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História A Loira que apenas EU posso ver - Biruta Cor-de-Rosa


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


Boa leitura povo o/
espero que gostem ^^

Capítulo 13 - Biruta Cor-de-Rosa


No dia seguinte, já saindo do apartamento, Natsu parecia perdido em seus pensamentos enquanto caminhava em direção à escola.

Natsu – Eu aceitei mesmo em namorar a Lucy? – pensava calmamente – Mas eu estava decidido que não iria aceitar... O que aconteceu? – não estava entendendo direito – Foi por que ela me lembrou de que somos alma-gêmeas? Ela até mesmo rasgou a foto da Lisanna que eu guardava... – logo sentiu alguém lhe abraçar por trás, sentindo seios fartos pressionarem contra suas costas e pernas darem a volta em sua cintura.

Lucy – Por que você não me esperou? – perguntou calmamente ao montar nas costas do rosado.

Pela loira não pesar nada, Natsu não se incomodou com aquilo, apenas continuou andando.

Natsu – Achei que você iria ficar em casa hoje – comentou calmamente.

Lucy – E por que você pensou isso? – soltou uma pequena risada.

Natsu não respondeu, apenas mudou de assunto – Por que você está me fazendo te levar de cavalinho?

Lucy – Por que não? – sorriu, apertando ainda mais o abraço – Ninguém está vendo... E agora, somos namorados – comentou em um tom gentil, fazendo o rosado dar uma leve corada.

Natsu – Sim... Nós somos – logo pensou – Mas como que se namora um fantasma? Isso é possível? – logo perguntou – Você não vai fazer nenhuma gracinha hoje né? – perguntou calmamente.

Lucy – Quem sabe? – abriu um sorriso de canto.

Natsu – Eu faço o que você quiser se você não me arrumar nenhum problema hoje – falou seriamente.

Lucy – O que eu quiser? – perguntou surpresa, vendo o rosado confirmar com a cabeça – Então... Eu quero ir a um encontro essa noite – sorriu.

Natsu suspirou – Tudo bem, contanto que nenhum dos meus amigos veja... – logo percebeu como algumas pessoas o encaravam surpresas, já que ele aparentava estar falando sozinho, então apenas acelerou o passo.

Lucy – Eu estava aqui pensando, mas onde seria melhor? – perguntou um pouco empolgada – Ir ao cinema? Ou um jantar? Talvez um passeio pela cidade? Uma volta no shopping?

Natsu – Contanto que não precisemos ir ao shopping... – já estava traumatizado com o local – Podemos ir onde você quiser... Claro, se cumprir sua promessa – comentou já passando pelo portão da escola.

Lucy – Até mesmo em um parque de diversões? – perguntou animada.

Natsu – Claro, por que não? – respondeu normalmente.

Logo depois o rosado sentiu ser arrastado pelos braços para fora da escola.

Natsu – O que estão fazendo? – perguntou com uma gota na cabeça ao ver todos seus amigos reunidos.

Lucy, sem desgrudar das costas do rosado, apenas ficou observando a tudo.

Levy – Natsu, nós estamos muito preocupados com você – falou seriamente.

Gray – Sim, todos na escola já te chamam de “O biruta cor-de-rosa” – fez Lucy segurar a risada.

Natsu – E por que me chamariam assim? – perguntou indignado.

Gajeel – Por você falar sozinho?

Jellal – Por você às vezes gritar do nada e logo depois pedir desculpas?

Sting – Por você ter sido pego beijando o ar lá no terraço? – surpreendeu o rosado.

Natsu – Eles viram aquilo... – queria poder sumir naquele instante.

Erza – Sem falar que você tem agido muito estranho – completou.

Natsu – V-Vai ver era carência – desviou os olhos – Mas isso não vai acontecer mais...

Todos encararam Natsu por alguns segundos.

Logo depois Natsu começou a querer rir, segurando a risada, mas sem muito efeito, acabou soltando fortes gargalhadas enquanto se retorcia.

Lucy apenas fazia um ataque de cócegas no rosado sem tirar aquele sorriso cínico de seu rosto.

Natsu – P-Para, para – continuava a rir – PARA! – fez a loira parar.

Completamente corado de tanto rir e por causa da vergonha, Natsu apenas encarou os amigos, abrindo um sorriso sem graça.

Levy – Por favor, Natsu, deixe-nos te ajudar – pediu preocupada.

Natsu – Isso é impossível, ah não ser que algum de vocês seja exorcista – falou um pouco revoltado.

Lucy – Você está me chamando de assombração de novo? – se indignou ainda sobre as costas do rosado.

Erza – O que você quer dizer? – estranhou.

Natsu – Nada não – suspirou.

Juvia – Nos conte Natsu, queremos te ajudar – falou seriamente.

Logo um toque de celular pode ser ouvido.

