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História A loba de Seoul - Imagine Park Chanyeol (Two-Shot) - One


Escrita por: AllysonWolf

Capítulo 1 - One


Fanfic / Fanfiction A loba de Seoul - Imagine Park Chanyeol (Two-Shot) - One




Parei por alguns minutos para hidratar-me. Olhei ao redor da floresta e percebi que tinham enormes pegadas abaixo de mim. Eram pegadas tão grandes que tive medo de encontrar essa criatura. Presumi que fosse um Urso e que, pelas pegadas parecerem frescas, eu deveria tomar cuidado, já que as chances de eu me encontrar com esse animal feroz eram grandes. 

Guardei a garrafinha de água na mochila e voltei a andar. Não faltava muito para chegar até a cachoeira e devido ao calor, eu não via a hora de sentir a água gélida em minha pele. 

Andando mais um pouco, pude observar a trilha da cachoeira. Segui a mesma não demorando muito para ouvir o som agradável da água jorrando lá de cima e colidindo com as pedras abaixo. Satisfatório, de fato.

Não há nada melhor que tomar um bom banho de água pura da natureza num fim de tarde, meus amigos. Respirando fundo o agradável ar desprovido de poluição da floresta, deixei minha mochila no chão e tirei a camiseta. Mantive meu short pois havia uma calça de reserva na minha mochila. Tirei os tênis surrados devido a trilha e corri rapidamente em direção a água fria que corria por ali. 

Saltei no rio que ali terminava e deixei que a água natural lavasse minhas impurezas e preocupações. Respirando fundo e enchendo meus pulmões de ar, mergulhei novamente sentindo a água gelada bater contra minha pele causando um choque térmico devido ao meu corpo estar quente com a longa trilha e o calor do dia. 

Após aproveitar drasticamente o frescor da água, resolvi ir atrás da cachoeira para me banhar pela última vez. Escalei algumas pedras com cuidado sentindo os respingos da água corrente bater em minha pele agora refrescada. Mesmo tendo escorregado duas vezes, consegui escalar até onde a água batia antes de terminar no lago. Entrei por entre a cortina de água que colidiu fortemente contra meus ombros causando uma sensação boa e dolorida ao mesmo tempo. Limpei da melhor maneira os olhos e, ao me virar pronto novamente para sair, parei ao observar uma figura um tanto curiosa na margem do lago.

Um enorme lobo negro havia parado na beirada. Acredito ter sido despercebido pelo animal, devido a cortina de água encobrir meu cheiro, e, também impedir visão do lobo. Esse dava rápidas e ágeis lambidas parecendo estar preocupado com algo, olhando sempre para trás e lados. Observei com certo medo o grande lobo, pois seu tamanho era surreal. Era tão alto quanto um cavalo de corrida. 

Por poucos segundos, o lobo levantou a cabeça na minha direção e consegui ver seus olhos. Perfeitamente azuis e tão belos que fui incapaz de olhar qualquer outra coisa. Ouvi um rápido rosnado e o lobo se silenciou enquanto me encarava. Porém, um som alto de um disparo fez com que eu me assustasse e visse o lobo a minha frente correr rapidamente para a floresta. Em poucos segundos, não pude mais deslumbrar-me com a beleza do animal. 

Fiquei um pouco chateado e ao mesmo tempo aliviado, pois com aquele lobo ali, seria difícil chegar em minha mochila. Mas um disparo de tiro? 


— Com licença, garoto? - Um homem que aparentava ter em torno de 40 anos de aproximou de mim.

— Pois não? - Digo e logo percebo uma espingarda em suas mãos. Possivelmente o causador do som estridente e responsável por assustar o grande lobo, seria esse homem.

— Estou caçando um lobo enorme, ele é preto, tem olhos azuis, e está com uma coleira no pescoço. O senhor o viu? - O mais velho me pergunta.

— Lamento, não vi seu lobo. - Sorri para o senhor que colocou por meros segundos a mão sobre seu boné. 

— Obrigado, eu ainda vou pegá-lo! - Jurou saindo de meu campo de visão. Ele havia ido por um caminho oposto do lobo. Suspirei aliviado.


Eu que não permitiria que esse caçador matasse aquele lobo. 


Por alguns segundos, minha mente se recorda da imagem do grande animal, e lembro vagamente de ter reparado em algo prata em seu pescoço. Seria a coleira que o homem havia mencionado? Por que um lobo daquele tamanho precisaria de coleira?

Balanço a cabeça e passo mais uma vez pela cortina de água que a cachoeira criava, logo me refrescando e caminho novamente em direção a minha mochila. Lá, retiro uma toalha e seco meu corpo, logo procurando minhas roupas. 

Após vestido e seco, pego minha mochila jogando-a por cima dos ombros e resolvo sair dali, antes que desse algum problema. Eu preferia evitar de encontrar com o cara armado e também com aquele grande lobo, então tomei outro caminho, o que eu havia vindo, pois assim, estaria longe dos dois. 

