Natsu já saia com a loira da escola, quando Sting o chamou.
Sting – Natsu! – chamou a atenção do rosado.
Natsu se virou e viu Sting correr em sua direção – O que foi? – perguntou calmamente.
Sting – O que aconteceu? – perguntou um pouco ofegante – Por que a Levy e o Gray estão com tanta raiva de você? – não entendia.
Natsu – Ah, isso é por que... – foi interrompido.
Lucy – Tem certeza que vai contar? – falou calmamente – Ele é seu melhor amigo sabe... Mas e se ele ficar com raiva também? – fez o rosado pensar bem.
Natsu –... É por que... É por que eles são loucos – suspirou, fazendo a loira fazer o mesmo.
Sting – O louco aqui é você Natsu – sorriu.
Logo os três viram Levy e o restante do grupo passar por eles. Levy apenas virou o rosto ao encarar o rosado nos olhos.
Natsu – Isso vai ser complicado – se chateou.
Sting – Relaxa – sorriu – Vocês são amigos, vai ficar tudo bem – falou calmamente – Bom, vou indo nessa – se despediu e seguiu Gajeel e os outros.
Natsu e Lucy apenas voltaram a andar em direção ao apartamento.
Natsu – Como nós vamos fazer para que o Gray e a Levy me perdoem? – perguntou calmamente – Mesmo eu não tendo feito nada de errado...
Lucy – Nós? Por que nós? – sorriu sarcasticamente – Eu não tenho nada a ver com isso.
Natsu – Você tem tudo a ver com isso sim, é por sua culpa que eles estão chateados e bravos comigo – falou seriamente.
Lucy – Tá, tá, mas mais importante que isso... – seus olhos brilharam – Aonde você vai me levar hoje à noite? – começou a flutuar – Em um restaurante?
Natsu – É segredo – suspirou.
Lucy – Em um parque de diversões? – insistiu.
Natsu – É segredo.
Lucy – Ao cinema?
Natsu – É segredo.
Lucy – Talvez um simples passeio pela cidade, só que com uma vista linda no final?
Natsu apenas segurou o rosto da loira com as duas mãos, fazendo a mesma parar – É segredo – sorriu de canto, deixando a loira ainda mais curiosa.
Lucy – Isso não é justo! – se indignou – Eu preciso saber, se não vou enlouquecer até de noite – continuou seguindo o rosado.
Natsu – Que ótimo – soltou uma pequena risada – Seremos um casal de loucos.
Lucy – Nem brinque com isso – bufou.
Natsu – De qualquer forma, como farei pro Gray e a Levy me perdoarem? – voltou a perguntar.
Lucy pareceu pensar por alguns segundos, mas logo respondeu – Sabe, as meninas devem estar brigadas com os rapazes por causa daquele papo sobre a Casa da Tia Zulu – explicou – Talvez se você mentir e disser que foi apenas uma brincadeira, eles voltem a falar com você com mais calma...
Natsu – Sim... Podemos tentar – suspirou.
Não demorou muito para que os dois chegassem ao apartamento. Ao entrarem, puderam ver Wendy deitada no sofá enquanto assistia TV.
Natsu – Preciso arrumar algo para essa menina fazer... – pensou calmamente ao ir em direção ao quarto.
Ao perceber que Lucy havia ficado com Wendy na sala, o rosado foi até o lugar novo onde escondia os papeizinhos das duas.
Ao encarar os mesmos, viu que a condição de “tocar as roupas pretas da Velha” ainda continuava ativa.
Natsu – Como farei pra encontrar essa velha? – pensou seriamente – Eu não quero que a Lucy suma da minha vida, ainda mais agora que estamos tentando um relacionamento, mas... Ela não pode ficar assim pra sempre – bufou.
Após algumas horas, Natsu assistia a um filme com Wendy e Lucy tranquilamente, quando a loira voltou a perguntar.
Lucy – Que horas nós vamos sair? – perguntou calmamente.
Natsu – uma hora da manhã – respondeu sem tirar os olhos da TV.
Lucy – E pra onde vamos? – não se importou muito com o horário.
Natsu – Para um cemitério, ver se encontramos alguns amigos ou conhecidos seu lá – abriu um sorriso de canto, fazendo uma veia saltar sobre a testa da loira.
Lucy – Não seria mais fácil irmos para um hospício, ver se encontramos um amigo ou conhecido seu lá? – rebateu indignando o rosado.
Natsu – De qualquer forma... Que diferença fará você saber aonde iremos? – perguntou seriamente.
Lucy – Nenhuma, mas eu realmente quero saber – sorriu.
