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História A Liberdade do Amor - CAPÍTULO 4


Escrita por: ACFelina

Notas do Autor


Nada a declarar u.u

Capítulo 4 - CAPÍTULO 4


O CARRO DE PAPAI COMBINAVA BEM COM SUA POSTURA MILITAR E UM POUCO RUDE. Nunca gostei muito daquele carro, pois era enorme, muito masculino e com aspecto de tanque militar. É, isso definia bem meu pai, eu obviamente puxei meu tamanho da minha mãe. Mas eu não iria reclamar, era melhor que pegar metrô ou ônibus.

Entrei na hummer e tive que ajustar o banco ao máximo para alcançar os pedais, que humilhante. Olhei a hora e ainda não era nem sete, eu chegaria cedo.

Dirigi direto para o trabalho e parei o carro num estacionamento ali perto e fui andando. Cheguei até a loja de doces e entrei pela porta de funcionários. Os cozinheiros já haviam chegado e o aroma de açúcar estava no ar. Dei bom dia a todos e fui para o vestiário. Pus minha mochila no armário e peguei o avental cor de rosa e fui para a parte da frente levando vários doces para organizar nas prateleiras.

Enquanto eu colocava tudo no lugar, Brian entrou trazendo mais doces numa bandeja enorme.

- E aí Marie? - ele ergueu a bandeja como quem pergunta onde coloca-la.

- Hey! Põe tudo em cima do balcão que eu já arrumo.

- Quer ajuda?

- Não, não! Eu termino em um minuto.

Ele deu de ombros e se virou de volta para a cozinha, mas parou.

- Você sabe dizer se... a Brianna gosta de cinema? - ele perguntou meio hesitante. - Eu queria convida-la, sabe? 

- Hmm...

Fiquei sem saber o que dizer, por um lado Brianna tinha um namorado, por outro ela não se importaria de sair com outro cara nem um pouco porque seus relacionamentos sempre eram abertos.

- Eu falo com ela e depois te dou um sinal verde, ok?

Ele sorriu como se tivesse ganhado na loteria e voltou para a cozinha.

- Pobre garoto, não sabe em quê está se metendo.

Terminei a organização da da loja, então abri as portas e pendurei a plaquinha de aberto. Levei para fora o quadro com as especiarias do dia.

Pouco tempo depois de abrir um pequeno fluxo de clientes regulares começou. Brianna passou pela porta de acesso à cozinha e foi direto para o caixa assumir meu lugar, enquanto eu me dirigi ao balcão.

Havia muitos fregueses frequentes e eu conhecia a maioria de tantas vezes que os servi. Todos muito simpáticos, afinal pessoas que comem doces geralmente são mais legais.

Eu estava distraída terminando de organizar pães de mel quando alguém parou em frente ao balcão, pus o último pão e me levantei para perguntar o pedido mas devo ter ficado vermelha.

O cara que eu havia esbarrado e tivera um sonho nada decente.

- Bom dia, vocês tem sonho? 

Por um segundo achei que estava escrito na minha testa que eu sonhei com ele. Mas aí lembrei de onde estava e me dei um tapa na cara mental.

- Claro! - pus alguns em uma pequena bandeja - Mais alguma coisa? 

- Braunes.

Coloquei um separador, em seguida os breunes. Peguei uma saquinho de papel, embrulhei e entreguei a ele. Foi quando eu vi reconhecimento em seus olhos. Droga!

- Você é a garota que esbarrou em mim ontem! Ainda com pressa princesa?

-  Hã... me desculpe por ontem.

Ele riu e foi para o caixa. Quando foi embora Brianna olhou de forma acusadora para mim. Dei de ombros, mas ela não caio na minha.

Nosso intervalo chegou, Brianna e eu fomos para a sala dos funcionários, ela me começou o interrogatório de forma nada sutil.

- Quem era?

- Quem era, quem? - me fiz de desentendida.

- O gostosão, alto, cabelos pretos e parecia ser bom de cama...? Te lembra alguma coisa? 

- Aaah... Não - dei de ombros.

- Acho que já vi aquele cara em algum lugar... - ela pensou um pouco e estalou os dedos - já vi ele no prédio da companhia!

- É, e eu esbarrei nele com força suficiente pra ser arremessada do outro lado do planeta.

- Nossa, - ela se abanou - eu queria ter esbarrado nele...

- Você queria esbarrar em tudo que tem um pintor!

- Eii! - ela protestou - Não é pra tanto! Aff!

Revirei os olhos e Bri começou a rir.

- Você vai investir? - perguntou em meio aos risos.

- Não sei. Talvez...

- Marie, você é minha amiga e eu te amo, mas se você não for atrás desse cara, - ela pôs o dedo na frente do meu nariz, o que me deixou vesga - eu te dou uma surra!

- E se ele for um babaca? Ou melhor um serial killer? 

Bri ponderou.

- Eu vou estar aqui pra te consolar ou te vingar. - E deu o sorriso mais cínico que pôde.

- Você não tem jeito. Tudo bem, eu vou tentar. Tentar!

Mas era tarde demais, eu acabei de criar um monstro que acha que é cupido. O sorriso largo dela me mostrava isso.

- Vamos, temos que trabalhar.

O restante da manhã se passou rápido, quando estava quase no horário do almoço Bri e eu fechamos a loja e fomos para o vestiário.

- Vamos no meu carro? - perguntei.

- Desde quando você tem carro? 

- Desde hoje. Meu pai foi embora mais cedo que o previsto e me deixou usar o carro.

- Aquele monstro de rodas? 

Assenti, enquanto pegava minha mochila e tirava as chaves do carro.

- Vamos? - sacudi as chaves.

- Agora!

Caminhamos até o estacionamento e entramos no carro. Pus a chave e liguei, logo estávamos em meio aos carros.

- Ah eu quase esqueci! O Brian quer te chamar para o cinema.

- Humm... 

- O que foi? 

- Eu andei pensando em terminar com o Ian. Ele tem saído mais com outras garotas que comigo.

- Ué? Achei que fosse um relacionamento aberto.

- É, mas ele só me procura quando não tem nada melhor pra fazer. - ela me olhou de lado e eu sabia que estava esperando um conselho.

- Olha... Você já pensou em ter um relacionamento sério?

- Você sabe que já, e toda vez que eu caio nessa eu sou traída.

- Que tal tentar mais uma vez? Não vai fazer mal nem um.

- Com o Ian? Há! Eu seria traída em menos de vinte e quatro horas. - ela cruzou os braços e bufou.

- Termina com esse idiota e saí com Brian. Ele parece ser um cara legal!

- Eu vou pensar.

- Quer dizer que eu tenho que acatar todas as suas ordens, mas você ainda tem que pensar se vai aceitar meu conselho? Eu devia te botar pra fora do carro!

Brianna começou a rir como eu previra.


Notas Finais


Continuo sem ter nada a declarar u.u


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