História A Loira que apenas EU posso ver - Mentira

Lucy – Natsu – continuava a insistir – Eu quero uma resposta – falou manhosamente enquanto seguia o rosado dentro do apartamento.

Natsu – Ainda estou pensando – suspirou, entrando no quarto logo depois.

Wendy – Resposta de que? – perguntou um pouco curiosa, chamando a atenção da loira.

Lucy – Sobre eu tê-lo pedido em namoro – respondeu calmamente, surpreendendo à pequena.

Wendy – E por que ele ainda não aceitou? – perguntou normalmente.

Lucy flutuou até a garota, se sentando no sofá ao lado da mesma.

Lucy – Ao que parece ele ama outra – suspirou – Mas ela se mudou... E agora estou aqui, a disposição.

Wendy – Foi só isso mesmo? – estreitou os olhos.

Lucy – Eu também disse que tenho um namorado – falou normalmente.

Wendy – E você quer ter outro? – perguntou espantada.

Lucy – Mas eu menti – deixou a pequena confusa – Ele fica me perguntando por que fico agindo dessa forma, sabe? – viu Wendy confirmar com a cabeça – Ele acha que não é normal eu ser assim, se não tivesse tido nenhum relacionamento antes – suspirou – Então eu menti...

Wendy – E por que não disse a verdade? – perguntou seriamente.

Lucy – E dizer o que? Que por esse não ser meu corpo verdadeiro, eu não me importo em fazer coisas pervertidas? – respondeu seriamente – Que só faço isso, pois sinto como se tivesse desafiando meu pai? – logo pensou – Na verdade, eu disse algo do tipo a ele mais cedo...

Wendy – Você nem gosta dele, não é mesmo? – indagou.

Lucy – Não sei – respondeu normalmente.

Wendy – Como não sabe? – ficou indignada – Lucy, o Natsu é pior que mulher, ele é frágil em relação a sentimentos... Você percebe isso só de ficar algumas horas com ele – falou seriamente – Se vocês tiverem um relacionamento, ele se apaixonar por você e então você voltar ao normal? Você vai terminar com ele, já que estará em seu corpo verdadeiro?

Lucy – Provavelmente... Meu pai não aceitaria um relacionamento assim do nada – explicou.

Wendy – Então o Natsu pode sofrer por que você não consegue se impor diante do seu pai? – perguntou indignada.

Lucy ficou quieta por alguns segundos, mas logo respondeu –... Eu não quero vê-lo sofrer... Mas também não quero ficar longe dele – falou em um tom mais baixo, surpreendendo à pequena – Você sabe como é difícil não ter ninguém pra conversar, como é difícil ficar sozinha – viu a pequena se entristecer – E com ele eu me sinto mais feliz do que na época em que ainda estava em meu verdadeiro corpo... Eu estou sempre rindo com ele por perto, ele cuida de mim, ele se preocupa comigo... Ele comprou roupas para mim, uma completa estranha... – falava gentilmente enquanto Wendy só ouvia – Eu adoro irrita-lo, ver a cara de bobo dele – soltou uma pequena risada – Eu adoro conversar com ele... O calor do corpo dele me faz relaxar, quero sempre estar abraçada a ele... Ele me faz sentir que ainda estou viva – explicou.

Os olhos de Wendy brilhavam – Por que não diz logo a ele que o ama? – perguntou empolgada.

Lucy corou – E-Eu não o amo! – respondeu sem graça – Só não gosto de vê-lo sofrendo como um idiota por causa de uma garota que o rejeitou – explicou – E se ele arranjar uma namorada, com certeza nos expulsará daqui – espantou a pequena – E mesmo assim eu não sairia – logo concluiu – E não faz nem um mês que nos conhecemos...

Wendy – E como pode se sentir assim por alguém que conheceu não faz nem um mês? – não entendia.

Lucy – Carência talvez? – também não entendia – Depois de todo esse tempo sozinha, não quero que me tirem ele, fazendo com que eu fique sozinha novamente.

Wendy – Sei... – desconfiou.

Lucy – Vou lá insistir mais um pouco – riu e saiu em direção ao quarto, atravessando a porta.

Wendy apenas suspirou e voltou a assistir TV.

Ao entrar no quarto, Lucy pode perceber que o rosado estava deitado sobre a cama, dormindo apenas com a calça que havia ido para a escola.

A loira apenas abriu um sorriso e flutuou até a cama.