Sting tirou o celular do bolso e viu quem era no identificador de chamadas – Com licença, mais tarde nos falamos – saiu do lugar, deixando todos os outros para trás.

Natsu – De qualquer forma ninguém pode me ajudar – bufou.

Gray – A Lisanna ter ido embora te deixou tão atormentado assim? – não entendia.

Natsu – Não é isso – negou.

Jellal – O que é então? – queria poder entender.

Natsu pensou por alguns segundos.

Lucy – É melhor não fazer isso – opinou calmamente.

Natsu não deu ouvidos – Se eu contar, vocês não vão rir? – viu todos negarem – Eu fiquei assim, desde o dia que os rapazes me levaram em um puteiro – surpreendeu a todos. Logo os rapazes suaram frio, enquanto as garotas tiveram suas faces tomadas por expressões de raiva.

Natsu abriu um enorme sorriso.

Garotos – Maldito!

Levy – Acho que teremos que conversar mais tarde sobre isso, né Gajeel? – perguntou friamente.

Juvia apenas encarou Gray friamente.

Erza – Espero que você tenha uma boa explicação – sorriu.

Lucy percebeu – Olha, o Jellal ficou excitado – falou surpresa, fazendo o rosado segurar a risada.

Natsu – Ele é mesmo um masoquista... – pensou enquanto morria de vontade de rir – Mas falando sério, isso tudo começou depois que me mudei para aquele apartamento – chamou a atenção de todos.

Gajeel – E o que tinha lá? – perguntou um pouco curioso.

Natsu – Moveis, vasilhas, panelas, talheres... E uma garota da nossa idade – suspirou.

Gray – Essa garota seria a que você estava beijando no terraço? – perguntou com uma gota na cabeça, fazendo o rosado corar e confirmar com a cabeça.

Jellal se virou para os outros e comentou – Ele é realmente louco, ele não tem salvação.

Levy – Fica quieto – voltou a se virar para o rosado – Por que só você pode vê-la e nós não?

Natsu – Isso é meio complicado de explicar... – respondeu calmamente.

Juvia – É por que ele é louco, isso não está claro? – respondeu normalmente.

Natsu – Ela se parece com um fantasma – suspirou – Pode flutuar, atravessar paredes, não consegue entrar em contato com outras pessoas além de mim...

Levy – Nos dê as características dessa garota – pediu um pouco curiosa.

Natsu – Ela é dessa altura... – mostrou com a mão que Lucy era um pouco maior que Levy – Tem a pele clara, os olhos castanhos, os cabelos loiros... E provavelmente os seios dela são maiores que os da Erza – suspirou.

Lucy – Você é mesmo um pervertido – comentou calmamente sem se importar com aquilo.

Natsu – Mas ela é uma patricinha mimada, não lava nem o prato em que come... – foi interrompido.

Jellal – Ela come? – quase riu.

Natsu – Come, dorme, toma banho, usa minhas roupas para dormir, fica me atormentando na frente de vocês para que eu pareça um louco... – explicou – Ela é muito safada também...

Os amigos do rosado pareciam não acreditar no que o garoto falava.

Gajeel – E ela te contou por que está nesse estado? – perguntou normalmente.

Natsu – Eu acredito que como todos os outros fantasmas, que eu não posso ver, ela tenha morrido de uma forma bem patética – fez a loira ficar indignada – Mas ela disse que ficou desse jeito depois de discutir com o pai, pois o mesmo havia arranjado um casamento para ela.

Levy e Gray suaram frio.

Levy – Você pode repetir as características dela? – pediu.

Natsu – Loira, olhos castanhos, pele clara, muito bonita e seis grandes – respondeu calmamente.

Gray – Qual é o nome dela? – perguntou seriamente.

Natsu – Pra que você quer saber o nome? Ela é chata de mais, é muito mimada e muito safada... Você tem que ver o que ela faz comigo! Se eu pudesse, já teria mandado ela pro além – sentiu a loira puxar suas orelhas.

Gray – O NOME NATSU! – praticamente gritou, surpreendendo o amigo.

Natsu –... Lucy – fez os olhos de Gray e de Levy se arregalarem.

A loira apenas fechou os olhos, pousando a cabeça sobre os ombros do rosado.

Logo a face surpresa deu lugar para expressões de raiva e indignação na face dos dois.

Levy apenas se aproximou de Natsu, acertando um forte tapa no rosto do mesmo, saindo do local logo depois com os olhos cheios de lágrimas.

Natsu permaneceu com o rosto virado sem entender nada.

Gray – Como você pode brincar com uma coisa dessas? – perguntou completamente chateado, encarando o rosado com desgosto ao seguir Levy.

O restante do grupo não entendeu nada, mas logo Gajeel e Juvia seguiram Gray e Levy. Em seguida puderam ouvir o sinal tocar.