Natsu – E se eu disser que o nosso encontro será em meu quarto? – sorriu de canto, sem nenhuma maldade, mas logo pode perceber que Wendy e Lucy haviam corado.
Lucy – Pervertido! – respondeu seca.
Natsu – Não foi isso que eu quis dizer – suspirou.
Lucy – Mesmo assim, eu quero sair pra algum lugar – encarou o rosado.
Natsu apenas pensou por alguns segundos, mas logo concordou – Está certo, depois eu te digo aonde iremos – voltou a suspirar – Mas nem eu sei onde iremos... Nunca tive uma namorada antes, não sei o que devo fazer em um encontro... – estava mais nervoso que a loira em relação ao encontro, apenas não demonstrava.
Já de noite, o rosado já estava pronto para sair, apenas esperava a loira terminar de se arrumar.
Natsu percebeu como Wendy o encarava com um sorriso no rosto.
Natsu – O-O que foi? – perguntou um pouco sem graça.
Wendy – Nada – continuou a sorrir – Só acho vocês dois fofos juntos – fez o rosado corar.
Natsu – Fofos?
Lucy – Desculpe a demora! – apareceu completamente radiante de alegria, fazendo o rosado corar ainda mais.
Natsu – P-Por que se produzir tanto? – admirou a beleza da loira – Ninguém além de mim irá te ver...
Lucy sorriu de canto – Não me importo com isso, afinal, eu me arrumei pra você.
Natsu não conseguia ficar mais corado do que já estava.
Natsu – V-Vamos indo? – viu a loira confirmar com a cabeça.
Wendy apenas viu o rosado abrir a porta para a loira e logo depois sair atrás da mesma.
Natsu andava ao lado da loira enquanto encarava a mesma pelo canto dos olhos.
Natsu – O que eu deveria fazer? Devo dizer algo? Onde eu vou leva-la? Eu não antecipei nada... – o nervosismo do rosado só aumentava, mas logo o mesmo pode sentir a loira pegar a sua mão, entrelaçando os dedos dela aos dele.
Surpreso, o rosado pode ver o sorriso no rosto de Lucy.
Lucy – O que foi? – perguntou gentilmente ao ver que o rosado não parava de encará-la.
Natsu – Não, eu só estava pensando... – respondeu, percebendo que o sorriso não sumia da face da loira.
Lucy ficou um pouco curiosa e receosa por achar que o rosado poderia estar pensando em Lisanna. – E em que você estaria pensando?
Natsu – Só que... Você fica ainda mais linda sorrindo... – respondeu um pouco sem graça, surpreendendo à loira, fazendo a mesma corar violentamente.
Lucy desviou o rosto – O-Obrigada – falou em um tom mais baixo.
Natsu – Queria poder leva-la em algum lugar diferente, como em um rio que possui sete cores diferentes quando iluminado pela lua... Mas isso não existe – suspirou – Vou ter que apelar para o clichê...
Lucy – Aonde iremos? – voltou a perguntar.
Natsu – Ao cinema – suspirou desapontado.
Lucy encarou o rosado por alguns segundos –... E precisava ter feito segredo disso? – não entendia.
Natsu apenas desviou o rosto – Me desculpe por ser um fracasso como namorado... – pensou emburrado.
Lucy – Bom... Contanto que eu esteja com você – sorriu gentilmente, surpreendendo o rosado.
Natsu – O que está acontecendo? Ela está mais fofa do que o normal! – pensou ainda sem graça.
Após um pouco mais de meia hora andando, os dois pararam em frente ao shopping.
A loira pode ver a face angustiada do rosado.
Lucy – O que foi? – perguntou calmamente.
Natsu – Não é nada... É só que não tenho boas lembranças desse lugar – falou com um pouco de receio ao se lembrar de tudo que havia passado ali.
Lucy – Pare de frescura e vamos logo! – saiu na frente, sendo seguida pelo rosado logo depois.
Assim que passou pela porta do local, o rosado percebeu dois seguranças o encarar, um com uma expressão seria e outro com algo que parecia ser um sorriso em seu rosto.
Natsu estranhou um dos seguranças sorrir, mas logo pode ver o mesmo piscar para ele, podendo sentir um arrepio percorrer por toda sua espinha. O rosado correu atrás da loira – Se eles me pegarem de novo, algo pior que um espancamento pode acontecer...
Lucy – E então, que filme veremos? – perguntou calmamente ao chegarem à bilheteria.
Natsu – Vamos ver... – pareceu pensar enquanto encarava os cartazes.
Lucy estreitou os olhos – Né... Você não planejou nada para esse encontro né? – perguntou seriamente, surpreendendo o rosado.