Após subir toda aquela trilha, foi que eu me toquei que aquela foi uma péssima escolha. Ouvi um rugido logo a minha frente e rapidamente me lembrei de que havia encontrado com pegadas de um urso a alguns minutos atrás. Me abaixei automaticamente e olhei em volta procurando a origem, para assim, passar bem longe daquele bicho. Mas visualizei a grande massa de pelos castanhos em menos de 2 metros de mim. Paralisei instantaneamente sem saber o que fazer. O urso me viu sem dificuldades e começou a caminhar em minha direção. 

Minha única reação foi me encolher e torcer pra ele perder o interesse em mim. Lembro-me vagamente de ter lido em algum lugar que o ideal ao ver esses animais era se fingir de morto. Reagi da forma prevista e encolhido, me fingi de morto. O urso se aproximou de mim e farejou por cima do meu corpo. Tentei acalmar a respiração e não reagir para que minha atuação fosse convincente e o animal me deixasse em paz. O urso começou a cutucar minha mochila, mas, não satisfeito, ele pisou em cima de minha panturrilha, descarregando ali seu peso e me fazendo arfar com a dor. 

Tudo que eu fazia era torcer para minha panturrilha suportar aquele peso e que o animal fosse embora. Mas o urso encontrou algo na minha mochila. Um sanduíche que eu havia feito com peito de peru. Ele enfiou mais fundo aquele focinho e retirou a bandeja com meu sanduíche. Mas quando foi sair de cima de mim, o urso fez questão de "esbarrar" aquelas garras enormes e afiadas em minha coxa fazendo assim um rasgo dolorido tanto em minha pele, quanto em minha calça. Senti a lágrima escorrer de meus olhos com a dor dilacerante e me esforcei ao máximo para manter o silêncio para que o urso fosse embora logo. 

Em poucos segundo, o grande animal destruiu minha bandeja e devorou o sanduíche que ali estava. Pensei que aquilo o faria perder o interesse em mim, mas não foi o suficiente. Após ter comido, o urso fez questão de vasculhar mais o objeto em minhas costas para tentar encontrar mais alimento. Mas assim que senti minha coxa fraquejar novamente e uma dor terrível ali, percebi que o urso se apoiou em mim novamente. 

Meu arranhão doía muito, e com toda aquela pressão em cima, fez o sangue sair em maior quantia. Mais lágrimas escorreram. Eu só queria que aquela tortura acabasse logo. 

Foi então que ouvi um forte rosnado que fez o urso abandonar meu corpo. Pude ver com dificuldade devido as lágrimas mancharem meus olhos, o urso virar a cabeça e se levantar, ficando sobre duas patas. Ele rugiu para algo a sua frente e ouvi outro rosnado seguido de um latido autoritário. 

Me esforcei e consegui ver o mesmo lobo negro que havia visto a pouco tempo atrás. Em questão de segundos, o lobo saltou ficando por cima do meu corpo impedindo que o urso chegasse até mim. O urso rugiu para o lobo e esse mostrou os dentes de uma forma mais agressiva. 

Tentando impedir que os dois animais brigasse por minha carcaça, peguei rapidamente o último sanduíche no bolso de fora da mochila, logo jogando para o outro lado com toda a força que eu tinha naquele momento, chamando a atenção dos dois animais, porém apenas o urso foi atrás do sanduíche. 

Aproveitando a distração do urso, o lobo saiu de cima do meu corpo e o senti agarrar minha mochila com a boca, me puxando para longe. Gemi com a dor insuportável ao arrastar minha panturrilha ferida no chão e acabei perdendo a consciência com isso. 



*


Acordei sentindo uma tremenda dor de cabeça e percebi ainda estar na floresta. Estava novamente na cachoeira que havia saído a pouco tempo. Senti uma brisa em minha barriga e notei minha camiseta rasgada pela metade. Olhei preocupado para minha canela e pude ver uma espécie de curativo por cima. Notei o sangue manchado no curativo feito com minha própria camiseta e também notei alguma gosma verde por cima. Quem teria feito isso? Minha última lembrança era do lobo me arrastar pelo chão com a perna machucada. Será que aquele senhor de antes o matou e cuidou de mim? 

Foi ai que reparei as pegadas de lobo em volta de mim. Também vi algumas humanas, mas essas eram pequenas para ser daquele homem. 


— Está melhor? - Ouvi uma voz atrás de mim. Me virei e pude observar uma jovem de cabelos bem escuros e olhos azuis incríveis. Eram tão vivos quanto safiras sobre a luz da lua. E bem familiares.

— Eu... Acho que sim. - Disse ainda atordoado devido a dor de cabeça. 

— Consegue andar sozinho? - A garota perguntou e tentei me levantar, mas a dor em minha perna era grande demais para isso. — Ok, eu te ajudo. - A jovem se aproxima de mim mas nego. 