Não demorou muito para que Natsu se encontrasse sozinho apenas com a loira em suas costas.

Natsu – Eu disse algo de errado? – perguntou em um tom baixo.

Lucy – Não... Eles apenas não entenderam muito bem – comentou no mesmo tom – Vamos pra sala... Você vai se atrasar – fez o rosado confirmar com a cabeça.

Ainda tentando entender o que havia acontecido, Natsu apenas caminhou lentamente em direção à sala de aula.

Lucy – Vamos lá, não fique assim – tentou animar o rosado – Pense pelo lado bom, hoje à noite nós temos um encontro – sorriu.

Natsu – Quem disse?

Lucy – Eh? – não entendeu.

Natsu – Você quebrou a promessa, me fez parecer um louco com aquelas cócegas – falou seriamente.

Lucy – M-Mas aquilo foi sem querer, é que acabei pegando o costume, foi como um reflexo – tentou se explicar, mas o rosado acabou negando.

A loira apenas se lamentou – Meu primeiro encontro... Droga de costume!

Conforme as horas passaram, o sinal do intervalo tocou. Natsu foi até o refeitório, mas Levy e Gray não o deixaram se sentar na mesa com o grupo.

Já no terraço, Natsu apenas se sentou no chão e logo depois se deitou, fazendo com que Lucy atravessasse o teto da escola.

Natsu – Só assim pra ela sair das minhas costas... – suspirou enquanto encarava o céu completamente azul, sem nenhuma nuvem.

Logo a loira voltou, se sentando ao lado do rosado.

Lucy – Não vai adiantar nada você ficar triste assim – comentou calmamente.

Natsu – É que eles são meus amigos... Eu não sei o porquê que eles estão assim comigo – explicou.

Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos.

Lucy –... Eles são meus amigos também – explicou, fazendo o rosado se levantar rapidamente.

Natsu – Como? – estreitou os olhos.

Lucy – Eu os conheço desde criança... Estudamos juntos por um tempo, só que depois eles se transferiram de escola... Eu tentei também, mas não consegui por causa do meu pai – falou calmamente – Por você ter falado daquele jeito, eles acharam que você estava fazendo uma brincadeira de mau gosto em relação a mim, que nem fez antes da Casa da Tia Zulu.

Natsu – Mas eu só disse a verdade! – exclamou.

Lucy – Como eu já lhe disse milhares de vezes, eu não sou um fantasma, não estou morta – explicou – Quando eu acordei assim, eu percebi que na verdade eu estava fora do meu corpo... Meu verdadeiro corpo continua respirando, meu coração continua batendo... Só que parece que eu fiquei em um estado de coma.

Natsu – Então você é só uma alma? – viu a loira confirmar com a cabeça – Então como você pode comer, tomar banho e até mesmo me tocar? – não entendia.

Lucy – Eu é que vou saber? – respondeu com uma gota na cabeça – Deve ser só um efeito da maldição... – fez o rosado se lembrar do papelzinho.

Natsu – E por que você não me contou nada disso antes? – perguntou um pouco indignado, vendo a mesma apenas desviar o rosto – Sabe, agora somos namorados, espero que não esteja escondendo mais nada de mim.

Lucy apenas suou fria, não respondendo ao rosado.

Logo o silêncio voltou a predominar no local.

Natsu – Como farei para mostrar a eles que não estou brincando? – perguntou calmamente.

Lucy – É melhor você deixar isso de lado, com o tempo eles vão perceber – explicou.

Natsu apenas suspirou e pensou por alguns segundos –... Eu estava me perguntando aqui... Se sexo de um adulto com uma criança é pedofilia, de um humano com um animal é zoofilia, de uma pessoa com um defunto é necrofilia, então sexo de uma pessoa com um espirito é o que? Almafilia? Espiritofilia? – perguntou calmamente, fazendo Lucy corar.

Lucy – P-Por que está falando disso agora? – perguntou sem graça – Sexo?

Natsu – Bem... – se virou de lado, ficando de costas para a loira – Não quero ser preso e acusado por algo bizarro – comentou calmamente.

Lucy – Idiota! – acertou a cabeça do rosado com um soco.

Natsu voltou a se virar para a loira rapidamente – Isso doeu! – exclamou.

Lucy – Era pra doer mesmo! – respondeu no mesmo tom.

Natsu – Se fizer de novo, não vamos sair essa noite! – surpreendeu à loira.

Lucy – Eh? Nós vamos sair? – perguntou surpresa.

Natsu – Bem... – desviou os olhos – Você é minha namorada não é? – viu a mesma confirmar com a cabeça – Então eu tenho que te levar pra sair não é mesmo?

Os olhos da loira brilharam e um enorme sorriso se formou em seu rosto.

Lucy – Natsu! – pulou sobre o rosado, abraçando o mesmo.


Notas Finais


Até o próximo o/


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