História A Loira que apenas EU posso ver - Chegando e Dividindo os Quartos

Ao entrarem no ônibus, todos puderam ver Natsu se sentar ao lado da garota pequena de cabelos azuis. Após alguns minutos, com o ônibus já em movimento, o rosado pode ouvir os cochichos de seus amigos.

Erza – Quem é aquela? – perguntou em um tom mais baixo.

Jellal – Vai saber... – respondeu no mesmo tom.

Gray – O Natsu disse que iria trazer a garota que havia feito aquilo nas costas dele – sussurrou um pouco surpreso – Será que é ela?

Levy – Quem fez aquilo com ele foi a Lucy provavelmente... Mas como deixou marcas? – não entendia.

Gajeel – Impossível, ela é só uma criança – respondeu no mesmo tom que o amigo.

Gray – Mas pensa comigo, o Natsu estava numa seca enorme, desesperado, pegando qualquer coisa que venha pela frente... – explicou.

Lucy, que flutuava dentro do ônibus, por algum motivo se irritou – Como assim qualquer coisa?

Sting/Jellal/Erza – Pensando por esse lado... – encararam o rosado.

Natsu – Eu posso ouvir vocês, idiotas! – pensou revoltado com aquilo.

Wendy – Vai ser assim pelo resto da viagem – comentou calmamente, chamando a atenção do rosado.

Natsu encarou a pequena por alguns segundos –... Isso não te incomoda mais? – perguntou seriamente em um tom mais baixo.

Wendy – Incomodar... Incomoda – respondeu – Mas ficar triste com isso não vai mudar em nada minha situação.

Natsu suspirou – Você tem razão – mas logo informou –... Não se preocupe, logo farei você e a Lucy voltarem ao normal – respondeu em um tom mais baixo, fazendo a pequena abrir um sorriso de canto.

Logo depois Lucy flutuou até o rosado, se sentando de lado sobre o colo do mesmo.

Natsu deu uma leve corada – O que está fazendo? – murmurou no ouvido da loira.

Lucy – Cansei de ficar flutuando, então resolvi descansar no seu colo um pouquinho – sorriu, mas logo deu um pequeno pulo no momento em que o ônibus havia passado por um buraco – Ah... – percebeu, abrindo um sorriso malicioso para o rosado – Natsu, você é mesmo um pervertido não é? – mesmo com o sorriso malicioso no rosto, a loira perguntou em um tom gentil, fazendo o rosado corar ainda mais.

Natsu – I-Idiota – sussurrou sem graça – O que está dizendo na frente de uma criança?

Lucy – Ah... – só então a ficha da loira caiu, se lembrando de que Wendy estava bem ali do lado, praticamente grudada no braço do rosado devido o ônibus não ser muito grande – Perdão – sorriu sem graça.

Wendy – Tudo bem – respondeu um pouco corada – Não é como se eu não ouvisse esse tipo de coisa quase todos os dias... – fez Lucy e Natsu corarem fortemente.

Após poucas horas de viagem, o ônibus em que o grupo estava já havia chegado ao litoral.

Wendy apenas via o mar pela janela.

Lucy – É a primeira vez que vê o mar Wendy? – perguntou calmamente, vendo a mesma confirmar com a cabeça animadamente – Eu já havia vindo antes com a minha mãe e meu pai – pensou ao se lembrar das vezes que havia ido.

Não demorou muito e o ônibus parou em frente a um hotel comum.

Todos desceram um a um, parando de frente para Gildarts.

Gildarts – Certo, depois que todos pegarem suas malas, me encontrem na recepção – falou seriamente, fazendo todos confirmarem.

Enquanto Natsu pegava todas as malas, todos puderam perceber.

Yukino – Natsu, pra que tantas malas? – viu o rosado com duas malas e uma mochila.

Natsu – É uma minha e uma da Wendy – explicou com um sorriso sem graça no rosto.

Levy – E uma da Lucy – suspirou.

Yukino – Wendy... A menina que veio com você? – viu a pequena um pouco mais afastada.

Natsu – Sim... – logo foi interrompido por um grito de Erza.

Erza – COMO É QUE É? REPITA ISSO! – exclamou revoltada.

Minerva – Você é mesmo uma fraca derrotada – debochou – Precisa que seu namorado carregue sua bolsa onde você guardou a medalha de SEGUNDO LUGAR? – segurou a risada, deixando o local logo depois enquanto carregava a própria mala.

Jellal pode ver como a ruiva estava prestes a explodir – Não vai dar certo essas duas juntas – passou a suar frio, mas logo pode ver Erza o encarar friamente.

Erza –... Dê-me a minha mala – pronunciou friamente – Eu mesma levo! – pegou a mesma de Jellal e logo seguiu Minerva em direção à recepção.

Ali do lado, Juvia se via em meio a Gray e Lyon.

Lyon – Pode deixar Gray, eu levo a mala da Juvia – falou seriamente com a mala da garota já em mãos.