— Você já me ajudou bastante. Daqui pra frente posso me virar. - Digo mas ela ri irônica.

— Você sabe que não. Larga esse orgulho aí e deixa logo eu te ajudar. - Ela diz convicta. Logo vejo ela estender a mão. Observo bem seu rosto. Seus olhos eram muito hipnotizantes. Acabo por ceder e seguro finalmente sua mão. — Bom garoto! - Ela sorri e me puxa. E, que puxão! Ela tinha tanta força que eu quase cai de novo. Ela segurou em minha cintura com firmeza passando meu braço por seus ombros sem dificuldade. 

— Nossa, você é bem forte! - Digo surpreso e ela ri.

— Ou você que é um frouxo! - Ela tira sarro e acabo por sorrir também. O sorriso dela, mesmo que sarcástico, era contagiante. — Por que está me olhando assim? - Ela sorria desconfiada. 

— Assim como? - Me faço de desentendido olhando para o lado sem graça por ter sido pego no flagra.

— Com essa carinha de bobão! - Ela ri e vira meu rosto novamente para encará-la. Acabo sorrindo novamente ao vê-la. Essa garota era atraente demais para mim. — Você é fofo. - Ela ri e passa brevemente a mão sobre meus cabelos. — Vamos, vou te ajudar a chegar em casa antes que seja tarde. - Ela me aperta com firmeza e tento lhe ajudar um pouco evitando pôr tanto peso em si. 


Saímos andando fiquei impressionado com a força dela. O caminho inteiro eu a encarava concentrada. E por incrível que pareça, ela não notou. Algo nela me era tão familiar e tão atraente, mas não conseguia lembrar. Também me impressionei que ela parecia conhecer as trilhas da floresta muito bem. Assim não demorou muito para sairmos daquele local. Logo chegamos, e até que rápido, na rodovia que dava de frente para a floresta. 


— Onde fica sua casa? - Ela finalmente me encara. 

— Fica meio longe, acho melhor pedirmos um táxi. - Digo e ela nega. 

— Aqui vai demorar muito para aparecer um. Eu mesma te levo, não se preocupe. - Ela fala calma, porém, séria. 

— Tem certeza que aguenta meu peso e o da minha mochila até lá? Vai demorar bastante. - Aviso mas ela apenas sorri. 

— Confie em mim, eu sei o que tô fazendo. - Ela diz e com um sorriso daqueles, é claro que eu confiaria. Acabei sorrindo para ela. — Alá, está fazendo de novo! - Ela ri e eu a encaro confuso.

— Fiz o que? - Ela sorri e encosta brevemente o dedo em meu nariz. 

— A carinha de bobo! - Ela diz rindo e me ajuda a caminhar novamente iniciando a jornada até minha casa. — Mora por aqui, certo? - Pergunta e concordo.

— Como você sabe? - Ela sorri. 

— Eu sei de muita coisa, Park. - Arregalei os olhos ao ouvir meu sobrenome. 

— Você me conhece? - Pergunto surpreso. Não lembro de ter a conhecido. E tenho certeza de que lembraria de uma garota encantadora assim.

— Sim, mas você não me conhece. - Ela afirma continuando a caminhar. 

— Posso perguntar ao menos o nome da minha salvadora? 

— Salvadora? - Concordo com a cabeça. 

— Prefere Heroína? Oh, vossa divindade heróica! - Faço uma leve reverência com a cabeça, já que minha perna se encontrava fodida pra isso. Ela apenas ri.

— Hm... Heroína está de bom tamanho! - Ela encara o caminho a sua frente com uma expressão de satisfeita. 

— E qual seria o vosso nome, poderosíssima divindade heróica cujo salvaste minha vida? - Pergunto rindo e ela faz o mesmo. 

— Hm. Me chame S/n, caro mortal, mas permito-lhe que me chame por meu apelido. - Sorri ao ver ela entrar na brincadeira.

— Que seria....? - Pergunto novamente e ela pisca os olhos rapidamente para mim. 

— Blue. - Ela diz e entendo o porquê. Com certeza ela tinha aquele apelido por seus incríveis olhos. A encarei fascinado. 

— Você tem olhos lindos. - Digo e ela sorri sem graça. 

— Obrigada. - Mantenho o sorriso preso no rosto. Não conseguia não sorrir ao olhar aquela garota. — Sabe, eu te conheço por conta da escola. Não deve ter reparado, mas estou no mesmo colégio que você. - Ela fala e eu procuro a imagem dela na cabeça, mas realmente não a conheço. 

— Me desculpe, nunca reparei em você. - Digo chateado, mas ela parecia não se abalar. 

— Fique tranquilo, entrei a pouco tempo. Nunca estudamos juntos, mas acabei te conhecendo pelo escândalo com Sook Ailee. - Ao ouvir o nome me contorço de agonia e desconforto. — O que foi? - Ela me encara preocupada. Deve ter sentido meus movimentos. 

