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História A Loira que apenas EU posso ver - Meses de Dor


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


perdão, não pela demora, mas pelo capitulo em si... Está beeeeem ruim ;-; não sei o que está havendo comigo, não estou conseguindo escrever decentemente... Mas juro que tentarei melhorar ;-;

De qualquer forma, boa leitura a todos...

Capítulo 40 - Meses de Dor


Uma semana após descobrirem que não podiam se tocar novamente, Natsu não saía do apartamento de Rogue, o ajudando na procura por algo que pudesse reverter os novos efeitos da maldição da loira.

Natsu –... Aqui também não há nada – informou em uma voz cansada ao fechar mais um livro.

Rogue – Que tal dormirmos um pouco agora? – indagou no mesmo tom de cansaço do rosado.

Natsu – Mas a Lucy está dormindo... – viu a mesma deitada na cama de Rogue, não a atravessando graças ao dono do apartamento.

Rogue – Quando ela não está dormindo? – indagou sarcasticamente – A cada dia que passa, mais tempo o sono dela tem durado...

Natsu – Eu sei... Mas é melhor dormirmos quando ela acordar – suspirou – Você sabe quão depressivo o lugar fica quando ela acorda... E se eu voltar a ficar pra baixo, não conseguiremos achar algo que possa reverter a situação dela.

Rogue –... Você está... Acabado – falou em um tom mais baixo ao ver as enormes olheiras na face do amigo.

Natsu –... Então somos dois – respondeu abrindo um sorriso.

Os garotos se encararam por alguns instantes, mas logo despencaram, dormindo ali mesmo devido ao forte cansaço.

Algumas horas se passaram, mas Rogue e Natsu continuavam a dormir. O rosado suava, parecia estar tendo um pesadelo.

No sonho de Natsu, o mesmo estava em seu apartamento que estranhamente estava completamente vazio, sem nenhuma mobília, sem nenhum eletrodoméstico... Contendo apenas o nada.

O rosado olhava de um lado para o outro, mas não sentia nada com aquilo, parecia já saber o que havia acontecido.

Natsu –... Lucy – chamou calmamente pela loira, mas não recebeu nenhuma resposta –... Lucy! – elevou o tom, mas nada ouviu além do eco de sua voz.

O rosado continuou a olhar para os lados, mas a única coisa que via era o nada. O desespero começou a tomar conta de seu corpo e o medo invadiu seu coração, depois de tanto tempo não queria estar sozinho, não depois de ter conhecido o calor e alegria de ter a companhia da loira.

Natsu – LUCYYYY! – bradou já quase em lágrimas, mas logo ouviu aquela voz calma soar em seus ouvidos.

Lucy – Por que grita o meu nome? – indagou parada atrás do rosado, entre o garoto e a porta de acesso do apartamento.

Natsu se virou rapidamente, abrindo um sorriso de alivio ao ver a loira –... Você ainda está aqui – comentou em um tom mais baixo ao se aproximar da garota e abraça-la.

Lucy –... Por que está me abraçando? – indagou sem entender o que estava acontecendo.

Natsu – Por que estou feliz de você estar bem – a respondeu.

Lucy – Mas... Nós nos conhecemos? – indagou seriamente, fazendo o rosado se afastar um pouco.

Natsu – Do que você está falando? – soltou uma pequena risada – Eu sou a pessoa que mais lhe conhece... Pelo menos o seu corpo... – murmurou a ultima parte.

Lucy –... Realmente... Não me lembro de nenhum garoto com cabelos tão... Exóticos – comentou, surpreendendo Natsu por sua seriedade.

Natsu – Pare de brincar Lucy – respondeu mais sério – Isso não está tendo graça.

Lucy – E por que eu brincaria sobre algo desse tipo? – não entendeu.

Natsu segurou os dois braços da loira – Como pode dizer que não sabe quem eu sou? Não se lembra de como nos conhecemos? Não se lembra de nossos beijos? Das noites que nos amamos?

A face da garota foi tomada por um forte rubor – N-Nossos beijos? N-Noites de amor? – sua voz foi dominada pela vergonha – D-Do que está falando?

Natsu – Lucy... – o desespero voltou a soprar em seu coração – Esse é... Mais um efeito?

Lucy – N-Não sei do que você está falando... Eu preciso ir – apenas se afastou, fazendo com que as mãos de Natsu passassem por dentro de seus braços –... Adeus – caminhou em direção à porta sem nem mesmo se virar para trás.

Os olhos do rosado se arregalaram ao perceber que novamente estava só, a agonia percorreu por todo seu corpo e seu peito foi tomado pela dor.

Natsu – AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH – gritou com tudo que lhe restava de força.

E em meio a esse grito Natsu despertou de seu pesadelo, completamente ofegante, percebendo que ainda estava no apartamento de Rogue.

Natsu – Um... Pesadelo – lentamente sua respiração voltou ao normal.