Gray – Eu já disse que não precisa – respondeu revoltado, tomando a mala de Lyon – Eu, O NAMORADO dela, levo – deu ênfase na palavra, irritando o rapaz.

Lyon – Um derrotado como você que PERDEU pra mim? Pode deixar que eu levo, você não deve ter força alguma pra carregar as coisas da Juvia! – exclamou revoltado, deixando Gray ainda mais indignado.

Gray – Eu não perdi pra você! Meu time é que perdeu para o seu! – exclamou indignado – Nós apenas empatamos.

Lyon – Aceite a realidade que dói menos Gray! Eu sou melhor que você, eu sim posso fazer a Juvia feliz! – exclamou.

Juvia apenas pegou a mala e saiu do meio dos dois sem que percebessem, deixando os mesmos pra trás brigando.

Sting – Está mesmo tudo bem pra você ter me trazido? – encarava Yukino ao perguntar um pouco sem graça.

Yukino – Não se preocupe – sorriu – Eu não tinha mais ninguém para trazer, e vi também que você era o único entre seus amigos que não iria vir... – explicou.

Sting – Entendo – sorriu – Muito obrigado – agradeceu.

De longe, Lucy apenas observava a cena enquanto Natsu ia até a recepção com as malas.

Lucy – Sting é sempre muito gentil com todos... – encarava o garoto enquanto o mesmo conversava com Yukino – Ainda não entendo por que não me apaixonei por ele... – suspirou – Se eu tivesse me apaixonado por ele, eu não teria saído da casa do meu pai daquela forma, não teria encontrado a velha... Não teria conhecido o Natsu – pensou por alguns instantes – Mas isso seria ruim, não? Na verdade a Levy iria me apresenta-lo pelo que me lembro... Como seria? Eu apaixonada e noiva do Sting e logo depois iria conhecer o Natsu, melhor amigo do Sting, e o garoto por quem estou apaixonada agora... – soltou uma pequena risada – Seria engraçado – tentou imaginar a cena, mas logo começou a suar fria –... Não, não seria nada engraçado – flutuou até a recepção onde Gildarts separava os grupos e entregava chaves – Se o Natsu descobrir qual a relação que eu e o Sting temos... Qual será a reação dele? – se perguntou enquanto encarava o rosado seriamente.

Após alguns minutos, a turma já havia sido dividida por Gildarts e todos se direcionaram até seus quartos.

Natsu – No fim, acabamos não ficando no mesmo quarto com as pessoas que trouxemos – comentou calmamente – Gildarts disse que não podia deixar, já que todos haviam vindo em casal, e que isso poderia se tornar um escândalo para a escola caso “algo” acontecesse – suspirou.

O rosado apenas pode sentir um braço passar por cima de seus ombros.

Sting – O que foi? Parece triste por ter que ficar no mesmo quarto que eu – sorriu.

Natsu – Não é isso, é só que estou preocupada com a Wendy... Me pergunto se ela vai ficar bem com a Yukino... – pensou por alguns instantes.

Sting – Wendy? – não entendeu.

Natsu – Já esqueceu! – encarou o amigo com uma gota na cabeça – Não, não é ninguém – suspirou – Pobre Yukino!

Sting – De qualquer forma, a ultima vez que dormimos no mesmo quarto foi no dormitório da escola certo? Antes de você se mudar – viu o rosado confirmar com a cabeça.

Natsu – Sim... Naquela época minha vida ainda era normal – comentou calmamente.

Sting – Ahn? – não entendeu – Como assim? Eu sei que você teve alguns problemas por ter tomado um fora da Lisanna, mas mudou tanto assim a sua vida?

Natsu – Não, não é isso... – pensou por alguns instantes – Será que devo contar a ele? A Levy acabou aceitando no final... Será que ele vai reagir da mesma forma? – se perguntou seriamente enquanto seguiam para o quarto.

Com uma cara de espanto, Lucy apenas seguia Natsu e Sting.

Lucy – POR QUE FAZ ISSO COMIGO DESTINO? – perguntou indignada – Com esses dois juntos no mesmo quarto, o Natsu pode acabar dizendo algo desnecessário... Até mesmo o Sting pode vir a falar de mim, trazendo tudo a tona! O que irei fazer? – estava quase entrando em desespero.

Logo os três entraram no quarto em que ficariam, Natsu apenas fechou a porta.

Sting – Graças a Deus, por um instante temi que a cama fosse de casal – suspirou aliviado.

Natsu – Agora que você disse... – fez cara de enjoo ao imaginar.

Sting – Então, qual cama você vai querer? – perguntou calmamente.

Natsu – Eu posso ficar com a próxima da janela – respondeu no mesmo tom.

Sting – Então está certo – jogou a mala sobre a outra cama – Então, vamos para a praia? – perguntou normalmente – Ainda falta um tempo até a hora do almoço...

Natsu – Sim, eu acho uma boa...

Logo depois Sting abriu a mala, retirando da mesma uma camisa mais folgada e uma bermuda.

Lucy apenas corou ao ver o loiro começar a se despir, ficando apenas com a cueca.