— Nem me lembre daquela garota. - Revirei os olhos incomodado. 

— Odeia tanto ela assim? - Ela me olhava curiosa. 

— Bom... Sim! - Não pensei muito para dizer. Ela me olhava como se quisesse saber o motivo. Aqueles olhos curiosos... Ah, não consegui evitar. Não pude guardar comigo aquela memória. — Bem... Você já deve saber que Sook e eu namoramos. - Ela concorda com a cabeça séria. — Quando a conheci, ela era diferente, sabe? Namoramos por uns três anos eu acho, mas aí entrou um garoto novo na escola. Oh Sehun. Ele era bonito e sério. Sook logo perdeu o interesse em mim. Eu falava com ela, mas ela estava sempre distante e, quando eu via, estava encarando o garoto. Foi quando resolvi tirar satisfações e... Bom, ela disse que não deveria me preocupar, e que estava daquela forma porquê o conhecia. - Suspirei. — Acreditei nela e, uma semana depois, descobri que ela havia me traído. - Ela me encara chateada. 

— Sinto muito. - Diz e concordo com a cabeça. 

— Tudo bem. Fui tirar satisfações novamente com ela e, deu naquele escândalo que você presenciou. Ela me humilhou na frente do colégio inteiro e foi para os braços de Oh Sehun. Porém, ainda bem, ele também viu e terminou com ela. Depois ele veio se desculpar, dizendo que não sabia que ela namorava e tudo mais. Sehun é um cara legal e perdoei ele, mas Sook ficou no meu pé se dizendo arrependida por um mês, e, graças a Deus, ela desistiu. Não sei como ela está e prefiro nem saber. - Revirei novamente os olhos e respirei fundo. — Ainda fico magoado ao falar disso, desculpe. Eu amava muito ela sabe? - Ela me olha e abaixa a cabeça incomodada. Estranhei

— Sei... - Percebi que Blue evitava me encarar. Tratei logo de finalizar aquilo. Nós dois não estávamos bem com o assunto e eu que não daria corda.

— Enfim, não me arrependo de dispensá-la. E desde então, acabei pegando um certo rancor. Como ainda é recente, não consegui me relacionar com mais ninguém.

— Mas já faz onze meses. - Ela me olhou. 

— Foram três anos... Para então ganhar um chifre. Acho que estou no tempo considerável. - Brinquei e ela finalmente sorriu. 

— Tudo bem, compreendo. - Passamos na frente de uma cafeteria. — Sente-se aqui. Já estamos andando a muito tempo e você precisa se hidratar. - Ela fala e me coloca sobre a cadeira. — Eu já volto. 


Antes que eu pudesse protestar, ela saiu entrando na cafeteria. Não demorou muito para voltar com um copo com o que eu acho ser café, e uma garrafa de água na mão. 


— Beba! - Ela me entrega e se senta a minha frente. — Vamos fazer uma pausa. Não quero forçar muito sua perna. - Ela diz e concordo.

— Então a madame aí toma um café caprichado e eu uma garrafinha d'água? - Pergunto brincando e ela ri. 

— Ah, sabe como é, os fãs não permitem que eu me rebaixe a uma garrafinha de água. - Ri da garota e observei novamente seus traços. 

— Imagino. - Brinco e ela sorri mostrando os dentes. Percebi que seus caninos eram um pouco maiores que o comum. Nada extravagante, mas deu para notar uma diferença. 

— Mas sério, café não vai ajudar o seu machucado. Você perdeu bastante sangue, Park. Precisa realmente se hidratar! - Ela fala autoritária e eu concordo com a cabeça. Não tinha como negar nada a ela. 

— Tudo bem, majestade. Estou a suas ordens! - Novamente ouço aquele riso lindo e acabo sorrindo bobo também. Bebi a garrafa inteira e Blue também bebeu rapidamente seu café.

— Pronto para continuar? - Ela pergunta se levantando e me olhando preocupada. 

— Sim, fique tranquila. - Sorri e dessa vez consegui me levantar sozinho me apoiando na mesa. — Deixe que eu pago. - Rapidamente digo pronto para encarar a conta e a vejo sorrir. 

— Sinto muito, cavalheiro. Acredito que isso não será possível. Já paguei a conta. - Ela sorri sarcástica e eu a olhei incrédulo. 

— Ei, esse é o meu papel! - Fiz uma carinha emburrada. Ela deu risada e acariciou meus cabelos novamente. Eu estava começando a gostar desse ato. 

— Hm, não hoje. Também quis ser a heroína do seu bolso! - Acabei rindo e ela me ajudou a caminhar novamente. 


Fomos o caminho conversando e brincando. Percebi várias vezes como Blue era adorável. Ela me fazia sentir o peito aquecido e aquele sorriso me derrubava. Não costumo ser o cara que dá em cima dos outros, mas acabei não aguentando as oportunidades que encontrava para um bom flerte. S/n apenas ria e levava na brincadeira. Fiquei ressentido com isso mas claro que ela não percebeu. 