O garoto se sentou no chão e então olhou em direção ao quarto de Rogue. Seus olhos se arregalaram ao perceber que Lucy não estava mais ali, deitada, dormindo.

Natsu – L-Lucy? – a chamou, mas nem mesmo um ruído foi ouvido.

Segundos depois foi a vez de Rogue despertar, mas não por vontade própria, já que teve seu rosto pisado.

Rogue – EI! – se indignou, mas apenas ouviu a porta de seu apartamento bater.

Pouco mais de meio minuto depois Natsu chegou ao seu lar. Com certa dificuldade para abrir a porta devido às tremidas que sua mão dava, o rosado adentrou o local. Seus olhos já estavam molhados pelas lágrimas, quando chegou à cozinha e viu Lucy parada em frente à porta aberta da geladeira, procurando algo para comer.

Natsu – LUCY! – bradou o nome da loira sem conseguir esconder a emoção em sua voz.

Ao se virar, Lucy apenas pode ver o rosado pular sobre ela, a atravessando e parando dentro da geladeira.

O que está fazendo?” – escreveu ao estranhar a atitude do garoto.

Natsu se levantou e olhou diretamente para os olhos de Lucy –... Você está bem – comentou mais aliviado.

A loira estreitou os olhos – “Eu pareço bem?” – escreveu sem conseguir disfarçar o sarcasmo.

Natsu – Eu sonhei que você me esquecia... E que sumia logo depois – explicou.

Ainda estou aqui”

Natsu se aproximou ainda mais da loira, fazendo a mesma dar uma leve corada.

O que está tentando fazer?”

Natsu não respondeu, apenas fez que iria abraçar a loira, passando o braço ao redor da garota.

Mesmo não sentindo um ao outro, aquilo fazia com que ambos se confortassem.

Natsu –... Te amo – fez com que os olhos de Lucy ganhassem um leve brilho.

Mas segundos depois o rosado ouviu o som metálico, e ao se afastar viu que Lucy já não estava mais entre seu abraço, e que o barulho que havia ouvido, era na verdade uma lata que a loira tinha em sua mão.

Os olhos de Natsu perderam o brilho enquanto encarava a lata amassada no chão, tinha entendido que a garota não havia descido para o apartamento de Rogue e nem se escondido por brincadeira. Seu coração lhe dizia que Lucy finalmente havia o deixado.

Já não conseguindo mais conter as lágrimas que tanto segurara, o rosado ficou parado no local enquanto as mesmas escorriam por sua face.

Ao som da campainha tocando, mil pensamentos passavam pela cabeça de Natsu, quase o levando ao choque.

Depois de esperar e não ser atendida, a maçaneta da porta foi girada, só então sendo revelado que era Lisanna quem ali estava.

Lisanna – Natsu? – entrou no apartamento ainda receosa, mas ao ver o garoto parado e chorando, se apressou até o mesmo – Natsu! Está tudo bem com você? – indagou preocupada, mas não recebeu nenhuma resposta do rosado, que encarava o vazio com seus olhos sem vida.

Natsu –... O hospital! – foi a única palavra que murmurou antes de sair correndo do local, deixando a albina confusa e sozinha.

Lisanna – Hospital? – se espantou, mas nada pode fazer ao ouvir a porta do apartamento bater fortemente.

Minutos se passaram, e após quase uma hora Natsu finalmente chegou ao hospital. O rosado correu até aquele que era o quarto em que havia visto Lucy pela ultima vez, mas ao chegar no mesmo viu que a loira não estava mais lá, que o cômodo estava completamente vazio.

Natsu –... Onde? Onde está? – se perguntou ofegante.

– Senhor? Deseja algo nesse quarto? – uma enfermeira apareceu atrás do rosado, indagando calmamente.

Natsu – A garota que estava aqui... Cadê ela? – perguntou um pouco ansioso.

– Que garota?

Natsu – Lucy... Lucy Heartphilia – respondeu.

– Ah sim, a menina de cabelos loiros que estava em coma... Ela foi transferida – explicou.

Natsu – Transferida? – se surpreendeu.

– Sim, para... – foi interrompida ao ser chamada para atender uma emergência – Com licença! – saiu apressadamente do local.

Natsu – Transferida? Mas pra onde? – pensou – Provavelmente o Sting e o pai dela tenham-na transferida para outro hospital, eles já haviam feito isso antes... Mas como perguntarei ao Sting onde a Lucy está? – passou a caminhar lentamente em direção à saída do hospital – Mas como pergunto a ele onde ela está? Pareceria estranho e... – parou já do lado de fora do edifício, na frente da porta – Quem garante que a Lucy está bem? E se ela tiver morrido? Se ela tiver acordado... Quem garante que se lembra de mim?

O rosado voltou a andar, dessa vez sem rumo, sem saber para onde ir.