Natsu – C-Claro que preparei! – exclamou ao mentir – Ali, iremos assistir aquele! – apontou para um dos cartazes.
Lucy – Uma comédia romântica... – suspirou – Se você diz...
– Papai, por que aquele rapaz está falando sozinho como um louco? – a pequena criança perguntou inocentemente ao apontar para Natsu.
– Fique quieta, ele vai te ouvir! – fez com que a pequena se calasse.
Enquanto comprava um único bilhete, as bochechas do rosado ganharam um forte tom avermelhado – Eu fiz de novo...
Lucy apenas segurou a risada enquanto caminhava ao lado do rosado em direção à pequena loja para comprarem a pipoca.
Natsu – Eu quero uma pipoca grande e dois refrigerantes – pediu ainda corado.
– Dois refrigerantes? – o atendente estranhou, fazendo o rosado corar ainda mais.
A loira não conseguiu se segurar, acabou rindo de Natsu.
Natsu – E-Eu quis dizer um refrigerante grande... – viu o atendente confirmar com a cabeça.
Lucy – Sabe... Eu acho que nem o filme vai me fazer rir tanto quanto estou rindo agora – falou enquanto ria do rosado.
Natsu – Cala a boca! – se irritou.
– Como? – o atendente perguntou surpreso.
Natsu – M-Me perdoe, o que você disse mesmo? – podia ouvir a loira perder o ar de tanto rir.
– Como o senhor vai desejar pagar... ?– perguntou com os olhos já estreitos, passando a desconfiar da sanidade do rosado.
Não demorou muito para que o rosado e a loira entrassem na sala em que assistiriam ao filme. Lucy apenas enxugava as lagrimas que haviam escorrido por seu rosto, de tanto rir de Natsu.
Natsu – Você realmente se diverte as minhas custas né? – percebeu que a sala estava vazia, tendo umas duas ou três pessoas apenas.
Lucy – É o meu prazer diário, ver as pessoas o verem como um louco – soltou uma pequena risada.
Natsu – Eu devo ser mesmo... – murmurou em um tom quase inaudível – Eu já sou considerado um louco, meus amigos brigaram comigo por causa dela e mesmo assim a estou namorando... Eu devo ser realmente um louco – suspirou.
Logo os dois se sentaram em uma fileira do meio.
Após o trailer começar, o rosado percebeu dois vultos entrarem na sala.
Natsu – Precisarei ser cauteloso... – voltou a suspirar.
Lucy – Né... – chamou a atenção do rosado – O que você pretende fazer depois que terminar o ensino médio? – perguntou calmamente enquanto comia a pipoca e olhava para a tela.
Natsu pareceu pensar por alguns instantes, mas logo respondeu – Primeiramente irei vender o apartamento – surpreendeu a loira ao falar em um tom mais baixo – E depois terei que voltar para a casa do meu pai – suspirou.
Lucy – Como assim? Por que voltar pra casa do seu pai? – não entendeu.
Natsu – Eu e meu pai fizemos uma aposta... – chamou a atenção da loira – No primeiro ano do ensino médio, ele queria que eu voltasse pra nossa cidade natal no interior, mas eu não queria porquê... Bem, você sabe – suspirou.
Lucy – Lisanna – viu o rosado confirmar com a cabeça.
Natsu – Então ele me disse: “Sabe, você é uma negação com mulheres, então vamos fazer uma aposta... Se você não conquistar essa garota até sua formatura, você vai voltar pra casa e cuidar dos negócios da família, mas se conseguir fazer com que ela seja sua namorada, não lhe pedirei para voltar novamente” – tentou imitar a voz do pai.
Lucy segurou a risada – E então a Lisanna foi embora – continuou segurando a risada – Incrível como até seu pai sabe da sua incapacidade em relação às mulheres – fez uma veia saltar sobre a testa do rosado.
Natsu – É melhor mudarmos de assunto... E você? – fez a loira parar de rir – O que pretende fazer depois que voltar ao normal? Abaixar as orelhinhas e obedecer às ordens do papai? – abriu um sorriso cínico, irritando a loira.
Lucy – Até parece! – respondeu em um tom mais alto – Primeiramente irei conversar seriamente com ele... Se ele não mudar as atitudes dele em relação a mim, então cortarei todos os meus laços com ele e irei viver a minha vida – falou seriamente.
Natsu – Hummm – pegou o copo e começou a tomar o refrigerante.
Lucy – E bem, dependendo de como nosso relacionamento se desenvolva, e dependendo do tempo que leve para eu voltar ao normal... – deu uma leve corada – Eu irei atrás de você para que eu possa me tornar sua esposa – abriu um sorriso gentil, fazendo o rosado cuspir o refrigerante longe.
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