Lucy – E pensar que o corpo dele havia desenvolvido tanto... – comentou sem conseguir tirar os olhos – Da ultima vez que o vi sem camisa, nós tínhamos o que? Doze anos? – suspirou –... O corpo dele talvez seja melhor que o do Natsu? – se perguntou em um tom mais baixo, mas logo se tocou – Droga – pode sentir o olhar sério de Natsu em sua direção.

Natsu – Não posso falar nada com o Sting sobre isso, afinal, para ele, só estamos nós dois aqui, mas... Você não acha que está encarando de mais Lucy? – estreitou os olhos, fazendo a loira sorrir sem graça.

Sting – Vou no banheiro rapidinho – informou ao terminar de se trocar e ver que o amigo ainda se vestia.

Natsu apenas confirmou com a cabeça e logo depois voltou a encarar a loira.

Lucy – O-O que foi? Não me encare assim – ficou envergonhada.

Natsu – Que você era pervertida eu já sabia, mas pensei que era só comigo – comentou seriamente.

Lucy se aproximou – O que? Está com ciúmes? – abriu um sorriso sapeca.

Natsu – Ciúmes? Claro que não... Apenas alivio – deixou a loira confusa – Assim posso olhar para as garotas de biquíni sem nenhum remorso – respondeu calmamente.

Os olhos da loira deram uma leve arregalada de indignação –... Não se atreva a fazer isso Natsu!

Natsu apenas fingiu não ouvir –... Sting, vamos! – apressou o amigo.

Lucy – NÃO ME IGNORE! – se irritou.

Natsu –... Mas eu não estou te ignorando – sorriu.

Logo depois Sting abriu a porta do banheiro.

Sting – Está falando com quem? – estranhou.

Natsu –... Com uma loira de seios grandes que ninguém pode ver e que eu considero como minha namorada – pensou seriamente – Com ninguém, falando sozinho – sorriu.

Sting – Vamos indo, o Gray e o Gajeel já estão nos esperando – falou calmamente, fazendo o rosado confirmar com a cabeça.

Ao saírem do quarto, Natsu percebeu que a loira não o seguiu.

Natsu – Acho que ela vai se trocar também... Apesar de que ninguém vai vê-la – logo perguntou – Como assim o Gray e o Gajeel já estão nos esperando? – não entendeu.

Sting – Eles disseram que querem relembrar o tempo em que morávamos os quatro no dormitório da escola – explicou.

Natsu – Relembrar o que? – não entendeu.

Sting apenas abriu um sorriso malicioso.

Natsu se surpreendeu – SÉRIO? – viu o amigo confirmar com a cabeça – Certo, com a Lucy longe pode dar certo – se animou.

Logo os dois se juntaram a Gray e a Gajeel.

Gajeel – Aqui – entregou um óculos de sol para cada – Com isso as garotas não irão perceber que estamos as encarando – soltou uma pequena risada.

Gray – Vocês não vão acreditar o que descobri – parecia orgulhoso e completamente alegre.

Natsu – O que? – ficou curioso.

Gray – Os locais onde todos tomam banho, são nos fundos do hotel, cercados apenas por paredes – se emocionou.

Gajeel – Isso quer dizer... – não conseguiu completar.

Gray – Sim, não tem teto, é um local aberto – quase chorou de alegria.

Sting olhou para os lados, confirmando que não havia ninguém os ouvindo – Sério isso? Mas ninguém pode ver esses locais dos quartos?

Gray – Ao que parece, o hotel foi construído de forma que ninguém pudesse ver lá, nem mesmo de outras residências – explicou, se acalmando aos poucos – Um informante meu disse que o local em que eles ficam é cercado por espinhos e por uma floresta preservada.

Gajeel – Então será difícil adentrar no local sem se machucar – concluiu seriamente.

Gray – Está com medo de levar alguns arranhões em troca de uma vista mandada direta do paraíso? – perguntou seriamente.

Gajeel – C-Claro que não! – exclamou um pouco sem graça por ter hesitado.

Sting – Vamos à praia primeiro – sorriu, colocando os óculos escuros no rosto – Depois vemos o que faremos em relação a isso!

Os outros três apenas fizeram o mesmo que Sting, deixando o local logo depois.

Mas assim que chegaram à entrada do hotel, deram de cara com dois caixotes com furos.

Natsu – O que é isso? – perguntou curioso.

Logo um dos funcionários do hotel o respondeu.

– Esses são os novos cães que nosso gerente comprou – respondeu calmamente, chamando a atenção dos rapazes – Eles são adestrados, mas serão usados para proteger a privacidade dos clientes... Serão soltos na mata perto da região de banhos, para que mais nenhum engraçadinho tente fazer algo que não deve – sorriu – Da ultima vez tivemos problemas por causa de algo desse tipo – explicou.

Os quatro apenas se agacharam em frente à caixa, podendo apenas ver os dentes dos cães pelos buracos.

No mesmo instante os quatro passaram a suar frio.