História A Loira que apenas EU posso ver - Um Dia Antes

Passadas algumas horas após o jantar, Lucy retornou ao quarto de Sting e Natsu.

Lucy – E então? – chamou a atenção do rosado – Já se arrependeu do que fez? – perguntou calmamente ao adentrar o local, podendo ver Natsu deitado sobre a cama, com as luzes todas apagadas.

Natsu – Eu... D-Deveria me arrepender... Só por que... Até pra respirar... Está doendo? – não conseguia nem mesmo se virar para encara a loira.

Lucy – Não... – passou a flutuar sobre o corpo do rosado, para que assim ele pudesse encara-la nos olhos – Você deveria se arrepender, por me faltar com respeito... Não por me ver nua, isso não é mais incomum, eu também sempre invadia o banheiro brincando e lhe via da mesma forma – falava em um tom calmo enquanto encarava o rosado nos olhos – Mas você não estava olhando só pra mim, você ficou olhando para todas que lá estavam... Você não me respeitou como sua namorada, você me decepcionou... Se você não tivesse nenhum compromisso comigo, eu diria que você era apenas um garoto pervertido.

Natsu não conseguia responder à loira, sabia que a mesma estava certa –... Perdão... Eu não pensei... Por esse lado... Eu apenas... Quis acompanhar os outros... Pensei que seria... Uma boa.

Lucy – Outros três idiotas... Se eles fossem trair a namorada deles e dissessem que era uma boa, você faria o mesmo? – fez o rosado perceber.

Natsu –... Perdão – pediu arrependido.

Lucy nada respondeu.

Natsu –... Pelo visto... Vocês descobriram... Quem eram os outros três – falou seriamente.

Lucy – Sim – suspirou – As garotas perceberam que Gray e Gajeel haviam sido atacados pelos cachorros que haviam sido postos para nos “proteger”... E por algum motivo, o Gray entregou o Sting – explicou – Nesse exato momento, eles devem estar tendo o mesmo tratamento que você teve.

Natsu – Entendo...

Após alguns segundos em silêncio, Lucy apenas desceu, se deitando sobre o corpo do rosado.

Lucy – Espero que você passe o dia comigo amanhã... – murmurou calmamente.

Natsu – S-S-Sim – respondeu completamente pálido ao sentir fortes dores pelo simples fato da loira lhe tocar, mesmo não tendo peso algum.

Logo depois a porta foi aberta rapidamente. A loira e o rosado apenas puderam ver Sting ser carregado por Jellal e Lyon, sendo deitado na cama do mesmo.

Lyon – Esses caras são idiotas? – viu os dois deitados da mesma forma – Acabaram se ferrando por causa dessa ideia infantil... – saiu do quarto logo depois, sendo seguido por Jellal.

Lucy – Parece que ainda existem alguns garotos com bom senso – comentou calmamente.

Natsu – Sting? – pode ouvir o mesmo resmungar algo – E o Gray e o Gajeel?

Sting – O Gajeel apanhou um pouco, mas teve as feridas... Tratadas com álcool – respondeu com certa dificuldade – O traíra do Gray... Teve que ser levado para o... Hospital... Ao descobrirem que o plano... Era dele – explicou.

Natsu – Entendo...

O silêncio durou por alguns segundos, até Sting quebrar o mesmo.

Sting – Mas realmente... Valeu a pena – soltou uma pequena risada, sentindo dor logo depois.

Ainda deitada sobre o rosado, Lucy apenas estreitou os olhos, impedindo que Natsu respondesse qualquer coisa.

Sting – Mas como nós dissemos... Todas tinham seus pontos fortes – comentou – Agora imagine uma garota... Que possui todos esses pontos... Fortes.

Natsu – Eu consigo imaginar uma pessoa... – encarou a loira sobre seu corpo.

Sting – Minha noiva... – chamou a atenção do rosado e da loira – É realmente incrível... Agora, estou até me sentindo... Mal pelo que fizemos – suspirou.

Natsu – Me fale mais dela – pediu.

Lucy – Não! Não fale! – implorou mentalmente.

Sting – Ela é... Incrível – começou a falar em um tom orgulhoso – Ela é muito gentil e carinhosa... Seus olhos brilham de uma forma tão bela, que você... Deseja passar o dia inteiro... Olhando para eles... Sua pele é clara e muito macia... Um único abraço fazia meu coração acelerar de tal forma, que parecia que ele iria saltar do meu peito... Seu sorriso... Ah seu sorriso... Era o tipo de sorriso que já fazia... Seu dia valer a pena.

Natsu – Ela parece... Ser realmente incrível – abriu um sorriso de canto – Espero poder conhecê-la... Logo.

