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História A Linha Das 6:30 • Cellps - • Coração frio como geleiras •


Escrita por: Lesbicaniando

Capítulo 3 - • Coração frio como geleiras •


Na lousa, meu nome estava escrito desleixadamente com o giz. E ao lado, um nome no qual eu mal conhecia. Eu não tenho contato com ninguém da classe, tirando os professores, os quais nem olham pra mim.

Sabe, eu penso o quão bom seria, deixar tudo de lado e sair na chuva. Ela cai tão serena, e parece me chamar para levar consigo meus problemas, pensamentos negativos, minha impureza.

Chuva. Gotas tão perfeitas. Quase ninguém gosta de chuva. São feitos de açúcar por acaso?

Não.

Eles tem medo de molhar suas roupas caras. Bagunçar seus cabelos milimetricamente arrumados para que alguém possa notar. Usam guarda-chuva, chegam de carro, mal olham para o céu nublado. Mas esperam atrair olhares. A chuva é linda, e não tem amigos. Qual o motivo de toda a arrumação pra uma garota se sentir atraida, usada, engravidada e jogada na rua como uma cadela?

Humano. Quer ser o centro das atenções. Quer ser o  motivo de olhares, elogios. Mas nunca parou pra pensar: A morte estraga os planos.

Eu não ligo pra morte. Eu li "A menina que roubava livros".

Parece bobo, mas será que a morte não pode estar ao seu lado enquanto você lê isso? Você se importa? Eu não.

-Rafael? - uma voz despreocupada cai em meus ouvidos, e eu me viro preguiçosamente para olhar nos olhos negros de meu parceiro de trabalho.

-Tenho idéias - digo abrindo o caderno em uma página na qual eu arrancaria depois. Ele me olhou e franziu as sobrancelhas.

-Que? - perguntou simplesmente.

-Idéias para a redação - o encarei diretamente. Ele pareceu se assustar. Acho que sei interpretar olhares até bem demais para um anti social.

-Ah, sim, claro - ele balançou a cabeça e puxou uma carteira vazia, juntando com a minha.

-Geleiras, frias como corações - sussurrei. Sorri com meu pensamento, anotando no canto da folha.

-Mas corações podem ser aquecidos com amor - ele respondeu sem levantar o olhar.

Ele entende de amor? Já amou alguém? Ele. O que mais pende pro lado do bullying.

-Pensei que faria alguma piada agora - o olhei de canto, ele batucava uma caneta na mesa, encarando a lousa.

-Me chamou de palhaço? - sorriu.

-Não! - disse um pouco alto, me preparando para ser agredido.

-Aconteceu alguma coisa?

-Desde quando se importa? - arrastei minha cadeira para o lado oposto dele.

-Desde que aquela velha disse que escolherias as duplas - ele arrastou minha cadeira de volta, o olhei desconfiado.

-Tinha em mente me escolher pro trabalho? - perguntei suspirando. Acho que eu sabia. Agora tinha certeza.

-Quero te conhecer melhor - ele parou, e olhou fundo em meus olhos. Minha alma sentiu aquilo, que me fez arrepiar inconscientemente.

-Pra dizer que agora é amigo do cara mais zoado da escola, admitir algum dia que era brincadeira, e fez isso pra acabar com a minha moral de pensar que teria um amigo nessa merda de colégio? Vá se foder, Felipe - rosnei baixo.

-Caralho, calma - ele parecia escolher as palavras sériamente - vamos fazer logo isso.

Tentei pensar em algo pra dizer, mas falhei e fui obrigado á pegar o livro no qual tive certeza de ler algo sobre geleiras.

P.O.V Felipe

Eu realmente quero conhecer esse garoto.


Notas Finais


Prometo que a próxima vai ser mais longa, e sai hoje, se der. Maaaas não esperem nada de mim. Preguiça reina.

Ah, digam se querem algo com mais diálogos, pensamentos ou ações. Pra eu saber se devo melhorar em alguns aspectos.


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