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História A Loira que apenas EU posso ver - Efeito II


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


;-;

Capítulo 39 - Efeito II


Uma semana inteira havia se passado, Wendy havia partido há poucos dias, Igneel havia entendido a situação da pequena depois que o rosado mentiu um pouco sobre a mesma. Lucy permanecia sem conseguir falar, mas acabou conseguindo um meio de se comunicar com Natsu.

Apesar de que tudo o que escrevia sumia momentos depois, a pequena diferença de segundos permitia que o rosado conseguisse ler antes que as palavras fossem apagadas.

Natsu viu o pequeno quadro na mão de Lucy com uma única palavra escrita.

“Saudades”.

Natsu – Sim, também estou com saudades da Wendy – suspirou – Mas logo ela estará conosco de novo – comentou calmamente –... Eu não quero te deixar preocupada Lucy, mas... Será que o fato de você estar dormindo tanto também é um efeito? – indagou, surpreendendo a garota – Teve dias em que eu me desesperei achando que você não acordaria mais – explicou.

Lucy então escreveu sobre o pequeno quadro.

“Eu não havia percebido”.

Natsu –... Imaginei – soltou um longo suspiro enquanto terminava de guardar a louça na cozinha. Ao se virar viu que outra palavra já estava escrita sobre a lousa.

“Rogue?”.

Natsu –... Ele disse que ainda não achou nada que possa fazer sua voz voltar, além do mais, a vó dele não vai cair mais em nosso truque, então... – logo percebeu – Não era você quem deveria saber mais dessas coisas do que eu? Não sai do apartamento dele... Sempre cai lá.

Lucy abriu um sorriso sapeca, escrevendo rapidamente.

“Ciúmes?”.

Natsu – O-O que? – corou – Claro que não! Eu sei que você não é capaz de amar outra pessoa além de mim... Além do mais, quem trocaria alguém como eu por outro homem? – concluiu com um sorriso convencido em seu rosto.

Lucy apenas encarou o garoto com uma gota em sua cabeça.

“Convencido”.

“E a Lisanna?”

Natsu encarou a loira por alguns segundos –... Ciúmes? – provocou, vendo a expressão de indignação da garota – Como você ainda tem ido para a escola comigo, você sabe como as coisas estão entre nós – a respondeu ao caminhar calmamente até a sala, se sentando e colocando os pés sobre o sofá – Apesar de tudo que está acontecendo... – viu a loira se sentar ao seu lado, colocando metade de seu corpo sobre o do rosado, encostando suas costas em parte do peito do garoto – Gajeel e os outros parecem querer juntar nós dois... Ontem mesmo o Gray a empurrou em cima de mim... Além de eu quase cair, quase nos beijamos – deu uma leve corada – Mas os seios dela pareciam ser tão bons quanto os da Lucy...

A loira acertou uma forte cotovelada no estomago do rosado.

“Pervertido” – mostrou a plaquinha.

Natsu – V-Você anda... Muito ciumenta – comentou com certa dificuldade devido à dor que estava sentindo.

“RUM”.

Após alguns segundos em silêncio, o rosado abraçou a cintura da loira –... Vamos parar de brigar – falou gentilmente – Que tal um... Reconciliamento – sussurrou maliciosamente a ultima palavra, fazendo com que Lucy corasse violentamente.

“De novo?”.

Natsu – Como assim de novo? – se indignou – Está certo que por você ser muito pervertida temos feito isso todos os dias... E que devido ao seu ataque de ciúmes, eu perdi a conta de quantas vezes fizemos ontem, mas... Como assim de novo?

“Você é mesmo o Natsu?”.

Natsu –... Em carne e osso – respondeu calmamente.

“Me devolva meu Natsu tímido e fracassado!”.

Natsu permaneceu em silêncio por alguns instantes –... Estou lhe constrangendo? – perguntou em um tom mais baixo, chamando a atenção da loira – Perdão... É por que estou com medo.

Lucy nada escreveu, apenas virou o rosto completamente surpresa, vendo a expressão seria que Natsu tinha em sua face.

Natsu – Estou com medo de que... – apertou o abraço – Por causa daquela velha desocupada... Eu não possa lhe tocar mais... Estou com medo de que eu não possa mais lhe ver... Estou com medo de lhe esquecer novamente... Estou com medo de que você se esqueça de mim e não me ame mais – explicou, mas logo sentiu a mão da loira pousar sobre seu rosto, vendo o sorriso gentil da garota em seguida.

Natsu –... Ainda acho que precisamos de um “reconciliamento” – sorriu.

