História A Life Without Masks (Em Revisão) - Fight 👊 - Part III

{Marinette}

- Adrien... Eu tenho certeza de que não precisa ser assim - Falei devagar enquanto me aproximava a cada palavra.

Eles se encaravam como lutadores de MMA, era de dar medo. Toquei no ombro do Adrien e ele nem se virou, continuou concentrado e tenso.

- Gatinho, por favor... 

- Marinette sai daqui, eu não quero te machucar...

- Mas, Adrien...

- Vai logo!

Ele sempre fazia isso, me afastava e resolvia sozinho. Mas agora é diferente, CHEGA! O Kim queria falar comigo e ele se meteu no meio.

- Não! - Consegui a sua atenção.

- O quê?! 

- Eu disse NÃO! Você não manda em mim, e aliás, o Kim pediu pra falar comigo, e em nenhum momento, pediu a sua opinião!

Peguei pesado demais. O Kim agora sorria maliciosamente, já o Adrien... Soube que cutuquei uma ferida quando, ele me pôs pendurada nos seus ombros.

Eu gritava e me debatia, mas seus braços eram fortes e eu, pequena. Todos no pátio sabiam que eu e o Adrien tínhamos alguma coisa. Se refiriam a nós como casal não assumido.

Ele me pressionou contra um armário e só seu olhar sério e desesperado me fez ficar quieta.

- Você não está entendendo, Marinette!

- Mas...

- Não! Ele não vai parar de te tratar assim até que alguém dê um basta! E isso sou eu quem vou fazer... Olha, eu realmente não queria fazer isso, ele é meu amigo, mas eu sei como um homem pensa! Esse beijo foi só o começo, Marinette...

- O-O que você vai fazer?

- Só fique aqui, entendeu?

Ele saiu correndo sem ao menos esperar pela resposta. Meus joelhos fraquejaram e me encostei no armário até parar no chão. As coxas da minha calça já úmidas por causa das lágrimas.

{Adrien}

Estou de saco cheio! Agora era só dar conta do Kim.

Ele ainda estava no pátio. Me esperando com certeza. Vamos ver... Ele é mais alto e tem um grande porte.

Sou rápido e habilidoso. Já era Kim...

Seguro seu primeiro soco. Puxo sua perna. Ele cai. Me acerta com um gancho de esquerda. Escorrego. Fico em desvantsgem já que ele está de pé.

Vejo um lacre de uma lata. Pego e faço um pequeno corte em sua coxa. Ele abaixa. Me levanto. Pego sua cabeça e dou uma joelhada. Seu nariz sangra e eu venço.

Mas não foi bem assim que aconteceu. Bom, ele foi pra cima de mim. Me esquivei por pouco.

Tento um chute, mas erro e perco o equilíbrio e caio de joelho. O que dá vantagem à cacatua. Ele me acerta com um chute em minha bochecha. E eu caio.

Chuto sua canela em troca e ele se destabiliza. Fico com um joelho no chão e dobro o outro - uma posição parecida como um cara pedindo a namorada em casamento ou um cavaleiro da Idade Média se tornando um dos maiores heróis da história - Pego sua cabeça pela nuca e puxo até meu joelho.

Ouço um estalo quando o nariz dele alcança a minha perna. Ele cai como se estivesse tendo uma convulsão.

TRRRRIIIMMMMM

Tenho que ver a Mari, eu não queria fazer isso com ela. Mas ela iria se meter e isso eu não podia deixar.

Por fim, dou mais dois chutes. Um no estômago e outro na costela.

Ela não está no mesmo lugar, na verdade em lugar nenhum. Volto ao refeitório e não vejo mais nada além de guardanapos, embalagens de canudo no chão e uma poça escura vermelha.

Ouço o ruído das caixas de som do corredor.

Já era.

Senhor Agreste, comparecer a sala do Diretor. Senhor Agreste, comparecer a sala do Diretor imediatamente.