Em um dos quartos, no dormitório masculino de uma escola particular.
Natsu – Pelo visto irá chover novamente... – pensou ao ver o céu escuro pela janela.
Gajeel – Yo Rejeitado-kun! – falou alto ao entrar no quarto sendo seguido por Gray e Sting.
Natsu – Ha, ha, ha – forçou uma risada – O que você quer? – perguntou entediado ao se virar para encarar o amigo.
Gajeel – Até quando você pretende ficar enfiado nesse quarto? – viu o rosado sentado na cadeira em frente à mesinha do computador.
Natsu suspirou – Não te interessa... – respondeu entediado.
Gajeel – Seu maldito Rejeitado! – foi segurado por Gray antes que pudesse avançar para cima do rosado.
Sting – Gajeel só está preocupado com você Natsu – falou calmamente ao se sentar em uma das camas – Desde que a Lisanna negou seu pedido de namoro, você não sai desse quarto... – suspirou.
Natsu – Sting... – se virou para o loiro – Por você ser meu melhor amigo, irei lhe responder educadamente... – falou sério – Ela não negou meu pedido de namoro, ela apenas disse que não poderia, pois estava de mudança! – explicou calmamente.
Gray/Gajeel – Ou seja, você foi rejeitado! – abriram um sorriso sacana.
Natsu encarou friamente aos dois garotos, que apenas desviaram o olhar.
Natsu – Esses caras! – pensou irritado e logo depois voltou a se virar para a janela – Talvez se eu não tivesse me declarado, as coisas estivessem diferentes... – se lembrou do dia.
(Lembranças: on)
Na hora do recreio, Natsu andava calmamente em direção ao terraço, onde todos seus amigos se encontravam.
Natsu – Hoje foi o meu dia de ir comprar as coisas para o grupo... – sussurrou enquanto carregava diversos alimentos – Droga, só de pensar que metade de tudo que estou levando é para o Gajeel... Como aquele infeliz não engorda? – chegou ao terraço, vendo todos sentados no centro do local.
Natsu andou até o centro do grupo e começou a distribuir.
Natsu – Um suco natural para a Mira – entregou uma pequena garrafa para a mesma – Refrigerantes para Jellal, Laxus e Sting – jogou latas em direção aos três.
Sting – Valeu – agradeceu ao pegar a latinha.
Natsu – Uma maça para Levy – entregou na mão da mesma. Enfiou a mão dentro da sacolinha, tirando cuidadosamente uma pequena caixa – Um pedaço de bolo para Erza – entregou para a mesma – Como vendem isso na escola? – continuou a entregar – Um sanduiche para Gray e Elfman – jogou – Mais um suco para Juvia... Um salgado para Evergreen... – se aproximou de Cana – Aqui está à bebida que você queria – sussurrou no ouvido da morena.
Cana – Valeu! – sussurrou feliz ao pegar a garrafinha da mão do rosado.
Natsu passou para a próxima – S-Sua maçã L-Lisanna – corou ao entregar a fruta para a albina.
Lisanna – Obrigada – sorriu.
Natsu – E o resto é do Gajeel – jogou a sacola em direção ao amigo – Cansei! – se sentou com tudo no chão.
Gray – Foi só eu que percebi que a maçã da Lisanna estava até brilhando? – brincou.
Natsu – Ahn? – não entendeu.
Gajeel – Natsu deve ter vindo polindo ela de lá aqui... – abriu um sorriso sacana.
Natsu – C-Claro que não! – corou, arrancando algumas risadas.
Logo o grupo mudou de assunto.
Erza – Mira, é verdade que vocês vão se mudar assim que as aulas acabarem? – perguntou normalmente.
Mirajane suspirou – Sim... Eu e o Elfman vamos terminar o ensino médio esse ano... – falou calmamente – E nosso pai foi transferido para uma outra cidade... Então não há muito o que fazer... – sorriu tristemente.
Levy – Lisanna também vai? – perguntou calmamente, chamando a atenção do rosado.
Lisanna confirmou com a cabeça – Sim, vou fazer o 3º ano na cidade que vamos nos mudar – sorriu.
Natsu – Eh? – travou – Isso quer dizer que... Ela vai se mudar daqui uma semana? – encarava a albina – Eu não a verei mais daqui uma semana?
Logo o sinal tocou, fazendo todos retornarem para a sala de aula.
Conforme as aulas passavam, Natsu só pensava em uma coisa.
Natsu – O que eu posso fazer? – pensava enquanto brincava com os dedos.
E antes que percebesse, as aulas haviam acabado.
Sting – Ahn? Cadê o Natsu? – percebeu que o rosado não estava mais na sala.