— Está entregue! - Ela disse me deixando na porta de casa. 

— Obrigado. Você é uma ótima companhia Blue. - Ela sorriu lindamente. Suspirei lhe encarando.

— Você não é nada mal, Park.

— Chanyeol. - Digo e ela arqueia uma das sombrancelhas. - Me chame de Chanyeol. Ouvir você dizer "Park" faz eu me sentir velho! - Ela riu.  

— Oh, e você é novo? Tinha certeza que vi uma falha nesse cabelo! - Ri novamente. 

— Ei. Não zomba da minha calvície adiantada! - Ela riu mais. Por alguns segundos apenas apreciei sua risada. Era contagiosa e acabei por rir também. 

— Bom Par.... Digo, Chanyeol. Creio que seria prudente cuidar do seu ferimento. O remédio que eu fiz não vai durar muito. - Ela avisou e assenti. 

— Você não quer me ajudar? - Ela me olhou desconfiada. — Não levo muito jeito pra isso. - Admiti sendo sincero. 

— E eu pareço médica? - Ela sorriu irônica e aproveitei o momento. 

— Se for, preciso de um transplante de coração, já que você roubou o meu! - Ela caiu na gargalhada. 

— Ok, ok. Me convenceu. - Sorri vitorioso e abri a porta da casa. Mas acabei me esquecendo do meu cachorro que, ao ver S/n, rosnou para a mesma.

— Não, Spike! - O repreendo mas ele não me ouve e continua a rosnar. 


Blue se abaixou e olhou para o cachorro. Por alguns segundos, tive certeza de ver seus olhos brilharem com aquele mesmo azul cobalto como.os do lobo. Também pude ouvir um segundo rosnado curto e grosso, mais grave e imponente ali. Incrivelmente, Spike deixou de rosnar e rolou ficando de barriga para cima agora choramingando por carícia, logo ela lhe concedeu um carinho na barriga.


— Como é que você...

— Levo jeito com cães! - Ela sorri. Fiquei pasmo. Spike era um rottweiler e nunca foi muito amigável com estranhos. — Sabe, é como dizem. "Cão que ladra, não morde". - Ela fala sorrindo e encarando o cão a sua frente. 

— Percebi. - Disse ainda desconfiado e surpreso.  Ela acarinhou a barriga do cão por alguns segundos sorrindo e andei com dificuldade para o sofá. 

— Onde fica o kit de primeiros-socorros? - Ela pergunta e aponto para a gaveta embaixo da estante, na cômoda a minha frente. Ela rapidamente o pega e se ajoelha na minha frente procurando os remédios corretos que eu não saberia nem lascando pra quê servem. 


A vi pegar uma pequena tesoura que estava ali perto e cortar minha calça quase inteira naquela perna. A encarei confuso e foi então que vi a minha situação enquanto ela retirava a mesma. Sua expressão era séria e ela logo pegou alguns remédios para cuidar de mim.

Ela retirou com cuidado a atadura que havia feito com parte da minha camiseta e pude visualizar algumas folhas em cima do corte. 


— Você conhece plantas medicinais? - Pergunto e ela assente. 

— Digamos que fui criada ligada com a floresta e seus recursos. - Ela diz ainda concentrada no curativo. 

— Ah, saquei. - Digo e acabo por gemer quando ela as removeu. Aquilo ainda doía. 

— Desculpe. - Ela pede e concordo com a cabeça.  — Ei, me dá sua mão. - Ela pede e lhe encaro confuso.

— Por que? - Pergunto e vejo ela pensar brevemente. Mas logo responde simplista.

— Apoio moral, ajuda a diminuir a dor. - Diz e seguro sua mão meio sem graça. 


Durante alguns segundos, a vi fechar os olhos brevemente e senti minha dor diminuir aos poucos. Ela voltou a atenção para a ferida ainda segurando minha mão e quando vi, já parecia apenas um incômodo. 


— Incrível... Funciona mesmo. - Digo surpreso e ela sorri amarelo. Estranhei

— Ah, é só uma coisa que minha mãe me dizia. - Diz soltando nossas mãos e voltando a manusear meu ferimento. 

— Tem algo que eu possa fazer pra... Ah! - Novamente sinto arder quando ela passou um algodão ali. — Ajudar... - Digo pressionando fortemente os olhos, mesmo que não doesse como antes. Eu sei, sou dramático.

— Bom, não se movendo você já ajuda muito! - Ela sorri me reconfortado e acabo concordando com a cabeça tentando não me mover. 


S/n foi bem cuidadosa com minha perna. Mesmo eu perdendo meia camiseta, uma perna da minha calça e, claro, muito sangue, foi bom estar na companhia dela. Foi então que uma dúvida me surgiu.


