olhos e cabelos escuros, um queixo definido, uma barba por fazer, e apesar das roupas folgadas, tinha certeza que ele é definido ou no mínimo firme. Eu tive que piscar algumas vezes para me concentrar. 

- Eu... hm... com licença. - foi tudo que eu consegui dizer para o gato na minha frente. Não que eu seja tímida, mas foi a única coisa que consegui pensar.

Ele passou por mim seguindo para as escadas e eu aproveitei a vista que me foi proporcionada. Quando estava no fim do corredor quase no acesso para o primeiro andar, ele olhou para trás e deu um sorriso travesso, eu fui pega no flagra.

Virei o mais rápido que podia e passei pela porta. Parei e respirei. Só para perder a respiração mais uma vez. Meu pai estava me esperando do outro lado da rua. Parecia bem irritado, peguei o celular no bolso e vi a hora. Quase trinta minutos atrasada. Fingi uma cara de culpa e atravessei a rua.

- Você está atrasada.

- É, eu demorei para me trocar. Você está vindo do quartel? - perguntei para mudar de assunto.

- Sim.

Meu pai, era o Coronel Jean Pierre no batalhão do exército na maioria do tempo. Ele já foi muito mais descontraído e divertido, quando minha mãe ainda estava viva, mas desde que ela morreu num acidente de carro, papai ficou super protetor e rigoroso. Eu até entendo, mas uma hora isso tem que acabar.

- Entre, nós temos que conversar - papai sentou no banco e fechou a porta.

Joguei minha mochila no assento de trás e entrei, enquanto ele ligava o carro e seguia para o tráfego.

- O que foi? 

- Eu terei que fazer uma viagem a trabalho e você tem duas opções.

Não fiquei muito surpresa por causa disso, meu pai viaja com bastante frequência.

- Que são...? 

- Você pode vir comigo...

- Improvável. - interrompi antes que ele pudesse pensar muito em me levar.

- Ou você pode ficar com sua tia avó Diana.

- Quê? Porque não posso ficar sozinha? Eu sempre fico sozinha quando você está fora! - eu não ia ficar com uma senhora de quase noventa anos e  viajar com meu pai estava fora de questão.

- Sempre fasso viagens curtas, mas dessa vez eu vou passar algum tempo fora.

- Quanto tempo? - papai apenas se concentrou no trânsito a sua frente - PAPAI, QUANTO TEMPO?

- É indefinido. Eu não sei quanto tempo. Vou poder te visitar, é claro, mas não mais que um ou dois dias.

- Mas... Eu posso ficar por conta própria. Sou responsável, você sabe disso. - eu não deixaria essa oportunidade de ficar sozinha passar de jeito nenhum - Estou até trabalhando. Por favor papai, se não der certo, eu vou ficar na casa da irmã da vovó.

- Vou pensar sobre isso.

Ele ficou em silêncio até chegarmos em casa. Peguei minha mochila e a chave que estava no bolso. Abrindo a porta, fui direto para o banheiro do meu quarto e liguei as torneiras da banheira sem me importar com a água fria. Tirei a roupa de treino e mergulhei para relaxar os músculos cansados.


Notas Finais


Bem, é isso. Espero ter agradado o gosto de alguém.


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