Gray – Ah, eu vi ele correndo em direção a saída – falou calmamente.
Gajeel – Será que... – percebeu que Lisanna também não estava mais na sala.
Rapidamente os três correram para ver o resultado de tudo.
Assim que chegaram próximos a saída, viram o rosado curvado em frente a albina.
Natsu – Eu me confessei! – pensou corado, de cabeça baixa – Por favor, aceite! – esperava a resposta de Lisanna.
Lisanna – Me desculpe Natsu – falou normalmente.
Natsu – Ahn? – ergueu a cabeça.
Lisanna – Eu não posso aceitar ser sua namorada – sorriu corada, com lágrimas nos olhos.
Natsu – Por quê? –perguntou sem entender.
Lisanna – Eu vou me mudar Natsu... E uma relação a distancia não vai dar certo – passou o braço nos olhos, enxugando as lágrimas que queriam cair – Se você tivesse me pedido há alguns meses atrás – sussurrou de modo que o rosado não ouvisse – ME DESCULPE! – saiu correndo.
Os olhos do rosado perderam o brilho enquanto via a albina se afastar.
Gajeel – Eu sei que é errado, mas... Eu estou com uma vontade tão grande de rir – se segurava.
Sting apenas observava a tristeza tomar conta do rosado.
Natsu acabou faltando à semana que faltava para terminar as aulas.
No primeiro dia de férias, no dormitório.
Natsu – Ainda bem que a escola permite que fiquemos nos dormitórios durante as férias – sussurrou.
Gajeel – Né... – resmungou do beliche ao lado – Não consigo me imaginar longe da Levy... – se virou na cama, voltando a dormir.
Gray – Vão dormir seus idiotas! – reclamou na cama que ficava em cima da de Gajeel – Ainda não são nem 14h: 00min.
Sting, deitado na cama em cima da do rosado, mexia no celular – Natsu! – chamou.
Natsu – Hummm? – resmungou.
Sting – Eu vou me casar... – falou tranquilamente, não recebendo nenhuma resposta.
O silêncio tomou conta do local.
Todos – COMO É QUE É? – gritaram surpresos.
Sting – B-Bem, meu pai acabou de me ligar dizendo que eu iria me casar... – sorriu corado e sem graça.
Natsu se levantou – E como você fica tranquilo assim? – não entendeu.
Gajeel se sentou – Além disso, por que está feliz? – viu o sorriso no rosto do amigo.
Sting – Bem, é que eu conheço a garota – sorriu – E digamos que eu gosto muito dela – corou.
Voltaram a ficar em silêncio.
Gray – Sting, essa garota seria... – foi interrompido.
Sting – Sim – continuou a sorrir.
Natsu – Por falar nisso... Vocês dois eram de uma escola diferente até pouco tempo atrás né? – perguntou normalmente.
Gray – Não só nós dois – explicou – Levy também era.
Gajeel – Obrigado transferência – sorriu corado ao se lembrar de sua amada.
Natsu – Hummm – voltou a encarar Sting – Então, se você está tão feliz – estendeu a mão para o amigo – Parabéns, espero que de tudo certo para você – sorriu sinceramente, vendo o loiro confirmar com a cabeça.
Sting – Irei apresenta-la a você qualquer dia desses – falou animado – Afinal de contas, meu melhor amigo tem que conhecer minha futura esposa!
(toque de celular)
Natsu – É o meu... – atendeu – Alô?
Levy – Yo, Rejeitado-kun – falou animadamente.
Natsu desligou o celular rapidamente.
Gajeel – Quem era? – perguntou calmamente.
Natsu – Apenas um idiota passando trote – respondeu normalmente.
(toque de celular)
Natsu voltou a atender.
Levy – Não desligue na minha cara! – quase gritou.
Natsu – O que você quer Levy? – perguntou desinteressado.
Gray – Droga! – desceu para segurar Gajeel.
Gajeel – Quem você está chamando de idiota, seu infeliz! – queria avançar para cima do rosado.
Levy – Como você está? – perguntou calmamente – Já faz dias que não o vejo...
Natsu – Por que está tão preocupada? – olhou de canto para Gajeel – Será que se apaixonou por mim? – abriu um sorriso sacana.
Foi à vez de Sting descer de cima do beliche, para que pudesse ajudar Gray a segurar Gajeel.
Levy – Idiota... – suspirou – Natsu, quero lhe apresentar uma amiga minha... – falou tranquilamente.
Natsu se chateou – Para que?
Levy – Atoa, apenas quero que você a conheça – falou animada.
Natsu suspirou – Contanto que não tenha segundas intenções, eu não me importo.
