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História A Liberdade do Amor - CAPÍTULO 2


Escrita por: ACFelina

Notas do Autor


Aqui estou de novo, e pretendo continuar postando com uma certa frequência.

Capítulo 2 - CAPÍTULO 2


 

ABRI MEUS OLHOS E DEIXEI MEUS PENSAMENTOS FLUÍREM COMO A ÁGUA FRIA AO MEU REDOR.

Eu tinha um problema à minha frente, não que eu não gostasse da minha tia avó, - ela cozinhava divinamente bem - mas eu queria que meu pai me desse um voto de confiança, e me permitisse aproveitar meus vinte  anos.

Apesar de adulta, ele me trata como uma criança sem me deixar fazer uma única escolha. Sempre com a mesma desculpa, "estou fazendo o que é o melhor para você".

Inspirei e mergulhei. Vi as bolhas da ar subindo e quando não aguentava mais prender a respiração levantei.

Saí do banho enrolada em uma toalha, que não ajudava em na me aquecendo, corri para o closet e vesti um blusão e uma calça de pijama.

Pguei meu celular, coloquei no bolso desci para fazer o jantar, mas papai tinha chegado primeiro.

- Precisa de ajuda?

Havia batatas em cima do mármore da ilha junto com alguns legumes, a carne estava na frigideira ligada e papai segurava um garfo ao lado do fogão.

- Pode cortar - ele apontou para as batatas e os legumes. - A faca está junto com a louça limpa.

Peguei a faca e cortei tudo bem devagar.

- Sobre a o assunto de antes... - comecei - Você... Já pensou na minha proposta?

- Quer mesmo ficar sozinha numa casa desse tamanho? Eu não sei, me parece solitário.

- Você está preocupado com o quê? Eu sou adulta pai, já deveria estar morando sozinha! - talvez apontar a minha idade seja eficiente.

- Depois que a sua aprovação para a faculdade de dança chegar pode morar sozinha, mas até lá, você fica comigo.

Ou não.

- Posso fazer uma proposta? - esse vai ser minha última tentativa.

- Manda, mas não posso dizer que vou aceitar alguma coisa diferente.

- Eu fico sozinha...

- Fora de questão, não vou repetir. - papai me cortou antes que eu terminasse.

- Posso terminar? - olhei para ele com raiva fingida. Quando fez que sim com a cabeça eu continuei - Eu fico sozinha, mas entro em contato com tia Diana e você pelo menos duas vezes na semana, e se qualquer coisa, qualquer coisa mesmo acontecer, eu vou para a casa dela sem reclamar.

Eu olhei para meu pai enquanto ele pensava a respeito.

- Posso pensar sobre isso depois batatinha? O dia hoje foi cansativo.

Aquilo me pegou de surpresa. Desde a morte de minha mãe, papai não me chamava mais assim, nem de jeito nenhum, ele ficou um bom tempo afastado. Talvez, agora com essa possível distância de tempo indeterminado, significasse que ele não queria me perder também.

- Claro. - entreguei as batatas cortadas e ele colocou numa forma, jogou vários temperos em cima e pôs no forno.

- Vá arrumar a mesa.

- tudo bem.

Peguei os pratos e talheres no armário e fui para para a sala de jantar - nossa casa é ridículamente grande para duas pessoas, mas acho que meu pai escolheu essa por que era o que mamã teria escolhido - pus tudo na mesa e sentei para esperar a comida ficar pronta, tirei meu celular do bolso e liguei para Brianna, minha melhor amiga desde a primeira aula de ballet. Só tocou duas vezes, antes que ela atendesse.

- E aí?

- O que você faria se tivesse duas opções entre viajar com seu pai para longe de tudo que é civilizado, ou ficar com uma senhora de quase noventa anos?

- Hmmm... a senhora de noventa anos sabe fazer lasanha? 

Revirei os olhos. Na infância Brianna era gordinha, comia de tudo e geralmente as pessoas tiravam sarro dela, mas devido ao ballet emagreceu e tomou formas, porém nunca perdeu alguns maus hábitos.

- Você não tem jeito! Mas sério eu não posso viver com minha tia avó por tempo indeterminado!

- Qual é o seu problema com a terceira idade? Gente idosa é divertida!

- Eu não tenho problema nenhum! E só você acha velhinhos divertidos.

- Bem, é melhor você começar a gostar, porque ir embora está fora de cogitação. Tenho que ir, minha mãe está chamando para jantar. Tchau, beijinhos!

- Beijinhos, até amanhã!

Papai entrou na sala com o nosso jantar, pôs tudo na mesa e se entrou ao meu lado.

- Eu estava pensando no que você falou, talvez esteja cedo para decidir isso, mas como viajo em em dois dias, tenho que resolver. - ele fez uma pausa e suspirou, o que me deixou nervosa - Pode ficar, mas só se for na casa da sua tia visita-la pelo menos uma vez por semana e ligar para mim.

- Sério? Verdade mesmo? - Eu iria explodir.

- É, você já é uma adulta e essa é sua oportunidade de me mostrar que amadureceu. Então comporte-se e siga as regras de sempre. Se tudo correr bem nessa semana eu sei que não vou precisar me preocupar de mais.

- Tudo bem, vai dar tudo certo. Obrigada papai! - abracei ele com força - Obrigada por confiar em mim.

- Eu confio, batatinha, só queria que você crescesse mais devagar.

- Bem, sobre isso não posso fazer nada.

Nós jantamos e conversamos sobre muitas coisas. Foi a primeira vez, em muitos meses, que eu vi meu pai tão bem.

- Como andam as aulas de ballet? 
Fiz uma careta, mas não deixei que papai visse meu desgosto. Não me entenda mal, acho lindo e eu, mais que ninguém, entendo os esforços para fazer uma apresentação digna. Mas eu não fazia por amor, mas por obrigação.

- Normal.

- Como assim, normal?

Não pude evitar e revirei os olhos.

- O mesmo de sempre. Você sabe o que eu acho de ballet, eu não vou discutir isso de novo! A menos que você concorde em retirar minha matrícula...

- Não vamos discutir mesmo.

- Ótimo! - peguei os pratos, levei para a pia e depois de lavar furiosamente, fui para meu quarto, bati a porta e tranquei .


Notas Finais


Apenas espero que gostem.


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