Sting – Sim – suspirou – Você tinha que ter a conhecido – deu uma leve corada – Ela era tão tímida... O jeito dela... Era tão fofo.

Natsu estranhou – Tímida? – espantou a loira – Eu lembro de que a Levy disse que a Lucy era tímida também... E eles eram amigos né? Não, acho que estou pensando de mais... Ela não esconderia isso de mim...

Após conversarem por um tempo, Sting e Natsu apenas adormeceram. Lucy flutuava sobre o quarto, parecendo pensar em algo. As palavras que o loiro havia dito um pouco antes viam a sua cabeça, a fazendo corar fortemente.

Lucy – Por que ele tinha que dizer tudo isso logo agora? – pensou completamente corada, passando a encarar a loira – Tudo isso que ele disse, é praticamente o mesmo que sinto pelo Natsu... – passou a encarar o rosado – Mas o Natsu nunca me disse algo do tipo, sendo que talvez ele ainda pense na tal Lisanna, enquanto o Sting diz a qualquer um sobre mim dessa forma.

A loira então passou a flutuar sobre Sting.

Lucy – Se eu tinha alguma duvida, se o que eu sinto pelo Natsu é amor, agora eu não tenho mais... Do mesmo jeito que você mostrou me amar... – levou a mão ao rosto do loiro como se tentasse acaricia-lo – É o jeito que eu amo o Natsu... Eu não seria capaz de lhe retribuir – levou as mãos aos olhos, como se tentasse impedir que as lágrimas escorressem dos mesmos – Por que me apaixonei pelo Natsu? Como ele mesmo diz, nos conhecemos não faz nem seis meses... Já você, eu conheço desde pequena, você sempre esteve ao meu lado, sempre me tratou tão bem, sempre sorriu pra mim... Mas mesmo assim eu não consigo sentir nada além de uma forte amizade por você...

Natsu – O que você está fazendo? – perguntou calmamente, com o rosto virado enquanto encarava a loira.

Lucy apenas se assustou – N-Natsu!

Natsu – Por que está chorando sobre o Sting? – não entendeu nada.

Lucy – P-Por nada! – flutuou até o rosado, voltando a deitar sobre o corpo do mesmo.

Natsu – E... Desde quando choramos por nada? – desconfiou.

Lucy – Eu... Eu apenas sou assim – se apertou ainda mais contra o corpo de Natsu, fazendo o mesmo sentir ainda mais dor – Eu... Eu estou cometendo muitos erros, desse jeito o Natsu vai acabar descobrindo, e isso não pode acontecer!

No dia seguinte, já haviam se passado algumas horas após o almoço. Sting continuava no quarto, deitado sobre a cama, sendo que Jellal havia levada a refeição até ele.

Sting – O Natsu saiu cedo... – apenas encarava o teto – Como ele pode ter melhorado tão rápido? – não compreendia.

Enquanto isso, o rosado estava dentro do mar, com a água até seu peito. Na visão de todos, Natsu aparentava estar sozinho, mas na verdade Lucy estava abraçada ao pescoço do mesmo, colada ao seu corpo.

A loira se agarrava ao pescoço do rosado enquanto podia sentir o braço do mesmo abraçar sua cintura por baixo d’água.

Lucy – N-Nós temos que ir tão para o fundo assim? – perguntou um pouco temerosa.

Natsu – Não é como se você pudesse morrer Lucy – respondeu com uma gota na cabeça.

O rosado pode ver como a loira parecia estar insegura e um pouco assustada.

Natsu – Você não sabe nadar não é mesmo? – chamou a atenção da loira, podendo ver a mesma confirmar com a cabeça.

Lucy – Eu só quero saber por que temos que ir tanto para o fundo! – exclamou.

Natsu – Para que eu possa te apalpar sem os outros ficarem me olhando estranho – respondeu calmamente, descendo as mãos da cintura para o bumbum da loira, fazendo a mesma corar fortemente.

Lucy – Você ficou bem pervertido, não é mesmo? – perguntou um pouco corada.

Natsu – E você está voltando a ficar tímida? Que eu me lembre, a pervertida era você – respondeu.

Lucy – Vai ver eu perdi essa perversão e você a achou – brincou, mas logo percebeu – Por que estamos ainda mais para o fundo? – já não dava mais pé, apenas se apoiava no rosado.

Natsu – Relaxa Lucy, não é como se um ser estranho fosse aparecer do nada e te sequestrar para que você se torne esposa dele – suspirou.

Lucy – Natsu, é perigoso, não pra mim, mas pra você – explicou – Vamos voltar um pouco, por favor.

Natsu apenas bufou, fazendo o que Lucy havia pedido.

Ao sentir que já dava pé, a loira pode perceber que Natsu havia parado no local.