Levy – Ok... Outro dia eu ligo para marcarmos um encontro – falou animada.
Natsu – Tá... – falou desanimado, desligando o celular logo depois.
(Lembranças: off)
Natsu – Pelo que eu me lembre, levei uns dois socos do Gajeel depois – suspirou enquanto olhava as nuvens escuras.
Sting – Natsu... Você se lembra de quando eu disse que iria lhe apresentar para minha noiva... Uns dois meses atrás? – perguntou calmamente, fazendo o rosado confirmar com a cabeça – Então... Não vai ser possível por enquanto – abriu um sorriso triste – Será que podemos deixar pra fazer isso mais pra frente? – fez Gray o encarar tristemente, deixando Gajeel confuso.
Natsu – Tudo bem... – falou calmamente – Estranho... Levy me ligou dizendo algo parecido também...
Gajeel – Mudando de assunto – se aproximou do rosado – Quando é que você vai sair desse quarto? – perguntou sério – Falta menos de uma semana para as aulas começarem e você mal pisou para fora desse dormitório.
Natsu apenas desviou os olhos.
Gray – E eu que pensei que você iria se animar em sair... – suspirou – Festas transbordando de garotas e você não foi a nenhuma – falou chateado.
Natsu – Ir sozinho? Vocês três já estão comprometidos... Eu ia ficar que nem idiota num local desses pra que? – suspirou – Mas não se preocupem, eu vou sair desse quarto ainda hoje...
Sting – Ahn? – não entendeu.
Natsu – Vou me mudar para um apartamento só meu – sorriu.
Todos – Ahn?
Natsu – Meu pai me ligou e disse que conseguiu um apartamento todo mobiliado só para mim – sorriu convencido.
Os outros garotos ficaram sem palavras, não conseguiam acreditar que o rosado não dormiria mais ali.
Natsu viu a reação dos amigos – Mas pensem pelo lado bom... – voltou a chamar a atenção – Agora teremos um lugar para dar nossas festinhas – sorriu.
Gajeel – O que estamos esperando? – se animou – Vamos juntar os trapos do Rejeitado-kun – fez os outros dois concordarem.
Natsu – Ele não esquece isso? – se irritou.
Após algumas horas, já no finalzinho da tarde.
Natsu – Então é aqui... – olhou para cima, vendo o quão grande era o edifício, olhou para os lados – Esse lugar é bem luxuoso no final das contas – Entrou no edifício com uma mochila nas costas e uma caixa em mãos.
O rosado andou até a recepção.
Natsu – Boa tarde, meu pai disse que iria deixar as chaves do apartamento aqui na recepção... – falou um pouco sem jeito.
Recepcionista – Qual o seu nome? – perguntou educadamente.
Natsu – Natsu Dragneel – respondeu calmamente.
Recepcionista – Ah, senhor Dragneel – sorriu, entregando as chaves logo depois – É o 15º andar – sorriu gentilmente.
Natsu – Obrigado – acenou e andou em direção ao elevador.
Logo entrou no elevador junto com um garoto.
Natsu – E pensar que irei morar sozinho apenas com 16 anos... – sussurrou alegremente.
Após alguns segundos percebeu que o garoto o encarava fortemente.
Natsu – O que foi? – se virou e percebeu que o rapaz parecia ter a mesma idade e altura que ele, viu o cabelo preto e os olhos frios –... Qual o seu nome? – perguntou sem graça.
? ? ? –... Rogue... – parou de encarar o rosado – Rogue Cheney – falou normalmente.
Natsu – Natsu Dragneel – mesmo com dificuldade, estendeu a mão para o garoto, mas acabou sendo ignorado, recolhendo a mão logo depois.
Rogue – Vi que vai morar no 15º andar... – falou calmamente
Natsu – Sim... – sorriu.
Rogue – Entendo...
Logo o elevador parou e Rogue saiu.
Natsu – Ele mora no 14º andar... E... O apartamento é um andar inteiro? – brilhou de felicidade ao ver que havia apenas uma porta no minúsculo corredor do andar.
Assim que entrou em seu apartamento, viu como o local estava bem arrumado. Largou a caixa no canto e entrou nos cômodos.
Natsu foi para o quarto – Uma cama de casal... Só pra mim – se jogou na mesma, rolando de um lado para o outro. Ao se levantar caminhou para a sala – Um sofá confortável... – se sentou no mesmo – Uma tv enorme... Um tapete macio – voltou a se levantar, andando até a cozinha – Fogão e geladeira de ultima geração – sorriu e abriu os armários – Panelas inox... Louças... – abriu o ultimo armário – Comidas vencidas... – logo seu sorriso se desmanchou – Por que ele guardaria comidas vencidas? – se lembrou do pai – Que seja...