— O que fazia na floresta quando me encontrou? - Ela arregalou brevemente, talvez por eu tirar sua concentração. 

— Ah, bom... Digamos que eu estava fugindo um pouco dos problemas e lá é bem aconchegante se você souber aproveitar. - Ela disse e refleti um pouco com sua resposta. 


Fugindo de problemas... Esses olhos... Os cabelos negros... Por que ela me lembrava tanto aquele lobo? Por mais que eu tentasse não pensar, olhar para ela, era como ver a imagem do lobo a minha frente. Mas, de uma forma mais amigável.



— Você viu um lobo negro quando me encontrou? - Ela me encarou séria. 

— Por que? - Me olhou com aqueles olhos repletos de seriedade. Ela parecia tensa.

— Relaxa! - Digo e ela pareceu se acalmar. — É só que... Minha última lembrança antes de apagar, foi um lobo enorme me arrastando pra longe de um urso. Depois disso, apaguei. - Ela me olhou por alguns segundos. Parecia pensar no que dizer.

— Eu te encontrei desmaiado encostado naquela árvore. Quando vi sua situação, procurei algumas plantas pra conseguir fazer um curativo. Inclusive, lamento pela camiseta, mas a minha não dava pra fazer isso. O tecido da sua estanca melhor o sangue. - Ela diz e concordo com a cabeça. Fazia sentido. 

— Entendi. Obrigado por me ajudar. Talvez sem você, eu nem vivo estaria. - Digo e ela sorri. 

— Ah, sabe como é, né? O dever nos chama! - Acabei rindo de sua frase de heroína. Ela era tão adorável. Não conseguia não me encantar com essa garota. — Prontinho Park. Seu curativo está feito. Olha, presta atenção, vou te dizer como você vai cuidar dele, ok? - Ela me olha séria e assenti. — Primeiramente, tire com cuidado só quando for tomar banho. Não pode molhar esse curativo! - Assenti. — Para refazer, você lava a ferida com soro fisiológico, deixa uns 15 minutos ela respirar e aí você o limpa com água oxigenada. Vai deixar ela livre de bactérias. Depois você passa essa pomada antinflamatória e toma uma pílula de aspirina. Vai ajudar com a dor. E por último, tampa com gases e passa essa fitinha. - Me mostrou uma fita feita para curativos. Assenti entendendo tudo o que ela havia dito. — Se em três dias sua perna ficar roxa, por favor, ligue para uma ambulância, ok? Você vai precisar de um médico. Entendeu? - Ela me encarava seria. Entendi que aquilo era realmente uma situação delicada e que eu tinha que realmente me cuidar. 

— Sim, entendi. - Ela sorriu satisfeita pra mim. — Sabe, obrigado novamente. Você me ajudou muito! - Ela sorri com aquele brilho nos olhos que eu tanto gostava.

— Disponha. - Disse piscando um dos olhos em minha direção. Sorri. — Bom, caro Park, receio que devo ir embora. - Concordei com a cabeça e ela se despediu. — Te vejo por aí, Chanyeol. Ao menos quando sua perna melhorar. Ah! Não se esforce em? - Assenti entendendo o recado. 

— Tudo bem, mãe. - Ela riu. 

— Se você me desobedecer, vai ficar de castigo por um mês! - Ela diz se virando para ir embora. Ri baixo. 

— E que castigo seria esse? - Brinquei. Ela se virou, piscou e respondeu.

— Um mês sem a minha ilustre presença! - Sorri a acompanhando até a porta mancando. 

— Eu com certeza não desejo isso! - Cheguei perto dela o suficiente para observar de novo os olhos azuis. — Eu a acompanharia até sua casa, mas não consigo andar. - A olhei envergonhado. Que tipo de homem eu era? 

— Não se preocupe, sei muito bem me cuidar sozinha. - Ela sorriu e novamente balançou meus cabelos. Ah, eu adorava quando ela fazia isso. 

— Hm, está bem. Por favor, se cuide. - Ela assentiu com a cabeça. 

— Eu que o diga. Tome cuidado, ok? - Balancei a cabeça positivamente. — Tchau, Park Chanyeol. - Sorri a vendo sair pela porta. 

— Tchau Blue. - Disse segundos antes dela fechar a mesma. — Spike? - Digo e o cão me olha. — Acho que estou apaixonado. - Falo pensando alto. Fiz um carinho em si e fui, tentar ao menos, alimentar meu cão e a mim mesmo. 


Com muita dificuldade eu o fiz. Agora alimentado e bem cuidado, graças a S/n, me deitei com dificuldade na cama. Olhei o teto por no mínimo duas horas com insônia. Só conseguia lembrar do olhar daquele lobo. Por que ele havia me salvado? 

Também pensei várias vezes em S/n. Aqueles olhos.... O cabelo... Aquela boca, nossa. Tudo nela me chamava a atenção. Não entendi o porquê de só descobrir sua existência agora. E caramba, além de bonita, Blue também era carismática. Aquela garota é perfeita. Será que eu teria alguma chance com ela? 