Lucy se levantou completamente indignada.

“Pervertido! Não!”.

Natsu – Por favor... Quero testar umas coisas novas, coisas que ainda não fizemos – implorou com expressão de cachorro abandonado.

“Não!” – corou violentamente, fugindo do garoto enquanto o mesmo a seguia.

Natsu – Eu deixo você dominar! – apelou, fazendo a loira parar.

Lucy pensou por alguns instantes, mas logo se decidiu.

“Não” – voltou a fugir do rosado.

Natsu – Tá legal você venceu... – chamou a atenção da loira – Eu deixo você usar a fantasia nova.

Lucy não entendeu.

“Fantasia nova?”.

Natsu – Ah, é mesmo, eu não te contei... Eu comprei uma fantasia nova pra você – sorriu – Uma de mulher gato!

Lucy corou violentamente.

“PERVERTIDO! PERVERTIDO! PERVERTIDO!”

Não parava de escrever tal palavra e de mostrar para o rosado enquanto corria do mesmo.

Um mês se passou desde então. No apartamento, Lucy já andava com a lousa amarrada a uma cordinha, que dava a volta em seu pescoço.

Natsu – Como você está? – falava ao telefone – Eles estão lhe tratando bem? – conversava com Wendy.

Wendy – Sim... As papeladas para a adoção já saíram – explicou do outro lado da linha – Seu pai disse ter uns conhecidos, que por isso foi rápido – soltou uma pequena risada.

Natsu riu –... Wendy, eu sei que você não está acostumada, mas agora ele também será seu pai – comentou.

Wendy corou – S-Sim... Ah, você tinha razão – falou em um tom mais alegre – A Grandine-san é muito gentil... Já me trata como uma filha.

Natsu –... Bem, ela sempre quis uma menina – riu – Então já esperava por isso...

Wendy – Natsu-san, o Igneel-san pediu para lhe avisar que já está arrumando sua matricula na faculdade aqui no interior – informou.

Natsu ouviu aquilo com uma gota na cabeça – Fala pra ele que ainda não conclui o ensino médio... Que ainda faltam alguns meses para isso...

Wendy – Então você vai vir mesmo? – se surpreendeu.

Natsu – Sim... Eu prometi a ele – respondeu um pouco desanimado.

Wendy – Mas e a... – abaixou o tom de voz – E a Lucy-san?

Natsu – Ela irá comigo, óbvio – respondeu calmamente.

Wendy –... Se você diz – suspirou – Ah, Natsu-san, seu pai está pedindo pra desligar, senão vai ficar muito caro a conta.

Natsu – Entendi... Abraços – se despediu – Ah, a Lucy disse que está com saudades e mandou um abraço... – informou ao ler a lousa da loira.

Wendy sorriu – Manda um abraço de volta... Tchau – desligou o telefone.

“Desligou?”

Natsu – Sim – suspirou, colocando o telefone no gancho –... Lucy, estou entediado – comentou desanimado, se aproximando lentamente da loira.

“E?”

Natsu – Brinca comigo? – perguntou com os olhos brilhando.

“De?” – estreitou os olhos, desconfiando.

Natsu – Que tal de médico? – sorriu – Ou de casinha? Sim! Casinha é perfeito – falou em um tom animado – Você seria uma dona de casa carente e com o sonho de ter um filho... – conforme se aproximava, Lucy recuava – E eu... Eu seria o encanador que lhe visita todos os dias para acabar com seus problemas enquanto seu marido está fora – abriu um sorriso malicioso, fazendo a loira corar.

“Por que você não seria o marido?” – não entendeu.

Natsu – Pois dizem que quando é proibido, é mais gostoso – explicou com a malicia em sua voz.

Não quero brincar” – fez o garoto se indignar

Natsu nada pode fazer, só viu a garota atravessar a parede e trancar o quarto por dentro.

Lucy – Eu criei um monstro! – pensou um pouco sem graça – Apesar de que já faz uns dias que não fazemos... – suspirou, vendo a cama logo à frente – Por algum motivo... Não tenho estado tão pervertida quanto antes – se jogou sobre a cama – Eu não passei a amar menos o Natsu... Apenas tenho tido... Mais vergonha – tampou o rosto com um dos travesseiros – Eu ainda quero abraça-lo, beija-lo... Mas mesmo que já tenhamos feito quase todo o tipo de coisa, ultimamente não tenho tido mais coragem de tomar banho com ele, nem de... – corou ainda mais só de lembrar das coisas que haviam acontecido algumas noites atrás – Além disso... Eu tenho tido... Muito sono – pensou já fechando os olhos

Em meio ao seu sono, um sonho, uma visão foi o que a loira teve.