Lucy – Eu não peso nada, então ele não vai nem perceber... – subiu na cama e se deitou sobre o rosado, deitando a cabeça sobre o peito do mesmo – Esse calor... – sentia seu corpo relaxar sempre que entrava em contato com o corpo do rosado – Depois de tudo o que eu disse mais cedo, ele deve achar que eu sou uma puta – murmurou arrependida do que havia dito antes, mas logo pode sentir algo lhe cutucar mais embaixo, podendo ver as bochechas meio coradas do rosado.

Natsu –... Tia Zulu – soltou uma pequena risada enquanto dormia, fazendo uma veia saltar sobre a testa da loira.

Lucy – Então é com isso que você está sonhando! – pensou revoltada.

Uma semana se passou e a loira continuava a insistir.

Lucy – Natsu, eu preciso que você me dê à resposta – falou seriamente ao entrar no banheiro.

Natsu – N-Não da pra esperar... Eu terminar de tomar banho? – perguntou completamente sem graça com a cabeça cheia de shampoo.

Duas semanas após a loira se encontrar com o rosado no terraço, a mesma continuou insistindo.

Lucy – Por que não diz sim ou não logo em? – perguntou indignada enquanto seguia o rosado de volta para o apartamento.

Natsu parou e encarou a loira – Por você ficar insistindo tanto, nós acabamos discutindo, e isso fez com que meus amigos tentassem me levar em um puteiro, fez com que me levassem a um psiquiatra e a um psicólogo por acharem que eu tenho problema na cabeça – respondeu revoltado – Por que você não me deixa pensar?

Lucy – Mas já faz duas semanas! – exclamou, vendo o rosado voltar a andar em direção ao apartamento – Você está esperando que ela volte não é mesmo? – perguntou seriamente, fazendo Natsu voltar a parar – Você espera que a Lisanna volte... Mas não me rejeita, pois me vê como uma segunda opção, não é mesmo? – perguntou em um tom mais alto.

Natsu nem mesmo se virou para encarar a loira – E o que isso tem de errado? Você me vê como uma terceira opção, que poderá descartar a qualquer hora depois que voltar ao normal – respondeu normalmente, surpreendendo à loira.

Lucy não soube o que responder, apenas viu o rosado se afastar.

Não demorou muito para que Natsu chegasse em casa.

Wendy – Bem vindo! – cumprimentou alegremente ao ver o rosado passar pela porta, mas logo percebeu – Cadê a Lucy?

Natsu não respondeu – Vou pro meu quarto, ver se consigo descobrir algo a mais sobre a velha – falou seriamente.

Assim que o rosado fechou a porta, Lucy entrou voando.

Lucy – WENDY! – avançou sobre a pequena, a abraçando e a derrubando enquanto chorava – Ele só está me usando como uma reserva – falou entristecida.

Wendy apenas suspirou – Por que você não diz a verdade pra ele logo? – perguntou gentilmente.

Lucy – Que verdade? – não entendeu.

Wendy – A de que você não tem um namorado e a de que você está apaixonada por ele – suspirou.

Lucy – M-Mas, eu até mesmo disse que não iria querer um relacionamento, pois comigo nesse estado, não daria certo... – explicou – O que eu faço?

Wendy – Diga que estava errada e... Conte a verdade – sorriu de canto.

Lucy – V-Você acha que vai dar certo? – perguntou um pouco mais calma.

Wendy – Talvez... – não podia dar certeza.

Lucy – E-Então eu vou lá – se levantou e andou em direção ao quarto.

Wendy – Ela não foi flutuando? – estranhou – Não anda feliz ultimamente?

Ao se aproximar da porta, Lucy atravessou apenas a cabeça, vendo o rosado mexer no notebook.

Natsu – O que você quer agora... Cabeça da Lucy? – perguntou seriamente, sem tirar a atenção do notebook.

Lucy – P-Posso falar com você? – perguntou um pouco receosa.

Natsu – Você já não está fazendo isso? – respondeu sem muito interesse.

Lucy entrou com o resto do corpo, caminhando até a cama e se sentando de frente para o rosado.

Lucy – Eu preciso te contar uma coisa... – falou calmamente.

Natsu – Uhum – não prestava atenção.

Lucy – Eu menti sobre ter um namorado... – fez o rosado a encarar – E o meu primeiro beijo foi com você – falou seriamente, mas percebeu que Natsu não prestava atenção.

Natsu – Sei... Alguém que nunca beijou antes, dar um beijo daquele... – não acreditou, mas pode ver a loira fechar o notebook.

Lucy – Estou falando serio... Aquilo eu aprendi com filmes – respondeu seriamente.