Com esses pensamentos, acabei por cair no sono devido ao cansaço. 



*



— Chanyeol? - Ouvi a voz de S/n. Abri os olhos lentamente tendo a visão da garota sentada sobre minha cama. — Eu te chamei um tempão lá fora, mas você estava dormindo. - Ela riu. — Levante, já são 14:20 da tarde e você ainda dorme! - Arregalei os olhos. 

— Ah droga, a escola! Como eu pude faltar? - Bati em minha testa.

— Como você pretendia ir? Sua perna tem que ficar em repouso, lembra? - Ela disse cruzando os braços e lembrei-me do ocorrido. 

— Ah, é verdade. - Concordei com a mesma. — O que veio fazer aqui? - Perguntei confuso com sua presença. Mas logo me toquei que parecia ter sido grosseiro. — Não que eu esteja reclamando... Sabe, você é uma ótima companhia. - Tentei concertar mas ela já estava rindo. Acabei sorrindo bobo.

— Você me disse isso ontem. - Ela negou com a cabeça ainda rindo. — Eu trouxe a matéria de hoje. Peguei com uma amiga minha da sua classe. Ela me emprestou o caderno e preciso devolver amanhã para ela. Então, copie rápido. - Ela me entregou o caderno. Assenti com a cabeça. 


Olhei em volta do meu quarto e vi meu caderno sobre a cômoda. Me arrastei pela cama até o alcançar, logo encontrando também, uma caneta. 

Fiz o que Blue havia me pedido, perdendo em torno de uma hora do dia. A garota acabou por me fazer o almoço. Eu estava ficando com uma conta bem grande para pagar Blue. Além de me salvar, ela ainda cuidava de mim muito bem. E assim foram várias tardes. Todo dia S/n vinha aqui, olhava minha perna e cuidava de mim. Me passava a matéria do dia na escola e até me ensinava alguns conteúdos. Ela era bem inteligente. Ela até passeava com o Spike pra mim. E isso foi seguindo por mais ou menos 3 semanas. Todo dia a mesma rotina. Conversávamos sobre tudo e nunca nos faltou assunto. Gostava do jeito carismático dela, e também do seu lado sarcástico. Ela era realmente adorável e não conseguia parar de pensar o quanto eu estava ferrado por ter me apaixonado por ela em tão pouco tempo. Eu já havia tentado dar umas investidas, mas ela parecia não entender ou fingia não perceber.


— Então você soma os números. Nunca esqueça, repete a base e soma os expoentes. - Ela me explicava de maneira clara.

— E quando são bases diferentes? - Pergunto confuso.

— Você multiplica as bases e mantém o expoente. - Respondeu simples. — Caso os dois sejam diferentes, tanto a base, quanto o expoente, aí você resolve separadamente. Olha aqui, 13² Então faz o 13 vezes ele mesmo. Isso. Da 169. Agora pega o 15³ e faz o mesmo processo. Se não me engano vai dar em torno de 3300. Por aí. Depois você multiplica os resultados para ter o final. Entendeu? - Concordei com a cabeça. 

— 3375. - Digo o resultado e ela sorri. — Você é boa professora. Não tem como não entender. - Sorri apoiando o rosto na mão. S/n era excelente em todas as matérias e me ajudava muito a estudar. Já que ainda não conseguia ir para a escola. 

— Ah, eu sei. Bom, agora que você já fez a lição, deixa eu ver como tá sua patinha. - Ela apelidou minha perna carinhosamente. Ri da garota e a vi desfazer o curativo. — Hm, parece bem melhor! - Ela me encarou sorrindo. — Já pode voltar para o colégio! - Disse e eu neguei com a cabeça. 

— Ah não... Você me ensina muito melhor do que os professores! Por que não posso ficar aqui pra sempre, em? - Falo manhoso. 

— Você está muito dependente dos meus cuidados. Sabia que não devia te mimar. - Ela faz graça e acabo por rir. 

— Blue, obrigado por cuidar de mim por todo esse tempo. Você foi muito especial pra mim nessas semanas. De verdade. - Lhe encaro sincero e ela sorri lisonjeada. — Espero que um dia eu possa lhe retribuir de alguma forma. - Falo e coço a nuca. Ela sorri. 

— Foi um prazer, Chanyeol. Bom, te vejo amanhã no colégio? - Ela sorri sugestiva e eu concordo com a cabeça. 

— Tudo bem... Eu vou! - Acabei cedendo. 



No dia seguinte, ao chegar no colégio, cumprimentei meus amigos, já fazia um mês que não os via. Respondi todas as suas perguntas e contei vagamente sobre S/n. Logo todos se interessaram na garota e queriam conhecê-la. Procurei ela pelo refeitório no intervalo, já que na entrada não havia a visto. A encontrei conversando não muito longe com duas garotas. Quando ela me viu, acenei em sua direção com um sorriso bobo no rosto. Ela retribuiu e meus amigos começaram a tirar sarro. 