Natsu – Eu não quero sofrer ainda mais descobrindo uma dessas duas coisas... E se ela tiver acordado e ainda se lembrar de mim, então machucarei o Sting? E mesmo que ela se lembre de mim, o que garante que ela ainda vai querer um relacionamento comigo? O que garante que ela irá contrariar o pai dela? – varias perguntas circulavam por sua cabeça, mas apenas uma foi forte o suficiente para sair por sua boca –... O que eu faço? – se perguntou enquanto continuava a andar sem rumo.

Por durante duas semanas, Natsu não apareceu na escola e nem mesmo atendeu seu celular, apenas permaneceu trancado em seu apartamento.

Mas como não podia continuar faltando, o rosado resolveu voltar aos estudos. Ao chegar à sala de aula acabou surpreendendo os amigos.

Gajeel – Natsu! Ainda está vivo? – indagou surpreso.

Jellal – Está acabado! – comentou ao ver o amigo se sentar naquela que foi sua cadeira durante todo o ano.

Lisanna nada disse, sabia que o rosado não estava para brincadeiras, apenas continuou o encarando, vendo as olheiras e a palidez do garoto.

Horas depois, quando o sinal do intervalo tocou, todos estavam reunidos no refeitório, conversando alegremente, quando viram Natsu passar direto com a mochila nas costas.

Erza – Onde ele está indo? – perguntou.

Jellal – Provavelmente... Para casa – respondeu.

Juvia – O que aconteceu com ele? Já fazem mais de duas semanas que ele não vem para escola... E agora está indo embora mais cedo – comentou um pouco preocupada.

Gray – Vai ver a namorada dele terminou com ele – respondeu calmamente.

Gajeel – Será? – ficou em duvida.

Lisanna – Se for pensar assim, a ultima vez que fui ao apartamento dele, aquela pequena não estava lá... – seus olhos se arregalaram – SERÁ QUE ELA ERA MESMO...?

Sting – Bem, da ultima vez ele quase entrou em depressão depois de levar um fora da Lisanna – surpreendeu a albina – Então talvez a namorada dele realmente tenha terminado com ele...

Yukino – Mas... Ele tinha mesmo uma namorada? – chamou a atenção de todos.

Minerva – Realmente, nunca o vimos com uma garota – concluiu.

Lyon – Mas ele tinha marcas nas costas iguais as do Jellal... – fez o rapaz corar.

Minerva – Vai ver ele apenas entrou no meio da safadeza do Jellal com a sadista ruiva – apontou para Erza sem nem mesmo encarar a garota.

Erza – NÃO VIAJA! – se indignou – E o que você está fazendo nessa mesa?

Minerva – De novo essa pergunta? – suspirou – Infelizmente agora temos amigos em comum, então tenho que ficar perto de descerebradas como você – respondeu calmamente.

Levy nada falava, apenas ouvia às discussões e as risadas dos amigos –... Será que aconteceu alguma coisa entre o Natsu e a Lucy? – se perguntou.

Apesar de tudo, ninguém se atreveu a perguntar ao rosado o que estava acontecendo com ele, já que achavam que aquilo, na verdade, era o amigo voltando ao normal, mas os meses se passaram e faltando apenas alguns dias para o fim das aulas, todos se reuniram e cercaram Natsu em sua mesa.

Natsu –... O que estão fazendo? – perguntou em um tom baixo.

Lisanna – Natsu, o que está acontecendo com você? Nos conte, deixe-nos te ajudar – pediu preocupada, fazendo o restante do grupo concordar.

Natsu – E por que querem me ajudar somente agora? – perguntou, surpreendendo a todos.

Jellal – N-Nós não sabíamos que... Você estava tão mal – respondeu um pouco sem graça.

Gajeel – Achávamos que era apenas mais uma crise de tristeza sua, que passaria logo como da ultima vez – respondeu –... Acreditamos que era normal.

Natsu – Desde quando sofrer é normal? – fez com que todos se calassem por alguns instantes –... Me perdoem, a culpa não é de vocês... Eu não atendia as ligações de vocês e também não os recebia em minha casa as poucas vezes que alguns de vocês iam lá...

Levy – Natsu, você perdeu peso, tem parecido mais cansado ultimamente, não sai mais conosco... Não sorri como antes – chamou a atenção do garoto – O que aconteceu?

O rosado encarou a pequena por alguns instantes, mas hesitou e resolveu não contar.

Todos viram o garoto se levantar de sua mesa e então passar por eles.

Natsu – Provavelmente essa seja a ultima vez que nos vemos... – se virou para os amigos, deixando os mesmos confusos – Eu estou voltando para minha cidade natal, meu pai pediu... – tornou a surpreender a todos – E como já passei de ano, não virei nesses últimos dias e nem irei na formatura, pois preciso terminar de arrumar minhas coisas... Me perdoem caso eu tenha feito algo ruim a vocês e... Muito obrigado por tudo que fizeram por mim – abriu um sorriso gentil e logo saiu da sala, deixando os amigos congelados no lugar, surpresos e ainda um pouco confusos com tudo aquilo.


Notas Finais


até o próximo ;-;


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