Lucy – Hum? Onde estou? – não conseguia se mexer, apenas conseguia ver um teto branco enquanto suas vistas pareciam embaçadas – Que barulho é esse? Vozes? – conseguia ouvir pessoas conversarem mais ao fundo, mas sem conseguir entende-las.

De repente, uma mancha entrou na frente dos olhos de Lucy – Quem? – sabia que era uma pessoa, mas não conseguia reconhecer – Amarelo? Sting? – reconheceu após sua visão desembaçar por alguns instantes – E... Virgo? – viu a mulher com o jaleco ao lado do loiro – Por que o Sting parece tão feliz? O que está acontecendo? Ele está chorando? O que... – teve seus pensamentos interrompidos ao despertar completamente assustada, se aliviando ao perceber que estava em seu quarto no apartamento.

Ao virar na cama se deparou com o rosado parado, em pé, ao seu lado.

Natsu estava pálido e com os olhos vermelhos, como se estivesse prestes a chorar.

Lucy pegou a pequena lousa que estava ali do lado e escreveu.

“O que foi?”

A loira não recebeu nenhuma resposta de Natsu, mas então percebeu que a porta do quarto havia sido arrombada.

“O que aconteceu?” – começou a se preocupar, percebendo também a frigideira na mão do garoto.

Natsu – Você... – respirou profundamente, como se tentasse se acalmar – Dormiu por mais de um dia Lucy... – surpreendeu à garota – Você se trancou no quarto ontem a tarde... Eu dormi no sofá... Saí pra escola achando que você me encontraria lá depois... Mas você não apareceu – seus olhos se encheram de lágrimas – Eu fiquei... Muito preocupado – voltou a respirar profundamente – Aí, quando cheguei em casa... Percebi que a porta do quarto ainda estava trancada, então a arrombei... Mas mesmo com o barulho você não acordou – não conseguiu mais conter as lágrimas – Eu achei que você pudesse... Estar morta... Mas fantasmas, podem morrer?

Lucy abriu um sorriso de canto.

“Eu estou bem”

Natsu – Não estou chorando por isso... – enxugou as lágrimas que ainda insistiam a cair, deixando a loira confusa – Esse é o motivo!

Rapidamente tentou acertar o rosto da loira com um tapa.

A loira fechou os olhos fortemente, tentando gritar, mas nem mesmo um ruído saiu.

Ao não sentir nada lhe acertar, Lucy abriu os olhos, não entendendo nada.

Natsu então estendeu a mão para a garota que, sem entender nada, foi inocentemente para pega-la.

No mesmo instante os olhos de Lucy perderam o brilho, já que sua mão havia passado por dentro da de Natsu. A loira tentou mais algumas vezes, mas sem nenhum sucesso, sua mão continuava a atravessar o garoto.

Em meio ao silêncio que ambos faziam, o rosto de Lucy começou a se contorcer como se a mesma fizesse força para algo. Os olhos da mesma, que estavam quase fechados, se encheram de lágrimas, e sem conseguir se conter, começou a chorar.

A dor de Lucy parecia aumentar ainda mais por não conseguir gritar em seu choro, não conseguir por aquele sentimento ruim para fora.

Natsu subiu na cama, ficando de frente para a garota – S-Se acalme Lucy... Vai ficar tudo be... – não conseguiu concluir aquela frase, tendo suas lágrimas intensificadas enquanto a loira o encarava em meio ao choro – Eu não posso... Dizer isso... O que vai acontecer depois desse efeito? Não conseguirei... Lhe ver de novo? Te esquecerei? Você... Deixará de me amar?

 O choro de ambos se intensificou, Lucy levou a mão ao rosto garoto, mas acabou atravessando o mesmo. Natsu tentou o mesmo que a loira, mas sua mão passou por dentro da garota, o que fez com que a dor de ambos aumentasse.

A dor de não poderem se tocar, a dor de não poderem se abraçar, a dor de pensar em qual poderia ser o próximo efeito... A dor por temer não ser mais lembrado... A dor por temer não ser mais amada.

Mesmo estando tão pertos, pareciam tão longe. Natsu não conseguia mais ouvir nem tocar sua amada. Lucy já nem mesmo conseguia permanecer o dia acordada.

A única coisa que os dois tinham em seus corações naquele momento... Era a dor.


Notas Finais


é '-' até o próximo '-'


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