Natsu voltou para a sala, se sentando no sofá logo depois – O apartamento é enorme – ligou a Tv – Pena que não posso mudar nada... Afinal eu prometi a ele que não mexeria em nada – se referiu ao pai, desligando a tv e se levantando – Tantas coisas para fazer e nem sei por onde começar – sorriu animado.
Após alguns minutos o rosado já estava sentado em cima da cama, mexendo no notebook.
Natsu – Ahn? O que é isso? – viu um artigo sobre lendas urbanas – A velha... Do desejo – clicou abrindo a pagina.
Natsu – A velha do desejo... Dizem que aparece apenas para pessoas gentis que estejam precisando de ajuda... – leu – A velha do desejo é pequena e usa apenas roupas pretas, ela anda lentamente pelas ruas a procura de pessoas necessitadas... Quando acha alguma pessoa, lhe concede apenas um desejo, que virá com consequências e objetivos – fez uma pausa – Objetivos? – não entendeu – Que seja... – continuou lendo – Após o desejo ser aceito, leva apenas algumas horas para ele ser realizado... – o rosado suspirou – Idiotice – fechou o notebook – Vou comer alguma coisa e tomar banho.
Dito e feito, após algumas horas, o rosado já havia jantado, tomado banho e guardado as coisas no lugar.
Natsu – Vou dormir... – murmurou – Não sei por quê... Mas deu saudades daqueles idiotas... – se lembrou dos amigos de dormitório enquanto caminhava em direção ao quarto.
Assim que chegou, se jogou na cama – Esse silêncio na hora de dormir... – sussurrou – É a primeira vez em muito tempo que tenho o prazer de sentir essa tranquilidade – falou já fechando os olhos –... Boa noite... – falou sonolento.
Lucy – Boa noite... – respondeu no mesmo tom.
Natsu abriu os olhos lentamente – Ahn? – estava meio fora de si devido ao sono – Quem é essa? – pensou por alguns segundos ao ver uma linda garota de cabelos loiros deitada ao seu lado – O que estou pensando... Droga... Já estou sonhando... – voltou a fechar os olhos e a se virar, ficando de costas para a garota.
Lucy –... Travesseiro de abraçar... – murmurou ao abraçar o rosado e jogar uma perna em cima de Natsu.
Natsu abriu os olhos rapidamente, passando a suar frio. Se virou lentamente, encarando a loira dormindo próximo ao seu corpo – Quem é essa? – cutucou a bochecha da loira gentilmente, acordando a mesma.
Lucy – Ahn? – abriu os olhos lentamente – Bom dia... – sussurrou.
Natsu – BOM DIA O CARAMBA! – gritou assustando a loira – Quem é você? – perguntou irritado – Por que está no meu apartamento?
Lucy se afastou – Seu apartamento? – se irritou – Esse apartamento é meu! – viu Natsu correr para fora do quarto – Ahn? – percebeu – Como ele está me vendo? – se surpreendeu – E... – abriu e fechou as mãos – Por que eu consegui toca-lo? – estava surpresa – O que está acontecendo? – se perguntou em um sussurro – Kyaaaah – pulou ao sentir sua bunda ser atingida fortemente por algo – O que você pensa que está fazendo? – viu uma frigideira na mão do rosado.
Natsu – Ah! – empalideceu, deixando a frigideira cair no chão – I-Impossivel... – caiu sentado no chão enquanto se afastava – P-Por que v-você está flutuando? – percebeu que a loira não caiu ao pular, pelo contrário, continuou flutuando no ar.
Lucy – Ah! – percebeu – Força do hábito – sorriu sem graça, voltando a se sentar na cama.
Natsu – F-Fantasma... – murmurou assustando enquanto tentava se afastar.
Lucy – Eu não sou um fantasma – suspirou desanimada – Mudando de assunto, o que está fazendo no meu apartamento?
Natsu se levantou com dificuldades – S-Se você não é um fantasma, então você é... Uma assombração? Alma penada? – ignorou a pergunta da loira, fazendo a mesma se irritar.
Lucy – CLARO QUE NÃO! – gritou se aproximando do rosado, fazendo o mesmo se encolher – Você acha que se eu fosse isso... – pensou em segurar o braço do rosado, mas hesitou – Eu realmente posso toca-lo? – apertou o braço do rosado.
Por algum motivo, Natsu se acalmou.
Natsu – Fantasmas não podem tocar os outros... – falou um pouco mais calmo – Então... O que você é? – perguntou ainda nervoso com a situação.
Lucy – Eu não sei... – respondeu tristemente ao abaixar a cabeça.
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