Lucy – Ahn? – percebeu que os braços de Natsu que antes estavam sobre sua cintura, agora a rodeavam, como em um abraço – Natsu?

Natsu – Agora eu posso saber o porquê você estava chorando ontem? – perguntou gentilmente.

Lucy apenas sentiu um aperto no peito ao sentir o rosado pousar a cabeça sobre seu ombro – E-Eu já disse... Não era por nada – voltou a mentir.

Natsu – Você não confia em mim? – perguntou um pouco mais entristecido – Foi pelo que eu fiz ontem?

Lucy – Não! Não é isso! É claro que eu confio em você – exclamou.

Natsu – Então...

Lucy – É só que realmente não é por nada – continuou a mentir.

Natsu – Se você diz... Só espero que você não esteja escondendo nada de mim – falou seriamente – E ainda mais escondendo algo muito importante.

Lucy – Eu... Não estou – engoliu seca, sentindo seus olhos se molharem com as lágrimas, impedindo as mesmas de caírem –... Eu vou perdê-lo... Não vou?

Natsu – O que você quer fazer hoje? – perguntou um pouco mais animado ao se afastar um pouco, podendo perceber –... Está chorando de novo?

Lucy – Não... Foi por causa da onda, acabou molhando meu rosto – mentiu.

Natsu apenas fingiu acreditar.

Lucy – V-Vamos tomar um hiper sorvete juntos! – exclamou, surpreendendo o rosado.

Natsu – Um sorvete? – viu a loira confirmar – Se é isso que você quer...

Os dois apenas saíram da água.

O rosado acabou comprando algo que parecia mais uma bacia, cheia de sorvete.

Natsu – Minha mesada se foi! – saiu da sorveteria carregando a pequena bacia, levando até uma sombra onde a loira o esperava – Nós dois vamos aguentar tomar tudo isso sozinhos?

Lucy – Claro que vamos! – respondeu empolgada.

Enquanto tomavam o sorvete, Natsu pode perceber que a loira não estava agindo normalmente, parecia mais séria, mais preocupada.

Lucy – Eu tenho que contar pra ele... Mas se eu fizer isso, ele com certeza vai terminar comigo, mas e se eu não fizer? Quem garante que ele não vai descobrir? – pensava preocupada, até sentir algo gelado em seu nariz – Ahn?

Natsu apenas abriu um sorriso ao passar sorvete na ponta do nariz da loira – O que foi Lucy? Você está estranha... Ainda está chateada comigo não é mesmo?

Lucy – N-Não, eu... – foi interrompida.

Natsu – Mas não se preocupe! Sendo que amanhã cedo já teremos que ir embora, vou passar o resto do dia todinho com você, assim como você pediu ontem – respondeu seriamente.

Lucy – Natsu... – novamente foi interrompida ao ter sua bochecha suja com sorvete pelo rosado – Por que está fazendo isso? – perguntou com uma gota na cabeça, mas apenas pode ver o rosado olhar para os lados, como se procurasse por algo.

Logo depois, Natsu apenas beijou a ponta do nariz e em seguida a bochecha da loira, retirando o sorvete.

Lucy parecia surpresa – Ele realmente está ficando pervertido? – corou no instante em que Natsu colocou sorvete em seus lábios.

Natsu – Não coma! – se aproximou da boca da loira logo depois, tomando os lábios da mesma em um beijo calmo, mas rápido, retirando o sorvete.

Lucy – Cadê aquele Natsu inocente, tímido e rejeitado? – se perguntou corada, sentindo o rosado sujar seu queixo de sorvete e logo depois chupa-lo.

Natsu – Não vai mais comer o sorvete Lucy? – perguntou calmamente.

Lucy – Claro que vou – sorriu, levando a colher até a vasilha e logo depois até a boca.

Mas assim que tirou a colher da frente, o rosado avançou rapidamente na boca da loira.

Assim que Natsu se afastou, pode ver como Lucy estava surpresa.

Lucy – Ele roubou um pouco do meu sorvete direto da minha língua? – pensou completamente sem graça – Achei que eu é quem provocava e você quem era provocado nessa nossa relação...

Natsu – Vai ver... – colocou apenas um pouquinho do creme do sorvete sobre a clavícula de Lucy – Você se enganou.

Lucy – Ou você... – sentiu o rosado dar um selinho e logo depois lhe dar um chupão perto de seu pescoço – Que mudou.

Natsu voltou a se afastar – Será? – sorriu, mas logo depois, apenas pode sentir a ponta de seu nariz ser melecada com o sorvete.

Lucy – Agora é minha vez! – abriu um sorriso pervertido.

Natsu – Pelo visto consegui fazê-la esquecer daquilo que tanto a incomodava – deu uma leve corada.