— Olha, o cara passou o mês sentado e já arrumou uma garota! - BaekHyun brinca e reviro os olhos. — Ainda não acredito que você tá afim da S/n. Ela é linda, amigo. Já ficaram? 

— Não, Baek. Ela é diferente, sabe? Tenho que ir devagar. Não quero perdê-la. - Ele me encara malicioso. 

— Tá apaixonado Chanyeol? Finalmente em! - Acabo sorrindo com seu comentário. 

— Talvez. - Digo e Sehun me olha surpreso. 

— Que bom. Ela parece legal. - Sehun sorri a encarando. Fecho a cara. 

— Essa tem dono, amigo. - Digo ciumento. 

— Ei, relaxa. Eu sei, cara! - Sehun ri de minha reação. Mas logo o percebo ficar sério. — Ei Chan. Acho que sua garota precisa de você. - Ele me da um aperto breve no ombro e balança a cabeça apontando algo. 

Encaro a direção para onde Sehun olhava e vejo S/n sendo arrastada por um cara para um canto. Ela parecia desconfortável e incomodada, mas o garoto nem se importava. Ao saírem de meu campo de visão, me apressei em seguí-los. Estava com um mau pressentimento.


 Me aproximei dos dois logo ouvindo vagamente sua conversa. Senti meu sangue ferver e o punho fechar com as palavras daquele idiota.


— Vai fazer o que, dar uma cabeçada no meu joelho? - Ele ria e apertava os pulsos dela. 

— Me deixa em paz, Hyun. - Ela estava séria e aparentemente nervosa. Nunca havia visto essa expressão nela. 

— Você manchou minha jaqueta, gata. Eu preciso que você me recompense de alguma forma. - Ele a puxa para perto de si. Vi os olhos de S/n brilharem em azul e automaticamente lembrei daquele lobo. Acabei ficando inerte por alguns segundos, só voltando a realidade quando ouvi a voz de Blue novamente.

 — Foi um acidente. Eu já pedi desculpas. Me deixa em paz! - Ela tentou se afastar mas ele apenas a prensou na parede. Fico irritado com essa ação e me aproximo empurrando o ombro dele. Puxei S/n para perto de mim e encarei Hyun sério.

— Cara, deixa ela em paz. - A defendo mas o outro apenas implica. 

— Tá brincando? Essa jaqueta custou caro e essa cachorra me deve uma agora. - Ele parecia irritado com ela. Fiquei furioso ao ouvir ele a insultar. 

— Se chamar ela assim de novo eu acabo com sua raça. - Digo já trincando o maxilar. 

— Por favor Chanyeol, você não me assusta. - Ele ri em deboche. — Agora cuida da sua vida e eu me resolvo com essa cadela. - Ele tentou me empurrar mas lhe desferi um soco no rosto. 

— Eu avisei para não chamá-la assim de novo! - Falo ríspido e lhe soquei no outro lado, agora. Hyun se encontrava com um hematoma no rosto e sentado no chão. Ele me olhou com raiva, pronto para revidar. Logo senti um impacto em meu rosto também. Ele riu cínico. Maldito.

— Chanyeol. Já chega. - S/n me olha e minha raiva diminui. — E você também. Aprende a ter noção. - Ela fala séria para Hyun que puxa seu braço e lhe rouba um beijo. 


Filho da puta.


Puxei S/n de lá e soquei novamente Hyun que agora ria debochado. Antes que pudesse realmente o espancar, Blue segurou meu pulso e ouvi um rosnado breve. Ao lhe encarar, seus olhos estavam brilhando e sua respiração ofegante. Também fui capaz de ver pequenas presas brancas em sua boca entre-aberta. Seus caninos estavam maiores do que eu me lembrava.


— Sai daqui, Hyun. - S/n desviou o olhar de mim.

— Me tira daqui, então. - Ele ria debochado e vi a garota segurar a jaqueta do maior o arrastando para longe. 

O miserável reclama mas Blue apenas o encara com raiva e lhe dá um soco na cara, fazendo ele perder a consciência por alguns segundos. Olhei em choque para garota quando a vi jogar o maior num canto afastado daqui. Logo ela volta e me puxa para dentro do almoxarifado. 

— O que foi isso? - Pergunto sério querendo explicações sobre o que acabara de acontecer na minha frente. 

— Eu preciso te contar uma coisa, Chanyeol. - Ela me olhava séria. Sua face estava sombria e eu soube aí, que tinha algo de errado com ela. Algum segredo que ela não quis me revelar antes. 

— Sou todo ouvidos. - Digo desconfiado, porém disposto a ouvir o que ela tinha a dizer.



Continua







Notas Finais


Espero que tenham gostado da reescrita ❤️
Amo vcs


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