Natsu – Você mentiu pra mim sobre o namorado não é? – viu a loira confirmar – Então como posso saber se você não está mentindo de novo?

Lucy – Pois eu estou séria agora! – exclamou.

Natsu pode perceber – O que você quer então? – perguntou normalmente.

Lucy – Lhe dizer que você não é terceira opção, mas sim o único com quem quero ter um relacionamento – falou seriamente, fazendo o rosado corar.

Natsu – E por que comigo? – perguntou um pouco sem graça.

Lucy – Por que somos alma-gêmeas – abriu um sorriso de canto.

Natsu – Como? – estreitou os olhos.

Lucy – Digamos que a Wendy estava mexendo em suas coisas e acabou encontrando uma foto de uma branquela bem feia e dois papeis, um dela e um que supostamente seja meu, dizendo que apenas minha alma-gêmea poderia me ver – explicou tentando disfarçar.

Natsu – Não acredito que você mexeu em minhas coisas... – se levantou incrédulo, andando até onde havia escondido os papeis.

Lucy – Ah sim, a Wendy rasgou a foto – comentou enquanto parecia esconder algo.

Natsu – Como você pode? – perguntou indignado.

Lucy – Eu já disse que foi a Wendy – insistia.

Natsu – Vai continuar mentindo pra mim? – perguntou mais sério.

Lucy apenas desviou o rosto –... Continuando, eu não quero ser apenas uma segunda opção... Não tenho nenhuma experiência em namoros, mas... Por que não tentar? – respondeu seriamente – Eu quero sua resposta hoje, agora, nesse momento!

Natsu estreitou os olhos e se aproximou rapidamente, segurando fortemente o braço da loira – Você quer saber minha resposta? – perguntou em um tom irritado, assustando a loira.

Lucy – N-Natsu? – ficou com medo do rosado, mas logo teve seus lábios tomados pelo mesmo. A loira pode sentir Natsu soltar seu braço e envolver sua cintura em um abraço, aprofundando o beijo.

Assim que se separou, respondeu.

Natsu – Entendeu minha resposta? – perguntou em um tom mais baixo, podendo ver a loira corada.

Lucy – E-Eu não entendi muito bem... Você pode repetir? – fez o rosado sorrir, voltando a beija-la logo depois.

Natsu – E agora? – perguntou ao se separar – Entendeu?

Lucy – Sim, mas não senti muita firmeza – suspirou, provocando o rosado.

Natsu apenas voltou a beijar a loira, a deitando sobre a cama sem interromper o beijo, mas antes que qualquer outra coisa pudesse acontecer, a porta do quarto foi aberta.

Wendy se surpreendeu com o que viu, apenas assistindo a tudo.

Natsu – W-Wendy! – percebeu a presença da pequena, saindo de cima da loira logo depois.

Wendy – E-Eu vim perguntar se você não vai fazer o almoço... – sorriu sem graça, vendo à loira se sentar sobre a cama um pouco corada – Pensei que vocês estariam brigando... – voltou a fechar a porta ao sair do local.

Natsu e Lucy apenas se encararam por alguns segundos, caindo na risada logo depois.

Lucy – E a Lisanna? – perguntou normalmente.

Natsu – Está longe – suspirou – E aquele papo de que não queria nenhum relacionamento enquanto estivesse nesse estado?

Lucy – Mudei de ideia – sorriu – Nem sei se vou voltar ao normal.

Natsu – Você vai parar de me atormentar na frente dos meus amigos agora? – perguntou calmamente.

Lucy – Claro que não – sorriu, fazendo o rosado suspirar.

Natsu – Já imaginou se me internarem em um hospício por sua causa? – indagou sem muitas preocupações.

Lucy – Então eu estarei lá com você – não conseguia disfarçar o sorriso em seu rosto.

Natsu voltou a se sentar ao lado da loira – Eu vou te fazer voltar ao normal – pronunciou gentilmente – Eu prometo – beijou a bochecha de Lucy.

Lucy deu uma pequena corada – Né, já imaginou se tiver algum efeito colateral quando eu voltar ao normal? – perguntou seriamente.

Natsu – Tipo o que? – não conseguiu pensar em nenhum.

Lucy – Tipo eu me esquecer de você ou você se esquecer de mim – explicou.

Natsu – Se você se esquecer de mim, eu irei até você e lhe conquistarei com todo esse meu charme e essa minha beleza – brincou – E se eu me esquecer de você, então você vem até mim e me conquista – sorriu – Claro, se até lá já tivermos morrendo de amores um pelo outro.

Lucy sorriu – Bobo – deu um selinho no rosado.